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sexta-feira, 14 de junho de 2019

HORA DE DIZER ADEUS AO WINDOWS 7


PEDRA QUE ROLA NÃO CRIA LIMO.

O Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS (o sistema operacional propriamente dito), e assim continuou até as versões 3.x. Em 1995, a Microsoft lançou o Win95 — já como um sistema operacional autônomo —, e após seis edições e outras tantas atualizações, deixou de oferecer MS-DOS na modalidade stand alone, embora o tenha mantido nos bastidores do Windows 9.x/Millennium.

O WinXP, lançado em 2001, foi baseado no kernel do Windows NT e já não dependia mais do velho DOS, embora contasse com um interpretador de linha de comando — que foi mantido também nas edições subsequentes e substituído, a partir do Windows 8, pelo PowerShell (note que continua sendo possível convocar o prompt de comando tradicional via menu Executar, bem como devolvê-lo à lista de apps do menu Iniciar (mais detalhes na sequência de postagens iniciada por esta aqui).

O Win 95 foi “o pulo do gato” da Microsoft e o Win98/Se, considerado “o melhor Windows de todos os tempos” até a chegada do XP, já que a edição Millennium, lançada a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da virada do século, foi um fiasco de crítica e de público. O Windows Vista, lançado em 2005 com uma pompa digna do nascimento de um príncipe, também não emplacou, o que contribuiu para que o XP ter se tornasse a edição mais longeva do festejado sistema operacional da Microsoft.

O XP reinou absoluto até que o Windows 7, lançado em 2009, mostrasse a que veio. O Windows 8 , lançado em 2012, jamais decolou — nem depois que a Microsoft lhe devolveu, na versão 8.1, o menu Iniciar e outros itens cuja supressão gerou uma avalanche de reclamações. Em meados de 2015, o Windows 10 trouxe duas importantes inovações: a primeira foi sua “promoção a serviço”, e a segunda, o upgrade gratuito para usuários de cópias oficiais do Seven e do Eight. A estratégia funcionou, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não tenha sido atingida até hoje (estimativas recentes da própria Microsoft dão conta de que o Ten já foi adotado por 800 milhões de usuários. A despeito do começo difícil, ele ultrapassou o Seven em fevereiro de 2018, e segue firme e forte rumo a seu quarto aniversário.

Observação: Somadas todas as versões que ainda estão em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas), o Windows detém 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs, bem à frente da Apple com o OS X, cuja participação é de 14,05%. Segundo dados da Net Market Share, o Win 10 operar em 39,22% dos computadores com Windows, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%).

O Win 7 completa dez anos daqui a um mês, e deixará de ser suportado pela Microsoft em janeiro do ano que vem, a partir de quando os usuários recalcitrantes voltarão a ser “encorajados” a migrar para o Ten. Em tese, pode-se continuar usando o Seven indefinidamente, mas é bom ter em mente que ele deixará de receber updates de qualidade e correções críticas e de segurança. Para quem não quer ficar desprotegido e não tem planos de bandear para a turma da Maçã (leia-se Apple) ou de adotar uma distribuição Linux, o Win 8.1 pode parecer uma alternativa interessante, sobretudo porque seu suporte estendido vai até 2023, mas eu acho que o Win 10 não só é uma escolha melhor, mas também a melhor escolha.

Mesmo que o período de upgrade gratuito já tenha terminado e que a Microsoft não pretenda reabrir essa janela de oportunidade, basta uma rápida busca na Web para encontrar licenças oficiais do Ten por valores até 80% inferiores ao preço sugerido no site oficial do fabricante. Quanto à adaptação, o design é o que mais diferencia a edição atual do Seven, já que tudo se tornou plano, colorido e quadrado. Os ícones foram simplificados, mas não a ponto de comprometer seu reconhecimento.

Toda mudança provoca um estranhamento inicial, mas bastam algumas horas para o usuário se familiarizar com as alterações mais importantes, sobretudo depois que se acostumar com a assistente virtual Cortana, que faz muito mais do que simplesmente facilitar a localização de conteúdo no computador. O tradicional menu Iniciar não só continua a existir (afinal, errar é humano, mas persistir é burrice, e a Microsoft não tem nada de burra) como ficou mais interativo, a exemplo da Central de Ações, que dá acesso a um sem-número de opções que não existiam nas versões anteriores. O ultrapassado Internet Explorer também se faz presente, embora o Microsoft Edge seja o navegador padrão do sistema.

Observação: Visando estimular a adoção do Edge, a Microsoft dificultou, num primeiro momento, a configuração do Chrome ou outro navegador qualquer como programa padrão, mas a restrição provocou reclamações e a alteração passou a ser possível mediante uns poucos cliques do mouse.

Outra diferença digna de nota é a Windows Store — loja oficial da Microsoft, a partir da qual o usuário pode baixar uma grande variedade apps (pagos e gratuitos) para a plataforma Windows —, que funciona basicamente como a Play Store e a App Store nas plataformas móveis Android e iOS.

Por último, mas não menos importante: computadores que trouxeram o Windows 7 pré instalado pelo fabricante podem estar defasados em termos de hardware, o que dificultará ou inviabilizará a instalação do Windows 10. Portanto, se seu PC já tem anos e anos de estrada, talvez seja o momento de você considerar uma operação casada, ou seja, combinar a adoção do Ten com a aquisição de uma máquina nova, compatível com as exigências dos softwares atuais. Também nesse caso vale a pena pesquisar preços, mas disso o leitor certamente já está careca de saber.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE III

A CIÊNCIA TRAZ AO HOMEM A INCERTEZA DE UMA CERTEZA.

A evolução do Windows ao longo do tempo vinha sendo tratada numa sequência cuja publicação eu interrompi dias atrás para focar outros assuntos (e que pretendo retomar em breve). Diante disso, podemos deixar de lado os entretantos e partir para os finalmentes, começando por lembrar que a encarnação atual do festejado sistema da Microsoft é o Win 10 20H2, que está para as jurássicas versões 3x como um Ford Bigode de 1920 para um Mustang Shelby GT500 de última geração. Todavia, por mais que tenha sido aprimorado nas últimas 3 décadas, o Windows ainda é um programa de computador e como tal está sujeito a bugs e que tais.

Mensagens de erro, telas azuis, travamentos e outras falhas exasperantes faziam parte do dia a dia dos usuários do Win 9x/ME. Com o lançamento do Win XP, baseado no kernel (núcleo) do Win NT, as aporrinhações se tornaram menos recorrentes, mas isso não significa que não ocorram também no Win 10. Vale lembrar que todos os upgrades semestrais (de conteúdo) que a Microsoft implementou no Ten desde 2016, quando o novo “sistema como serviço” soprou sua primeira velinha, atazanaram, em maior ou menor grau, a vida de um sem-número de usuários (detalhes nesta sequência).   

Observação: Se a Microsoft fabricasse carros, disse Bill Gates em algum momento dos anos 1990, eles custariam 25 dólares e rodariam 1.000 milhas com um galão de gasolina. A General Motors saiu em defesa das montadoras e, numa resposta bem humorada — e verdadeira —, afirmou que o motor dos "MS-Car" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, numa evidente analogia com os constantes travamentos do Windows (vale a pena clicar aqui e ler a íntegra da resposta).

Voltando ao cerne desta abordagem, que é a solução de problemas no ambiente Windows, relembro que tudo é reversível no âmbito do software, e que não há nada como uma reinstalação do zero para o Windows voltar à velha forma. Por outro lado, essa solução “in extremis” é demorada e trabalhosa, não tanto pela reinstalação em si, mas pelas subsequentes atualizações, personalizações e reconfigurações que fazem tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes — noves fora, naturalmente, os problemas que levaram à reinstalação do sistema.

Por essas e outras, recomenda-se chutar o pau da barraca somente após de tentar (e não conseguir) resolver o imbróglio com medidas menos invasivas. Mas isso já é assunto para o próximo capítulo.     

quarta-feira, 22 de julho de 2020

PRÓXIMAS ATUALIZAÇÕES DO WINDOWS 10, UMA PITADA DE HISTÓRIA E OUTRA DE CULTURA INÚTIL

O BRASIL PRECISA MENOS DE INSULTOS E MAIS DE SOLUÇÕES.

Vimos que o Windows 10 Iron (ou versão 21H1, que parece nome de vírus de gripe) deve ser lançado no primeiro semestre de 2021 e promete vir recheado de novidades. 

O cronograma de atualizações da Microsoft prevê o lançamento de um update de recursos ainda este ano (lá pelo final de setembro ou começo de outubro), mas, até onde se sabe, ele se limitará a corrigir bugs e fazer outros ajustes internos, ou seja, não deve introduzir mudanças daquelas que saltam aos olhos dos usuários. 

Essa alternância já foi observada nas duas últimas atualizações semestrais: a versão 1909, liberada há pouco mais de um mês, trouxe uma porção de inovações, ao passo que a anterior, 1903 estava mais para um service pack de antigamente do que para um update de recursos como manda o figurino.

Observação: Ao disponibilizar o Win 10 como serviço, em junho de 2015, a Microsoft modificou significativamente sua política de atualizações: foram-se os tradicionais service packs e vieram os updates semestrais de conteúdo — o primeiro foi lançado em julho de 2016, quando o Win 10 completou um ano, e não à toa foi chamado de Anniversary Update). De se ressaltar que as atualizações de qualidade — correções de segurança e confiabilidade — foram mantidas e sua periodicidade mensal, preservada (toda segunda terça-feira de cada mês, daí elas serem conhecidas como Patch Tuesday).

Mudando de um ponto a outro, no dia 4 abril de 1975 dois jovens amigos, ambos fanáticos por tecnologia, fundaram uma empresa “de garagem” para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC voltados ao Altair 8800 (que é tido e havido como o precursor dos computadores pessoais). 

Por interpretadores, entendem-se programas de computador que leem um código fonte a partir de uma linguagem de programação interpretada e o converte num código executável; por programa, um conjunto de instruções em linguagem de máquina que descrevem uma tarefa a ser realizada pelo computador; por instrução, uma operação única executada por um processador, que pode ser qualquer representação de um elemento num programa executável, tal como um bytecode (formato de código intermediário entre o código fonte, o texto que o programador consegue manipular e o código de máquina que o computador consegue executar); por conjunto de instruções, a representação em mnemônicos do código de máquina que facilita o acesso ao componente. 

Observação: A grande vantagem do bytecode está na combinação da portabilidade — o bytecode irá produzir o mesmo resultado em qualquer arquitetura — com a prescindibilidade do pré-processamento típico dos compiladores. Em outras palavras, ele pode ser definido como um produto final, que dispensa a validação da sintaxe (conjunto de regras que definem as sequências corretas dos elementos de uma linguagem de programação)e dos tipos de dados (entre outras funções dos compiladores).

Se a ficha ainda não caiu, os jovens que mencionei no primeiro parágrafo não são mais tão jovens assim. Willian Henry Gates III está com 64 anos e Paul Gardner Allen estaria com 67 se não tivesse morrido em 2018. A empresa que eles fundaram é a Microsoft — cujo nome advém da combinação de microcomputador e software — e o Altair 8800, uma geringonça baseada na CPU Intel 8080, vendida na forma de kit (a montagem ficava por conta de quem o comparasse) por intermédio da revista norte-americana Popular Electronics

A primeira versão dessa engenhoca não passava de uma caixa de metal repleta de luzes vermelhas, operada por chaves, e que não tinha qualquer utilidade prática, mas era fácil de montar... e as pessoas compravam porque achavam legal montar um computador (tanto assim que as vendas superaram em 10 vezes as expectativa mais otimistas de seu idealizador).

Dez anos depois de fundarem a Microsoft, Gates e Allen criaram uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A essa altura, os computadores pessoais já haviam evoluído um bocado, mas, salvo raríssimas exceções, não dispunham de uma interface gráfica, e operá-los exigia conhecimentos avançados de programação, além da memorização de centenas de intrincados “comandos de prompt”, baseados em texto e parâmetros. 

prompt — ponto de entrada para a digitação de comandos do DOS e outros comandos internos do computador — é geralmente representado pela letra correspondente à partição do sistema, seguida de dois pontos, uma barra invertida e o sinal de “maior que” (C:>), embora outros elementos sejam adicionados conforme se navega pelos diretórios, pastas e arquivos. Os comandos precisam ser inseridos cuidadosamente, pois um espaço a mais ou a menos, um caractere faltando ou sobrando ou qualquer erro de digitação resulta na exibição de uma mensagem de erro.

Antes de deixarmos no passado o que ao passado pertence, é bom lembrar que o DOS — ou MS-DOS, como a Microsoft batizou sua versão desse vetusto "sistema operacional baseado em disco" — foi o SO propriamente dito até  o Windows 95, que se pretendia um sistema operacional autônomo. Na verdade, ele quase chegou lá, porque o DOS continuou atuando nos bastidores e sobreviveu à virada do século. O cordão umbilical só foi cortado em outubro de 2001, com o lançamento do XP, cujo estrondoso sucesso fez dele a versão mais longeva de toda a história do Windows (seu suporte estendido foi encerrado somente em 2014).

Observação: O nome "XP" deriva de eXPerience. Foi o primeiro sistema operacional produzido pela Microsoft com vistas ao usuário final construído a partir da arquitetura e do kernel (núcleo) do Windows NT 5.1, e por isso foi considerado sucessor tanto do Windows 2000, voltado ao mercado empresarial, quando do malfadado Windows ME, focado no usuário doméstico.

Por hoje está de bom tamanho. O resto fica para os próximos capítulos.

segunda-feira, 21 de março de 2022

WINDOWS 10 — ATUALIZAÇÃO PROBLEMÁTICA

DO PRATO À BOCA PERDE-SE A SOPA.

Ainda que fossem mais frequentes nas versões vetustas do Windows, os “paus” ainda ocorrem no Win10 e em seu sucessor. O lado bom da história, por assim dizer, é que eles são capazes de corrigir um sem-número de problemas, bastando para isso uma simples reinicialização. Só que não dá para desligar o computador da maneira habitual quando o mouse e o teclado não respondem. 

Em tese, manter o botão liga/desliga pressionado por 5 segundos corta o fornecimento de energia e desliga o aparelho “na marra”. Supondo que a reinicialização não se complete e o Win10 empaque na tela de boas-vindas (logon), clicar com o botão direito do mouse no terceiro ícone (a partir da esquerda) que é exibido canto inferior direito da janela dá acesso às opções de desligamento. E se o teclado e mouse estiverem operantes, manter a tecla “Shift” pressionada e clicar na opção “Reiniciar” leva ao modo de segurança — ou, na pior das hipóteses, ao Ambiente de Recuperação do Windows (WinRE), que, também em tese, é convocado quando a máquina não reinicia após três tentativas seguidas. Na prática, porém, a teoria pode ser outra.

Observação: O modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio sistema ou de driver, e até mesmo um programa qualquer que possa estar impedindo o Windows de carregar normalmente. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá a máquina a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Dito isso, vamos ao que interessa: depois que instalei o Patch Tuesday de fevereiro, o Windows reiniciou normalmente. No dia seguinte, porém, ele me brindou com uma tela azul da morte (KERNEL SECURITY CHECK FAILURE), que se repetiu nas três reinicializações subsequentes, até que finalmente o processo empacou na tela de logon. Pressionei Shift, cliquei em Reiniciar e, no WRE, selecionei a opção que repara erros de inicialização, mas não consegui me livrar da bendita tela azul.

Sem alternativa, resolvi reinstalar o Win10 do zero e, para não ter surpresas, baixei uma cópia novinha em folha a partir do site da Microsoft usando meu notebook. Todavia, por alguma razão a instalação não se completou, nem depois que mudei o SSD, nem quando tentei o HDD que uso para armazenar meus arquivos pessoais.

Como dispõe a famosa Lei de Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar. O portátil, que estava inativo havia meses aproveitou o embalo para me oferecer o Win11. E a despeito de o momento não ser indicado para esse tipo de aventura (já que eu estava sem máquina de backup), achei de aceitar a gentil oferta da dona Microsoft. E aí...

Continua...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ainda a memória virtual

Devido ao interesse que alguns leitores demonstraram pela memória virtual, resolvi acrescentar mais algumas informações conceituais sobre o assunto, já que o mote da postagem do último dia 14 era apenas mostrar como configurar o Registro para “limpar” automaticamente esse importante arquivo do sistema.
Sem descer a detalhes técnicos que mais complicariam do que explicariam a coisa toda, vale lembrar que esse recurso foi implementado pela Intel em seus processadores 386, juntamente com a capacidade de operação tanto no modo real quando no protegido, sendo que este último trouxe o benefício da “multitarefa” – isto é, a execução simultânea de vários aplicativos. No entanto, embora fosse um aprimoramento louvável, logo se notou que a multitarefa levava a RAM a se esgotar rapidamente e obrigava o usuário a encerrar alguns programas para poder continuar trabalhando com os demais.
Em vista disso, considerando que o MB de memória custava os olhos da cara naquela época, a solução foi criar um arquivo temporário no disco rígido (Swap File, ou arquivo de troca) para funcionar como uma extensão da RAM. Assim, sempre que vários programas fossem executados simultaneamente e memória física do sistema se tornasse insuficiente para comportá-los, o que não era indispensável naquele instante seria despachado para essa “memória virtual” (e trazido de volta quando necessário).
Nas primeiras versões do Windows, esse arquivo de paginação era configurado manualmente, deixando o usuário entre a cruz e a caldeirinha: se reservasse uma porção grande do disco para esse fim, ele ficaria com pouco espaço para a instalação de programas e armazenamento de arquivos; se o limitasse a uns poucos MB, não poderia vários programas ao mesmo tempo e trabalhar com arquivos volumosos.
Mais adiante, com a adoção do swap file dinâmico e o gerenciamento mais racional dos recursos do sistema, os arquivos mais acessados passaram a ser mantidos na RAM – ou na memória cache, conforme o caso – e os menos acessados, despachados para o arquivo de troca.

Observação: Para minimizar os constantes travamentos que testavam a paciência dos usuários do Windows 3x – causados geralmente por programas mal-comportados que invadiam áreas de memória necessárias ao funcionamento do sistema e de outros aplicativos – as versões 9x/ME passaram a utilizar a multitarefa semi-preemptiva, que isola as áreas de memória ocupadas pelos aplicativos e garante maior estabilidade ao sistema. No XP, que é baseado no kernel do Windows NT, a multitarefa preemptiva completa garante prioridade às tarefas executadas pelo sistema em relação a qualquer outro aplicativo; se algum programa trava ou tenta invadir uma área de memória que não lhe tenha sido designada, ele simplesmente é fechado e, pelo menos em tese, os demaia continuam rodando sem problemas.

Embora seja um recurso valioso, a memória virtual é na verdade um paliativo, até porque o disco rígido é milhares de vezes mais lento do que a já relativamente lenta memória RAM; quanto mais o sistema recorre ao swap, mais lento ele se torna, especialmente se houver pouco espaço disponível no HD e se os dados estiverem muito fragmentados.

Observação: Há quem recomende configurar manualmente a memória virtual e estabelecer valores idênticos para os campos “mínimo” e “máximo” (cerca de uma vez e meia a quantidade de RAM instalada) ou usar programinhas de terceiros como o FREE RAM XP PRO, que permite liberar espaço sempre que necessário, tanto automaticamente quanto por iniciativa do usuário. No entanto, o gerenciamento de memória no XP é mais eficiente do que nas versões 9x/ME do Windows, e se você dispuser de uma quantidade razoável de memória física (entre 1 e 2 GB), não deverá enfrentar grandes problemas.

Com o barateamento do hardware, abastecer o PC com fartura de RAM ainda é a melhor solução, conquanto o gerenciamento da memória seja um compromisso conjunto do processador e do sistema operacional. Processadores de 32 Bits são limitados pelo VAS (Virtual Address Space) a endereçar algo entre 3 e 3,5 GB de RAM, de modo que não compensa pagar mais caro por um PC com mais de 4 GB de memória física, a não ser que ele integre uma CPU de 64 Bits e você instale uma versão do Windows com suporte a essa tecnologia, evidentemente.
Vale mencionar também que a quantidade de RAM que um sistema de 32 bits é capaz de endereçar é repartida entre todos os programas abertos, mas, no caso do Windows, cada programa sozinho não pode usar mais do que 2 GB, já que tanto o sistema quanto os aplicativos gerenciam a memória utilizando endereços de 32 bits. Isso representa uma limitação importante em alguns games e aplicativos pesados – que podem exceder este limite nos momentos de maior atividade e simplesmente travar, exibindo alguma mensagem de erro genérica –, e afeta tanto quem utiliza versões de 32 bits do Windows (com mais de 2 GB de RAM) quanto quem roda programas de 32 bits sobre versões de 64 bits do Windows. Mas isso já é outra história e fica para outra vez.

E já que falamos em armazenamento de dados, vale a pena dedicar um minutinho ao vídeo a seguir (só não tente fazer isso em casa, ok?).



Pra concluir, como estamos a uma semana do Natal, lembro a todos que me mandaram correntes prometendo fortuna e dinheiro em 2010: NÃO FUNCIONOU! Por isso, em 2011, mandem o dinheiro diretamente! Ficarei muiiiito mais feliz.

Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

DO ÁBACO AO SMARTPHONE

EXISTEM TRÊS MANEIRAS DE FAZER AS COISAS: BOAS, RUINS E COMO EU FAÇO.

O ábaco surgiu há mais de 3 mil anos e é considerado o antepassado mais remoto do computador. O primeiro computador eletrônico de grande escala foi o ENIAC, com 30 toneladas e 18 mil válvulas (que precisavam ser substituídas à razão de uma a cada dois minutos). A geringonça realizava apenas 5 mil somas, ou 357 multiplicações, ou 38 divisões simultâneas por segundo (um desempenho impressionante para a época), mas seu armazenamento era suficiente apenas para manipular os dados envolvidos na tarefa em execução, de modo que qualquer modificação exigia que os programadores corressem de um lado para outro da sala, desligando e religando centenas de fios.


Os primeiros computadores totalmente transistorizados foram os IBM 1401 e 7094, que surgiram entre o final dos anos 1950. Em 1964, a TEXAS INSTRUMENTS criou circuito integrado (composto por conjuntos de transistores, resistores e capacitores); na década seguinte, a INTEL agrupou vários circuitos integrados num único "microchip", propiciando a construção de equipamentos de pequeno porte, como o PET 2001 — lançado em 1976 e tido como o primeiro microcomputador pessoal — e os Apple I e II — este último já com unidade de disco flexível.

 

O Windows surgiu em 1985, inicialmente como uma interface gráfica baseada no MS-DOS. Dez anos depois, quando os PCs já eram relativamente populares, a Microsoft o transformou em sistema operacional autônomo — ou quase isso, já que o DOS continuou atuando nos bastidores até 2001, quando o WinXP (desenvolvido a partir do kernel do WinNT) cortou o cordão umbilical. 


Inicialmente, os desktops eram a regra e os laptopsum sonho de consumo de muitos, mas acessível a poucos, mas acabaram se tornando a opção primária dos usuários, já que podem substituir o desktop e ser usados em trânsito. Em 2007, Steve Jobs revolucionou o mercado da computação pessoal com o iPhone — que não foi o primeiro celular capaz de conectar a Internet, mas se tornou o divisor de águas entre os dumbphones de até então e os smartphones de a partir de então. Atualmente, mesmo num país terceiro-mundista como o nosso há dois dispositivos digitais por habitantequase 250 milhões de celulares ativos.  

 

Resumo da ópera: milhares de anos separam a invenção do ábaco do surgimento dos gigantescos mainframes, mas, a partir de então, bastaram algumas décadas por os computadores pessoais serem criados, encolherem de tamanho, diminuírem de preço, crescerem em poder de processamento, gama de recursos e funções e se tornarem ultraportáteis e indispensáveis. Mas nem tudo foram flores nesse jardim.


Continua...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

COMO RECALIBRAR A BATERIA DE UM SMARTPHONE COM SO ANDROID

TODA NULIDADE TEM OUTRA, AINDA MAIOR, QUE A ADMIRA.

Para encerrar esta sequência (ufa!), resta dizer como recalibrar a bateria de um gadget com SO Android, lembrando sempre que esse procedimento não recupera um componente agonizante, nos estertores da sua vida útil ─ como foi dito no transcurso das últimas postagens, as baterias suportam um número finito de ciclos de carga e, com o passar do tempo e o uso normal do aparelho, tendem a perder progressivamente a capacidade de armazenar energia. Em sendo esse o caso, só resta ao usuário decidir se é mais conveniente substituir a bateria ou o próprio aparelho.

No festejado sistema operacional para dispositivos móveis da Google (Android), um arquivo chamado Battery Stats indica a capacidade da bateria e monitora em tempo real seu nível de carga ─ aliás, é com base nas informações armazenadas em data/system/batterystats.bin que aparelho entra no modo de economia de energia, quando diversos recursos são desativados (dentre os quais a sincronização automática, o Wi-Fi, o Bluetooth, o alerta vibratório, etc.) e outros, reconfigurados (como o brilho do display, a luz frontal, o tempo de timeout, etc.) antes de a energia remanescente caia a níveis críticos e o telefone ser finalmente desligado. No caso de o Battery Stats se corromper e passar a exibir dados imprecisos, levando à interrupção da recarga antes que a bateria alcance seu potencial máximo, ou ao desligamento automático quando ainda há carga suficiente para operar por mais algum tempo, tente o seguinte:
  • Ligue o aparelho, coloque-o para carregar e aguarde o sinal indicativo de carga completa.
  • Desconecte o carregador e desligue o aparelho.
  • Torne a conectar o carregador e, mantendo o aparelho desligado, aguarde até que a mensagem de carga completa seja exibida novamente.
  • Desconecte o carregador, ligue o aparelho, ajuste as configurações do aparelho de modo que a tela fique permanentemente iluminada (na falta dessa opção, selecione o maior tempo de espera possível), reconecte o carregador e aguarde o sinal de carga completa.
  • Torne a desconectar o carregador, use o aparelho até que ele seja desligado automaticamente, conecte novamente o carregador e aguarde (mais uma vez) o aviso de carga completa.
  • Reajuste o timeout conforme sua preferência e use o aparelho normalmente.
Se você tiver rooteado (*) seu aparelho, utilize a alternativa a seguir:
  • Baixe e instale o app Battery Calibration.
  • Carregue totalmente a bateria.
  • Abra o Battery Calibration e confira se o parâmetro “mV”, ao lado da porcentagem, continua subindo. Caso afirmativo, mantenha o aparelho na carga até que o valor em questão estabilize.
  • Toque no botão Battery Calibration e em seguida reinicie o aparelho, para que o arquivo Battery Stats seja sobrescrito por uma nova versão com os dados atualizados.
Se isso não funcionar, acesse o Modo Recovery do seu aparelho e, na seção Advance, selecione a opção wipe battery stats, que apagará os dados armazenados por ocasião de uma calibragem feita anteriormente ou pela implementação de uma Custom ROM (**). Feito isso, esgote a bateria, desligue o aparelho e proceda a uma recarga completa sem interrupções. Ao final, torne a ligar o aparelho (sem desconectá-lo do carregador), execute o Battery Calibration e assim que lhe for exibida a mensagem calibration succedeed, clique em OK, remova o carregador e encerre o programinha.

(*) Não faltam tutoriais na Web – inclusive em vídeo – ensinando a rootear smartphones. O procedimento consiste basicamente em baixar e instalar no PC os drivers do gadget e o aplicativo que será usado no processo (há miríades de programinhas, tanto pagos quanto gratuitos, mas é importante escolher um que seja indicado para a marca e modelo do seu aparelho e respectiva versão do sistema). Ao final, é só conectar o telefone ao computador via cabo de dados e seguir as instruções do tutorial.

(**Android é baseado no Linux e, na condição de open-source (software livre de código aberto), passível de modificações por usuários avançados, que retrabalham o kernel do sistema para criar versões alternativas, conhecidas como CUSTOM ROMs, que ampliam os recursos e funções do programa original, aprimoram o desempenho mediante overclocks (para saber mais sobre esse “veneno” via software, reveja as postagens publicadas em 18 24 de março de 2009), e por aí vai. Algumas Custom ROMs baseadas no AOSP (Android Open Source Project) chegam a ser melhores do que as versões disponibilizadas pelos fabricantes dos aparelhos, mas isso já é uma história que fica para outra vez.  

E como hoje é sexta-feira:

Novos vírus que estão atazanando os usuários de computador:

Vírus IR: Para cada arquivo salvo, ele ocupa o correspondente a 27,5% do tamanho do HD.

Vírus Repartição Pública: Subdivide o HD em centenas de partições que não funcionam direito, mas que resistem estoicamente à exclusão.

Vírus Funcionário Público: Ameaça travar seu sistema sempre que você tenta apagar arquivos inúteis.

Vírus Politicamente Correto: Não admite ser chamado de vírus; prefere micro-organismo eletrônico.

Vírus Pró-Aborto: Deleta a última versão de cada arquivo salvo no dia.

Vírus Elvis Presley: Torna o computador gordo, lento e preguiçoso e ao final o leva à autodestruição.

Vírus Nike: Simplesmente faz!

Vírus Star Trek: Chega onde nenhum vírus chegou antes.

Vírus Assistência Técnica: Testa seu sistema por uma semana. Neste período, o computador fica totalmente indisponível. Não encontra nenhum defeito e depois manda uma conta de 300 reais.

Vírus PM: Apaga aleatoriamente arquivos indefesos.

Vírus Adão e Eva: Ataca apenas o Mac OS.

Vírus CPI: Alerta o usuário sobre a ação de outros vírus enquanto se apropria de todos os recursos do sistema.

Vírus Sertanojo: É conhecido por uma vasta gama de nomes, mas sempre ataca da mesma forma, produzindo sons enjoados e repetitivos. É da mesma família dos Vírus Pagode, Lambada e afins.

Abraços a todos e até mais ler.  

quarta-feira, 6 de maio de 2020

NAVEGADORES DE INTERNET — FAVORITOS, BOOKMARKS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

OS FILMES SÃO ILUSÕES EM MOVIMENTO, FORMADAS POR MILHARES DE FOTOGRAFIAS IMÓVEIS.

Depois que navegar na Web passou de novidade a necessidade, usar um navegador de internet tornou-se tão natural intuitivo quanto escovar os dentes. Mas nem sempre foi assim.

Os gigantescos e jurássicos mainframes (que custavam verdadeiras fortunas, ocupavam salas inteiras e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing-ling atual) surgiram nos anos 1940. Curiosamente, o presidente da gigante IBM, que se tornaria a maior fabricante de computador do mundo, disse, certa vez: “Eu acredito que haja mercado para talvez cinco computadores”.

Trinta anos depois, referindo-se aos ainda incipientes PCs (Personal Computers), o fundador da Digital Equipment Corp. vaticinou: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa”.

O tempo provaria que ambos estava errados (saiba mais sobre a evolução do computador seguindo este link, clicando em Postagem mais recente ao final da leitura e assim sucessivamente, até chegar ao último capítulo).

Na pré-história da computação pessoal, os PCs não tinham drive de HD drive de HD (disco rígido). Os operadores tinham de carregar os programas a partir de fitas magnéticas, semelhantes às miniK7 que o mercado fonográfico popularizou nos anos 1970.

Até o final dos 1980, operar um micro (como os PCs eram chamados então) era bem mais complicado do que hoje em dia. O DOS  (“acrônimo de Disk Operating System ou sistema operacional em disco, numa tradução livre, como foram chamados diversos sistemas operacionais, bastante semelhantes entre si, que dominaram o mercado de PCs IBM e compatíveis entre 1980 e 1995) facilitou bastante essa tarefa, mas exigia alguma intimidade com linguagens de programação e a memorização de dúzias de comandos baseados em textos e parâmetros.

MS-DOS foi o nome que a Microsoft escolheu para batizar sua versão (baseada no QDOS), o sistema operacional propriamente dito nas edições 3.X, nas quais o que aparecia na tela quando o aparelho era ligado não era a área de trabalho, mas o prompt de comando.

Por prompt entenda-se o ponto de entrada para a digitação de comandos internos do computador e do próprio DOS, que era representado pela letra que designa a partição do sistema (geralmente C no caso do HD e A ou B no dos jurássicos disquetes) seguida de dois pontos (:), de uma barra invertida (\) e do sinal de “maior que” (>): C:/>. Outros elementos eram acrescentados conforme se navegava por diretórios, pastas e arquivos. Para convocar o Windows a partir do prompt do DOS (como dito linhas atrás, até o lançamento da versão 95 o Windows era uma simples interface gráfica), digitava-se win à direita do cursor piscante e pressionava-se a tecla Enter.

O MS-DOS foi o primeiro sistema operacional largamente adotado usado em PCs, a despeito de ser pobre em recursos — um de seus maiores defeitos era ser monotarefa — e pouco intuitivo. Os comandos eram sequências de letras, algarismos e caracteres especiais (<, %, $,>, \, $, etc.) que a gente tinha de digitar cuidadosamente, já que bastava um espaço, letra, algarismo ou caractere a mais ou a menos para o sistema nos exibir uma mensagem de erro — daí os “old school hackers” (programadores experientes) dizerem aos “newbies” (iniciantes) que “a máquina faz o que o operador manda, não o que operador quer”.

A janela do prompt daquela época era semelhante à da figura acima, que eu capturei a partir do interpretador de linha de comando do Windows 10 (que oferece duas opções: o prompt de comando e o Windows Power Shell). Repare na figura que, além da unidade seguida dos dois pontos, da barra invertida e do sinal de “maior que”, também é exibido o diretório (local) e a pasta em que os comandos serão executados (no caso, Users/FERNANDO). Mas basta digitar “C..” e pressionar Enter para subir um nível (para a pasta Users) e repetir o procedimento para retornar ao tradicional C:\>.

A partir da edição 95, o Windows deixou de ser uma simples interface gráfica e passou a ser o sistema o sistema operacional propriamente dito, ou quase isso, porque o MS-DOS continuou atuando nos bastidores até 2001, quando a Microsoft lançou o Windows XP, que, por ser baseado no kernel (núcleo) do Windows NT, finalmente cortou o cordão umbilical com o velho sistema. Mesmo assim, as edições subsequentes do Windows continuam integrando um interpretador de linha de comando.

Continua...

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

POR QUE REINICIAR O COMPUTADOR?

VENCE DUAS VEZES QUEM, NO MOMENTO DA VITÓRIA, VENCE A SI MESMO.

Nos primórdios da computação pessoal, Bill Gates teria dito que se a Microsoft fabricasse carros, eles custariam 25 dólares e seriam capazes de rodar 1.000 milhas com um galão de gasolina. Em defesa das montadoras, a GM asseverou que o motor dos "MS-Cars" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, fazendo uma analogia jocosa com os constantes travamentos das antigas edições do Windows (clique aqui para ler a íntegra da resposta).

É certo que a coisa melhorou muito a partir do lançamento do XP, que herdou o kernel (núcleo) do Windows NT, mas isso não significa o fim das instabilidades, travamentos e aborrecimentos que tais, até porque em muitos casos a culpa nem é do sistema, mas de drivers de hardware inadequados, aplicativos mal-comportados, conflitos entre programas e assim por diante. O lado bom da história é que uma saudável reinicialização geralmente repõe o bonde nos trilhos (e o mesmo vale para celulares, smartphones, tablets, modems, roteadores, impressoras, decodificadores de TV por assinatura e dispositivos eletrônicos assemelhados).

Observação: Reiniciar o computador também é fundamental para a correta instalação de uma vasta gama de aplicativos, para o reconhecimento de novos componentes de hardware, para a validação de atualizações de software e para uma vasta gama de tarefas de manutenção.

Vamos ver a seguir por que isso ocorre, mas numa abordagem elementar, livre de detalhes técnicos que fogem ao escopo e às possibilidades desta matéria. Ao final, se pairarem dúvidas sobre o assunto, deixe um comentário e volte amanhã ou depois para ler minha resposta.

1. Alguns dos principais arquivos do sistema (dentre eles o Registro) não podem ser alterados quando o Windows está carregado, de maneira que procedimentos como os mencionados dois parágrafos atrás são validados somente após a reinicialização do computador.

2. Na hipótese de problemas meramente pontuais, reiniciar o aparelho é mais prático e rápido do que tentar descobrir as causas das anormalidades ─ aliás, se o aborrecimento não se repetir de forma contumaz, saber o que o causou é irrelevante; erros recorrentes, no entanto, devem ser investigados a fundo ─ mas isso já outra história e fica para outra vez.

3. Tanto o sistema quanto os aplicativos e arquivos que manipulamos são carregados na memória RAM. Mesmo que o Seven 64-bits seja capaz de gerenciar até 192 GB de RAM, e que máquinas top de linha tragam algo entre 6 GB e 8 GB dessa memória, ela sempre será finita. E à medida que a RAM se esvai, a memória virtual entra em ação para impedir as aborrecidas mensagens de memória insuficiente (muito comuns nas edições antigas do Windows), mas como ela é baseada no disco rígido (que é muito mais lento que a memória física), o resultado é uma significa redução do desempenho global do sistema. Então, para restabelecer o status quo ante, reinicie seu computador.

4. Qualquer programa em execução ocupa espaço na memória, mas alguns não liberam esse espaço quando são encerrados. Outros, ainda, tornam-se gulosos durante a sessão e vão se apoderando de mais e mais memória. O resultado é lentidão generalizada e, em casos extremos, travamentos com direito à exibição de uma tela azul da morte. A boa notícia é que geralmente basta reiniciar o computador para tudo voltar a ser como dantes no Quartel de Abrantes.

5. Costuma-se dizer que reinicializar frequentemente o PC reduz a vida útil do HD, embora esse componente seja dimensionado para suportar um número de ciclos liga/desliga capaz de suportar improváveis 20 reinicializações diárias por mais de seis anos. Então, muita gente prefere deixar o sistema em stand-by ou em hibernação. Ambas as alternativas são válidas, naturalmente, mas somente porque fazem a máquina "despertar" bem mais rapidamente do que um boot convencional. O problema é que prolongar uma sessão do Windows por dias a fio (mesmo que ela seja seccionada por suspensões e/ou hibernações) irá fatalmente implicar em lentidão ou instabilidades que podem levar a um crash total. Portanto, não deixe de reiniciar a máquina ao menor sinal de problemas iminentes.

Observação: Vale também fazer logoff e tornar a se logar, ou então esvaziar o cache do sistema (como vimos numa postagem publicada no último dia 23). Se o problema persistir, reinicie o computador e um abraço.

6. Conforme foi explicado em outras postagens, DLL é a sigla de Dynamic Link Library e remete a uma solução (desenvolvida pela Microsoft) mediante a qual as principais funções utilizadas pelos aplicativos são armazenadas em "bibliotecas" pré-compiladas e compartilhadas pelos executáveis. Assim, quando um programa é encerrado, os arquivos DLL que ele utiliza permanecem carregados na memória, já que existe a possibilidade de ele voltar a ser aberto ou de o usuário executar outros programas que compartilham as mesmas bibliotecas. Com o passar do tempo, no entanto, isso acarreta num desperdício significativo de RAM e, consequentemente, aumenta o uso do swap-file (arquivo de troca da memória virtual). Como a RAM é uma memória volátil ─ ou seja, capaz de reter os dados somente enquanto está energizada ─, a reinicialização "zera" os dados nela gravados e faz com que o sistema ressurja lépido e fagueiro (ou nem tanto, dependendo do tempo de uso e da execução ou não dos procedimentos de manutenção que eu sugiro regularmente aqui no Blog, mas isso também é outra história e fica para outra vez).

Resumo da ópera: Mesmo não sendo tão suscetível a crashes quanto seus antecessores, há situações que o Seven só consegue contornar mediante uma oportuna reinicialização ─ que tanto pode ser levada a efeito pelo próprio sistema quanto pelo usuário, conforme a configuração vigente. Com um pouco de sorte (e alguma oração, se você tem fé), isso fará com que o aparelho volte a funcionar normalmente.

Observação: Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligá-lo logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e não é minha intenção encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente, todavia, que desligar o computador interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Já se recorremos à opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subseqüente pode não ser suficiente para permitir que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia. Então, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de um ou dois minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária.

Boa sorte a todos e até mais ler.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

AINDA SOBRE COMO SOLUCIONAR PROBLEMAS NO WINDOWS, PROMPT DE COMANDO E WINDOWS POWERSHELL (CONTINUAÇÃO)


AS LEIS SEMPRE SE ADAPTAM ÀS PAIXÕES E AOS PRECONCEITOS DO LEGISLADOR.

Como vimos na postagem anterior, mesmo depois que deixou de ser uma simples interface gráfica baseada no MS-DOS o Windows manteve um interpretador de linha de comando, de modo a permitir a interação do usuário com o computador através de comandos baseados em textos e parâmetros.

Claro que usar a interface gráfica do sistema, com suas janelas, menus e ícones clicáveis, é muito mais fácil, mas o Prompt ainda tem serventia, e o PowerShell, mais moderno e pródigo em recursos, faz a festa dos saudosistas de plantão e de quem, para exibir seus “avançados conhecimentos”, usa comandos até para enviar emails.

Com o lançamento do Windows XP  baseado no kernel do WinNT , o command.com do velho DOS, que integrava as edições 3.x e 9x/ME, foi substituído pelo cmd.exe, que, mais recentemente, cedeu lugar ao Windows PowerShell. No Windows 10, se você der um clique direito no botão que convoca o menu Iniciar (ou pressionar o atalho Win+X), verá que as opões exibidas no menu suspenso são Windows PowerShell e Windows PowerShell (Admin).

Se você se inclui entre os muitos usuários que não apreciaram essa mudança, abra o menu Iniciar e clique em Personalização. Na janela seguinte, clique em Barra de Tarefas; na próxima, localize a opção que permite substituir o Prompt de Comando pelo Windows PowerShell e mova o botão de controle para a posição “desativado” (oriente-se pela imagem que ilustra esta postagem). Feito isso, dê um clique direito sobre o botão Iniciar (ou teclar Win+X) e confira o resultado.

Preferências pessoais à parte, o PowerShell está para o Prompt de comando como o MS-Word para o Bloco de Notas. Seus recursos, bem mais aprimorados, facilitam a criação de comandos e scripts em linguagem C # (PowerShell e C # são integrados ao .NET Framework da Microsoft) e permitem, por exemplo, a execução remota e automação de tarefas, a execução de tarefas em segundo plano, a tubulação de comando, etc. Trocando em miúdos: o PowerShell é mais adequado a usuários avançados, enquanto o Prompt de comando atende às necessidades básicas dos leigos e iniciantes, ainda que a maioria de nós passe muito bem sem nenhum dos dois

Na próximo capítulo, voltaremos às ferramentas DISM e SFC, que, como precisam ser executadas via linha de comando, me levaram a tecer as considerações expendidas nesta postagem e na anterior.

terça-feira, 12 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO RESOLVER REPARANDO SEU PERFIL DE USUÁRIO DO WINDOWS (CONTINUAÇÃO)

A VERDADE ESTÁ COM QUEM CONTA A HISTÓRIA.

Prosseguindo do ponto onde paramos no capítulo anterior, ao lançar o Windows XP — que, ao contrário ao contrário do seu predecessor, foi um sucesso de público e de crítica e substituiu com maestria o festejado Win98SE, tido e havido por muita gente como o melhor Windows de todos os tempos — a Microsoft corrigiu a falha de segurança do Windows Millennium Edition. 

O nome XP deriva de "eXPerience", e a edição, que era baseada no kernel do Windows NT, ganhou diversos aprimoramentos de segurança e privacidade, dentre os quais a possibilidade de criar contas de contas de usuário-padrão — até então, só era possível criar as todo-poderosas contas de Administrador do sistema. Mas a maioria dos usuários ignorou solenemente as vantagens da conta limitada, em parte porque muitos aplicativos de então, desenvolvidos para a plataforma 9x/ME, não funcionavam direito sem poderes administrativos.

Quando lançou o Windows Vista — outro fiasco de público e de crítica —, a Microsoft desenvolveu o Controle de Conta de Usuário (UAC), que limita os poderes do administrador e, por tabela, impede que aplicativos e processos gravem arquivos em pastas do sistema (em partições NTFS) e alterem as chaves HKEY_LOCAL_MACHINE e HKEY_CLASSES_ROOT do Registro (que afetam todos os usuários). Assim, sempre que um programa precisa de amplos poderes administrativos (ou pede elevação, como se costuma dizer), uma caixa de diálogo solicitando a autorização é exibida.

Muita gente ainda reluta em usar uma conta limitada por achar que não poderá rodar programas ou executar uma série de tarefas, mas isso só se verifica no caso de o usuário não ter uma conta de administrador. Se tiver, ele poderá fazer praticamente tudo que faz com a conta administrativa, bastando informar a respectiva senha quando lhe for solicitado. Sem mencionar que, para executar um aplicativo com prerrogativas administrativas, é só dar um clique direito sobre o ícone do programa e escolher a opção “executar como administrador”.

Se você se logar com uma conta limitada e desconfigurar o sistema, ou for infectado por um vírus, por exemplo, terá apenas de sair e se logar como administrador, criar uma nova conta limitada e excluir o perfil comprometido em vez de reinstalar o Windows — procedimento trabalhoso, sobretudo para personalizar o sistema, reinstalar os aplicativos, recuperar os backups de arquivos pessoais, e assim por diante. Portanto, mesmo que ninguém mais tenha acesso ao seu PC, não deixe de criar um conta local e usá-la no dia a dia, deixando a conta administrativa para situações em que ela for realmente necessária (veremos mais adiante como fazer isso).

O fato é que, com o relativo barateamento do hardware, o surgimento do iPhone (em 2007), a posterior popularização dos smartphones e, mais adiante, dos tablets, o famigerado “computador da família” entrou em decadência senil. Hoje em dia, com um plano de banda larga fixa e um roteador wireless estrategicamente posicionado, todos os membros da família (ou qualquer pessoa que esteja no raio de alcance do dispositivo e conheça a senha da rede) podem acessar a internet em praticamente qualquer lugar da casa. O que se compartilha, portanto, é apenas o sinal da rede Wi-Fi. Além disso, os planos de dados das operadoras de telefonia móvel celular permitem navegar na Web em trânsito ou em praticamente qualquer lugar — desde que haja sinal e que o interessado não tenha esgotado sua cota mensal, naturalmente.

Continuamos na próxima postagem.  

sexta-feira, 11 de abril de 2014

CONTROLE DE CONTAS DE USUÁRIO NO WINDOWS 7 - Final.

CADA MACACO NO SEU GALHO!

Prosseguindo como que dizíamos ontem, é indiscutível que o UAC aprimora a segurança do sistema, de modo que à resposta à pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é SIM, até porque qualquer camada a mais de proteção é sempre bem-vinda. No entanto, tenha em mente que o UAC não torna o PC idiot proof a ponto de protegê-lo do próprio usuário.

Observação: Quem não dispõe de um arsenal de defesa responsável e faz pouco das recomendações básicas de segurança não demora a ser vítima de um vírus, spyware ou outro tipo qualquer de código malicioso, e aí não adianta culpar o sistema. Por outro lado, se o incauto se logar com uma conta limitada, os estragos feitos pela praga serão igualmente limitados, de maneira que bastará fazer logon com outra conta para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (o que, convenhamos, é mais fácil e rápido do que reinstalar o Windows).

No Seven, a conta limitada dá acesso à maioria dos recursos do sistema, conquanto impeça a instalação ou desinstalação de programas, drivers ou dispositivos de hardware, além de obstar a modificação de arquivos indispensáveis ao funcionamento do PC e configurações que afetem outros usuários ou a segurança global da máquina. Para rodar aplicativos que exijam poderes administrativos, todavia, não é preciso fazer logoff e tornar a se logar como administrador; basta indicar sua conta privilegiada e digitar a senha correspondente.
Se você se sentir incomodado com as constantes mensagens do UAC, acesse o Painel de Controle, clique em Contas de Usuário > Alterar configurações de Conta de Usuário, mova o controle deslizante para a posição Nunca notificar, dê OK e reinicie o computador (para reativar o recurso, siga os mesmos passos e mova a barra deslizante para a posição anterior).
Já para executar o Seven com uma conta limitada, primeiro é preciso criá-la. Se você está migrando agora para essa edição do Windows, acesse o Painel de Controle e, em Contas de Usuário, clique em Gerenciar outra conta > Criar uma nova conta, dê um nome à conta, marque a opção desejada e confirme. Caso venha usando essa versão do sistema com a conta de administrador criada durante a instalação, o melhor a fazer é rebaixá-la (isto é, transformá-la numa conta-padrão) e criar outra conta privilegiada – de modo a evitar a perda de suas configurações pessoais. Para tanto, repita os passos anteriores, crie a nova conta, atribua-lhe poderes de administrador e uma senha (caso surja uma mensagem dizendo que você irá perder todos os arquivos criptografados com EFS, certificados pessoais, senhas armazenadas, ignore-a e siga adiante). Clique então em Gerenciar outra conta, dê duplo clique sobre a conta de administrador que você quer rebaixar, clique em Alterar o tipo de conta, marque a opção Usuário padrão, confirme, feche as janelas e reinicie o computador.

Antes da nossa tradicional piadinha de final de semana, resolvi reproduzir aqui a "carta de despedida" que o XP "escreveu de próprio punho" e endereçou a todos os usuários e amigos. Confira:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

Passemos agora ao humor de sexta-feira:

TESTE DO BAFÔMETRO EM PORTUGAL.

Um indivíduo, bêbado que nem um cacho, foi mandado parar para um teste de alcoolemia. Diz o guarda:
- O sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. Guarda. A minha sobrinha casou hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete, enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e, à noite na festa, bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e que isto é um controle de alcoolemia?
- Sei perfeitamente, Sr. Guarda. E o Sr. Guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?


Brincadeira, evidentemente, mas não seu um fundo de verdade (risos).
Bom final de semana a todos.