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quarta-feira, 26 de março de 2025

PREVISÕES E MAIS PREVISÕES

FUJA DOS POBRES ENRIQUECIDOS E DOS RICOS EMPOBRECIDOS.

 
O mundo avançou mais nos últimos dois séculos do que desde a invenção da roda até Revolução Industrial. Ainda estamos longe do futuro à la The Jetsons, onde carros voadores, faxineiras-robôs e férias em Marte fazem parte do cotidiano, mas já temos telefones celulares, relógios inteligentes e televisores com telas ultrafinas. Robôs de aparência humanóide — como a Rosinha do desenho — estão sendo desenvolvidos, e aspiradores autônomos dividem espaço com os convencionais nas prateleiras das lojas de eletrodomésticos. Quanto a carros voadores, o Genesis X1 e modelos da empresa de mobilidade aérea urbana Eve, da Embraer, devem estar disponíveis no ano que vem.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Ontem, após rejeitar as preliminares levantadas pelas defesas, a primeira turma do STF suspendeu a sessão e adiou para as 9h30 de hoje a decisão de promover Bolsonaro e outros sete denunciados a réus.
Na segunda-feira, depois de rejeitar o pedido de suspeição de Moraes, Dino e Zanin, o ministro Nunes Marques teve uma recaída de bolsonarite aguda e interrompeu o julgamento da deputada Carla Zambelli quando o placar era de 4 a 0 pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada em outubro de 2022 (Zanin e Toffoli anteciparam seus votos, formando maioria pela condenação da parlamentar).
O pedido de vista chegou ao STF em 1997, de carona com o deputado Nelson Jobim, que ganhou a suprema toga do então presidente FHC. Em tese, sua finalidade é dar mais tempo aos magistrados para estudar os autos, mas na prática ele serve para obstruir a votação e adiar uma decisão uma decisão contrária ao entendimento do ministro que recorre a esse estratagema.
Pelo regimento interno do STF, a devolução dos autos deve ser feita até a segunda sessão subsequente à do pedido de vista, mas ninguém se atém a isso. Na maioria das vezes, o autor do pedido só devolve o processo quando vislumbra a possibilidade de um ou mais colegas mudarem o voto, ou quando a maioria formada já não faz mais diferença. O ministro Ayres Britto, aposentado em 2012, alcançou a marca de 76 pedidos de vista, dos quais 70 não haviam sido devolvidos quando ele deixou o tribunal.
O que o ministro-tubaína fez foi empurrar com a barriga uma condenação inevitável, o que só faz sentido se a intenção for não "contaminar" o julgamento da admissibilidade da denuncia contra Bolsonaro et caterva por tentativa de golpe de estado e outros crimes. Não sei se foi esse o caso, mas a mim me parece um bom palpite.

No desenho, o jetpack era o sonho de consumo dos telespectadores mirins, mas a tecnologia já existe  — em 2021, a JetPack Aviation vendeu unidades para militares de um país do sudeste asiático. No campo das viagens espaciais, um estudo científico que tomou como base o voo dos albatrozes sugere que é possível aproveitar os ventos gerados pelo Sol para alcançar até 2% da velocidade da luz, permitindo que espaçonaves ultrapassem os limites do Sistema Solar — como já fizeram as sondas Voyager, lançadas pela NASA em 1977, que já alcançaram o espaço interestelar.
 
Nem todas as previsões feitas em filmes de ficção, como a trilogia De Volta para o Futuro, se concretizam (vale a pena conferir 13 pisadas na bola  da saga criada em 1989, que previu como seria o mundo dali a 26 anos), mas mantos de invisibilidade — como o usado por Harry Potter (criação de J.K. Rowling) — não só foram desenvolvidos a partir de metamateriais que fazem a luz contornar o objeto coberto, como também vêm sendo constantemente aprimorados.
 
Quando a Apollo 11 alunissou (1969), previu-se que, em poucos anos, as viagens interplanetárias seriam corriqueiras. Mas até agora, o que conseguimos foram robôs em Marte e sondas explorando os confins do Sistema Solar — o que, convenhamos, não é pouco. Em 1995, a BBC veiculou o programa Tomorrow's World, onde pensadores renomados especulavam sobre os avanços tecnológicos das três décadas seguintes. Um desses episódios contou com o astrofísico Stephen Hawking, que afirmou que poderíamos esperar "grandes mudanças" para 2025.
 
Com uma frase tão vaga, fica difícil errar (daí o sucesso de cartomantes, videntes e horoscopistas de tabloides, que fazem previsões genéricas, como "aquarianos devem cuidar da saúde", "librianos precisam evitar investimentos arriscados" ou "piscianos terão novidades no campo sentimental"). Mas a equipe do Tomorrow’s World foi mais longe, prevendo que, até o ano 2000, a web estaria sob o controle de "barões empresariais" e grandes bancos. Embora a internet tenha permanecido de acesso livre, os maiores espaços e sites são propriedade de poucas corporações, que controlam os algoritmos e o que os usuários podem acessar. 
 
A mineração espacial, que era considerada uma grande indústria para 2025, ainda não aconteceu, e tampouco as viagens do Reino Unido para a Índia em 40 minutos, mas óculos de realidade virtual, alto-falantes inteligentes como a Alexa e até hologramas estão cada vez mais presentes. Filmes distópicos ambientados em 2025 frequentemente retratam desastres e tragédias ecológicas. Future Hunters (1986) descreve a Terra como um grande deserto. Mesmo que essa previsão apocalíptica não tenha se concretizado, a ONU estima que até 2045, 135 milhões de pessoas serão deslocadas devido à desertificação. 

Talvez o filme de ficção que mais se aproxima da realidade de 2025 seja Ela (2013), que abordou a relação crescente da sociedade com inteligências artificiais conversacionais. Hoje, já existem assistentes virtuais e chatbots que servem como companhia para muitas pessoas, seja por carência, entretenimento ou pura conveniência.
 
Continua...

quarta-feira, 19 de março de 2025

TELETRANSPORTE QUÂNTICO

HOUVE UM TEMPO EM QUE AS PESSOAS ME DECEPCIONAVAM; HOJE ELAS APENAS CONFIRMAM MINHAS TEORIAS.


Na série Jornada nas Estrelas, os tripulantes da Enterprise pronunciavam a palavra "Energia" e eram desmaterializados e remontados instantaneamente em outro local, sem qualquer vestígio do deslocamento físico. 

A ideia de viajar sem percorrer o espaço é fascinante, mas essa versão do teletransporte ainda é "coisa de ficção". Ainda, porque a ciência tem explorado conceitos surpreendentemente próximos. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em mais um evento de pré-campanha bancado pelos contribuintes, Lula esbravejou: "Estou querendo descobrir onde é que teve um ladrão que passou a mão, que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro". Para isso, bastaria que ele se olhasse no espelho. 
O preço dos ovos e de quase todos os demais alimentos está nas alturas por causa da gastança desenfreada do próprio governo, pela concessão de crédito farto e auxílios assistenciais que irrigam a economia artificialmente, pela desvalorização do real como consequência da falta de credibilidade do país e pela incapacidade de produção de alguns segmentos, estagnados pela falta de investimentos, decorrente dos altos juros que o Banco Central é obrigado a manter por conta da irresponsabilidade e incompetência do governo federal. 
Além da contribuição de amigos empresários como Joesley e Wesley Batista e de mensaleiros que também tiveram as condenações anuladas depois do desmonte da Lava-Jato (como José Dirceu), o novo presidente do Senado concedeu um dia de folga a cada três dias trabalhados aos servidores da Casa, além de aumentar-lhes o vale alimentação em 22%, para R$ 1,7 mil mensais e destinar 15 milhões de reais a uma ONG ligada a um assessor seu, e o novo presidente da Câmara quer aumentar o número de parlamentares federais no Congresso que é o segundo mais caro do planeta (atrás apenas do americano). Na esfera do Judiciário, além dos 60 dias de férias, finais de semana e feriados prolongados, salários e benefícios nababescos, que nos custam mais de R$ 130 bilhões por ano, temos lagostas e vinhos importados nas cortes superiores regando os jantares dos togados, e lencinhos e gravatas distribuídos aos ilustres visitantes.
Sob a terceira gestão de Lula — que se considera a "alma viva mais honesta do Brasil", mesmo tendo sido condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro (lembrando que a posterior anulação das penas pelo STF, sob o pretexto de incompetência territorial da 13ª Vara Federal de Curitiba, não o inocentou) —, o rombo das estatais é recorde. Mas isso não as impede de destinar dezenas, centenas de milhões de reais em patrocínios de eventos escolhidos a dedo por Janja. Aliás, em tempos de déficit fiscal descontrolado, Lula ainda quer regar os cofres de agências de publicidade e veículos de comunicação amigos com cerca de R$ 3,5 bilhões em 2025.
E viva o povo brasileiro, que, por despreparo, incompetência e ignorância, faz a cada dois anos o que Pandora fez uma única vez por curiosidade.

O teletransporte quântico, por exemplo, que Einstein chamou certa vez de "ação fantasmagórica à distância", não envolve a transferência de matéria, mas de informações entre partículas entrelaçadas, e pode ter implicações revolucionárias para a comunicação e a computação quântica. A chave para esse processo é o entrelaçamento quântico: quando duas partículas estão entrelaçadas (ou emaranhadas, como alguns preferem dizer), a alteração no estado de uma delas provoca uma mudança imediata na outra, independentemente da distância que as separa. 

 

Estudos anteriores indicavam a interrupção do emaranhamento quântico em comprimentos de onda próximos aos utilizados pelo tráfego comum da internet. Usando uma interface de rede fotônica, pesquisadores da Universidade de Oxford (UK) conectaram com sucesso dois processadores quânticos separados para formar um único computador quântico totalmente conectado. Colocando os qubits em posições específicas dentro da fibra óptica, o emaranhamento não foi afetado. A informação transferida de um fóton para outro, com a velocidade da luz, sem que o fóton original se movesse fisicamente.

 

Ainda existem desafios significativos a superar, como a criação de infraestruturas robustas e a correção de erros quânticos, mas o futuro é promissor, sobretudo num mundo cada vez mais digital, onde redes quânticas podem revolucionar a forma como os dados são processados e transmitidos, levando a avanços significativos em áreas como pesquisa médica, modelagem climática e otimização de processos industriais. 

Por outro lado, o teletransporte de dados, objetos físicos e seres vivos envolve desafios de complexidade muito diferentes. Enquanto o teletransporte de informação se aproveita de propriedades quânticas da natureza, o transporte de matéria exigiria transformar um objeto em informação e, em seguida, a informação captada em uma reprodução em outro lugar usando uma espécie de impressora 3D. Como o processo de transformar o objeto em informação envolve sua "destruição", a cópia criada pode não ser perfeita. 

A física quântica trata de interações entre partículas, que são menores que o átomo, e a quantidade de informações necessárias para mapear e reconstruir um ser vivo é astronômica. Para teletransportar um ser humano, por exemplo, pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, estimaram que seria necessário acumular mais informação do que todos os computadores que existem atualmente são capazes de armazenar, bem como rearranjar todos os átomos, célula por célula, em um processo que levaria 350 mil vezes mais tempo do que o Universo conhecido tem de idade (13,8 bilhões de anos). Embora isso seja teoricamente, a tecnologia atual está longe de tornar isso realidade.
 
Falando em soluções inovadoras, uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pelo Google resolveu, em apenas 48 horas, um problema que cientistas do Imperial College London levaram uma década para solucionar. 

Batizado de "co-scientist" e baseado no modelo Gemini 2.0 — criado para atuar como colaborador virtual em pesquisas científicas e biomédicas —, o sistema confirmou a hipótese dos pesquisadores sobre a resistência de algumas superbactérias a antibióticos e ainda sugeriu quatro outras soluções plausíveis, uma das quais jamais havia sido considerada pela equipe.

sexta-feira, 7 de março de 2025

WHATSAPP — COMO SABER SE VOCÊ FOI BLOQUEADO

A RELIGIÃO É COMO UM PAR DE SAPATOS. SINTA-SE À VONTADE PARA BUSCAR UM QUE LHE SIRVA, MAS, SE ENCONTRAR, NÃO TENTE OBRIGAR NINGUÉM A CALÇÁ-LOS.

O WhatsApp bloqueia a conta de quem for bloqueado muitas vezes num período de 24 horas, mas não informa depois de quantas vezes isso acontece nem oferece uma maneira direta para o usuário descobrir se foi bloqueado ou quem o bloqueou. No entanto, uma ferramenta do própria plataforma pode ajudar a investigar.

Para criá-la, abra o WhatsApp, toque no ícone Conversas (no canto inferior direito da tela), em Nova Transmissão (no topo da janela), adicione os contatos que você acha que o bloquearam, toque em Criar (ou Concluído, dependendo da versão) e envie uma mensagem (como "Olá" ou "Teste") para essa lista 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em resposta à declaração do governo americano de que 'bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o governo brasileiro recebeu a manifestação com surpresa e rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais". 
Parlamentares alinhados a Bolsonaro criticaram a nota do Itamaraty, apoiadores de Lula acusaram Eduardo Bolsonaro de influenciar o posicionamento crítico às decisões do ministro Alexandre de Moraes, e o líder do PT na Câmara solicitou à PGR uma investigação criminal e a cassação do passaporte diplomático de Zero Três. 
Moraes, defendendo a soberania brasileira, declarou que "deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822" — embora historicamente o Brasil tenha deixado de ser colônia em 16 de dezembro de 1815, quando foi elevado a Reino Unido com Portugal e Algarves.
As relações entre os dois países deterioraram depois que Trump e seus aliados saíram em defesa das grandes empresas de tecnologia e das forças políticas que veem a regulação dessas plataformas como restrição à liberdade de expressão. 
O Brasil, já sob escrutínio do governo americano por sua atuação no grupo dos Brics, vê agora desvanecer a expectativa de que pragmatismo e negociação pudessem amenizar as tensões com a calopsita do penacho alaranjado.

Um tique cinza () indica que a mensagem foi enviada, e dois tiques cinzas (√√), que ela foi entregue. Os tiques só mudam de cinza para azul depois que o destinatário visualiza a mensagem, e a atualização nem sempre é instantânea. Assim, a mensagem continuará com um único tique cinza se o celular do destinatário estiver desligado ou sem conexão. Por outro lado, se depois de algumas horas (ou dias, para quem acredita em Papai Noel) houver apenas um tique cinza ou nenhum, é provável que o destinatário tenha bloqueado o remetente da mensagem.

Esse método não é infalível, já que os contatos podem ter desativado a confirmação de leitura, mudado o número ou deixado de usar o WhatsApp. Portanto, verifique a foto de perfil e o status do contato: se eles desapareceram ou não mudaram há muito tempo, é possível que você tenha sido bloqueado. 

Como é possível que a pessoa tenha restringido essas informações — e o mesmo vale para a "última vez online" e o "status online", que podem ser desativados nas configurações de privacidade —, tente adicionar o contato suspeito a um grupo. Se você não conseguir, é provável que a pessoa o tenha bloqueado. 

Vale também pesquisar o nome do contato na barra de busca do WhatsApp e verificar se a foto de perfil e o recado embaixo do número de telefone aparecem. Se não aparecerem, faça uma chamada de voz ou de vídeo pelo aplicativo. Caso a chamada não seja completada, ligue para a pessoa usando outro telefone; se ela atender, suas suspeitas estarão confirmadas.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

SOMOS FEITOS DE POEIRA DE ESTRELAS?

PARA ENCONTRAR RESPOSTAS É PRECISO PRIMEIRO COMPREENDER AS PERGUNTAS.


Em 2022, cinco anos após cientistas do Reino Unido, Alemanha e China terem encontrado nosso antepassado mais remoto — o Saccorhytus, que viveu há 540 milhões de anos e seria o ancestral dos peixes e, por extensão, dos seres humanos —, um estudo revelou que a grande boca cercada por espinhos fora interpretada erroneamente como brânquias, e que a afinidade evolutiva do microfóssil estava ligada aos ecdisozoários.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Uma das maiores virtude do ser humano é reconhecer as próprias limitações, mas há seres humanos e seres humanos. Do alto de um ego de proporções "zepelinianas", Lula já se definiu como uma ideia e se comparou a Jesus Cristo. Agora, aos 79 anos, afirma ter a energia que tinha aos 30. 
À luz detergente da realidade, alegações como essa se traduzem em ilusão. Desde o início do atual (e queria Deus derradeiro) mandato, sua alteza passou por uma cirurgia no quadril e uma blefaroplastia, teve pneumonia e bursitecaiu no banheiro e foi submetido a duas cirurgias para drenar uma hemorragia intracraniana. 
Envelhecer em gozo de boas condições mentais e físicas é motivo de comemoração, mas as diferenças entre o xamã petista de agora e o de duas décadas atrás evidenciam que 79 anos não são 57 (idade que ele tinha ao ser eleito pela primeira vez). 
Lula poderia ter abrilhantado sua biografia cedendo espaço na ribalta ao sair do segundo governo com 80% de aprovação popular e seguindo como a eminência mais clara da política brasileira, mas o ego inflado o levou a apostar na insistência. 
Hoje, o macróbio mal chega à metade daquele índice, segundo pesquisas atuais, e já vê a antes remota hipótese de não concorrer à reeleição sendo posta na mesa de avaliações sobre o cenário de 2026 como uma possibilidade objetiva.

Escoradas no Gênesis, que teria sido escrito por Moisés por volta de 1500 a.C, as religiões abraâmicas sustentam que Deus criou o mundo e Adão e Eva em seis dias (em outubro de 4004 a.C.) e descansou no sétimo. Segundo a Ciência, o Universo tem 13,78 bilhões de anos, a Terra, 4,5 bilhões de anos, os primeiros microrganismos surgiram há cerca de 3,5 bilhões de anos, os primatas, há 65 milhões de anos, os primeiros hominídeos, há 20 milhões de anos, e a separação entre os ramos que levaram aos humanos e aos chimpanzés ocorreu entre 6 e 8 milhões de anos atrás.

O gênero Homo surgiu há cerca de 2,5 milhões de anos. O Homo Habilis sucedeu ao Australopithecus e o Homo Sapiens evoluiu do Homo Erectus há coisa de 300 mil anos). O Sahelanthropus Tchadensis foi o precursor de uma linhagem de primatas iniciada pelo Orrorin tugenensis, que foi primeiro hominídeo bípede. 

Observação: Curiosamente, a "mulher sapiens" nasceu em Belo Horizonte (MG) em 1947 d.C., foi eleita presidenta do Brasil em 2010, reeleita em 2014 e impichada em 2016 — mas isso é outra conversa. 
Continente Africano, especialmente a região correspondente ao atual Quênia e Etiópia, é considerado o "berço da humanidade", onde nossos ancestrais desenvolveram características como o polegar opositor e o bipedismo, e de onde eles emigraram entre 100 mil e 50 mil anos atrás para diversas partes do planeta.

Outras teorias sugerem que a colonização dos demais continentes começou há cerca de 1,9 milhão de anos, quando o Homo erectus já era um ser mais avançado. A essa primeira saída seguiram-se outras duas: uma há 650 mil anos e a mais recente, há 130 mil anos. Cada vez que se deparavam com grupos que haviam saído antes, eles se cruzavam, deixando descendentes (clique aqui para saber mais sobre a evolução humana). 

A Cosmologia revela que o Universo passou por três grandes eras desde o Big Bang: a era da radiação, a da matéria e a atual, da energia escura. A segunda foi marcada pela transição da matéria primordial, que consistia principalmente em prótons, nêutrons, elétrons e fótons, para a formação dos primeiros átomos neutros de hidrogênio e hélio. A descoberta de que os elementos químicos são forjados no interior das estrelas é atribuída ao astrofísico britânico Arthur Eddington, um dos pioneiros na compreensão dos processos nucleares que ocorrem nas estrelas.

A jornada da matéria começa em gigantescas nuvens cósmicas (conhecidas como nebulosas), compostas principalmente de hidrogênio e hélio, que serviram como berçário para a formação de estrelas. Sob a influência da gravidade, regiões densas no interior dessas nuvens começam a colapsar, formando protoestrelas. À medida que uma protoestrela se contraia, a temperatura e a pressão em seu núcleo aumentavam, gerando reações nucleares que transformam hidrogênio em hélio e liberam imensas quantidades de energia luminosa.

O verdadeiro espetáculo cósmico ocorre quando estrelas massivas atingem o fim de suas vidas e explodem em supernovas, espalhando elementos mais pesados que o hélio, como carbonooxigênio e nitrogênio, essenciais para a vida como a conhecemos.

Ainda não se sabe qual supernova forneceu os elementos pesados que compõem nosso sistema solar, mas a conexão entre estrelas e seres humanos é inegável. Cada átomo do nosso corpo carrega uma história cósmica, remontando às profundezas do universo. Supõe-se que a explosão de uma supernova próxima enriqueceu a região do espaço onde nosso sistema se formou com os elementos necessários para o surgimento dos planetas e da vida. 

Embora essa hipótese seja fascinante, ainda há muito a descobrir e confirmar.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

DANDO NOME AOS BOIS



Patriotismo e chauvinismo parecem conceitos semelhantes à primeira vista, mas carregam diferenças profundas. Confundir um com o outro é como misturar alhos com bugalhos, capitão-de-fragata com cafetão de gravata ou a obra do mestre Picasso com a pica de aço do mestre-de-obras. Chamamos patriotismo a um sentimento baseado em valores nobres, voltado para o bem-estar do país. Já a palavra chauvinismo deriva do nome de um soldado francês, Nicolas Chauvin, famoso pela lealdade cega a Napoleão Bonaparte, donde o termo ser usado com o sentido de nativismo irracional, fanático, com pitadas de psicopatia. 


Como exemplo de patriotismo, cito as manifestações pelas Diretas-Já nos anos 1980; como exemplo de chauvinismo, a depredação das sedes dos Três Poderes protagonizada em 8 de janeiro de 2023 por uma récua de bolsonaristas lunáticos (com o perdão da redundância), que cantam o hino nacional para pneus, pedem ajuda a ETs e trotam para a Avenida Paulista sempre que seu "mito" sopra o berrante.

 

Em tempos de polarização, o que os peseudopatriotas chamam de patriotismo é na verdade um chauvinismo viceral, guiado pelo ódio a quem pensa diferente (veja-se o Brexit no Reino Unido e à invasão do Capitólio no EUA). No Brasil, esse fenômeno ganhou força durante a disputa presidencial de 2018 (não que campanhas eleitorais movidas pelo ódio sejam novidade nesta banânia), mas sua origem remonta ao final dos anos, quando Lula plantou a semente da cizânia com seu discurso de "noff contra eleff" (lembrando que os embates entre PT e PSDB eram mais ou menos civilizados). 


O detalhe — e o diabo mora nos detalhes — é que a raiva, quando industrializada, costuma ter um desfecho ruim. Jânio renunciou. Collor foi impichado. Bolsonaro perdeu a reeleição, ficou inelegível e vive sob a ameaça de uma sentença criminal (que, lamentavelmente, demora a acontecer). E a última pesquisa Quaest trouxe dados preocupantes para o Planalto e para o comitê eleitoral do PSOL em São Paulo: às vésperas do primeiro turno, a aliança de Boulos com Lula ainda não decolou — o apadrinhado atraiu apenas 43% dos eleitores paulistanos que votaram em seu padrinho na sucessão presidencial de 2022. 


Observação: Devido a essa "lulodependência", o vexame será compartilhado pelo padrinho se o afilhado não passar para segundo turno. Nessa hipótese, Lula perderia tanto para a direita representada por Tarcísio de Freitas, padrinho de Nunes, quanto para a ultradireita personificada em Marçal, que cresceu à revelia de Bolsonaro.

 

O cenário segue de empate triplo, mas Nunes e Marçal cresceram além da margem de erro, e Boulos ficou abaixo do patamar tradicional da esquerda (em Sampa), que gira em torno de 30%. Para agravar a situação, o ex-chefe do MTST vem perdendo terreno em áreas onde esperava crescer.


Em última análise, o mago memes e dos recortes foi enfeitiçado pelo próprio feitiço no debate da TV Cultura. Privado pelas artimanhas do sorteio de trocar farpas com os dois candidatos mais bem-postos nas pesquisas, Marçal esmerou-se nas provocações ao quinto colocado, levou uma cadeirada, tentou a administrar a agressão com método. Percebendo que seu plano de migrar da posição de encrenqueiro profissional para a de vítima havia micado, recalibrou rapidamente o discurso, queixou-se da falta de solidariedade dos adversários e declarou-se pronto para a guerra. Aprendeu da pior maneira um velho ensinamento de Tancredo Neves: a esperteza, quando é muita, engole o dono.

 

Costuma-se dizer que macaco esconde o rabo para falar mal do rabo alheio. Ao cobrar serenidade de Datena depois de fustigá-lo na noite de domingo, Marçal sentou-se no próprio cinismo. Vivo, Charles Darwin diria que a campanha municipal de São Paulo é a prova de que o ser humano não só parou de evoluir como fez o caminho inverso, rumo às cavernas.


Desde que Marçal revelou que se faz de idiota nos debates porque "o público gosta disso" aguardava-se um fato que justificasse o uso do ponto de exclamação que se escuta quando as pessoas dizem "não é possível!" Pois bem, o sinal foi dado: no debate Rede TV-UOL, constatada a impossibilidade de controlar quem age ou reage como se tivesse parafusos a menos, optou-se por banir o risco de que a patifaria resultasse num replay parafusando-se as cadeiras no chão. 


Se no último domingo a cadeira foi a grande vencedora, no debate de ontem quem se destacou foi a mediadora, que conduziu com firmeza as duas horas do programa. Nunes passou o debate inteiro — fora os instantes em que ele esteve se digladiando com Marçal — tentando grudar em Boulos a pecha de defensor da legalização das drogas; este, por sua vez, disse que Nunes a Marçal são faces da mesma moeda (porque buscam o vínculo com o bolsonarismo), mas que o primeiro é ruína e o outro, o abismo.

Nos embates anteriores adotou-se de tudo em matéria de endurecimento das regras — do puxão de orelhas à proibição do celular, passando pela expulsão da sala. Especula-se agora sobre o que virá depois da cadeira parafusada. Coleira? Focinheira? Jaula?
 
A conferir.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

BASTA DE FAKE NEWS

FOI-SE O TEMPO EM QUE AS PESSOAS ME DECEPCIONAVAM; HOJE ELAS APENAS CONFIRMAM MINHAS TEORIAS.


Comemora-se no dia 2 de abril o Dia Internacional da Checagem de Fatos, mas as eleições municipais estão aí, e com as fake news potencializadas pela Inteligência Artificial, fica ainda mais difícil separar o joio do trigo. 

Adubada pela popularização das redes sociais a polarização semeada por Lula com seu "nós contra eles" transformou as campanhas políticas num campo mais fértil para o joio das fake news do que para o trigo dos debates — debates esses que eram mais ou menos civilizados quando os tucanos, e não os trogloditas, eram os adversários de turno do PT e seus satélites. 
 
O uso de fake news, perfis-robôjunk news e outros mecanismos não é uma exclusividade da política tupiniquim entre outras coisas, essa prática ensejou o desembarque do Reino Unido da União Européia e levou Trump à presidência dos EUA em 2106 (o Facebook admitiu que a Internet Research Agency comprou mais de US$ 100 mil em anúncios políticos na plataforma durante a campanha eleitoral).  

No Brasil, a moda surgiu no pleito de 2014 e se consolidou nos subsequentes, tanto gerais como presidenciais. Este ano, a julgar pelo festival de acusações e xingamentos trocados entre os 5 primeiros colocados na disputa pela prefeitura de São Paulo, os eleitores minimamente pensantes que não baixarem o sarrafo terão de escolher entre anular o voto, votar em branco ou dar uma banana pra essa gentalha e se abster de votar. 

Observação: A capital paulista lidera o ranking mundial de poluição do ar pelo quarto dia consecutivo por causa das queimadas, mas, segundo algumas fontes, o problema se agrava significativamente sempre que os aspirantes a alcaide abrem a boca

O voto em branco indica que o eleitor não se identifica com nenhum dos candidatos ou propostas, mas não é considerado na contagem e, portanto, não afeta o resultado diretamente. O voto nulo é uma forma de protesto mais explícito, mas também não interfere no resultado (é mito que 50% + 1 votos nulos anulam a eleição). Já a abstenção (não votar), sobretudo em países em que "o exercício do direito de voto é obrigatório", como é o caso desta banânia, é uma forma de protesto contra o sistema como um todo (embora possa resultar de desinteresse ou alienação política). 

PAUSA PARA MAIS DESGRAÇA

A estiagem vem causando uma queda acentuada no nível dos mananciais que abastecem a capital paulista e outras cidades do estado. A situação não é tão crítica como a de 2020/21, mas pode se agravar se as previsões de estiagem para 2025 e 2026 se confirmarem.
Bauru, Piracicaba e outros municípios do interior enfrentam racionamentos há mais de três meses, e os focos de incêndio registrados em todo o estado continuam aumentado. Para piorar o que já é ruim, a seca na represa Guarapiranga (que abastece boa parte da zona sul da capital) tem contribuído para aumentar a poluição da água e do ambiente ao redor do reservatório.
Capitaneado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas, o governo do estado iniciou a perfuração de poços artesianos e retomou as obras de reservatórios próximos a Campinas como forma de minimizar os efeitos da falta de chuva. Se ainda se ouve falar em "rodízio" e "racionamento", é porque isso não orna com eleições, mas a conscientização da população e uma "mãozinha" de São Pedro são cruciais para o restabelecimento dos níveis dos reservatórios.
Quem for pedir ajuda ao santo deve frisar que a precipitação deve ser significativa, ocorrer por um período prolongado e se concentrar nas bacias hidrográficas que alimentam os reservatórios. As célebres "tempestades de verão" servem apenas para aumentar o caos na sempre caótica Sampa, mas mais caótica ainda em meio a uma eleitoral travada por aspirantes a alcaide que não reúnem condições sequer para dirigir um carrinho de pipoca.
 
Disse alguém mais sábio que "só existem 'influencers' porque existem 'idioters'", mas mesmo que não fazem integra a confraria de anencéfalos que endeusam políticos corruptos e têm bandidos de estimação corre o risco de "levar gato por lebre" se não puser as barbichas de molho.

Para checar a veracidade dos posts, você pode usar a ferramenta disponível na SERP do Google — basta clicar (ou tocar) nos três pontinhos verticais que ficam ao lado dos títulos nos resultados das pesquisas para ter acesso a informações como origem do domínio, idade do registro do site e certificado de segurança — recorrer à coluna Me engana que eu posto, hospedada no site da revista Veja
 
O E-Farsas é o site de checagem de fatos mais antigo do Brasil (para checar um tema específico, encaminhe  o pedido através da aba "Contato"), mas a Agência Lupa, ligada à Folha de S.Paulo, também é pioneira nesse ramo. Para entrar em contato, basta mandar uma mensagem no Facebook que o bot irá avaliar se as informações são verdadeiras ou falsas.
 
O Boatos.org vem desmentindo boatos sobre doenças raras, notícias de morte de pessoas públicas, tentativas de golpes ou outros tipos de fake news desde 2013. Para sugerir a checagem de uma notícia, envie uma mensagem pelo site ou pelo Facebook; se preferir usar o WhatsApp, o telefone é 61 99275-5610

O Fato ou Fake, do g1, está ativo desde julho de 2018. A apuração de notícias falsas é feita por uma equipe de jornalistas de diversos veículos — como Época, Extra, G1, CBN, Extra, TV Globo, GloboNews, Jornal O Globo e Valor Econômico. Para enviar sugestões pelo WhatsApp, o número é 21 97305-9827. 
 
detector de fake news do FakeCheck consegue analisar um texto de pelo menos 100 palavras usando usando Processamento de Linguagem Natural e Aprendizado de Máquina. Para enviar o material pelo WhatsApp, o número é 16 98112-8986

Criado por uma ex-engenheira da Nasa e um desenvolvedor de apps premiado, o site Ground News ajuda a entender o viés da mídia, verificar a credibilidade da fonte e visualizar dados de propriedade de agências de notícias em todo o mundo, e está disponível no formato aplicativo para Android e para iOS.

O buscador de imagens reversas Duplichecker permite fazer pesquisas a partir de uma imagem, colando um URL ou digitando as palavras-chave correspondentes. Outra opção a considerar é a coluna Me engana que eu posto, que fica hospedada no site da revista Veja

O Aos Fatos é uma agência especializada na checagem de fatos que classifica as notícias em sete categorias — verdadeiro, impreciso, exagerado, distorcido, contraditório, insustentável e falso — e aceita denúncias no Facebook mediante posts marcados com a hashtag #vamosaosfatos e no WhatsApp pelo número 21 99956-5882.

O Comprova dispõe de uma equipe de jornalistas de 24 veículos  entre os quais Exame, Folha/UOL, Nexo, Estadão e Veja — e recebe denúncias via Facebook pelo ou WhatsApp através do número 11 97795-0022