Diante da dificuldade em defender o indefensável, a defesa
de
Lula ataca duramente o juiz
Sérgio Moro durante toda a tramitação
do processo sobre o
tríplex do Guarujá na 13ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária de Curitiba, no Paraná.
Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, o petralha recorre ao
TRF-4. A
8.ª Turma mantém a condenação, aumenta a pena em 1/3 e determina
sua execução assim que se esgotarem os recursos no âmbito daquele Tribunal.
Descontente com o resultado do recurso,
Lula
desce a lenha em
Moro e nos
desembargadores, antes, durante e depois dos julgamentos. E como lhe faltam argumentos sólidos
para respaldar sua defesa ― “não sei, não vi, não me lembro” não ajudaram em
nada ―, continua atacando ferozmente o Judiciário.
Seu pedido de
habeas corpus preventivo
é negado pelo
STJ, e o juiz do trabalho
Maurício
Marchetti, do
TRT-2, sai em
defesa da classe e manda a bordoada pelo
Facebook:
“
Lixo humano!!! O Brasil só vai ter paz com
você na cadeia, seu filho da puta”.
Xingamentos, beligerância e trocas de acusações de parte a
parte não levam a nada. O Brasil precisa de serenidade. Senão, as
próximas eleições ― que nos oferecem a valiosa oportunidade de escolher não
só o próximo presidente da República, mas também todos os 513 deputados
federais e 2/3 dos 81 senadores ― serão mais um espetáculo circense de quinta
classe, como tantas outras no passado. Portanto, há que se conscientizar o
eleitorado da importância de votar com bom senso ― eu diria mesmo "com sabedoria", mas o grau de instrução e a desinformação dos nossos eleitores ... enfim, como eu costumo dizer, a cada segundo nasce um
idiota neste mundo, e os que nascem no Brasil já vêm com título de eleitor.
Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Paulo Maluf e outros monstros sagrados da apodrecida política
tupiniquim provavelmente se elegeriam se lhes fosse dada a chance de concorrer,
a despeito de serem criminosos condenados e de estarem cumprindo pena.
O macróbio José
Sarney continua dando as cartas no Maranhão
e palpitando no governo de Michel Temer
― outro que só não está sendo investigado no STF porque barrou as denúncias por corrupção, lavagem de
dinheiro e formação de quadrilha mediante uma escandalosa compra de votos das
marafonas do Congresso.
Fernando Collor de
Mello, o caçador de marajás de araque e autodeclarado “homem macho de colhão roxo” ― que renunciou à presidência para não
ser cassado ―, voltou ao palco da política como Senador pelo Estado de Alagoas, e a despeito de responder a 7
inquéritos no STF e ser réu em um deles, resolveu posar de pré-candidato à
presidência desta Banânia.
Pior ainda Lula ― hepta-réu já condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em primeira e
segunda instâncias ― continuar em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de
voto. Depois, quando alguém fala que o brasileiro não sabe votar ― como fez Pelé há cerca de 4 décadas ―, o pessoal
cai de pau.
Lula, fundador e
presidente de honra da imundície atualmente comandada por uma senadora vermelha fanática ― figura bizarra que não perde a chance
de envergonhar o país defendendo tiranetes como Castro, Maduro, Chávez e companhia, além de, juntamente
com outras aberrações como o senador Lindbergh
Farias, insuflar a militância a reagir com truculência à condenação de seu
amado líder ―, quer porque quer concorrer à presidência. Na
sua óptica distorcida, decisão judicial só vale quando é favorável a ele, a seus
apaniguados e ao seu espúrio projeto de poder.
A dificuldade que os demais partidos enfrentam para lançar
candidaturas alternativas às de Lula
e Bolsonaro ― o petralha é carta
fora do baralho à luz da lei da Ficha-Limpa, mas continua sendo o preferido dos apedeutas de plantão ― traz a lume a situação
desesperadora em que nos encontramos. Nenhum deles tem qualquer projeto de governo, qualquer ideia capaz de reverter o marasmo que tomou conta dos cidadãos de bem, que não aguentam mais tanta corrupção, mas se cansaram de esmurrar ponta de faca protestando contra a permanência dos corruptos no poder.
O PT
e o PSDB polarizaram a política nos
últimos 20 anos, mas acabaram atolados no lodaçal de corrupção ― no caso dos tucanos, some-se à corrupção a pusilanimidade, inoperância e incompetência desses políticos.
O emplumado senador Aécio Neves, que viu descer pelo ralo o
respeitável capital eleitoral que amealhou quando disputou a presidência com a Rainha Bruxa do Castelo do Inferno, só não foi cassado devido ao espírito de corpo de seus pares, e só não está preso graças à decisão estapafúrdia do Judiciário, que deixou a chave do
galinheiro nas mãos das raposas.
Mas se o mineirinho safo também é carta fora do baralho, quem resta para disputar a presidência nas próximas eleições? FHC ― que, com 86 anos
nas costas e conhecedor como ninguém do submundo das campanhas eleitorais ― já disse não, muito obrigado.
João Doria, que
foi eleito prefeito de Sampa em 2016 logo no primeiro turno, também não decolou, em parte devido à resistência de seu
padrinho político, mas também porque sua popularidade despencou ao longo dos 13
meses que completou à frente da maior metrópole da América
Latina.
Sobra apenas Geraldo Alckmin ― aquele que, ao recuar na defesa das privatizações durante a campanha de 2006, jogou por
terra a coerência partidária tucana e abriu as portas para a disputa do poder
pelo poder, numa ação mercadológica equivocada.
Mutatis mutandis, o mesmo se deu com a coerência ideológica petista, que virou fumaça quando o partido ― fundado para fazer política de “maneira
diferente” ― se revelou useiro e vezeiro em recorrer à corrupção como estratégia
política e a um esquema criminoso de causar inveja à Camorra Siciliana. Lula e o PT não só não
combateram a corrupção, que até então era um câncer sem caráter de metástase, mas também a disseminaram alegremente por todos os órgãos institucional da
nação, o que acabou por corroer suposto ideal do partido e transformá-lo em mero instrumento de interesses patrimonialistas.
No momento em que o país vive uma das piores crises de sua história, é
fundamental que seus reais problemas sejam incluídos no debate eleitoral sem
que o populismo impeça o enfrentamento de questões centrais, como as reformas
estruturantes. Mas buscam-se nomes em vez de ideias e, para combater promessas
irresponsáveis, mais irresponsabilidades são oferecidas ao eleitorado.
Esperemos que a ampliação do espaço de debate abra caminho
para candidatos que defendam projetos de interesse do país e deixe para trás
a radicalização, à esquerda e à direita, que faria desta campanha presidencial a
mais lamentável dos últimos tempos.