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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — MAIS 5 DICAS QUE VOCÊ TALVEZ NÃO CONHEÇA

ÀS VEZES EU ME PERGUNTO SE DEUS, QUANDO PÔS ESTA IMENSA MÁQUINA EM FUNCIONAMENTO, NÃO TERIA ESQUECIDO DE APERTAR ALGUNS PARAFUSOS.

A primeira dica de hoje remete a outra maneira de acessar um sem-número de ajustes no Windows, que é o "God's mode". Com ele, você poderá explorar mais de 200 possibilidades de configuração a partir de uma única janela. Criá-lo é bem simples:

— Dê um clique direito num ponto vazio Área de Trabalho, clique na setinha à direita de Novo;

— Selecione Pasta, dê um clique direito sobre o ícone da “Nova pasta” (que, a essa altura, já será exibido no desktop) e clique em Renomear.

— No campo correspondente ao nome, digite XXX.{ED7BA470-8E54-465E-825C-99712043E01C} substituindo os "XXX” pelo nome desejado (mas tome o cuidado de manter o ponto e os caracteres entre as chaves, ou o atalho não funcionará).

— Ao final, feche e janelinha, clique sobre o ícone (ou dê duplo clique, conforme a configuração do seu sistema) e confira o resultado.

Conforme a gente viu no post anterior, é possível editar o Registro do Windows para reincluir o atalho do Painel de Controle no Menu Iniciar — não só o Painel; você pode trilhar o mesmo caminho para inserir atalhos que apontem para quaisquer aplicativos —, mas torno a salientar que não se deve fazer qualquer edição manual no Registro sem antes criar um backup da chave que será objeto da alteração (ou do Registro como um todo), bem como um ponto de restauração do sistema. Tomadas essas providências, faça o seguinte:

— Abra o Menu Executar, digite “regedit” (sem as aspas) e pressione Enter;

— Na tela do Editor do Registro do Windows, use a coluna à esquerda para navegar por HKEY_CLASSES_ROOT\*\shellex\ContextMenuHandlers;

— Dê um clique direito na pasta ContextMenuHandlers e vá em Novo > Chave e, no campo respectivo, digite o nome Adicionar ao menu iniciar;

— Copie o código {470C0EBD-5D73-4d58-9CED-E91E22E23282} e, na coluna da direita, dê um clique duplo em Padrão, cole o código que você copiou e clique em OK.

— Feche o editor do Registro.

Concluídas essas etapas, localize o aplicativo que você deseja incluir no Menu Iniciar e crie um atalho para ele na Área de Trabalho — basta dar um clique direito sobre o arquivo desejado, clicar em Enviar para... no menu suspenso e então selecionar a opção Área de trabalho (criar atalho)

Feito isso, basta clicar em qualquer atalho criado para um arquivo para ter acesso ao comando “Fixar no menu iniciar”. Clique nele e o atalho seja “fixado” no Menu Iniciar (e poderá ser excluído de sua Área de Trabalho). Se por algum motivo você quiser remover o atalho em questão do Menu Iniciar, refaça os mesmo passos e apague do Registro a pasta que você criou e nomeou como Adicionar ao menu iniciar.

A próxima dica tem a ver com a divisão da tela para acomodar duas ou mais janelas. Vale lembrar que o Windows permite redimensionar as janelas dos programas abertos, a critério do usuário, e que no Win10 basta clicar numa janela aberta e arrastá-la para um dos cantos até que surja uma animação transparente mostrando como ela vai ficar ao ser redimensionada. Ao soltá-la ali no canto, você verá uma espécie de menu com as demais janelas abertas. Ao clicar em uma delas, o sistema a colocará lado a lado com a outra, e você poderá ajustar a exibição (deixando uma mais apertada e abrindo mais espaço para a outra, por exemplo). 

Se quiser acomodar mais janelas nesse layout, pressione a tecla com o logo do Windows juntamente com a seta para cima e fazer o ajuste desejado. Caso queira reverter o layout ao status quo ante, pressione a tecla com o logo do Windows juntamente com a seta para baixo. 

Para criar várias áreas de trabalho a partir de um recurso pouco conhecido, batizado pela Microsoft de linha do tempo. Ele funciona como um histórico das coisas que você fez no computador (programas que abriu, sites que acessou etc.). Na parte superior dessa linha do tempo, você encontra o botão Nova área de trabalho. Basta clicar nele para criar as áreas de trabalho virtuais.

A próxima dica nos leva ao assistente de foco, que impede a exibição de notificações e alertas do sistema. O botão que o ativa fica no painel de notificações, que você acessa clicando no ícone localizado no extremo direito da tela, logo depois do relógio. 

Windows ativa essa função automaticamente quando você entra no modo “tela inteira” (ao expandir um vídeo ou pressionar a tecla F11) em navegadores como Chrome, Firefox e Edge. Basta clicar em IniciarConfigurações > Sistema > Assistente de Foco para ajustar quais notificações que o assistente vai barrar ao ser ativado.

Por último, mas não menos importante, o "Ditado", que você ativa pressionando a tecla com o logo do Windows ao mesmo tempo que a da letra "H". Trata-se de um recurso de reconhecimento de voz que permite ditar textos para anotações, mensagens, emails etc. 

Para utilizar o Ditado, é preciso primeiro clicar em Iniciar > Configurações > Controle por voz e ativar o reconhecimento de fala. Quando terminar de ditar, não deixe de conferir a pontuação. 

Continua...

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — 5 DICAS QUE VOCÊ TALVEZ NÃO CONHEÇA

NA POLÍTICA, SEMPRE É PRECISO DEIXAR UM OSSO PARA A OPOSIÇÃO ROER.

Dizem que sempre achamos o que perdemos no último lugar em que procuramos (talvez porque paramos de procurar depois que encontramos seja lá o que for). Guardadas as devidas proporções, esse "axioma" se aplica ao Windows, que sempre foi um sistema altamente personalizável.  os usuários a explorar a fundo as novidades trazidas por cada nova versão. 

Se o Win10 fosse um iceberg, 99% dos usuários só conheceriam sua porção emersa, embora saibamos que a parte submersa das montanhas de gelo é muito maior. E mais: 9 de cada 10 usuários não veem a hora de migrar para o Windows 11, a despeito de usarem somente os recursos que lhes pulam no colo quando ligam o computador. Mas não custa saber que:

  • No Windows 10, um clique direito no botão Iniciar convoca um "segundo menu iniciar", mais rápido e intuitivo do que a versão com que estamos acostumados. 
  • Um clique na barrinha vertical localizada na extremidade direita da Barra de Tarefas minimiza todas a janelas a um só tempo, permitindo visualizar a área de trabalho. 
  • Se ativarmos a função Espiar (clicando em Iniciar > Configurações > Personalização > Barra de Tarefas), obteremos esse mesmo resultado simplesmente pousando o ponteiro do mouse sobre a tal barrinha.
  • Para deixar a Barra de Tarefas mais "minimalista", dê um clique direito num ponto vazio da barra, selecione “Pesquisar” e marque a opção "Oculto" ao invés de "Mostrar ícone de pesquisa".

A Microsoft "esvaziou" o tradicional Painel de Controle (que acompanha o Windows desde as mais priscas eras) ao remanejar para a tela das Configurações a maioria das funções que eram disponibilizadas pelo dito-cujo. Mas ele continua presente no Win10. Para acessá-lo:

  • Pressione o atalho Win+R, digite “control” (sem as aspas) na caixa de diálogo do menu Executar e clique em OK (ou pressionar a tecla Enter). 
  • Outra maneira (mais simples) é digitar “painel” (também sem as aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas e clicar em OK (ou pressionar Enter).

Um upgrade de versão do Win10 eliminou o atalho que permitia acessar o Painel de Controle através das opções avançadas do menu Iniciar. Para trazê-lo de volta é preciso fazer uma incursão pelo Registro do Windows. A boa notícia é que existem alternativas menos trabalhosas e que não oferecem riscos. Vejamos uma delas:

  • Clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Temas;
  • — Role a tela até Configurações Relacionadas e clique no link Configurações de ícones de área de trabalho;
  • — Na janelinha que se abre em seguida, assinale a caixa de verificação ao lado da opção Painel de Controle.
  • Feito isso, basta pousar o cursor sobre o atalho e, mantendo o botão esquerdo pressionado, arrastar o dito-cujo e soltá-lo no local desejado da Barra de Tarefas, a partir de onde você poderá abrir o Painel de Controle sempre que precisar.

Continua...

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 10 > WINDOWS 11

SONHE. ACREDITE. FAÇA.

O WhatsApp, o Facebook e o Instagram apresentam instabilidades que comprometeram o funcionamento das plataformas nesta segunda-feira (4).  Segundo o Down Detector ― ferramenta que monitora problemas no status dos serviços online ― as primeiras reclamações de usuários começaram a pipocar por volta das 12h de hoje. 

O problema, desconhecido até o momento em que eu escrevo esta linhas, seria de escala global e parou na lista dos assuntos mais comentados do Twitter

WhatsApp informou que a equipe de tecnologia da empresa ainda busca saber o que causou a falha; o Facebook publicou, via Twitter, que “está trabalhando para que as coisas voltem ao normal o mais rápido possível”. 

O Instagram, que também se encontra sob o guarda-chuva de Mark Zuckerberg, informou que “as pessoas estão tendo dificuldade para acessar nossos aplicativos e produtos”.

Ao tentar abrir a página do Facebook, o internauta se deparava com um indicador de que a falha estava centralizada nos servidores das plataformas, que não conseguiam “rodar” a solicitação dos usuários. No caso do WhatsApp, as mensagens pararam de ser enviadas; no Facebook e no Instagram, os conteúdos deixaram de ser atualizados após o erro.

A mensagem "DNS_PROBE_FINISHED_NXDOMAIN", sugere um erro relacionado com o servidor DNS, que é uma espécie de "agenda de contatos" da Internet. É ele que registra os números (endereços de IP) associados aos "nomes de domínio" (como facebook.com). A Internet só funciona com números, então essa "agenda" cumpre o objetivo de permitir consultas (chamadas de "resoluções de domínio") para que qualquer pessoa possa saber o número de IP do site que pretende acessar. Se acontece uma falha, o acesso à página fica indisponível porque não é possível encontrar o caminho certo para chegar nela. Para algumas pessoas que tentaram acessar Facebook, Instagram e WhatsApp, apareceu um "Erro 500" ou "Erro 5XX", que geralmente indica uma dificuldade do computador do usuário se comunicar com o servidor do site ou aplicativo.

***

O Windows 10 21H2 e o Windows 11 21H2 (primeira versão estável do novo sistema) estarão disponíveis como atualização opcional a partir de amanhã. Por conta disso, a atualização KB4023057 — que foi disponibilizada diversas vezes desde 2018 e se destina a agregar confiabilidade ao Windows Update e corrigir problemas relacionados ao registro e ao sistema operacional como um todo — tornou a ser atualizada e relançada semanas atrás (figura 1).

De acordo com a Microsoft, a mais recente modificação data de 18 de agosto e a nova versão começou a ser distribuída semanas atrás. Teoricamente, esse update (que também utiliza o Microsoft Update Health Tools para reparar ou desabilitar as configurações do registro do Windows) pode ser instalado sem problemas.

O Win10 21H2 será distribuído via Windows Update para usuários que dispõem da versão 21H1, mas o novo Win11 só será liberado para máquinas que atenderem aos requisitos mínimos definidos pela Microsoft — entre os quais o famigerado TPM 2.0 (processador de criptografia destinado a robustecer a segurança durante a inicialização do sistema; para mais detalhes sobre o recurso e como fazer para ativá-lo, acesse esta postagem) e CPUs de oitava geração ou superior.

A ferramenta que a Microsoft incluiu na página do Windows 11 quando anunciou oficialmente a nova versão foi removida dias depois. O fato de o software não detalhar os motivos da reprovação foi objeto de muita reclamação por parte dos usuários. A boa notícia é que ferramenta voltou e está disponível também para quem não participa do Windows Insider. A má, pelo menos para mim, é que ela reprovou meu processador. 

Diante disso, nem me dei ao trabalho de acessar o CMOS Setup para habilitar a TPM 2.0 (detalhes nesta postagem). Embora não sirva de consolo, meu note foi aprovado. O problema é que sua configuração (processador Intel Core i7, 8 GB de RAM e HDD de 1 TB) fica anos-luz distante dos recursos de hardware do meu desktop (Intel quad-core i7-4790 4 GHz, 32 GB de RAM, SSD de 1 TB e HDD de 3 TB em HDD, sem mencionar a aceleradora gráfica de ponta e outros mimos).

Pode parecer que eu esteja emulando a raposa da fábula, mas não sei até que ponto vale a gente se estressar com essa história. Depois de muita polêmica, a Microsoft prometeu liberar o upgrade para máquinas com CPUs mais antigas e mudar de obrigatório para facultativo o status do TPM 2.0 . Mas é evidente que ela não fez isso para se manter fiel ao discurso de que o Win11 será disponibilizado gratuitamente para os usuários do Win10 — como foi o caso do Win10 em 2015.

O "x" da questão é que, sem uma placa-mãe com chip TPM 2.0 habilitado — ou um processador que emule esse recurso —, o interessado terá de fazer a migração para a nova versão (e instalar todas as atualizações posteriores) manualmente, através de uma imagem ISO fornecida pela Microsoft. O detalhe é que a atualização automática, feita pelo próprio sistema, se encarrega de executar as configurações necessárias para a sobreposição do Windows, ao passo que o procedimento manual, feito a partir de arquivos ISO, joga esse abacaxi no colo do usuário.

Há outras maneiras de checar a compatibilidade do PC com o Win11 — usando o WhyNotWin11, por exemplo, que é gratuito e de código aberto. Mesmo assim, a melhor maneira de saber com certeza é instalar a nova versão ― o que é trabalhoso e pode ser frustrante se o usuário descobrir que o upgrade não deu certo. Aliás, a própria “Microsoft Patch Lady” do blog da Computerworld recomenda que você não migre para o Win11.

Noves fora o aspecto da novidade, justificar-se-ia a atualização para o Win11 tem a ver com a segurança. Por outro lado, o Win10 continuará sendo suportado e recebendo atualizações até o final de 2025, e quem estiver rodando a versão 20H2 (atualização do Windows 10 de outubro de 2020) poderá ativar a maioria dos incrementos de segurança oferecidos pelo irmão mais novo implantando a Política de Grupo ou acessando o menu Segurança de dispositivos do Win10.

Resumo da ópera: se é possível continuar usando o Windows 10 sem nenhum perigo ou problema, pelo menos por mais quatro anos, e daqui a quatro anos a maioria de nós já terá substituído o PC atual por um modelo novo, que traga o Win11 pré-instalado de fábrica, acho que não vale a pena a gente se estressar.

terça-feira, 22 de junho de 2021

FALTAM DOIS DIAS PARA O ANÚNCIO OFICIAL DO WINDOWS 11 (OU SUN VALLEY)

O DINHEIRO É A ORIGEM E A SOLUÇÃO DE (QUASE) TODOS OS PROBLEMAS

Dias atrás, a Microsoft anunciou que o suporte ao Windows10 será encerrado em 14 de outubro de 2025. De acordo com o site Thurrott, foi a primeira vez que a empresa divulgou uma data para o fim do ciclo de vida do Win10 — note que não se trata do fim do suporte a versões específicas do sistema, mas do sistema como um todo.

Esse é mais um indicativo de que a nova versão do Windows (e não apenas um update de versão do Win10) será apresentada amanhã, e deverá trazer mudanças ostensivas — como a atualização de elementos do sistema que permaneceram com o mesmo visual desde o Win95 —, bem como melhorias na interface de áudio Bluetooth e a adição do Auto HDR. Afora isso, a loja oficial do Windows deve passar a comercializar também aplicativos de terceiros.

Outros indicativos já mencionados são: 1) a sombra produzida pela luz que entra pela janela do logo do sistema, na ilustração que divulga o evento marcado para as 11 horas de amanhã (horário da costa leste dos EUA), não formar uma cruz, já que o corte horizontal não aparece, deixando visíveis somente as duas barras verticais, o que, especula-se, é uma referência ao número 11; 2) o vídeo em que a Microsoft compilou os sons de inicialização do Windows 95, XP e 7 com velocidade reduzida em 4.000% e combinou com paisagens de nuvens em um vale ensolarado durar exatos 11 minutos.

No último dia 10, a Microsoft confirmou publicamente que seu novo rebento será batizado de Windows Sun Valley, e não de Windows 11. A informação foi publicada pelo site Windows Latest, com base numa página de suporte que empresa editou remover especificamente o “Windows Sun Valley” (no código original, que fica hospedado no GitHub, a referência ainda está presente, como se pode ver na parte inferior da figura que ilustra esta postagem). O texto sugere que Windows10 e Sun Valley podem coexistir por algum tempo, inclusive em suporte, oferecimento de manutenção e dicas de desenvolvimento. Ainda assim, “Sun Valley” pode ser apenas o codinome utilizado internamente pela companhia, ou mesmo uma pista falsa para disfarçar o nome verdadeiro da novidade.

Segundo o site The Verge, o Windows11 (ou seja lá qual for o nome que ele terá) deve incorporar elementos desenvolvidos para o recém-cancelado Windows 10X, entre os quais destacam-se a Barra de Tarefas centralizada, com menos ícones. O novo menu Iniciar terá o logo do Windows renovado e perderá os blocos dinâmicos (live tiles) herdados do desditoso Win8. No topo, ficarão os aplicativos fixados, um botão para visualizar todos os apps e uma área de recomendados. As opções de energia (desligar, reiniciar e suspender) foram “escondidas” em um botão no canto inferior direito da janela. Outros elementos que compartilham esse espaço ganharam um visual minimalista e com grande distinção de cores e o Explorador de Arquivos, uma aparência mais “enxuta”. O campo de pesquisas será substituído por um botão, que abre uma interface com opções de busca.

Também chamam a atenção os cantos arredondados nas janelas e menus — coisa que a Microsoft nunca usou em versões anteriores do sistema — e o retorno dos “widgets”, ora agrupados num painel móvel à esquerda da tela. Fala-se também que haverá um novo “som de inicialização” (a célebre musiquinha que tocava durante a inicialização das versões antigas do sistema).

Cantos de todo o sistema foram arredondados, especialmente do menu de contexto (invocado pelo botão direito do mouse) sobre itens da nova versão. Entretanto, as janelas preservam seu formato original, e o menu Configurações pouco difere do que existe no Win10. Já o Painel de Controle tradicional — aquele que a Microsoft vinha prometendo substituir por uma solução mais moderna — existe em sua totalidade, segundo os vazamentos mais recentes. Recursos básicos, como Prompt de ComandoGerenciador de dispositivosGerenciador de Tarefas e Editor do Registro foram preservados e mantidos no formato com que estamos acostumados.

Em julho de 2015, quando o Win10 foi lançado, a Microsoft ofereceu o upgrade gratuito para usuários do Seven, 8 e 8.1, e anunciou que aquela seria a edição definitiva do Windows. Nos últimos meses, porém, mudanças visuais nas builds distribuídas para participantes do programa Insider, o fim prematuro do Windows 10X (cujos avanços seriam diluídos em outros produtos da marca), as declarações de executivos e pistas em materiais promocionais levam a crer que a empresa de Redmond mudou de ideia.

A estratégia de distribuição do Win11/Sun Valley não deve fugir ao modelo adotado quando do lançamento do Win10, já que a estratégia de marketing proporcionou bons frutos: no início deste ano, o Ten já contabilizava  1,3 bilhão de instalações. Como diz a velha máxima do futebol, “não se mexe em time que está ganhando”, donde se conclui-se que o sistema continuará a ser comercializado como serviço e recebendo atualizações por anos a fio, sem custo adicional para os usuários.

Como vem acontecendo há décadas, notebooks e desktops de grife trarão o novo SO instalado de fábrica, e a migração do Win10 para seu sucessor será distribuída pelo Windows Update. Já a instalação “do zero” numa máquina comprada sem sistema operacional deverá exigir a chave de licença (Product Key), que, a exemplo do que ocorre atualmente, poderá ser comprada da Microsoft ou de revenderes autorizados.

Enfim, falta pouco para a gente conferir o que vem por aí.

terça-feira, 1 de junho de 2021

SOBRE SISTEMAS E APLICATIVOS (PARTE IV)

PARA SUPORTAR AS AFLIÇÕES ALHEIAS, TODO O MUNDO TEM CORAGEM DE SOBRA.

A instalação de aplicativos ajuda a prevenir a inclusão de programinhas indesejáveis (ou PUPs, do inglês Potentially Unwanted Programs). 

Os desenvolvedores de software embutem penduricalhos nos arquivos de instalação de seus produtos em troca da contrapartida financeira oferecida pelos respectivos fabricantes. Infelizmente, nem todos deixam clara a existência dessa merdeira nem facilitam sua exclusão do processo de instalação. Não raro, o usuário só se dá conta do problema quando passa a ser bombardeado por janelinhas pop-up ou uma barra de ferramentas estranha surge no navegador — que também pode ter o mecanismo de buscas e a homepage alterados pelo software invasivo.

Para remover PUPs pode ser necessário desinstalar o software que “deu carona” ao programinha indesejado, o que significa renunciar às funcionalidades de um app instalado por opção. Para piorar, a pura e simples exclusão desse aplicativo nem sempre resolve o problema. 

Há casos em que é preciso editar manualmente o Registro do Windows — procedimento que requer expertise e envolve riscos, já que alterações indevidas podem produzir efeitos ainda mais danosos (jamais altere o Registro sem antes criar um ponto de restauração do sistema e um backup da chave que será modificada).

A tela que é exibida no início da instalação dos aplicativos pode passar a impressão de que somente a instalação padrão é possível (a opção personalizada aparece acinzentada, como se estivesse desabilitada). Mas não deixe de checar se existe alguma caixinha de verificação que, uma vez desmarcada, exclui os penduricalhos que vêm “de brinde”. 

Na dúvida, cancele a instalação e faça uma pesquisa sobre os acompanhamentos suspeitos. Se não se sentir seguro, instale um software alternativo (que não inclua apêndices indesejáveis) ou opte por um serviço online que lhe faça as vezes.

Observação: Prefira sempre serviços online a apps instaláveis. Eles rodam a partir do navegador, dispensam instalação, não trazem acompanhamentos indesejáveis nem ocupam espaço no HDD/SSD. Se precisar realmente de um aplicativo residente, atente para as telas exibidas durante o processo de instalação. Em muitos casos, basta desmarcar uma caixinha de verificação para evitar o ingresso dos apêndices indesejados. E se fizer o download do Baixaki ou do Superdownloads, por exemplo, escolha a opção “Baixar sem instalador”, evitando que lhe sejam “empurrarem” programinhas que você não quer. 

PUPs não são malwares (vírustrojansworms e assemelhados), mas podem servir como meio de transporte ou atuarem eles próprios como spyware (software espião instruído a colher informações sobre os hábitos de navegação do internauta ou, pior, roubar seus dados de login, senhas bancárias e números de cartões de crédito).

Para checar se seu sistema foi tomado por PUPs, faça uma varredura com o AdwCleaner, que localiza e remove adwares, hijackers, barras de ferramenta não solicitadas e que tais. Se necessário, abra a tela de configurações do navegador e remova os plugins que você não reconhecer ou não se lembrar de ter instalado (vale também desabilitá-los e reativar um por vez, até que o problema se repita, permitindo-lhe remover somente o responsável pelo imbróglio). Ao final, limpe o cache do navegador.

Observação: No âmbito da informática, “plugin” (ou “add-on”, ou ainda “extensão”) é o nome que se dá a programinhas acessórios que ampliam a gama de recursos do software principal. Essa solução é largamente usada em navegadores e foi pensada para facilitar a ampliação das funcionalidades do software sem que para isso seja preciso reescrevê-lo inteiramente. O “cache”, por sua vez, é uma área da memória destinada a armazenar arquivos temporários.

Para limpar o cache do Chrome, clique em Configurações (os três pontinhos no final na barra de endereços) > Mais Ferramentas > Limpar dados de navegação > Eliminar os seguintes itens desde. Escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

No Mozilla Firefox, clique no botão Abrir menu (também localizado no canto direito da barra de endereços, mas identificado por três traços horizontais), clique em Opções > Privacidade e Segurança > Cookies e dados de sites, clique no botão Limpar dados e reinicie o navegador. 

No Edge Chromium, clique no ícone das reticências (no canto superior direito da janela), depois em Configurações > Privacidade, pesquisa e serviços e, em Limpar dados de navegação, selecione Escolher o que limpar, defina um intervalo de tempo no menu suspenso e os tipos de dados que você quer limpar, clique em Limpar e reinicie o navegador.

No Opera, clique no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), em Configurações > Privacidade e segurança > Limpar dados de navegação; feitos os ajustes desejados, pressione o botão Limpar dados de navegação e reinicie o navegador.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

SOBRE SISTEMA E APLICATIVOS (CONTINUAÇÃO)

PROMETE EM DÚVIDA, QUE AO DAR NINGUÉM TE AJUDA.

Conforme eu antecipei no post anterior, os aplicativos são responsáveis pela maioria das tarefas que o computador (de mesa, portátil ou ultraportátil) executa para nós. Embora o Windows integre um editor de textos elementar (Notepad, ou Bloco de Notas) e outro um pouco mais versátil (WordPad), muita gente não abre mão do MS Word (processador de textos que integra o Windows 365, como passou a ser chamado o pacote de apps de escritório e produtividade Office 365 — sucessor da tradicional suíte de aplicativos MS Office). 

Para proteger o computador contra malware e invasões, há quem prefira uma “Internet Security” — como as da Kaspersky, McAfee, Symantec, Avira, etc. —, a despeito de o Windows dispor de antimalware e firewall nativos. E para manter o sistema nos triques, usuários intermediários e avançados se valem de suítes de manutenção como o Advanced System Care, da IObit, ou o CCleaner, da Piriform, ainda que o próprio Windows conte com utilitários nativos para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados. E esses são apenas alguns entre dúzias de exemplos que eu poderia citar.

Ainda que os discos rígidos atuais sejam verdadeiros latifúndios, não há razão para ocuparmos cada megabyte de espaço com programas que usamos uma vez para nunca mais. Até porque qualquer software adicionado ao computador ocupa espaço e consome recursos (ciclos da CPU, espaço na memória RAM, etc.), e quanto mais aplicativos pendurarmos no sistema, mais lento o computador ficará e maiores serão os riscos de infeções digitais.

Até não muito tempo atrás, para instalar qualquer aplicativo era preciso adquirir a respectiva a mídia de instalação. Hoje em dia, basta acessar o site do desenvolvedor do programa — ou um repositório de softwares, como o Baixaki —, baixar o instalador, rodar o executável, aceitar os termos do EULA (detalhes nesta postagem) e pronto. A Web está coalhada de “freewares” (para saber mais sobre as diversas modalidades de distribuição e licenciamento de software, acesse esta postagem), e a “gratuidade” estimula a instalação de toda sorte de inutilitários. Por outro lado, além do impacto na performance do sistema, sempre existe o risco de esses programinhas virem acompanhados de vírus e outros códigos maliciosos. 

Observação: Apps maliciosos ou adulterados pela bandidagem digital são responsáveis pela maioria dos incidentes de segurança em smartphones (para saber mais, acesse esta postagem e as seguintes), sobretudo porque poucos usuários atentam para as permissões solicitadas no momento da instalação. Você já se perguntou, por exemplo, por que diabos uma lanterna ou um gravador de voz que você instala no seu celular pede permissão para acessar sua agenda de contatos ou seus grupos no WhatsApp?

Pode-se argumentar que tudo é reversível no âmbito do software e que basta desinstalar os aplicativos inúteis ou problemáticos para recuperar o espaço que eles ocupavam e tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes. Mas não é assim que a banda toca. Elementos indesejáveis (pastas, arquivos de log e entradas inválidas no Registro do Windows, entre outros) costumam sobreviver à desinstalação do programa que os criou. Barras de ferramentas adicionadas ao navegador e alterações da homepage e do mecanismo de buscas são bons exemplos de modificações que nem sempre são revertidas com a pura e simples remoção do programa que as implementou. E o mesmo vale para vírus e outros códigos mal-intencionados (spywares, trojans, bots e outros que tais).

No smartphone, reverter o aparelho às configurações de fábrica costuma resolver todos esses problemas, mas tudo volta a ser como era quando o aparelho foi ligado pela primeira vez — ou seja, todas as configurações, personalizações e aplicativos terão de ser refeitos/reinstalados. No PC, mesmo que a Microsoft tenha facilitado bastante a reinstalação do Windows, esse processo é apenas a parte visível do iceberg. Depois de reinstalar o sistema ainda  preciso atualizá-lo, personalizá-lo e reinstalar todos os aplicativos que não vieram com o computador. Isso sem mencionar que arquivos pessoais (documentos de texto, fotos, músicas, vídeos, etc.) podem se perder caso o usuário não cultive o hábito de manter backups atualizados desse conteúdo.

Por hoje chega. O resto fica para uma próxima vez.  

sexta-feira, 23 de abril de 2021

COMO DESCOBRIR A DATA DA ÚLTIMA INSTALAÇÃO DO WINDOWS E SE ALGUÉM ESTÁ USANDO SEU PC SEM PERMISSÃO

ESTUPIDEZ TAMBÉM É UM PRESENTE DE DEUS, MAS CONVÉM NÃO ABUSAR.

Há tempos que os fabricantes de PC deixaram de fornecer o DVD com os arquivos de instalação sistema, já que a pré-instalação, além de reduzir os custos — as licenças em OEM saem mais em conta do que as versões "em caixinha" (FPP), resultando numa economia que os fabricantes podem repassar ao preço final do produto e compensar a retração nos ganhos com a divulgação de aplicativos que as empresas de software estão sempre dispostas a remunerar (para saber mais, clique aqui) —, facilita a vida dos consumidores, que só precisam tirar o aparelho da caixa, ligá-lo e proceder às configurações e inevitáveis personalizações e atualizações.

Caso queira descobrir quando o Windows foi instalado no seu PC, digite cmd no campo de buscas da Barra de Tarefas, tecle Enter, selecione a opção Prompt de comando Aplicativo e, na coluna à direita, clique em Executar como administrador. Na tela do prompt, digite o comando systeminfo | find /i “Original” e aguarde (alguns segundos) até que a data da última instalação seja exibida.

Note que o "|" corresponde à barra vertical, e que "Original" deve ser grafado entre aspas. Note que no Win10, por ser um serviço, cada update de conteúdo que a Microsoft vem fornecendo semestralmente, desde o primeiro aniversário dessa edição do sistema, é considerada uma nova instalação.

Já se o que você quer é descobrir é se alguém está usando seu PC sem permissão (o filho da faxineira, p.ex.), basta recorrer ao visualizador de eventos do Windows, que, dentre outras informações, registra todos os logins, inclusive os que não foram bem-sucedidos.

Para tanto, pressione a combinação de teclas Win + R, digite eventvwr.msc na caixa do menu Executar e tecle Enter. Na próxima janela, clique duas vezes sobre a opção Logs do Windows" (no menu da lateral esquerda) e em Segurança e repare que a caixa da direita exibe todas as sessões iniciadas do Windows com data e hora. Clique duas vezes sobre qualquer uma das entradas listadas e veja o nome da conta que foi usada.

Se você não estava presente nos horários do registro, o computador certamente foi usado à sua revelia. Para que isso não se repita, remova da moldura do monitor o post-it em que você anotou sua senha de login (brincadeirinha). Aliás, volto a lembrar que a proliferação das senhas que utilizamos no dia a dia torna virtualmente impossível guardar tudo isso na memória, daí eu recomendar o uso de um gerenciador, como o RoboForm, o LastPass e o 1Password, entre outros. Mas não deixe de avaliar o KeePass, que dispensa instalação (ele roda direto de um pendrive ou de uma pasta no disco rígido) e protege suas senhas com criptografia de 256 bits

Gerenciadores baseados na Web costumam oferecer recursos adicionais, como geração de senhas aleatórias seguras e armazenamento de números de cartões de crédito e assemelhados. Eles criptografam os dados e criam uma senha-mestra que somente o usuário conhece. A encriptação e decriptação ocorrem localmente, ou seja, no próprio computador. Como as administradoras dos cartões não têm acesso a essa senha (ou chave criptográfica, melhor dizendo), um eventual ataque a seus servidores não colocará em risco a privacidade dos clientes.

Como o gerenciador só poderá ser acessado depois que o Windows tiver carregado, salvar sua senha de login no aplicativo seria como guardar a chave reserva do carro no porta-luvas. Se você não confia em sua memória, anote as credenciais numa caderneta e guarde-a num local seguro.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

AINDA SOBRE A SEGURANÇA DIGITAL (CONCLUSÃO)

A CIÊNCIA NUNCA RESOLVE UM PROBLEMA SEM CRIAR PELO MENOS OUTROS DEZ.

Para concluir esta breve sequência sobre segurança digital, relembro que em algum momento da história da informática os cibercriminosos se deram conta de que o malware poderia ser um aliado valioso se, em vez de danificar o sistema alvo, monitorasse os hábitos de navegação das vítimas, bisbilhotasse seus arquivos sigilosos e capturasse credenciais de login, números de cartões de crédito e que tais.

Manter o Windows e os aplicativos atualizados, contar com a proteção de um arsenal de segurança responsável, criar senhas seguras, desconfiar (sempre) de anexos e hyperlinks recebidos por email e/ou compartilhados em programas mensageiros e/ou redes sociais, por exemplo, são dicas largamente divulgadas, mas nem sempre observadas. E “o problema com as consequências (como observou o Conselheiro Acácio, personagem do romance O Primo Basílio, de Eça de Queiroz), é que elas sempre vêm depois”.

É fato que ainda não inventaram um software de segurança idiot proof a ponto de proteger usuários relapsos de si mesmos, mas também é fato que ninguém apresentou uma solução melhor do que usar esse tipo de ferramenta. Se ela não garante proteção absoluta como spywarestrojansransomwares e assemelhados, ao menos minimiza os riscos de o usuário ser vítima desses programinhas mal-intencionados.

Deixar o computador desligado é uma solução, mas não uma alternativa válida, a exemplo de não conectar a Internet — nos tempos que correr, isso seria como usar uma Ferrari apenas para ir buscar pão na padaria da esquina. Existe uma maneira menos absurda — mas ainda radical, pelo menos no âmbito doméstico — de operar o computador livremente, sem se preocupar com a segurança e a integridade do sistema. Essa alternativa, conhecida como “virtualização”, consiste basicamente em instalar um aplicativo que cria uma "imagem" das definições e configurações do computador e as recarrega a cada inicialização. Assim, sempre o usuário ligar o computador, tudo será como dantes no quartel de Abrantes, independentemente da ação de malwares e/ou das “barbeiragens” cometidas pelo próprio usuário durante a sessão anterior.

Observação: virtualização faz lembrar do filme "Feitiço do Tempo", no qual um repórter meteorológico ranzinza (Bill Murray) foi encarregado pela quarta vez consecutiva de cobrir uma festividade interiorana chamada de "Dia da Marmota" e, após pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca, passa a reviver a cada manhã o dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar (clique aqui para assistir).

O detalhe (e o diabo mora nos detalhes) é que eventuais atualizações e correções do Windows, de seus componentes e dos demais aplicativos, instalações e remoções de software, apagamento de arquivos e pastas, enfim, quaisquer alterações realizadas legítima e intencionalmente durante uma sessão são desfeitas na próxima inicialização. Claro que é possível criar exceções ou desativar a ferramenta antes de fazer as modificações desejadas, mas até aí morreu o Neves.  

Alguns anos atrás, ao avaliar aplicativos de virtualização para embasar um artigo, achei-os interessantes para donos de lanhouses, cibercafés e afins, mas restritivos demais para usuários domésticos. Nesta revisão, percebi claramente que as ferramentas estão bem mais amigáveis, não o bastante para recomendar seu uso, mas o suficiente para sugerir, a quem interessar possa, o Faraonics Deep Freeze e o Shadow Defender, que oferecem versões de teste, mas exigem registro após o prazo de avaliação, o que não acontece com o Reboot Restore, que é freeware. Seja qual for a sua escolha, só ative a proteção depois de particionar o HDD (veja como fazer isso na sequência de 5 postagens iniciada por esta aqui) e mover para a partição que não será virtualizada seus arquivos de texto, planilhas, enfim, tudo o que você costuma alterar constantemente.

Cumpre mencionar que reverter ações malsucedidas nas edições 9x do Windows exigia executar o scanreg/restore via prompt de comando — uma tarefa complicada para os poucos leigos e iniciantes que sabiam da existência desse recurso). Sensível a esse problema, a Microsoft criou o System Restore (ou restauração do sistema), que pretendia introduzir no WinXP — que não só foi um sucesso absoluto de crítica e de público como se tornou a edição mais longeva da história do Windows —, mas acabou adicionando aos recursos nativos do Windows Millennium Edition, que lançou a toque de caixa em setembro de 2000, para aproveitar o apelo mercadológico da “virada do milênio”, mas acabou sendo um retumbante fiasco.

Em linhas gerais, o System Restore cria backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador em intervalos regulares, ou sempre que alguma modificação abrangente é procedida (note que também é possível "pontos de restauração" manualmente). Assim, caso o PC se torne instável ou seja incapaz de reiniciar, o usuário pode tentar reverter o sistema a um ponto anterior através da interface gráfica e, com um pouco de sorte, resolver o problema com relativa facilidade.

Observação: O desairoso WinME sucedeu ao Win98SE (que muitos consideravam “o melhor Windows de todos os tempos), mas não conseguiu se legitimar como seu virtual sucessor — missal da qual o XP, lançado 13 meses depois, se desincumbiu com um pé nas costas. Dentre seus muitos problemas do ME, relembro a lentidão, os travamentos constantes e a profusão de telas azuis da morte — decorrentes, em grande medida, da maneira como o sistema suportava aplicações que dependiam de compatibilidade integral com o MS-DOS. Além disso, se PC ficasse ocioso por mais de 10 minutos, mover o cursor do mouse podia resultar no congelamento do sistema, acompanhado ou não de uma indesejável tela azul. A ocorrência desse erro dependia da configuração do computador, mas quem teve a infelicidade de ser aporrinhado por ele jamais o esqueceu. Ademais, a própria restauração do sistema se tornou problemática no ME a partir de 8 de setembro de 2001, já que um erro na forma como o recurso passou a marcar os pontos a partir dessa data tornou a ferramenta incapaz de encontrá-los, e mesmo quando a restauração era realizada com sucesso podia acontecer de malwares serem ressuscitados junto com os arquivos legítimos, o que tornava a restauração inútil quando o propósito era recuperar o sistema de uma eventual infecção.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

MICROSOFT — DUAS PELO PREÇO DE UMA

ENQUANTO OS SÁBIOS PENSAM SEM CERTEZA, OS IDIOTAS ATACAM DE SURPRESA.

Microsoft anunciou a criação de um sistema de preenchimento automático de senhas para usuários do aplicativo autenticador de chaves Microsoft Authenticator. Agora, quem reunir suas senhas e acessos no programa poderá preencher automaticamente os campos de senha no Android e iOS, independentemente do site ou app acessado, e uma atualização permitirá a usuários do Chrome fruir desse sistema — que pode ser habilitado pelo próprio programa, para evitar conflitos com a solução já lançada para o próprio navegador pelo Google. A empresa assegura que o aplicativo e o novo sistema de preenchimento de senhas são seguros, devido às múltiplas etapas de verificação que são exigidas para que o recurso funcione. O próximo passo será levar esse sistema para o Microsoft Edge, que já possui seu próprio gerenciador de senhas, mas que ainda não foi integrado ao Authenticator.

Conforme eu disse no post do último dia 7, o update de conteúdo que a Microsoft disponibiliza no início da primavera (no hemisfério norte) desde o primeiro aniversário do Windows 10 costuma trazer modificações visuais e de usabilidade, e o que é liberado no outono foca atualizações de bastidores e manutenção. Neste ano, porém, a empresa não só inverteu essa proposta como vem antecipando algumas das novidades (que não são muitas) da versão 21H1.

De acordo com o site BleepingComputer, a instalação da atualização cumulativa KB4598291 para membros Insider do canal “Release” adiciona ao Registro do Windows um pacote de habilitação citando o 21H1, o que significa que o update será incremental à compilação 19042.782.

Pacotes de habilitação são a solução usada pela Microsoft para facilitar o processo de atualização depois que passou a comercializar seu festejado sistema operacional como serviço (SaaS). Eles são pré-instalados e permanecem inativos até que um gatilho os “desperte”, evitando perda de tempo com downloads de volumosos pacotes de dados — como ocorria nas versões anteriores.

Vale lembrar que esse pacote de habilitação incremental só é distribuído para quem já está rodando o Win10 2004 ou a versão 20H2 — usuários de edições anteriores terão de fazer a atualização manualmente (o que significa baixar algo entre 2 GB a 4 GB de dados).

terça-feira, 16 de março de 2021

SOBRE A RESTAURAÇÃO DO SISTEMA

UM ORAL CAPRICHADO SEMPRE RENDE DIVIDENDOS. 

Até o lançamento do Windows Millennium Edition, ao usuário que instalasse um driver problemático ou um app malcomportado e fosse brindado com instabilidades ou travamentos que conseguisse resolver desinstalando o vilão da história, restavam duas opções: 1) tentar recolocar o bonde nos trilhos restabelecendo a última configuração válida executando o “Scanreg”; 2) formatar o HDD e reinstalar o Windows do zero.

Como era preciso recorrer ao prompt para acessar uma lista de backups do registro e escolher, por tentativa e erro, uma que funcionasse, a maioria dos usuários não conhecia ou não sabia usar esse recurso. Sensível ao problema, a Microsoft introduziu a Restauração do Sistema no WinME (que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da chegada do ano 2000). Além de ser mais eficiente que o Scanreg, o novo recurso era (e continua sendo) executado a partir da interface gráfica do sistema, o que facilita bastante sua utilização (mais detalhes nesta postagem).

Não vou repetir aqui o que disse em outras oportunidades (para saber o que é, como funciona e como deve ser configurado e utilizado esse expediente, basta digitar "restauração" no campo Pesquisar aqui do Blog), mas apenas reforçar que a restauração está longe de ser uma panaceia, mas pode poupar muita dor de cabeça em caso de desconfigurações acidentais do sistema ou ações de vírus e outros malwares, por exemplo. 

Para dar uma ideia de como a coisa funciona traçando um paralelo com nosso quotidiano, imagine que, ao caminhar tranquilamente pela cidade, você escorrega numa casca de banana e acorda no hospital com um galo enorme na testa. Se a vida concedesse uma "segunda oportunidade" — como faz a Restauração do Sistema —, bastaria simplesmente voltar ao momento anterior ao escorregão e, sabedor da existência da tal casca de banana, evitar o tombo e as respectivas sequelas.

O Windows cria pontos de restauração automaticamente (desde que o recurso esteja habilitado e os pressupostos que lhe permitam fazê-lo sejam satisfeitos), mas nada impede que você também os crie manualmente sempre que levar a efeito uma reconfiguração abrangente, instalar drivers de dispositivos e aplicativos, ou mesmo antes de abrir um anexo de email suspeito, por exemplo.

Na hipótese de haver problemas, basta escolher um ponto criado anteriormente, comandar a restauração do sistema e torcer para que tudo volte a ser como antes no quartel de Abrantes.

Lembre-se apenas de que você terá de reinstalar eventuais atualizações (do Windows e de apps) que tenham sido implementadas após a criação do ponto de restauração para o qual o sistema foi revertido.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

QUE HORAS SÃO? (FINAL)

ATÉ MESMO UM RELÓGIO PARADO DÁ A HORA CERTA DUAS VEZES AO DIA.

Complementando o post anterior, veremos agora como resgatar o visual “clássico” do relógio padrão do sistema — que os saudosistas parecem preferir ao layout implementado no Windows 10. Mas atenção: caso você pretenda pôr a dica em prática, não o faça antes de criar um ponto de restauração do sistema, já que o procedimento envolve a edição manual do Registro do Windows. 

Observação: Eu já alertei "n" vezes, mas torno a fazê-lo agora, em atenção aos recém-chegados: qualquer alteração indevida ou malsucedida nesse importante banco de dados dinâmico — que o sistema consulta a cada inicialização, modifica durante a sessão e salva, ao final, como as alterações procedidas — pode ser desastrosa (para saber mais sobre o Registro, acesse a sequência de postagens iniciada por esta aqui; para relembrar como criar um ponto de restauração do sistemaclique aqui).

Tomadas as devidas precauções, o passo seguinte é acessar o editor do Registro que o Windows disponibiliza, e que é um parque de diversões para usuários avançados e a versão digital Caixa de Pandora para iniciantes destrambelhados. Há diversas maneiras de convocar esse editor, mas a mais simples é pressionando simultaneamente as teclas <Windows> e R, digitando “regedit” (sem aspas) na caixa de diálogo do menu Executar e clicando em OK (ou pressionando Enter, tanto faz). Feito isso:

— Na janela do editor, expanda a chave HKEY_LOCAL_MACHINE, localize e clique na pastinha Software e navegue por MicrosoftWindows \ CurrentVersion \ ImmersiveShell;

— Dê um clique direito na porção direita da janela, escolha Novo > valor DWORD 32 bit;

— Clique com o botão direito sobre o novo valor, escolha Renomear e digite “UseWin32TrayClockExperience” (sem aspas, mas respeitando as letras maiúsculas e minúsculas);

— Dê duplo clique sobre o valor renomeado, escolha Modificar..., assegure-se de que a opção hexadecimal esteja marcada no campo Base e altere o valor de 0 para 1;

— Feche o editor e reinicie o computador (ou dê um clique direito num ponto vazio da barra de tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas, role a tela até localizar Windows Explorer, dê um clique direito sobre ele e clique em Reiniciar).

Confira o resultado sobre o relógio no canto direito da barra de tarefas.

Se por alguma razão você não gostar do novo visual (velho, melhor dizendo) e quiser reverter a modificação, volte ao editor do Registro, siga os mesmos passos, altere os dados do valor UseWin32TrayClockExperience de 1 para 0 e reinicie o computador (ou Windows Explorer).

Se quiser acompanhar esse passo a passo em vídeo, clique aqui.  

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

SOBRE O MENU INICIAR E O PAINEL DE CONTROLE NO WINDOWS 10 — FINAL

CRITICAR O QUE ESTÁ MALFEITO É FÁCIL, DIFÍCIL É FAZER MELHOR.

Conforme adiantei no capítulo anterior, é possível editar o Registro do Windows para reincluir o atalho do Painel de Controle no Menu Iniciar aliás, não só o PC, já que você pode trilhar o mesmo caminho para inserir atalhos que apontem para quaisquer aplicativos. E como o que abunda não excede, torno a lembrar que não se deve fazer qualquer edição manual no Registro sem antes criar um backup da porção desse banco de dados que será objeto da alteração (ou do Registro como um todo) e um ponto de restauração do sistema, conforme foi explicitado na postagem anterior. 

Tomadas essas providências, faça o seguinte:

— Abra o Menu Executar, digite “regedit” (sem as aspas) e pressione Enter;

— Na tela do Editor do Registro do Windows, use a coluna à esquerda para navegar por HKEY_CLASSES_ROOT\*\shellex\ContextMenuHandlers;

— Dê um clique direito na pasta ContextMenuHandlers e vá em Novo > Chave e, no campo respectivo, digite o nome Adicionar ao menu iniciar;

— Copie o código {470C0EBD-5D73-4d58-9CED-E91E22E23282} e, na coluna da direita, dê um clique duplo em Padrão, cole o código que você copiou e clique em OK.

— Feche o editor do Registro.

Concluídas essas etapas, localize o aplicativo que você deseja incluir no Menu Iniciar e crie um atalho para ele na Área de Trabalho (conforme já vimos, basta dar um clique direito sobre o arquivo desejado, clicar em Enviar para... no menu suspenso e então selecionar a opção Área de trabalho (criar atalho). Assim, ao clicar em qualquer atalho criado para um arquivo você terá a função “Fixar no menu iniciar”. Clique nela para que o atalho seja “fixado” no Menu Iniciar e depois exclua-o de sua Área de Trabalho.

Se por algum motivo você quiser eliminar o atalho em questão do Menu Iniciar, siga os mesmo passos novamente e apague do Registro a pasta que você criou e nomeou como Adicionar ao menu iniciar.