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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

ELEIÇÕES 2018 — PONTOS A PONDERAR



Haddad não está crescendo nas pesquisas por ser popular nem devido a quaisquer atributos pessoais. Sua vaga é de preposto (para dizer de forma gentil), e a essa condição ele parece perfeitamente adaptado (idem). Ocorre que entre os eleitores não há somente os crentes, seguidores fiéis da transmutação automática, mas também os racionais, e é a esses que o petista tem menos de duas semanas para convencer de que será um poste melhor que Dilma.

O general Villas Bôas não estava delirando nem pregando quando apontou a possibilidade de perdedores virem a contestar a legitimidade da eleição presidencial, mas fazendo apenas uma constatação, baseado em evidências de autoria civil: a palavra de ordem petista segundo a qual “eleição sem Lula é golpe”, agora em descanso (temporário?) no arquivo, a desconfiança manifestada e reiterada de Bolsonaro na eficácia das urnas eletrônicas no tocante à lisura do resultado e, mais remotamente, a auditoria pedida por Aécio Neves em 2014 logo após a derrota para a gerentona de araque.

A inquietude com assuntos de golpes e fraudes não saiu, portanto, de um cardápio elaborado pelo general, nem partiu dele, muito menos das For­ças Armadas como corporação, o plantio da suspeita na cabeça do eleitorado de que conspirações estão sempre à espreita, prontas para dar o bote. Quem as incentiva é justamente a parcela da chamada sociedade civil (aí incluídos setores importantes da imprensa) que parece referida na busca por emoções regressivas e, com isso, abre espaço para gente como o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, que defende teses completamente fora da realidade brasileira, quiçá mundial.

O perigo não reside nos militares, cujo peso das manifestações é nulo do ponto de vista prático. O risco está nas mãos dos civis e suas interações radicalizadas de posições que estão levando o Brasil a adotar a lógica da opção eleitoral por exclusão. A melhor e a mais rápida maneira de cair na armadilha da escolha entre extremos. Notadamente nestes nossos tempos que requereriam a prevalência da maré mansa sobre a guerra de extremidades em que o cenário do pior é equivocadamente tido como o melhor para o Brasil.

Em meio ao nevoeiro, o razoável, como diz a música sob o prudente ensinamento de Paulinho da Viola, é levar o barco bem devagarinho e desse modo fazê-lo chegar a um porto o mais seguro possível. Isso significa também deixar os militares postos em sossego fora dessa canoa furadíssima em que já embarcaram, na qual afundaram e cujo desastre só se loucos pretenderiam repetir.

Com Dora Kramer

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

HADDAD É LULA, LULA É HADDAD E EU SOU O COELHO DA PÁSCOA




A falácia esquerdista d’ “O Povo Feliz de Novo”, cantada em prosa e verso pelo coral de militontos que veem Lula como preso político e acreditam na alegoria da “alma viva mais honesta do Brasil” não torna menos difícil a missão da seita do inferno de convencer o segmento menos ideologizado de seus seguidores de que Andrade, ops, Haddad é uma edição revista e sem barba do Pai dos Pobres, Exterminador do Plural, Parteiro do Brasil Maravilha, Redentor dos Miseráveis e Picareta dos Picaretas.

Lula é Haddad e Haddad é Lula. Essa é a mensagem que o PT tenta passar no horário político obrigatório, não raro descumprindo a decisão do TSE, tanto assim que vários ministros já suspenderam as inserções em que Lula aparece como candidato. No último domingo, o vice-presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, determinou que a coligação “O Povo Feliz de Novo” deixe de divulgar a candidatura de Lulaem qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral, sob pena de suspensão da propaganda eleitoral do PT/PCdoB/Pros, além de proibir Haddad de se apresentar como vice do Lula, Lula-Haddad, estamos com Lula, vamos com Lula ou qualquer outro jogo de palavras publicitariamente voltados a alimentar a ideia de continuidade da candidatura.

Lula é Lula e Haddad é Haddad. O fato de o primeiro ser semianalfabeto e o segundo, bacharel em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia é uma das inúmeras diferenças entre criador e criatura. Mas a maior de todas talvez seja o carisma: a despeito do mensalão, Lula se reelegeu e deixou o Planalto nos píncaros da popularidade. Haddad, depois de uma gestão medíocre, foi fragorosamente derrotado pelo novato João Doria logo no primeiro turno — algo inédito desde a redemocratização, quando as eleições majoritárias municipais passaram a ter dois turnos. Outra diferença digna de nota é capacidade de comunicação: Lula fala a língua do povão — tanto pela origem humilde quanto pela inescondível falta de instrução de que ele tanto se orgulha. Já Haddad abre comícios dizendo para a militância que sua campanha “representa a antítese do status quo”.

Não surpreende, portanto, que Haddad seja considerado pelo próprio PT como o mais tucano dos petistas, tanto por sua pouca afinidade com movimentos sociais quanto pela declarada admiração por FHC. Mas isso está mudando, diz uma matéria publicada recentemente em Veja.com. Desde que abraçou a ideia de substituir Lula na disputa presidencial, o ex-prefeito vem passando por uma metamorfose — o que também não chega a surpreender, na medida em que, se eleito, precisará do apoio da bancada petista para governar, e a mensagem do partido é clara: na condição de segunda opção de Lula (a primeira era Jaques Wagner, que sabiamente declinou da oferta), o “poste” precisa ter a humildade de se deixar instruir — em outras palavras, qualquer sinal de empenho em um projeto pessoal será visto como traição.

Observação: Por se ter referido a Michel Temer como “golpista” em seus discursos de campanha “a vice” — aliás, eu nunca entendi por que a Justiça Eleitoral permitiu essa estapafúrdia chapa tríplex —, o Haddad levou uma carraspana do presidente: “Quero recomendar a você, quando você e seus companheiros me chamam de golpista e de alguém que fez uma reforma trabalhista que recupera a modernidade do nosso país, eu quero que você leia a Constituição, Haddad. Primeiro, para verificar que na Constituição está escrito que quando um presidente é impedido, o vice constitucionalmente assume”. O emedebista também rebateu as críticas sobre a reforma política — Haddad disse que “Temer destrói o país, corta direitos e conquistas históricas do nosso povo, vende nossas riquezas e entrega nossa soberania” e o presidente, que “não adianta você [Haddad] dizer que nós tiramos direitos dos trabalhadores, porque está na lei maior, ele está na Constituição, ninguém pode tirar direitos dos trabalhadores, como não tirei ao fazer a reforma trabalhista”. Gostemos ou não de Temer, nesse ponto temos de concordar com ele.

Desde o mês passado que Haddad deixou a cargo do PT a elaboração do seu plano de governo, e assim engoliu calado a regulamentação da mídia e do sistema judiciário (com a revisão da lei anticorrupção e da delação premiada) e a revogação da reforma trabalhista aprovada por Temer. Outra mudança visível na postura do quase candidato é a dicção acadêmica, que está sumindo aos poucos. Frases que eram recorrentes no início da eleição começam a vir traduzidas — aquela em que prometia ser a “antítese” do “status quo” virou que ele é “contra o projeto de Temer, que ameaça o Bolsa Família e afeta os mais pobres”). No começo do mês, em visita à Garanhuns, Haddad vestiu chapéu de cangaceiro e andou a cavalo (ou de jegue, não tenho bem certeza); na semana passada, madrugou na porta de montadoras em São Bernardo do Campo, rememorando o roteiro da campanha salarial liderada por Lula em 1978, e de lá seguiu para Diadema (também no ABC paulista), onde discorreu sobre seus feitos como ministro da Educação no governo Lula.

Enquanto Haddad se dedica a esse processo de metamorfose, a defesa de Lula joga as últimas cartadas na tentativa de reverter a inelegibilidade do egun mal despachado. Até porque, antes de ser declarado inelegível, Lula aparecia nas pesquisas com quase 40% das intenções de voto, ao passo que Haddad mal chegava aos 4%. Na primeira pesquisa sem Lula, feita pelo Ibope nos três primeiros dias do horário eleitoral na TV, o “vice” mal chegou a 6%, sinalizando que falta muito para ele herdar o legado do molusco, embora não lhe falte disposição.

Haddad comemorou a fato de Alckmin não ter conseguido angariar votos do PT, mesmo dispondo de mais tempo na propaganda política obrigatória e de uma estratégia direcionada a desconstruir Bolsonaro, que é o maior antagonista do partido. Ainda que o tucano esteja em quarto lugar nas intenções de voto, os petralhas querem minar suas chances de crescimento, pois preferem enfrentar o PSL no segundo turno — Bolsonaro é campeão em rejeição, com 44% na pesquisa Ibope divulgada no último dia 5; em seguida vem Marina (26%), Haddad (23%), Alckmin (22%) e Ciro Gomes (20%).

O fato é que a resistência do PT ao ex-prefeito de São Paulo ainda é considerável. Prova disso é a defesa de Lula ter pedido ao STF que conceda para a troca do candidato e que analise a recomendação do comitê da ONU, dando sinais de que o presidiário quer ir até o final. 

Ontem, dizia-se que Lula havia escrito uma carta para ser lida a militantes petistas, na qual diz que não anunciaria, naquele momento, nenhuma decisão sobre a candidatura do PT ao Planalto. Isso depois de a ministra Rosa Weber ter negado o pedido de efeito suspensivo à decisão do TSE. Segundo O Globo, o núcleo da campanha do PT à Presidência não espera sucesso nos recursos, mesmo com uma nova recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU dizendo que o Brasil tem o dever de garantir os direitos políticos do ex-presidente. Mas parece que o sevandija de Garanhuns pensou melhor e, a poucos minutos do apito final, acabou autorizando a oficialização da candidatura de Haddad. Mais detalhes amanhã — ou a qualquer momento, em edição extraordinária.

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

LULA, DILMA E COMPANHIA LIMITADA

Às vésperas de deixar o comando da PGR, Janot dispara as derradeiras flechas ― como disse que faria enquanto houvesse bambu. Desta feita, além de Temer e alguns rançosos caciques peemedebistas, os alvos são Lula e Dilma, denunciados por formação de quadrilha e prática de crimes contra a Petrobras entre 2002 e 2016.

Janot atirou também contra os ex-ministros PalocciMantegaEdinho Silva e Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffman ― ré no STF, mas cuja “capivara” não a impediu (acho que até ajudou) sua promoção à presidência do PT ― e o folclórico mochileiro petralha João Vaccari, já condenado na Lava-Jato em outros processos e hóspede do sistema penal tupiniquim desde meados de 2015. Apenas Gleisi tem direito a foro privilegiado, mas o PGR recomendou que as denúncias contra os demais tramitem no STF ― por estarem ligadas às irregularidades envolvendo a senadora vermelha, ou pelo menos essa é a justificativa oficial, pois comenta-se que a verdadeira intenção do procurador-geral do PT é facilitar as coisas para os petralhas. 

Quanto a tão esperada segunda denúncia contra Temer, há que se aguardar a decisão do STF, já que a defesa do presidente pediu a Edson Fachin “a suspensão de qualquer nova medida de Janot”, e o ministro preferiu submeter o recurso ao plenário da Corte. A decisão deve sair amanhã ― mesmo dia em que, paralelamente, Lula prestará depoimento ao juiz Moro pela segunda vez, desta feita na ação que apura a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao do deus pai da petelândia ― foi nesse processo que Palocci concedeu “uma prévia” da sua delação premiada (clique aqui para assistir aos trechos mais importantes do depoimento) que tirou o sono da petralhada; se realmente fechar o acordo, o ex-ministro deverá detalhar e comprovar a movimentação financeira de campanhas eleitorais petistas e indicar quando e onde valores foram entregues ao partido e quem foi o responsável pela operação.

A situação do Demiurgo de Garanhuns ― já condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses de reclusão, réu em mais cinco processos penais, alvo de mais duas denúncias e de outras tantas investigações ― deve se agravar ainda mais se Guida Mantega, que sucedeu Palocci no ministério da Fazenda e também negocia um acordo de colaboração, ratificar as declarações de seu antecessor. Nos bastidores petistas, já se fala em Fernando Haddad substituir Lula no pleito de 2018, mas não se sabe se o ex-prefeito de Sampa fechará os olhos para o envolvimento do PT no maior escândalo de corrupção da história deste país e defenderá o partido.

Quando questionado sobre o assunto, Haddad diz que “não existe essa história de plano B e que o foco do PT deve ser lutar pela revisão da sentença que o condenou Lula injustamente e descaracterizar o depoimento de Palocci”. Nesse entretempo, a caterva vermelha mantém sua estratégia de embalar a pré-campanha de Lula com a narrativa de que o bandido é vítima de “perseguição política”, e que, se ele for afastado da disputa, a eleição não terá legitimidade. Para essa corja, Palocci não teve a mesma “estatura moral” de DirceuDelúbio e Vaccari ― que não “entregaram” seus comparsas de crime ―, e construiu um discurso que agradasse ao Ministério Público e o juiz Moro para facilitar as negociações de seu acordo de delação.

Por ora, a estratégia da facção criminosa travestida de partido político é manter a mobilização de apoio a Lula nas ruas e mobilizar a militância na audiência de amanhã. A julgar pelo que se viu em maio, isso pode não ajudar muito.

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domingo, 16 de abril de 2017

QUOUSQUE TANDEM ABUTERE PATIENTIA NOSTRA?

A patuleia está criando uma nova narrativa vitimista sobre a possibilidade de Lula vir a ser preso como forma de inviabilizar sua candidatura à presidência da República em 2018.

Na versão revista e atualizada, em vez de protestar pela inocência do molusco (que a “Lista de Fachin” brindou com mais alguns inquéritos) e alardear a alegada obsessão do juiz Sergio Moro em persegui-lo ― coisa que ficou ainda mais difícil depois que vídeos das delações de Emílio e Marcelo Odebrecht e outros ex-executivos da empreiteira deixaram boquiabertos até quem tinha certeza da imprestabilidade desse pelego populista ― o que se quer agora é avaliar é o grau da democracia tupiniquim pela permissão, ou não, de Lula ser candidato.

Em sua coluna no Globo, o jornalista Merval Pereira comenta que o cientista político André Singer, ex-porta-voz de Lula entre 2003 e 2007, afirmou que “(...) caso Lula possa candidatar-se, a recomposição do tecido democrático esgarçado pelo golpe parlamentar ganha densidade. Na hipótese contrária, a instabilidade tende a se prolongar, abrindo caminho para saídas autoritárias”.

Essa instabilidade não se dará por uma convulsão social a favor de Lula, mas simplesmente por que “eleições presidenciais livres e justas” não teriam sido realizadas, e estaríamos caminhando para um governo autoritário. O que define a legalidade da próxima eleição, na opinião de Singer, é a aceitação pelo Tribunal Superior Eleitoral da candidatura de Lula. Diz ele: “(...) Não importa, portanto, que Lula ganhe, e sim que consiga concorrer em igualdade de condições. Estaria, assim, garantida a chance de alternância de poder, elemento indispensável do processo democrático”. Daí se depreende que, na visão de Singer, somente a presença de Lula na cédula em 2018 garantiria a alternância de poder.

Se o PT não tem condições de apresentar um candidato competitivo que não seja Lula, é por que não se estruturou em torno de lideranças, mas depende do líder carismático que não deixou grama nascer em seu entorno. Além de o mensalão e o petrolão terem barrado todos os potenciais sucessores na hierarquia partidária, inviabilizados pela prisão ou por sérias denúncias, Lula escolheu uma inexpressiva ministra para ser sua candidata ― e deu com os burros n’água, por incompetência de Dilma e pelas questões morais que estão sendo reveladas pelas investigações da Operação Lava-Jato. E se não puder concorrer, vai ter que convencer seu eleitorado de que uma nova indicação sua não será tão desastrosa quanto aquela.

Difícil acreditar no vaticínio do jurista Nelson Jobim, ex-ministro de Lula e Dilma (além de FHC) de que, preso, Lula elege qualquer um em seu lugar. Pelo menos Singer não acredita nisso. Reflexo da decadência do partido diante da opinião pública, o PT teve uma participação pífia nas eleições municipais, ficando em décimo lugar entre os que mais elegeram vereadores.

No mesmo sábado em que André Singer publicou seu artigo, Dilma repetiu a mesma asnice numa palestra em seminário organizado por alunos brasileiros da universidade Harvard, em Boston: impedir que Lula seja candidato seria “mudar as regras do jogo democrático” no Brasil. Disse ela: “Me preocupa muito que prendam o Lula. Me preocupa que tirem o Lula da parada”. E ainda acrescentou: “Não acho que o Lula tem de ganhar ou perder. Eu acho que ele tem de concorrer. (...) Deixa ele concorrer, para ver se ele não ganha”.

Além de dizer que as questões jurídicas envolvendo “a pessoa física” do ex-mandatário não entram nas suas análises, Singer chega ao cúmulo de comparar a situação de Lula à de Juscelino Kubitschek após o golpe de 1964, quando “os militares, por verem JK como a volta do populismo, cancelaram a eleição presidencial direta por um quarto de século”. Não leva em conta que estamos em uma democracia, e em 1964 entrávamos em uma ditadura militar. Mas seu raciocínio político é que só provaremos que estamos em uma democracia se Lula for absolvido na Justiça e puder disputar as eleições. Outra variável que ele despreza é que as “questões jurídicas” não envolvem apenas a pessoa física de Lula, mas todo um esquema de financiamento através de propina do PT e seus aliados naquele momento histórico. Se for absolvido, ou se o julgamento em segunda instância não acontecer dentro dos prazos legais, permitindo que seja candidato, Lula sairá em campanha buscando provar que continua sendo o líder mais popular do país.

Como qualquer cidadão, Lula terá de enfrentar uma bateria de acusações durante a campanha, e precisará ter boas respostas. Se for condenado em segunda instância, como qualquer cidadão brasileiro, estará inelegível, e irá para a cadeia, de onde poderá continuar recorrendo. É por esses parâmetros legais que deve ser avaliada nossa democracia.

BOA PÁSCOA A TODOS.

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