A POLÍTICA NÃO
É CORRUPTA, OS POLÍTICOS É QUE SÃO.
O Google não é o mais antigo e nem ―
muito menos ― o único serviço de buscas, mas é certamente o mais conhecido e
utilizado pelos internautas desta e de outras galáxias. E à medida que seus
algoritmos são aprimorados, ele se torna mais e mais eficiente e intuitivo,
desobrigando-nos de conhecer e aplicar um sem número de truques que, até algum
tempo atrás, ajudavam bastante a filtrar as buscas e encontrar os resultados
desejados logo nas primeiras sugestões exibidas pelo serviço. No entanto, se
pesquisar imagens no Google não tem
mistério, o mesmo não se pode dizer de fazer uma pesquisa a partir de uma foto ou figura (o que pode ser interessante numa
série de situações).
A boa
notícia é que o
TinEye supre
perfeitamente essa lacuna. Basta acessar o site, fazer o upload da imagem cuja
irmã gêmea (ou quase isso) você deseja encontrar, clicar em
Search e pronto: em questão de segundos
o serviço apresenta sugestões de imagens semelhantes, com seus respectivos
links.
Claro que
isso não desmerece o Google Imagens, pois ele nos permite pesquisar
por fotos livres de direitos autorais, buscar imagens por tamanho e usar
diversos filtros gratuitos. Conforme eu disse em outras oportunidades, para
buscar uma imagem por URL, por exemplo, é só dar um clique direito na
figura em questão, selecionar a opção “Copiar endereço da imagem”, abrir
o Google Imagens (clicando no link que fica no canto superior direito da
página inicial do Google) e colar o link na barra de buscas.
Se, em vez
de realizar a busca a partir de uma imagem publicada na Web, sua ideia é
pesquisar uma figura salva localmente (no HD do seu PC), clique em “Envie
uma imagem” > “Selecionar arquivo”, indique a imagem em questão e
veja que serão carregadas na página dezenas de opções iguais ou semelhantes.
Se quiser localizar imagens onde a cor predominante é o azul (ou outra
opção da paleta de 12 cores disponíveis), faça a busca com a palavra-chave no Google
Imagens e, na barra do topo, selecione “Ferramentas de Pesquisa”,
clique em “Cor”, selecione uma das opções e confira os resultados
sugeridos. Note que você pode ainda usar a ferramenta para exibir resultados em
“preto e branco”, “colorida” ou com fundo “transparente”.
Para encontrar facilmente imagens em formatos específicos, selecione “Ferramentas
de Pesquisa” e clique em “Tipo” e selecione uma das opções
disponíveis (Rosto, Foto, Clip Art, etc.). Para
filtrar as figuras por tamanho, clique em “Tamanho” e selecione uma das
opções ― por exemplo, você pode filtrar a busca por “Grande”, “Médio”
“Ícone” e “Maior que” para padrões desde 400x300 pixels até 9600x7200
pixels; para selecionar um tamanho específico, use a opção “Exatamente”
(basta digitar as medidas de largura e altura e comandar a busca).
Para não violar direitos autorais, digite o termo chave na barra de
pesquisas do
Google Imagens, selecione a opção “
Ferramentas de
Pesquisa” e, no item “
Direitos de Uso”, escolha uma das opções
disponíveis (“
Marcadas para reutilização com modificação”, “
Marcadas
para reutilização”, “
Marcadas para reutilização não comercial com
modificações” e “
Marcadas para reutilização não comercial”).
CUNHA CONDENADO, LULA EM COMPASSO DE ESPERA
Na última quinta-feira, Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e
4 meses de prisão pelo juiz Sergio Moro,
no âmbito da Lava-Jato, por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
evasão de divisas. E novas condenações estão por vir, pois o cara é investigado
em mais cinco inquéritos e réu em outras duas ações penais, uma em trâmite na
10ª Vara Criminal Federal de Brasília, relativa à Operação Sépsis, e outra, sobre o suposto recebimento de US$ 5
milhões em contratos de construção de navios-sonda da Petrobras, que foi
encaminhada ao juiz Moro pelo STF.
Observação: Em apenas 6
meses, o ex-todo-poderoso presidente da Câmara e maestro do impeachment foi
preso, julgado e condenado. Lula se
tornou réu pela primeira vez em 29 de julho do ano passado, e como tal prestou
depoimento na ação por obstrução da Justiça que tramita na 10ª Vara Federal do
DF (quando disse não ter ideia de quanto ganha por mês, que é vítima de um
massacre e que acorda todas as manhãs achando que vai ser preso). Os autos
estão conclusos, mas ainda não se sabe quando a sentença será prolatada.
Se por um lado a condenação de Cunha traz (ainda mais) desconforto a Michel Temer, por outro serve para
desmontar a falácia de Lula e seu
espúrio partido, que se dizem vítimas de perseguição pela “República de Curitiba”, pela mídia, pelas “zelites” e pelo diabo
que os carregue a todos. Segundo o Evangelho
de São Lula, a Lava-Jato é a face exposta da trama concebida pela elite
golpista para derrubar um governo que vivia pensando nos pobres enquanto
ampliava a fortuna dos milionários amigos, destruir as conquistas populares
materializadas em 13 anos de sonho, reduzir o PT a uma organização criminosa disfarçada de partido político e
impedir que o maior dos governantes desde Tomé
de Souza voltasse nos braços do povo à Presidência da República. Não é
pouca coisa. Mas não é tudo: em outros versículos, Sérgio Moro e Eduardo Cunha
aparecem agindo em sintonia na mesma conspiração. Ao então presidente da Câmara
coube arquitetar o impeachment de Dilma
Rousseff. Ao juiz federal de Curitiba foi confiada a missão de usar a Lava-Jato
para perseguir Lula com acusações
sem pé nem cabeça até que fosse enfim engaiolada a alma viva mais honesta do
Brasil. A condenação de Cunha transformou
o Evangelho de Lula em mais uma
versão da Ópera dos Malandros. Se o
alvo era o chefão, por que prender um companheiro de conspiração? Essa nem Rui Falcão saberá explicar.
Meu palpite é que Moro ― como bom estrategista ―
está pavimentando o caminho. Até porque, se Cunha era execrado por Deus e o Diabo, Lula ainda tem um número respeitável de apoiadores, e quando for devidamente enjaulado ― o que já está mais que na
hora de acontecer ―, a grita vai ser grande. Mas também houve muito barulho
quando Dilma foi afastada, em 12 de
maio do ano passado, e quando foi definitivamente penabundada, em 31
de agosto.
Observação: No próximo dia 3,
Lula deverá depor na 13ª Vara
Federal de Curitiba, que Rui Falcão
e seus asseclas tencionam cercar de “manifestantes” (recrutados nas fileiras da
CUT e do MST, como sempre) para conferir ao petralha a aura de “injustiçado”.
Já foram criados até grupos de WhatsApp
para convocar o populacho a toque de caixa e evitar que se repita a cena
constrangedora de março do ano passado, quando apenas uns poucos gatos pingados
apareceram para protestar contra a condução coercitiva do chefe à PF no
Aeroporto de Congonhas. “Foi tudo feito de improviso”, admitiu um dirigente do PT à reportagem de Veja, deixando claro que a espontaneidade é um ingrediente ausente
nas receitas de protestos da patuleia ignara.
A prisão preventiva do molusco
abjeto antes da condenação poderia ser relaxada liminarmente por alguma instância
superior (e o que não falta em nossas Cortes de Justiça é ministro ansioso
pelos 15 minutos de fama), o que desmoralizaria tanto a força tarefa quanto o próprio
juiz Moro ― e seria de péssimo
alvitre quando a classe política busca pretextos para fulminar a
Lava-Jato. Aliás, somadas às repercussões da Operação Carne Fraca, as propostas do ministro Gilmar Mendes ― de anular delações vazadas ― encorajaram suas
insolências a retomar a tramitação do projeto que, a pretexto de conter abusos
de autoridade, encerra medidas destinadas a manietar a atuação de procuradores,
policiais e juízes. Para piorar, esse recital está sob a regência de dois
notórios clientes do Petrolão: Renan Calheiros,
ex-presidente do Congresso, e Edison
Lobão, presidente da CCJ em que tramita o projeto. Se a prosperar e Moro tiver alguma decisão rejeitada em
segunda instância, ficará sujeito a responder judicialmente por ela.
A meu ver, a condenação de Lula são favas contadas, mas estamos no
Brasil (precisa dizer mais alguma coisa?). A nós, pobres mortais, resta
continuar pagando a conta dessa bandalheira toda e aturando a gritaria insana
da patuleia vermelha e seus ignaros apoiadores, pelo menos enquanto ninguém tiver colhões para pôr um ponto final nessa palhaçada.