Conversavam um zoófilo, um sádico, um assassino, um
necrófilo, um piromaníaco e um masoquista. Disse o primeiro: 'Vamos pegar um
gato!' E o segundo: 'Vamos pegar um gato e torturá-lo!' O terceiro: 'Vamos
pegar um gato, torturá-lo e matá-lo!' O quarto: ' Vamos pegar um gato,
torturá-lo, matá-lo e violá-lo!' O quinto: 'Vamos pegar um gato, torturá-lo,
matá-lo, violá-lo e atear-lhe fogo!' E o último: 'Miau!'
Doido de pedra que se preza rasga dinheiro e come merda. Não
parece ser o caso de Adélio Bispo de
Oliveira, que há nove meses esfaqueou o então candidato Jair Bolsonaro durante um ato de
campanha em Juiz de Fora, supostamente "por inconformismo político". O atentado (até hoje mal
explicado), por óbvio, alimenta teorias da conspiração, quando mais não seja porque tão
logo se deu a prisão do esfaqueador uma escrete de causídicos estrelados, movidos a honorários estratosféricos, assumiu o caso.
Bispo declarou que investiu contra Bolsonaro porque “não simpatizava com ele”, mas refutou ligação com qualquer partido político, embora tenha sido filiado ao PSOL de 2007 até 2014 (uma evidência incontestável de que ele realmente não bate bem da bola, mas isso é outra conversa). Cinco dias antes do atentado, ele publicou uma ameaça numa página de apoiadores do “mito”, chamando o candidato de “marionete do capitalismo” e afirmando que ele merecia um tiro na cabeça. Depois, disse à polícia que recorreu à faca porque comprar uma arma de fogo seria caro e burocrático demais. O inquérito concluído semanas depois não identificou patrocínio ou patrocinador; para os investigadores, Bispo era como "lobo solitário".
Dezenas de policiais federais analisaram 150 horas de
vídeos, 600 documentos e 1.200 fotos, além de 2 terabytes de informações
encontradas com o agressor e de quebras
de sigilo telefônico, bancários e telemático. Mas o segundo inquérito, que
apura quem está bancando a defesa de Bispo — e, portanto, teria interesse no
atentado —, foi paralisado pelo desembargador Néviton Guedes, do TRF-1,
a pedido do Conselho Federal da OAB, depois que o advogado Zanone Manuel de Oliveira, que coordena
a defesa do criminoso, foi alvo de uma operação de busca e apreensão em casa,
num hotel e numa locadora de veículos de sua propriedade.
A premeditação do crime salta aos olhos: O autor, que morava em Montes Claros, viajou para Juiz de Fora com duas semanas de
antecedência, fotografou previamente os locais por onde a vítima passaria e a acompanhou durante todo o dia 6 de setembro,
tendo acesso até mesmo ao hotel em que Bolsonaro almoçaria com empresários
mineiros. Planejamento digno de um "lunático"? Poi sim! Claro que há
um departamento dentro do nosso psiquismo que adora teorias conspiratórias, e longe de mim querer fomentá-las, mas alguns detalhes escabrosos dessa mixórdia são dignos de nota:
1) O atual presidente
nacional da OAB tem fortes laços com
o PT;
2) O desembargador que
paralisou a investigação que realizou buscas no escritório do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior,
principal coordenador da defesa de Bispo,
foi nomeado para o cargo por Dilma e
já suspendeu os interrogatórios de Lula
e Luleco na Operação Zelotes e uma decisão que impedia o funcionamento do Instituto Lula;
3) Bispo estava desempregado, mas possuía
4 smartphones e um computador portátil (notebook). Dois meses antes do crime, ele gastou centenas de reais (pagos em
dinheiro vivo) num clube de tiro frequentado por dois dos filhos de Bolsonaro, e mais adiante pagou
adiantado — também em dinheiro vivo — por duas semanas de hospedagem numa
pensão em Juiz de Fora;
4) Nas semanas
subsequentes à do atentado, a dona da pensão e outro hóspede com quem Bispo tivera contato nos dias
anteriores ao do crime entregaram suas almas ao criador (segundo a versão
oficial, a mulher sofria de câncer terminal e o sujeito não só era usuário de
drogas como tinha problemas de saúde;
5) No dia 6 de agosto
de 2013, quando ainda era filiado ao PSOL, Bispo esteve no anexo 4 da Câmara
dos Deputados, como ficou registrado no sistema. No dia do atentado, alguém
simulou sua entrada na Câmara — que fica a 1.000 quilômetros de distância de
Juiz de Fora —, o que constituiria um álibi perfeito se ele tivesse conseguido
fugir (uma sindicância feita na Câmara afirmou tratar-se de “um engano”, e eu
não consegui apurar o que resultou da investigação feita pelo Instituto Nacional de Criminalística de
Brasília);
6) Cinco horas após a
prisão, o advogado Pedro Possa,
convocado pelo colega Zanone, estava
a postos na delegacia da PF em Juiz
de Fora para blindar o esfaqueador — Zanone disse
que aceitou o caso após receber um email (ou uma mensagem de WhatsApp) de um contratante misterioso
ligado à Igreja do Evangelho
Quadrangular de Montes Claros, e que escalou Possa porque o
colega mora perto. No dia seguinte, 7 de setembro, o próprio Zanone voou de BH para Juiz de Fora em
seu avião particular, acompanhado do também advogado Fernando Magalhães.
Em entrevista a VEJA, Bolsonaro reafirmou a suspeita de que foi vítima de uma trama ainda
a ser desvendada. Após nove meses de investigação, a PF não encontrou nenhum indício que sustente essa desconfiança. As
evidências colhidas pelos investigadores dão conta de que Bispo “não é normal”. Aos peritos, o ex-garçom disse que começou a
pensar em matar Bolsonaro quando
soube que, caso fosse eleito, ele pretendia “fuzilar os petralhas”, e que pôr
fim à vida do candidato era uma missão divina — Deus em pessoa teria dito a Bispo que somente ele “poderia salvar o
Brasil da destruição”. Os delírios, ao que tudo indica, foram construindo o
enredo da tragédia.
No dia 6 de setembro, ao verificar que sua vítima potencial se
hospedara num hotel defronte a uma praça onde havia monumentos maçônicos, o
esfaqueador não teve dúvidas de que Bolsonaro
era maçom” e, por isso, entregaria as riquezas do país “ao Fundo Monetário
Internacional, aos próprios maçons e à máfia italiana”. Convencido disso, ele se
infiltro na multidão que acompanhava o comício em Juiz de Fora e esfaqueou o
capitão no abdômen. A missão divina fracassou, mas, segundo o dublê tupiniquim
de Jack, o Estripador, ela ainda
será concluída: ele já avisou que, se for solto, voltará a atentar contra a
vida do presidente e de Michel Temer,
que “também participaria da conspiração maçônica”.
A Justiça concluiu
recentemente que esse projeto de estrume sofre de transtorno delirante permanente paranoide — o que tecnicamente o
torna inimputável; quando muito, ele pode ser internado num manicômio
judiciário e reavaliado a cada dois anos. Por precaução, cópias do laudo foram
enviados ao Palácio do Planalto. Bispo
está no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS) mas pediu para ser
transferido — o lugar, segundo ele, está impregnado de “energia satânica”.
Todos são iguais perante a Lei, mas quem tem bons advogados é
“mais igual que os outros”. Lula acreditou
nisso e acabou na cadeia. Mas a pergunta que não quer calar é: quem está
bancando a defesa? O ex-garçom é que não é.
Bolsonaro e o filho
Carluxo também podem estar sofrendo
de algum transtorno mental. A hipótese mais provável aponta para Transtorno de Estresse Pós-Traumático, que acarreta ansiedade, variações abruptas
de humor, anorexia nervosa, paranoia e narcisismo. Antonio Egídio Nardi, professor titular do Instituto de
Psiquiatrias da UFRJ, diz que o TEPT
é um sofrimento psíquico muito comum em nossa sociedade violenta, embora afete
mais comumente os veteranos de guerra, policiais, bombeiros e socorristas.
Hoje, porém, com a violência urbana, os quadros clínicos são rotina nos
consultórios de psiquiatras e psicólogos.
O TEPT pode
ocorrer em qualquer idade após a exposição a episódio concreto ou ameaça de
morte, lesão grave ou violência sexual. Nardi
exemplifica que ocorrem pesadelos nos quais o conteúdo e/ou o sentimento estão
relacionados ao evento traumático. A ênfase é nas lembranças recorrentes do
evento, e normalmente incluem componentes emocionais e físicos, mas os sintomas
mais comuns de revivência são pesadelos que repetem o evento em si.
Resumo da ópera: Diz um velho ditado que "de médico e de louco, todo mundo tem um
pouco". Mas Bispo, até onde
se sabe, não come merda nem rasga dinheiro. Mas talvez Lula não estivesse tão errado quando
disse que o Brasil está sendo governado por um “bando de maluco” (sic).
Sobre as "conversas" vazadas pelo Intercept Brasil — esse assunto já deu no saco, mas continua dando pano pra manga — Caio Coppola já havia advertido sobre a má índole do jornalista americano Gleen Greenwald, que, por força de suas ligações umbilicais com a esquerda, com o PT e com Lula, mudou-se para o Brasil e vive atualmente no Rio de Janeiro, em ligação homoafetiva com o deputado David Miranda. Ouça o que o moço disse a respeito:
Sobrando tempo e dando jeito, não deixe de assistir: https://vimeo.com/341854175
Sobre as "conversas" vazadas pelo Intercept Brasil — esse assunto já deu no saco, mas continua dando pano pra manga — Caio Coppola já havia advertido sobre a má índole do jornalista americano Gleen Greenwald, que, por força de suas ligações umbilicais com a esquerda, com o PT e com Lula, mudou-se para o Brasil e vive atualmente no Rio de Janeiro, em ligação homoafetiva com o deputado David Miranda. Ouça o que o moço disse a respeito:
Sobrando tempo e dando jeito, não deixe de assistir: https://vimeo.com/341854175