O Windows Mobile foi lançado em 2010, quando o Android já havia soprado sua terceira velinha. Três anos depois, ao se dar conta de que havia dormido no ponto e que tentar empurrar o SO para fabricantes de celulares que já haviam fechado com a concorrência era malhar em ferro frio, a Microsoft comprou a Nokia e, diante do desinteresse dos desenvolvedores em criar aplicativos para seu sistema, resolveu fazê-lo por conta própria. Mas aí já era tarde demais. E como nenhum produto sobrevive sem consumidores, o Windows 10 Mobile foi devidamente sepultado.
Até não muito tempo atrás, o termo "programa" designava a qualquer software instalado num computador, do sistema operacional a um simples editor de texto. A reboque dos smartphones e tablets, surgiram novas e diferentes terminologias — que o lançamento do Windows 8 se encarregou de bagunçar, ao rebatizar os mesmos programas de antigamente como "apps da Windows Store", "apps universais" ou simplesmente "apps".
"Apps", "apps desktop" e "apps para smartphones/tablets" são coisas diferentes e incompatíveis entre si. De modo geral, tudo com que interagimos no dia a dia é app desktop — como o MS Office e o MS Outlook, que funcionam em sistemas operacionais legados (o que não ocorre no caso de apps Windows). Já um "app portátil" é um software que roda diretamente de um pendrive, de um HD externo ou da nuvem (sem que seja preciso instalá-lo no computador), e um app da Windows Store é um aplicativo instalável disponibilizado pela loja oficial da Microsoft.
Observação: Apps desktop só rodam nas versões desktop do Windows; apps da Windows Store rodam nos Windows 8/8.1, 10 e 11 e podem funcionar em outras plataformas; apps Windows (ou apps universais) rodam em todas as versões do sistema a partir do Win8. Note que apps Windows Phone só funcionavam na plataforma mobile e portanto não eram considerados "universais".
O Google Android é o sistema operacional móvel mais popular do planeta — daí a quantidade de apps disponíveis na Play Store ser gigantesca. Claro que nem todos são úteis (isso sem falar que o que é útil para você pode não ser útil para mim e vice-versa). Preferências pessoais à parte, o TREBEL se destacou no Brasil, em 2023, como "melhor aplicativo para o uso diário". Suas parcerias com diversos músicos e gravadoras dão acesso a uma vastíssima gama de faixas musicais que podem inclusive ser baixadas e ouvidas offline, sem custos adicionais nem interrupções publicitárias.
O ChatGPT ganhou o prêmio de Voto Popular em 2023 por suas múltiplas funcionalidades baseadas em IA fornecerem textos criativos, auxiliarem no aprendizado de idiomas e oferecerem respostas específicas a perguntas sobre temas os mais variados. Vale destacar que, ao longo do ano, o chatbot recebeu atualizações que ampliaram sua gama de funcionalidades, como a capacidade de ver, entender e criar imagens.
O Reelsy Reel Maker foi eleito o App Mais Divertido do ano no Brasil. Ele oferece modelos prontos em diversas categorias — como moda, culinária e fitness — para a edição ágil de vídeos em redes sociais, além de permitir a adição de músicas para tornar os vídeos mais atrativos. Já o prêmio de Melhor App para Crescimento Pessoal da Play Store foi para o Desrotulando, que fornece detalhes nutricionais dos produtos alimentícios a partir dos respectivos códigos de barras e oferece dicas de especialistas, sugestões de substitutos saudáveis e ajuda na organização das refeições.
O Remodel AI ficou em primeiro lugar na categoria Melhor Tesouro Escondido. Ele facilita a remodelação de ambientes domésticos usando inteligência artificial para analisar imagens dos ambientes e sugerir renovações baseadas em designs arquitetônicos, incluindo novas disposições de paredes, paisagismo e pisos. O Lunos: Educação Financeira foi escolhido como o Melhor App para Fazer o Bem — ele orienta os usuários sobre gestão financeira pessoal com métodos simplificados, incluindo ferramentas para elaboração de orçamentos, questionários, módulos interativos de aprendizagem e conselhos para economizar dinheiro.
Outros apps que se destacaram no ano que passou foram o Bing para dispositivos móveis, da Microsoft — que potencializa as buscas usando o GPT-4 da OpenAI e cria efeitos visuais baseados em descrições textuais com o "Criador de imagens do Designer” e a tecnologia DALL-E 3 — e o navegador Opera para Android — que oferece diversas opções de personalização e recursos similares à versão desktop, incluindo VPN grátis, bloqueio de anúncios e gerenciamento de dados móveis, sem falar na assistente de inteligência artificial Aria, criada em colaboração com a OpenAI.