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quarta-feira, 30 de abril de 2025

WINDOWS 10 — UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

OS POLÍTICOS SÃO A MENTIRA LEGITIMADA PELA VOTO POPULAR.

Quatro meses depois de anunciar o lançamento do Windows 11 e informar que o Windows 10 deixaria de receber suporte em 14 de outubro de 2025, a Microsoft começou a distribuir o upgrade para a versão pronta e acabada do novo sistema para usuários que rodassem o Ten em máquinas "elegíveis" ou que se dispusessem a comprar um computador novo, que viria com o Win11 pré-instalado ou poderia ser atualizado via Windows Update pelo próprio usuário.

Naquela ocasião, a empresa estimava que todos os aparelhos compatíveis estariam rodando o Win11 em meados de 2022, mas faltou combinar com os russos: o Win10 velho de guerra continua firme e forte, com 68% da preferência dos usuários, enquanto seu sucessor contabiliza 27%, e as versões 8.1, 7, Vista e XP somam 4,5%.

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Em 2015, a PGR denunciou Fernando Collor por surrupiar R$ 20 bilhões da BR Distribuidora. Em 2023, o STF o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão, mas seus advogados conseguiram procrastinar o cumprimento da pena até a semana passada. 

Nesse entretempo, Gilmar Mendes (atual decano da Corte e verdadeira herança maldita de FHC) votou pela absolvição e, vencido, tentou reduzir a pena à metade. Exausto das manobras protelatórias da defesa, Alexandre de Moraes, relator da encrenca, determinou a prisão imediata do Rei Sol, que, a pedido, foi envidado para uma “hospedaria especial” em Maceió. 

Moraes submeteu seu despacho ao plenário, Gilmar esboçou um pedido de destaque, mas recuou. O placar chegou a 6 a 0 pela prisão, mas o "terrivelmente evangélico" André Mendonça divergiu e foi seguido por Gilmar, Fux e o ministro-tubaína Nunes Marques. Zanin, como costuma fazer em processos da Lava-Jato, se absteve de votar. A defesa apresentou um pedido de prisão domiciliar, que ora se encontra pendente de manifestação da PGR.

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — e o primeiro a ser penabundado do cargo por impeachment. Sua trajetória errática e politicamente camaleônica incluiu alianças com Bolsonaro e com o PT. Em 2014, pediu votos para Dilma e até usou um trecho elogioso de Gleisi Hoffmann em sua propaganda. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de Alagoas com pífios 14% dos votos. Após sua prisão, o PRD o expulsou, seus aliados silenciaram e os líderes da legenda o descreveram como "distante da cúpula e irrelevante nas decisões". 

Sua prisão tardia e cercada de privilégios, representa o ocaso de um personagem que simbolizou tanto o colapso precoce da Nova República quanto a persistência das velhas práticas políticas. Já se ele vai realmente cumprir a pena, bem, eu não tenho bola de cristal, mas tampouco tenho memória de galinha. Para quem nao se lembra, em 2018 o TRF-4 aumentou de 8 para 12 anos a pena de Lula no processo do triplex e determinou sua prisão. Em 2019, numa votação apertada (6 votos a 5), o STF mudou seu entendimento sobre a "prisão em segunda instância", e Lula deixou sua cela VIP em Curitiba no dia seguinte, depois de 1 anos e 5 meses gozando da hospitalidade da PF em Curitiba. 

Em 2017, depois de procrastinar sua prisão por 4 décadas, Paulo Maluf — ex-prefeito da capital paulista (1969-1971; 1993-1996), ex-governador de São Paulo (1979-1982), candidato à Presidência em 1995 e 1989, ex-secretário dos Transportes, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, quatro vezes deputado federal, líder de cinco partidos políticos e réu em 70 processos — foi finalmente encarcerado na Papuda. Três meses depois, graças ao bom coração do eminente ministro Dias Toffoli — que foi presenteado por Lula com a suprema toga, mesmo tendo levado bomba duas vezes seguidas em concursos para juiz—, foi enviado para casa por "razões humanitárias" e permaneceu em prisão domiciliar até maio de 2023, quando teve a pena extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro.

Na visão de Toffoli, o turco ladrão, então com 87 anos, estava à beira do desencarne; hoje, aos 93, se ele realmente está morrendo, é de rir de quem acredita na justiça desta banânia. 


Em julho de 2015, quando deu à luz o Win10, a Microsoft previu que seu novo rebento ultrapassaria a marca de 1 bilhão de instalações em três anos. Apesar do upgrade gratuito, essa meta só foi alcançada em janeiro de 2020, quando faltavam menos de 2 anos para o lançamento oficial do Win11, que é mais exigente, em termos de hardware, e bem menos simpático que seu antecessor aos olhos dos usuários. 

Faltando menos de seis meses para o Win10 deixar de receber suporte e atualizações de segurança da Microsoft, manter o sistema em uso após o prazo final aumentará significativamente o risco de ser vítima de pragas digitais, cibercriminosos e assemelhados. 

No ambiente corporativo, máquinas desatualizadas podem facilitar ataques de ransomware, sequestro de dados, sabotagens e outros incidentes graves. E a solução vai além da simples compra de novas licenças ou realização de upgrades: é preciso avaliar a compatibilidade de hardware, a maturidade dos aplicativos que rodarão no novo sistema, as políticas de segurança e criptografia (como a exigência do TPM 2.0, por exemplo) e, principalmente, o treinamento e adaptação das equipes que usarão diariamente essas máquinas.

Sensível ao fato de que cerca de 240 milhões de computadores podem se tornar lixo eletrônico devido à incompatibilidade com o Win11, a Microsoft criou programas de suporte estendido. Mas eles custam dinheiro e são meros paliativos, já que não eliminam a necessidade da mudança sem a qual o aumento da insegurança pode minar a competitividade das empresas.

No âmbito doméstico, a solução é mais simples: quem tem um PC compatível e não migrou pode fazer o upgrade, e quem tem máquinas incompatíveis pode "forçar" a instalação do novo sistema ou migrar para o Linux, por exemplo — distribuições como o Ubuntu oferecem uma interface semelhante à do Windows, tornando o "reaprendizado" uma questão de dias ou semanas. O macOS é imbatível, mas só roda no hardware fabricado pela própria Apple, o que encarece a mudança (embora ela valha cada centavo).

Uma alternativa que a própria Microsoft oferece, ainda que discretamente, consiste em adotar uma versão do Win10 Enterprise, como a LTSC 2021, que é baseada na versão 21H2 do Windows 10 e deve receber suporte até janeiro de 2027. A IoT Enterprise LTSC 2021, também baseada na versão 21H2, se parece e funciona como o clássico sistema para desktop, embora existam diferenças pontuais em relação às edições Home ou Professional — nas versões LTSC, o usuário permanece com a versão básica (21H2, build 19044), recebendo apenas patches de segurança e estabilidade. No entanto, como não haverá novas versões importantes após a 22H2, isso não chega a ser um grande inconveniente.

Chaves de produto do Windows 10 Home ou Professional não funcionam para ativar uma edição Enterprise LTSCA adoção deve ser feita mediante um contrato de licença por volume (VLAs) para menos 5 estações de trabalho, mas é possível negociar licenças individuais com alguns revendedores. Embora existam fontes não oficiais e ferramentas de ativação circulando na Internet, seu uso viola os termos de licenciamento da Microsoft.

Migrar para uma versão Enterprise LTSC significa abrir mão da Microsoft Store, da Cortana, do OneDrive e de aplicativos pré-instalados como Weather, Mail ou Contacts. Mas o Windows Defender, o navegador Edge e acessórios clássicos, como o Bloco de Notas e o WordPad, continuam presentes. O processo de instalação é semelhante ao convencional. O sistema tenta se conectar a uma conta corporativa, mas também oferece a opção de criar uma conta local tradicional. 

A versão IoT usa o inglês americano como idioma padrão, enquanto a Enterprise LTSC oferece mais opções linguísticas. Mas ambas são soluções legítimas para quem deseja manter o Windows 10 em seu hardware atual por até sete anos após 14 de outubro.

sábado, 12 de abril de 2025

BACKUPS

QUEM TEM DOIS TEM UM, QUEM TEM UM NÃO TEM NENHUM.
 
Nos primórdios da era PC, dizia-se que havia dois tipos de usuários: os que já tinham perdido os dados do HDD e os que ainda iriam perder. 

Com a popularização da Internet e o advento da Web 2.0, passamos a acreditar que os dados online são eternos... até que uma receita que favoritamos suma do site de culinária, uma música seja removida da lista de reprodução do serviço de streaming ou um artigo pretendíamos ler em outro momento passe a ser protegido por paywall.
 
Segundo um estudo publicado no ano passado, 38% dos links ativos em 2013 deixaram de funcionar. Para sites governamentais, o percentual é de 13%; para links da Wikipédia, 11%. Então, mesmo que seja prático e conveniente manter na nuvem cópias de dados importantes e arquivos de difícil recuperação, a melhor maneira de não ser pego no contrapé é criar backups e armazená-los em pendrives ou HDDs/SSDs externos. 

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Tanto na política quanto na vida, não se deve contar com o ovo que a galinha ainda não botou. Bolsonaro achava que o projeto da anistia para o 8 de janeiro estava no papo, mas o presidente da Câmara, que prefere desintoxicar a atmosfera apostando numa articulação que leve o Supremo a rever penas leoninas,  levou o pé à porta. O bolsonarismo passou a operar na base do vai ou racha, e rachou: os líderes do centrão se recusaram assinar o requerimento que empurraria a proposta para o plenário a toque de caixa. 
No ato pró-anistia deste domingo, Bolsonaro atraiu cerca de 45 mil muares à mais paulista das avenidas, valeu-se de Malafaia para chamar Moraes de cínico e manipulador, criticar a imprensa, defender o general Braga Netto — que segundo ele foi preso injustamente — e voltou a pedir clemência para uma tentativa de golpe que diz não ter existido. Se não existiu, o caso seria de absolvição. Se existiu, como mostrou a PF, trata-se de um inusitado pedido de perdão preventivo que terminaria por beneficiar o alto-comando do golpe. 
De repente, o ato da Paulista, concebido para irradiar a força de Bolsonaro, virou crepúsculo.
 
No caso de páginas da Web, podemos usar a opção "Salvar como PDF". Softwares e serviços on-line que não usam arquivos propriamente ditos, como apps de mensagens, clientes de email, bancos de dados, etc., permitem exportar dados ou criar um arquivo comprimido com extensão PDF, TXT ou CSV, mas vale destacar que em alguns casos — como backups do WhatsApp salvos no Google Drive, OneDrive ou iCloud — a restauração só pode ser feita dentro do mesmo serviço.
 
Redes sociais, serviços de streaming e outros webservice não oferecem opções de exportação, mas é possível criar backups com o Pocket, cuja versão premium salva tanto os links quanto arquivos de texto completos das páginas. Para uso público, cópias de webpages podem ser salvas em web.archive.org ou em archive.is.
 
Convém criar backups dos backups e salvá-los numa pasta local no Dropbox, no OneDrive ou no Google Drive. Pode parecer excesso se cautela, mas "quem tem dois tem um, e quem tem um não tem nenhum".

quarta-feira, 26 de março de 2025

PREVISÕES E MAIS PREVISÕES

FUJA DOS POBRES ENRIQUECIDOS E DOS RICOS EMPOBRECIDOS.

 
O mundo avançou mais nos últimos dois séculos do que desde a invenção da roda até Revolução Industrial. Ainda estamos longe do futuro à la The Jetsons, onde carros voadores, faxineiras-robôs e férias em Marte fazem parte do cotidiano, mas já temos telefones celulares, relógios inteligentes e televisores com telas ultrafinas. Robôs de aparência humanóide — como a Rosinha do desenho — estão sendo desenvolvidos, e aspiradores autônomos dividem espaço com os convencionais nas prateleiras das lojas de eletrodomésticos. Quanto a carros voadores, o Genesis X1 e modelos da empresa de mobilidade aérea urbana Eve, da Embraer, devem estar disponíveis no ano que vem.

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Ontem, após rejeitar as preliminares levantadas pelas defesas, a primeira turma do STF suspendeu a sessão e adiou para as 9h30 de hoje a decisão de promover Bolsonaro e outros sete denunciados a réus.
Na segunda-feira, depois de rejeitar o pedido de suspeição de Moraes, Dino e Zanin, o ministro Nunes Marques teve uma recaída de bolsonarite aguda e interrompeu o julgamento da deputada Carla Zambelli quando o placar era de 4 a 0 pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada em outubro de 2022 (Zanin e Toffoli anteciparam seus votos, formando maioria pela condenação da parlamentar).
O pedido de vista chegou ao STF em 1997, de carona com o deputado Nelson Jobim, que ganhou a suprema toga do então presidente FHC. Em tese, sua finalidade é dar mais tempo aos magistrados para estudar os autos, mas na prática ele serve para obstruir a votação e adiar uma decisão uma decisão contrária ao entendimento do ministro que recorre a esse estratagema.
Pelo regimento interno do STF, a devolução dos autos deve ser feita até a segunda sessão subsequente à do pedido de vista, mas ninguém se atém a isso. Na maioria das vezes, o autor do pedido só devolve o processo quando vislumbra a possibilidade de um ou mais colegas mudarem o voto, ou quando a maioria formada já não faz mais diferença. O ministro Ayres Britto, aposentado em 2012, alcançou a marca de 76 pedidos de vista, dos quais 70 não haviam sido devolvidos quando ele deixou o tribunal.
O que o ministro-tubaína fez foi empurrar com a barriga uma condenação inevitável, o que só faz sentido se a intenção for não "contaminar" o julgamento da admissibilidade da denuncia contra Bolsonaro et caterva por tentativa de golpe de estado e outros crimes. Não sei se foi esse o caso, mas a mim me parece um bom palpite.

No desenho, o jetpack era o sonho de consumo dos telespectadores mirins, mas a tecnologia já existe  — em 2021, a JetPack Aviation vendeu unidades para militares de um país do sudeste asiático. No campo das viagens espaciais, um estudo científico que tomou como base o voo dos albatrozes sugere que é possível aproveitar os ventos gerados pelo Sol para alcançar até 2% da velocidade da luz, permitindo que espaçonaves ultrapassem os limites do Sistema Solar — como já fizeram as sondas Voyager, lançadas pela NASA em 1977, que já alcançaram o espaço interestelar.
 
Nem todas as previsões feitas em filmes de ficção, como a trilogia De Volta para o Futuro, se concretizam (vale a pena conferir 13 pisadas na bola  da saga criada em 1989, que previu como seria o mundo dali a 26 anos), mas mantos de invisibilidade — como o usado por Harry Potter (criação de J.K. Rowling) — não só foram desenvolvidos a partir de metamateriais que fazem a luz contornar o objeto coberto, como também vêm sendo constantemente aprimorados.
 
Quando a Apollo 11 alunissou (1969), previu-se que, em poucos anos, as viagens interplanetárias seriam corriqueiras. Mas até agora, o que conseguimos foram robôs em Marte e sondas explorando os confins do Sistema Solar — o que, convenhamos, não é pouco. Em 1995, a BBC veiculou o programa Tomorrow's World, onde pensadores renomados especulavam sobre os avanços tecnológicos das três décadas seguintes. Um desses episódios contou com o astrofísico Stephen Hawking, que afirmou que poderíamos esperar "grandes mudanças" para 2025.
 
Com uma frase tão vaga, fica difícil errar (daí o sucesso de cartomantes, videntes e horoscopistas de tabloides, que fazem previsões genéricas, como "aquarianos devem cuidar da saúde", "librianos precisam evitar investimentos arriscados" ou "piscianos terão novidades no campo sentimental"). Mas a equipe do Tomorrow’s World foi mais longe, prevendo que, até o ano 2000, a web estaria sob o controle de "barões empresariais" e grandes bancos. Embora a internet tenha permanecido de acesso livre, os maiores espaços e sites são propriedade de poucas corporações, que controlam os algoritmos e o que os usuários podem acessar. 
 
A mineração espacial, que era considerada uma grande indústria para 2025, ainda não aconteceu, e tampouco as viagens do Reino Unido para a Índia em 40 minutos, mas óculos de realidade virtual, alto-falantes inteligentes como a Alexa e até hologramas estão cada vez mais presentes. Filmes distópicos ambientados em 2025 frequentemente retratam desastres e tragédias ecológicas. Future Hunters (1986) descreve a Terra como um grande deserto. Mesmo que essa previsão apocalíptica não tenha se concretizado, a ONU estima que até 2045, 135 milhões de pessoas serão deslocadas devido à desertificação. 

Talvez o filme de ficção que mais se aproxima da realidade de 2025 seja Ela (2013), que abordou a relação crescente da sociedade com inteligências artificiais conversacionais. Hoje, já existem assistentes virtuais e chatbots que servem como companhia para muitas pessoas, seja por carência, entretenimento ou pura conveniência.
 
Continua...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

NOVO CELULAR COM BATERIA GIGANTE

REALIZAR METADE DOS DESEJOS É TER AFLIÇÕES EM DOBRO.

 

Ao contrário dos dumbphones de antigamente, que passavam dias longe da tomada, os smartphones, mesmo configurados para otimizar consumo de energia, podem precisar de um "pit stop" entre as recargas completas, daí a capacidade da bateria ser importante na escolha do aparelho.
 
A "autonomia" de um aparelho é o tempo durante o qual ele funciona sem precisar de recarga e varia conforme a amperagem (expressa em miliampere/hora), o consumo energético e o perfil do usuário. 

Um mAh equivale a 3,6 C (o coulomb expressa a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère ao longo de uma hora). Quando maior a amperagem, maior a autonomia — não confundir com a "potência" da bateria, que é expressa em watts (W) ou joules por segundo (J/s); uma bateria que opera a 12V e fornece 2A tem potência instantânea é de 24W (ou J/s).

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De um lado, o imbrochável, incomível, imorrível, inelegível e incorrigível não admite um plano B para 2026 porque não lhe convém perder relevância no cenário político justamente num momento em que em que está enxergando grades no horizonte. De outro, o sujeito que elegemos para evitar mais quatro anos sob o aspirante a golpista procrastina a reforma ministerial que havia programado para depois das eleições municipais, adiado para antes do Natal, prorrogado para este mês, após a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado e... noves fora a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secom e a carbonização de Nísia Trindade na Saúde, nada aconteceu. Às vésperas do Carnaval, "nada" vai se convertendo numa palavra que ultrapassa tudo. 
Aos pouquinhos, consolida-se o vaticínio feito pelo ex-imperador da Câmara antes de deixar o trono. Padrinho do presidente da CEF e candidato a ministro, Arthur Lira declarou que "uma base de apoio para governar é diferente de uma base de apoio eleitoral". Soou como se enxergasse Lula como candidato a náufrago: "Ninguém embarca em um navio se sabe que ele vai naufragar." 
É impossível dizer como terminará a propalada reforma, mas pode-se afirmar que a coisa deu errado antes mesmo de começar. Não há sobre o balcão nada que se pareça com mérito. As pretendidas mudanças relacionam-se com o tamanho do cofre de cada pasta, não com um projeto de país. 
A fragmentação da direita mantém o macróbio no páreo de 2026, mas o Centrão trata o governo como uma espécie de Titanic. Não fosse pelo orçamento, cujas liberações ainda não se tornaram 100% compulsórias, talvez o ainda presidente não recebesse dos aliados um mísero "bom dia".

A maioria dos fabricantes não informa a potência do carregador, mas basta multiplicar a voltagem (ou tensão) pela amperagem (ou corrente) para descobri-la. Na maioria dos casos, ela varia entre 12 e 15 watts, podendo ser até 20 vezes maior nos carregadores rápidos — como o de 240W da Realme, que promete carga total em menos de 10 minutos. Note, porém, que isso é um compromisso conjunto do carregador, da bateria e do próprio smartphone, que precisa de um circuito específico para gerenciar a entrada de energia de forma eficiente e segura. 
 
Os celulares da marca Honor, que acabam de chegar ao Brasil, utilizam baterias de silício-carbono de alta eficiência, que prometem até 3 dias de autonomia e capacidade máxima de carga mesmo após três anos de uso — as baterias de íon/polímero de lítio começam a perder eficiência após um ou dois anos de uso, obrigando os usuários a substituírem o componente ou mesmo o próprio aparelho depois desse prazo. 
 
Enquanto celulares comuns desligam rapidamente ao atingir 5% ou menos de carga, os modelos da Honor conseguem extrair ainda mais energia, oferecendo tempo extra de uso antes de desligar completamente. Para se ter uma ideia, o Honor Magic 7 Lite traz uma bateria de 6.600 mAh e, mesmo com apenas 2% de carga, ainda pode oferecer até 1 hora de chamadas telefônicas, ou 20 minutos de streaming de vídeo, ou 30 minutos de navegação em redes sociais.
 
Além da Honor, outras fabricantes já começaram a investir na nova bateria. Empresas como Xiaomi, OnePlus (Oppo), e Huawei estão desenvolvendo seus próprios modelos com bateria de silício-carbono, o que deve ampliar a gama de opções de smartphones com maior autonomia e eficiência energética, permitindo que os usuários que passem menos tempo preocupados com carregadores e desfrutem de seus dispositivos por mais tempo.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

ADEUS GOOGLE ASSISTENT. OLÁ GEMINI

QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER.

Além de oferecer respostas mais completas, com links de referências e até vídeos, o Gemini (pronuncia-se "jeh-muh-nai") é capaz de compor poemas e músicas, escrever roteiros, códigos e emails, revisar textos e traduzi-los para diversos idiomas, fazer chamadas telefônicas, enviar SMS, contar histórias e piadas. 

Devido a essa prodigalidade, a IA do Google deve substituir o Google Assistente nos smartphones Android, e quanto mais os usuários interagirem com ela, mais ela aprenderá sobre suas preferências e necessidades e mais personalizadas se tornarão suas respostas. 

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Com o apoio de integrantes do Centrão, deputados do PL buscam aprovar um projeto de lei complementar que reduz de oito par dois anos o período de inelegibilidade em condenações por abuso de poder político ou econômico durante as eleições, e assim tornar Bolsonaro "elegível" em 2026. A estratégia foi discutida às vésperas das eleições dos novos presidentes da Câmara e do Senado em um encontro com o próprio Bolsonaro. O texto precisa passar pela CCJ e ser aprovado nos plenários da Câmara e Senado até outubro para cumprir o princípio a anterioridade eleitoral. Seria de bom alvitre que o procurador-geral denunciasse o capetão-golpista e o STF o julgasse o quanto antes.

Falhas no treinamento e falta de dados tendem a levar chatbots de IA a darem informações inexatas ou "alucinar" (inventar uma resposta para não deixar o usuário sem solução). Para minimizar esse problema, o Gemini contará com um botão com o logo do Google embaixo de cada resposta — uma vez pressionado, algoritmos complexos analisarão o contexto da pergunta, a base de dados e a estrutura da resposta, e destacarão em verde as informações mais relevantes e em vermelho os trechos que eventualmente não puderem ser verificados.

 

Outra novidade é a opção "Modificar resposta", que oferece ajustes pré-definidos para gerar novas respostas mais longas, mais curtas, mais simples, mais informais ou mais profissionais. E se o usuário lhe pedir ideias para decorar um bolo de aniversário, por exemplo, a ferramenta retornará imagens encontradas no Pinterest (entre outras plataformas) juntamente com uma breve explicação sobre cada estilo. 
 
As respostas geradas pelo Gemini podem ser exportadas para o Google Docs, para posterior edição, ou para o rascunho do Gmail. Assinantes do plano Advanced, que custa R$ 96,99 por mês, têm uma integração ainda maior, podendo usar o recurso diretamente no Gmail, no Docs e em outros aplicativos do ecossistema Google.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

NOVO CHIP DE COMPUTAÇÃO QUÂNTICA SUGERE QUE VIVEMOS NUM MULTIVERSO

QUEM TROCA O CAMINHO VELHO PELO NOVO SABE O QUE DEIXOU PARA TRÁS, MAS NÃO SABE O QUE VEM PELA FRENTE.

 

O novo chip de computação quântica desenvolvido pelo Google executou, em menos de 5 minutos, um cálculo que os supercomputadores mais rápidos da atualidade levariam 10 septilhões de anos para fazer. 

Esse número excede as escalas de tempo conhecidas na física e ultrapassa em muito a idade do Universo, levando a crer que a computação quântica ocorre em vários universos paralelos, conforme previu David Deutsch fez meados do século passado. "O Willow é tão rápido que indica que vivemos num multiverso", escreveu Hartmut Neven, fundador do Google Quantum AI, no blog da gigante de Mountain View. 

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Enquanto o STF julga a responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdos de seus usuários, a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anuncia um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo e defende que se chegue a uma "solução balanceada" e com "diretrizes claras". 
Seguindo os passos de Elon Musk no Xwitter, Mark Zuckerberg anunciou que os "fact-checkers" não mais poderão classificar o conteúdo postado nas plataformas da Meta, transferindo para os usuários a incumbência de determinar se um post é real ou fake. Nos EUA, os checadores começaram já começaram a receber o aviso de rescisão de seus contratos com a big tech, segundo apuração do New York Times. Ainda não se sabe quando a decisão será expandida para outros mercados, incluindo o Brasil.
Sem citar nominalmente a mais alta corte brasileira, o CEO da Meta afirmou que governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário em países da América Latina onde "tribunais secretos podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa". Disse ainda que o sistema de moderação acabou se tornando uma "ferramenta para silenciar opiniões diferentes", e criticou expressamente a regulação das redes sociais por parte de alguns governos, mencionando, inclusive, que "tribunais na América Latina possuem poder de exigir que redes sociais removam conteúdos silenciosamente".
Antes do início do recesso, o ministro Barroso, atual presidente do STF, defendeu que a atual regra sobre responsabilidade das plataformas (consubstanciada no art. 19º do Marco Civil da Internetseja declarada apenas parcialmente inconstitucional, divergindo divergindo dos votos de Toffoli e Fux. O julgamento foi interrompida pelo pedido de vista de André Mendonça, e só deve ser retomado após o recesso, mas o Ministério Público já mandou intimar a big tech para dar mais explicações sobre a mudança.
 
De acordo com o TechCrunch, a afirmação de Neven foi bem-aceita por uns, até porque o multiverso é uma área de estudo real dentro da física quântica, mas recebida com reservas por outros. Segundo os céticos, a velocidade do novo chip se baseia no benchmark que o próprio Google criou para medir o desempenho quântico, e isso não prova que versões paralelas de nós estão circulando em outros universos.
 
Os computadores convencionais operam com base na dualidade dos bits — 0 para falso e 1 para verdadeiro. Assim, tudo que é digital — textos, imagens, músicas, vídeos etc. — e todos os algoritmos que formam os sistemas e apps que rodam em PCs e smartphones são sequências de bits 0 e bits 1. 
 
Na computação quântica, o qubit (ou bit quântico) é uma partícula de nível subatômico, como um elétron ou um fóton. Por permitir diversas combinações simultâneas de zeros e uns, a superposição quântica reduz enormemente o tempo que o computador leva para concluir uma tarefa, e o entrelaçamento quântico faz com que duas partículas interligadas, mesmo que separadas por grandes distancias, reajam de forma similar, resultando numa situação exponencial de ganho de desempenho.
 
Observação: Nos computadores clássicos, dobrar o número de bits dobra a capacidade computacional, ao passo que passo que o aumento no número de qubits nos computadores quânticos produz ganhos em escala exponencial.
 
Quanto mais qubits o computador utiliza, mais propenso a erros ele se torna, mas o Willow consegue corrigir esses erros em tempo real introduzindo mais qubits no sistema. No entanto, é preciso demonstrar que se está "abaixo do limiar" para mostrar progresso real na correção de erros, e esse tem sido um grande desafio desde 1995, quando Peter Shor introduziu a correção de erros.
 
No futuro, diz Neven, a tecnologia quântica será indispensável para coletar dados de treinamento de IA, e ajudará a descobrir medicamentos, projetar baterias mais eficientes para carros elétricos e acelerar o progresso em fusão e novas alternativas de energia. 
 
A ver.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

ANTIVÍRUS PARA CELULAR

CONFIAR DESCONFIANDO; SÓ É ENGANADO QUEM NÃO DESCONFIA.

Segundo pesquisa da NordVPN, 84% dos usuários de smartphones no Brasil acham que são monitorados (rastreados) por seus aparelhos e 40% acreditam que os dispositivos "ouvem" tudo que eles dizem. 

Não há como construir uma muralha intransponível em torno de um dispositivo computacional conectado à Internet e exposto a ciberataques cada vez mais sofisticados, mas pode-se reduzir os riscos mantendo o sistema operacional e os programas atualizados, e baixando os apps somente de fontes confiáveis (que supostamente verificam a lisura daquilo que oferecem).

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Com o nível de confrontação político-ideológico semelhante ao de uma Guerra Civil, Donald Trump e Kamala Harris chegam ao "Dia D" empatados dentro da margem de erro e recorrendo a ataques verbais e retórica inflamada para disputar votos decisivos nos "swing states". 
Temendo que uma tempestade severa afugente seus apoiadores, a calopsita republicana de penacho alaranjado abandonou oportunisticamente a lenga-lenga das "fraudes" no voto pelo correio. Até a tarde de ontem, cerca de 100 milhões de americanos  já haviam antecipado o voto pelo correio ou presencialmente, conforme as regras  de seu estado. Mas vale lembrar que o número de delegados eleitorais dos estados varia de 3 a 54, de acordo com o número de habitantes, e que, para ser eleito, o candidato precisa de pelo menos 270 dos 538 votos possíveis.
Segundo a regra "the winner takes it all" (o vencedor leva tudo), o candidato que obtém maioria dos votos populares em um estado (mesmo que seja de 50%+1 voto) ganha todos os delegados desse estado. Noves fora no Maine e no Nebraska, onde dois votos são concedidos ao vencedor da votação estadual e os demais, distribuídos com base nos resultados dos distritos. 
Por dar mais peso aos estados menores na disputa nacional, o modelo do Colégio Eleitoral leva os postulantes à Casa Branca a focar os sete estados-pêndulos, já que os demais são democratas de quatro costados ou republicanos de carteirinha. Mas vale lembrar que um candidato pode vencer nas urnas e não se eleger — como aconteceu com Hillary Clinton em 2016 e com Al Gore em 2000.  
 
Convém também ativar a autenticação em duas etapas — que acrescenta uma camada extra de segurança, mas não desobriga o usuário de proteger o acesso ao celular por senha, PIN ou biometria. 

Considerando que os cibercriminosos se valem da engenharia social para explorar a boa-fé, a curiosidade ou a ganância das vítimas em potencial, evite abrir anexos ou clicar em links não solicitados e redobre os cuidado com e-mails, SMS, mensagens de WhatsApp e redes sociais com erros de ortografia, solicitações de informações sigilosas e URLs suspeitas.  

Android é menos seguro que o iOS devido ao código aberto, por estar presente em 80% dos celulares do planeta e por seu ecossistema de aplicativos ser muito maior que o do concorrente. Todavia, a despeito do tendo proprietário, de limitar a instalação de apps ao cardápio da App Store e de os programas rodarem sandboxes, nem o sistema da Maçã é uma fortaleza indevassável, nem os usuários estão dispensados de manter ativa e operante uma segurança responsável, como o Avira Mobile Security, o Avast Mobile, o McAfee Mobile Security, o TrendMicro Mobile Security e o Lookout. 
 
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terça-feira, 1 de outubro de 2024

AINDA SOBRE IAs

DO MAL NÃO PODE NASCER O BEM, ASSIM COMO UM FIGO NÃO NASCE DE UMA OLIVEIRA: O FRUTO CORRESPONDE À SEMENTE.
 

A inteligência artificial, que até recentemente parecia um conceito futurista, hoje faz parte do nosso cotidiano, e não só respondendo às nossas perguntas, mas também organizando nossos e-mails, encontrando a melhor rota no trânsito, sugere filmes e músicas com base em nossas preferências etc.

Conforme os chatbots se tornaram mais acessíveis e inteligentes, o leque de possibilidades se expandiu significativamente. Mas é preciso tomar alguns cuidados ao utilizar modelos de IA generativa. Como ensinou o Conselheiro Acácio sobre as consequências, "o problema é que elas vêm depois".

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em sua campanha para se propagandear como um grande defensor da democracia, Lula inventou um encontro às margens da Assembleia-Geral da ONU com o título "Em defesa da democracia. Combatendo o extremismo". Biden ignorou o convite e enviou um oficial de segundo escalão. O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e o presidente chileno Gabriel Boric toparam participar, mas Boric estragou a festinha de "alto nível" do petista ao tocar justamente no calcanhar de Aquiles da diplomacia brasileira, que diz defender a democracia enquanto apoia o ditador Nicolás Maduro.

Trinta e um países das Américas e da Europa mais a União Europeia publicaram uma nota conjunta na quinta-feira, 26, com críticas ao regime do tiranete venezuelano. O diretor da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch no Brasil, César Muñoz, criticou Lula por ignorar a crise na Venezuela durante o discurso do petista na Assembleia Geral da ONU, no dia 24. 

Ao tomar posse em 2023, o Lula retomou as relações diplomáticas com a Venezuela; no final de julho, Maduro comandou a formidável fraude eleitoral que foi exposta pela oposição. Sobre esse país, que já enviou 125 mil pessoas ao Brasil, o Sun Tzu de Atibaia não dedicou um único garrancho verbal na ONU.

As IAs baseiam suas respostas em informações disponíveis na Web, mas esses dados nem sempre são precisos. Além disso, o problema das "alucinações" (respostas inexatas, mas aparentemente corretas) ainda não foi totalmente resolvido. Portanto, é fundamental verificar a exatidão das informações, principalmente quando elas servem de base para decisões importantes.

Assim como outros aplicativos de smartphone, os apps do ChatGPT, Gemini, Copilot e afins precisam de permissões para funcionar corretamente — jogos de realidade virtual, por exemplo, exigem acesso à câmera. Cabe aos usuários conceder apenas as permissões necessárias e estar atentos às políticas de privacidade. Se algo parecer inadequado, a substituição por um app menos invasivo é sempre uma opção sensata.

Igualmente importante é o uso de senhas fortes, em combinação com a autenticação de dois fatores. Essa camada extra de segurança não é uma muralha intransponível, mas dificulta acessos não autorizados, mesmo em casos de vazamento de credenciais.

Como diz o ditado, seguro morreu de velho e, em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.