Em outubro de 2015, a sonda Cassini, lançada em 1997, mudou de rumo e se dirigiu ao polo sul de Encelado (lua de Saturno que tem cerca de 500 quilômetros de diâmetro). Ainda que tenha atravessado as nuvens do satélite a 19.000 km/h, a sonda detectou partículas de água e outros compostos que emanam dos gêiseres a 400 m/s. Segundo a NASA, isso sugere que o satélite pode abrigar algumas formas de vida simples, semelhantes às encontrada nas profundezas dos oceanos terrestres.
Observação: Nos meus tempos de escola que, ensinava-se que Saturno era o segundo maior planeta do nosso sistema solar (atrás apenas de Júpiter), o segundo em número de satélites (9 contra 12 do gigante gasosos) e o único a ter anéis. Sabe-se agora que Júpiter, Urano e Netuno também têm anéis e que Saturno tem 142 luas (mais do que Júpiter, que tem "apenas" 92 luas).
No início dos anos 1960, Frank Drake desenvolveu uma equação que é usada até hoje para calcular o número de civilizações com CETI (sigla para Comunicação Extraterrestre Inteligente) na Via Láctea e estimou a existência de uma dezena delas. Mais adiante, um estudo publicado em 2020 no The Astrophysical Journal mais que triplicou essa estimativa. Mas é possível que haja milhares dessas civilizações, já que a maioria das estrelas tem planetas orbitando a seu redor. Apesar de ser difícil detectar exoplanetas, cerca de 3 mil deles já foram identificados, e o número de "ecomundos" (planetas aptos a abrigar vida) atinge a casa das centenas de milhões. Todavia, devido ao tempo e à distância, é possível que jamais saibamos se tais civilizações existem mesmo (ou se já existiram). É aí que entra o Paradoxo de Fermi.
Em meados do século passado, o físico italiano Enrico Fermi questionou o porquê de nossos vizinhos galácticos ainda não terem entrado em contato conosco nem deixado sinais perceptíveis de sua presença no cosmos. Uma das possíveis explicações é a Hipótese da Terra Singular, segundo a qual as condições necessárias ao desenvolvimento da vida inteligente limita esse processo a pouquíssimos planetas — se não apenas à Terra. Vale destacar que essa hipótese pressupõe que vida inteligente só pode se desenvolver mediante um processo análogo ao que se deu no nosso planeta, e não razão para que a coisa seja necessariamente assim.