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segunda-feira, 12 de maio de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 27ª PARTE

NUNCA TENHA CERTEZA DE NADA. A SABEDORIA COMEÇA COM A DÚVIDA.

 

As viagens no tempo são matematicamente viáveis, a Teoria da Relatividade permite em princípio, a possibilidade de retornar ao passado, o conceito de tempo negativo deixou de ser mera especulação depois que pesquisadores da Universidade de Toronto demonstraram sua existência física de forma tangível, mas, mesmo assim, muitos cientistas rejeitam a ideia. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Lula fundou o PT em 1980 — a pretexto de "fazer política sem roubar nem deixar roubar" — disputou e perdeu o governo de São Paulo em 1982, elegeu-se deputado constituinte em 1986 e se recusou a assinar a Constituição Cidadã de 1988. Perdeu a Presidência para Collor em 1989 e para FHC em 1994 e 1998, mas venceu Alckmin em 2002 e Serra em 2006 e escalou a "mulher sapiens" para manter aquecido o trono que ele pretendia voltar a disputar em 2014, mas a cria  pegou gosto pelo poder, deu uma banana para o criador e “fez o diabo” para se reeleger.
Sem o escudo da Presidência, a autoproclamada alma viva mais honesta do Brasil colecionou dezenas de ações criminais, foi condenado em duas instâncias no caso do triplex e preso em abril de 2018. Quando o TSE indeferiu sua candidatura, ele escalou Haddad para representá-lo. Bolsonaro derrotou o bonifrate, mas se tornou o pior mandatário desde Tomé de Souza. Assim, Lula foi solto, "descondenado", reabilitado politicamente, e derrotou o capetão em 2022 com uma vantagem de 1,8% dos votos válidos.
Apesar da promessa de pendurar as chuteiras ao fim do terceiro mandato, o petista jamais desceu do palanque, A despeito do bordão "União e Reconstrução", ele vem destruindo a combalida economia tupiniquim com seu populismo eleitoreiro.
Em passado recente, Alckmin disse que "eleger Lula seria reconduzir o criminoso à cena do crime". Mas não há nada como o tempo para passar: o tucano se tornou o mais novo amigo de infância do ex-adversário e "voltou com ele à cena do crime" como vice-presidente. 
Haja cinismo!
 
Se o tempo pode realmente retroceder em certas condições, talvez o tecido do espaço-tempo seja mais maleável do que imaginamos. As leis da física atuam como uma espécie de salvaguarda contra os paradoxos temporais, como propôs Stephen Hawking na Conjectura da Proteção Cronológica. Mas o próprio nome indica que se trata de uma "conjectura". A única certeza é a consubstanciada por Sócrates na máxima: "só sei que nada sei".
 
Se a próxima geração de aceleradores de partículas for capaz de criar buracos de minhoca subatômicos que sobrevivam por tempo suficiente, partículas poderiam ser lançadas em círculos causais — um vislumbre inicial de uma viagem no tempo como manda o figurino, ainda distante da ficção de H. G. Wells em A Máquina do Tempo, mas impactante o bastante para nos fazer repensar os limites da própria realidade.
 
Os buracos negros foram previstos no início do século passado e permaneceram nos campo das teorias até o M87*, que fica a 55 milhões de anos-luz da Terra, ser fotografado pelo Event Horizon Telescope (indícios de um buraco negro localizado na constelação Cygnus foram observados em 1964 mas até 2019 não havia uma única imagem direta de buracos negros, daí as fotos do M87* serem consideradas a prova provada da existência desses corpos celestes). Eles se formam a partir da colisão entre estrelas de nêutrons ou da explosão de estrelas supermassivas em supernovas, "engolem" planetas, estrelas e quaisquer outros objetos que se aproximam de seu horizonte de eventos e transformam tudo num pontinho infinitesimal, mas com a mesma massa original, o que resulta numa atração gravitacional tão intensa que nem a luz consegue escapar. 
 
Observação: O termo singularidade costuma ser usado indevidamente como sinônimo de buraco negro, embora ela não seja o buraco negro em si, mas sim o elemento essencial dentro dele, um ponto com densidade infinita que cria uma curva igualmente infinita no espaço-tempo, o que torna os buracos negros o melhor exemplo de locais onde a singularidade poderia existir. 
 
A existência dos buracos de  minhoca ainda não foi comprovada experimentalmente, mas acredita-se que eles funcionem como túneis, aproximando dois pontos do espaço-tempo (não necessariamente no mesmo universo nem na mesma linha do tempo), permitindo que uma espaçonave faça em poucos segundos uma viagem que, em linha reta pelo cosmos, demoraria séculos ou milênios para fazer, mesmo na velocidade da luz. 
 
Observação: A possibilidade de viajar através de buracos de minhoca ainda é um conceito puramente teórico, com muitos desafios a superar. Não sabemos se a "energia repulsiva negativa" necessária para manter a passagem aberta pode ser gerada ou manipulada de forma prática, e há ainda um longo caminho pela frente até descobrir como isso pode ser possível.
 
Einstein achava que os buracos negros explicariam todos os mistérios do Universo. 
Suas equações descortinam propostas fascinantes, como a de que o Universo pode ter um “clone” às avessas, repleto de buracos brancos e estrelas negras. Mas também trouxeram um novo problema: conciliar a relatividade geral com a mecânica quântica
 
Supondo que os buracos de minhoca existam, não se sabe se eles engolem matéria por uma boca e a regurgitam pela outra ou se ambas as bocas são capazes de "engolir", mas não de cuspir — caso em que a matéria seria empurrada para a boca de saída, puxada de volta para a boca de entrada e atraída novamente para o lado oposto num looping insano, até finalmente morrer no ponto central.
 
Continua... 

quinta-feira, 8 de maio de 2025

PARA O BEM OU PARA O MAL...

... NÃO HÁ NADA COMO O TEMPO PARA PASSAR.

Até onde se sabe, tudo que existe no Universo (incluindo o próprio Universo) tem começo, meio e fim. Em última análise, a morte é a única certeza que temos na vida. E começamos a morrer no exato instante em que nascemos.


Lula nasceu no agreste pernambucano, conheceu o pai aos cinco anos, veio para São Paulo num caminhão pau de arara com a mãe e uma penca de irmãos, foi engraxate, vendeu laranjas, amendoim, trabalhou numa tinturaria, diplomou-se torneiro mecânico pelo Senai, foi dirigente sindical, fundou o PT e, após três tentativas inexitosas, elegeu-se presidente da República por dois mandatos. Depois que deixou o Planalto, colecionou duas dúzias de processos criminais, foi condenado duas vezes por corrupção e lavagem de dinheiro, “descondenado” por uma decisão teratológica do STF e, graças ao antibolsonarismo, tornou a ser eleito presidente desta banânia. Agora, aos 79 anos, a despeito de ter prometido pendurar as chuteiras no final do atual mandato e de estar amargando os maiores índices de rejeição de sua trajetória política, o macróbio quer porque quer disputar a reeleição no ano que vem, mesmo .


Carioca de nascimento, Fernando Collor construiu sua carreira política em Alagoas, derrotou Lula na eleição solteira de 1989 e se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto popular da “Nova República”. Seu envolvimento no famigerado “Esquema PC” resultou no processo de impeachment que o levou a renunciar horas antes do julgamento. Mas o Senado o condenou mesmo assim, e ele ficou inelegível por oito anos. Mais adiante, já como senador por Alagoas, rapinou os cofres da BR Distribuidora e foi sentenciado a oito anos e dez meses de reclusão. Por ter 75 anos, sofrer de Parkinson, apneia grave e transtorno bipolar, ganhou o direito de cumprir a pena em prisão domiciliar depois de passar menos de uma semana numa "hospedaria especial" em Maceió.


Bolsonaro nasceu no município paulista de Campinas, ingressou na AMAN, formou-se em Educação Física e tornou-se mestre em saltos pela Brigada Paraquedista do Rio de Janeiro. Em 1986, ganhou projeção nacional ao publicar na revista Veja o artigo “O salário está baixo”, que lhe rendeu 15 dias de prisão administrativa. No ano seguinte, a mesma revista noticiou que ele e o também capitão Fábio Passos da Silva pretendiam “explodir bombas em várias unidades da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras (...) e em vários quartéis”. Uma sindicância autorizada pelo então ministro do Exército concluiu que os insurretos deveriam ser expulsos, mas o STM acolheu a tese da defesa e a expulsão não aconteceu. 


Bolsonaro passou para a reserva, elegeu-se vereador e, na sequência, foi deputado federal por sete mandatos e perambulou por oito partidos antes de se amancebar com o ex-presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto. Ao longo de 27 anos como deputado do baixo clero, aprovou míseros dois projetos e recebeu míseros quatro votos quando disputou a presidência da Câmara. Em 2018, foi guindado ao Planalto graças a uma extraordinária conjunção de fatores (que eu detalhei em outras oportunidades). Mas seu projeto de governo nunca foi além de blindar a si e a seus rebentos, evitar o impeachment e se reeleger em 2022. Quando não conseguiu, partiu para o "plano B" golpista que havia urdido com seus cúmplices... e deu com os burros n'água porque não conseguiu o apoio incondicional das FFAA


Hoje, aos 70 anos, inelegível até 2030, réu por tentativa de golpe e alvo de outras investigações, o "mito" dos anencéfalos insiste em dizer que voltará a disputar a Presidência em 2026. Mas tudo indica que ele será julgado e condenado muito antes disso, ainda que confiar na Justiça tupiniquim seja como acreditar em horóscopo.


Resumo da ópera


Lula foi “descondenado” sob o pretexto de uma estranha incompetência territorial da 13ª Vara de Curitiba (tese que o próprio ministro Fachin havia rejeitado anteriormente em pelo menos dez oportunidades), e a prescrição impediu que os processos fossem reiniciados na JF de Brasília. 


Collor foi impichado, condenado em 2023, preso no final do mês passado e mandado para casa (uma mansão de R$ 9 milhões na orla de Maceió) por motivo de saúde, embora tenha dito na audiência de custódia, com um sorriso irônico nos lábios, que não tomava nenhum medicamento de uso contínuo. 


Maluf respondeu a mais de 50 processos e foi condenado diversas vezes. Depois de empurrar a prisão com a barriga por mais de 20 anos, foi trancafiado na Papuda em dezembro de 2017, mandado para casa poucos meses depois (por “razões humanitárias”) e cumpriu prisão domiciliar até maio de 2023, quando então sua pena foi extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro. Aos 93 anos, deve estar morrendo de rir dos idiotas que ainda acreditam na Justiça desta banânia.


Quanto a Bolsonaro, fazer qualquer prognóstico à luz do que foi dito até aqui seria arriscado. A aversão do diabo à concorrência explica por que, para algumas pessoas, velhice não significa estar com um pé na cova. A exemplo de Maluf e do ex-presidente José Sarney, também nonagenário (e que já se retirou da vida pública), o "trio assombro" sairá de cena, cada um a seu modo, ainda que não a seu gosto.


Lula escapou de um câncer na laringe e se recuperou de uma hemorragia intracraniana (decorrente de um prosaico tombo no banheiro, enquanto supostamente aparava as unhas dos pés). A saúde de Collor supostamente inspira cuidados que o sistema prisional tupiniquim não tem condições de prover. Bolsonaro foi vítima de um atentado a faca em 2018 e desde então passou por sete cirurgias (nenhuma delas no SUS). Visando a uma eventual prisão domiciliar, o malacafento tem dito que a próxima operação pode ser fatal, mas também diz que disputará o Planalto no ano que vem.


A carreira política de Collor acabou, não importa quantos anos ele permaneça encastelado em sua mansão. Bolsonaro somará mais alguns anos (ou décadas) de inelegibilidade quando — e se — for condenado pelo STF. Quanto a Lula, talvez o inesperado faça uma surpresa. Até o momento, tudo indica que o macróbio não tenciona largar o osso, mas nada indica que eventual reeleição sejam favas contadas. No feriado do Dia do Trabalhador de 2024, discursando para os gatos pingados que apareceram para prestigiá-lo, a autoproclamada alma viva mais honesta do Brasil disse que a atual gestão está sendo ainda melhor que as anteriores. As pesquisas de opinião discordam, mas o ególatra acha que suas mazelas, da volta da corrupção à escalada da inflação, não passam de um "problema de comunicação". 


Como Steve Jobs — versão revista e atualizada do Flautista de Hamelin —, Lula tenta criar um campo de distorção da realidade para iludir o eleitorado. Mas ele está velho, e seu pífaro, desafinado. Temendo um novo fiasco de público e de crítica neste 1º de maio (sobretudo em meio ao escândalo do INSS), escusou-se de participar ao vivo e em cores das festividades sindicais em São Bernardo do Campo (município da Grande São Paulo que é considerado “berço do PT”).


Crer na "justiça divina" talvez mitigasse o sentimento de revolta que acomete os cidadãos que pagam impostos escorchantes e veem seu dinheiro descer pelo ralo da corrupção. Todavia, à luz de como a humanidade vem se comportando ultimamente, a impressão que se tem é a de que o Criador (supondo que exista um Criador) jogou a toalha e deixar o barco correr.


A única certeza que nos resta — além da morte e dos impostos — é a de que, para o bem ou para o mal, não há nada como o tempo para passar.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 23ª PARTE

SE DEUS DESSE ASAS ÀS COBRAS, TIRAVA O VENENO.

 

O Multiverso de Nível 3, que é largamente explorado nos filmes de ficção científica, se baseia na Interpretação de Muitos Mundos da mecânica quântica, que é uma alternativa à mais tradicional Interpretação de CopenhaguePara facilitar o entendimento, vamos descomplicar a essência desses conceitos.

 

Proposta por Niels Bohr e Werner Heisenberg, a Interpretação de Copenhague sustenta que as partículas quânticas existem num estado de superposição (múltiplas possibilidades) até serem medidas, quando então o ato de observação as obriga a "escolher" um estado definido. Essa ideia sugere que, até a observação, as partículas permanecem num limbo, com suas possibilidades em aberto.

 

Já na Interpretação de Muitos Mundos, de Hugh Everett, em vez do "colapso" das possibilidades ao serem observadas, cada evento quântico cria uma ramificação do universo, e todas as possibilidades acontecem, mas em universos diferentes. Cada uma dessas realidades paralelas é a concretização das múltiplas possibilidades que, segundo a Interpretação de Copenhague, seriam "escolhidas" na observação, e a soma desses universos paralelos é descrita pelo Espaço de Hilbert, um espaço matemático que engloba todos os estados quânticos possíveis.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Não se trata de ser de esquerda, de direita ou de centro, mas de ser a favor do Brasil. E parlamentar que defende orçamento secreto e emenda do relator e ameaça "paralisar votações" caso o pedido de urgência da PEC da impunidade não seja pautado deve ser defenestrado do Congresso, sob pena de continuarmos reféns de políticos fisiologistas, que tratam o país como um balcão de negócios.
Lula voou da prisão para o Planalto (com as bençãos do STF) porque podar as asas de Bolsonaro era fundamental. Mas reconduzir o criminoso à cena do crime (como disse o picolé de chuchu antes de se tornar candidato a vice-presidente na chapa do dito-cujo) era opcional.
Lula vem apanhando diariamente da opinião pública não catequizada e do minguado seguimento da imprensa que não sucumbiu à polarização. A surra é merecida porque não há outro culpado senão a própria “alma viva mais honesta deste país”, responsável pelo time de economistas irresponsáveis e ministros envolvidos direta ou indiretamente em corrupção, por adular e apoiar ditadores mundo afora, por se amancebar com a banda podre do Congresso e por permitira que a primeira-dama torre dinheiro dos brasileiros como se não houvesse amanhã. 
Durante a campanha, Lula prometeu pendurar as chuteiras ao final do terceiro mandato. Também prometeu "a volta da picanha e da cervejinha" à mesa dos mais pobres. No levantamento divulgado no início do mês, 71% dos entrevistados afirmaram que o petista não tem cumprido o que prometeu, e 56% disseram que desaprovam seu governo. A volta da inflação, a história mal contada do Pix e o anúncio do pacote fiscal levaram-no a beijar a lona, e três pancadas recentes — o apoio de deputados da base governista ao PL da impunidade, a recusa do deputado Pedro Lucas a assumir o Ministério das Comunicações e os mais R$ 6 bilhões rapinados de aposentados e pensionistas do INSS — quase o nocautearam.
O lulopetismo — criado nos anos 1980 a pretexto de moralizar a política não roubando e não deixando roubar — tornou-se sinônimo de administração corrupta, e agora conquista um novo "selo de qualidade" na matéria, enquanto seu xamã amarga índices de rejeição superiores a 50% nas pesquisas de opinião pública. 
Apesar disso (e de mais um pouco), Lula diz que pretende disputar a reeleição no ano que vem. Mas Bolsonaro diz o mesmo, embora esteja inelegível até 2030 e em via de ser condenado pelo STF por tramar um golpe de Estado fracassado. 
 
No experimento do gato de Schrödinger, um átomo decide o estado de um gato trancado dentro de uma caixa, que pode ser vivo ou morto. Na Interpretação de Copenhague, o gato está em superposição (vivo e morto ao mesmo tempo) até a abertura da caixa, e na Interpretação de Muitos Mundos, o universo se divide em dois ramos: num ramo, o gato vive; no outro, ele morre.
 
A existência de inúmeros universos paralelos parece absurda, mas não é mais incoerente do que uma partícula se comportar como onda e estar em vários locais ao mesmo tempo até ser observada, quando então muda de estado e "escolhe" um local para habitar. Se isso soa esquisito e confuso para você, seja bem-vindo ao clube. Aliás, Richard Feynman, ganhador do Nobel de Física em 1965, foi cirúrgico: "ninguém realmente compreende a mecânica quântica".

 

É importante destacar que a Interpretação de Muitos Mundos é apenas uma das interpretações da mecânica quântica, e que o debate científico sobre a natureza da realidade quântica continua. Cientistas que se opõem a essa teoria costumam se escorar na navalha de Occam — princípio filosófico segundo o qual a explicação mais simples tende a ser a correta. Segundo eles, seria muito complexo ter que adicionar infinitos universos paralelos para justificar a existência do nosso. Já o cosmólogo Sean Carroll, adepto da teoria dos Muitos Mundos, publicou em seu Blog que "não conseguimos ver outros mundos diretamente, mas eles não são adicionados à teoria, eles surgem automaticamente a partir da mecânica quântica".


Observação: O mais interessante é que a Interpretação de Muitos Mundos é apenas uma maneira diferente de olhar para os mesmos dados e os mesmos resultados, já que as equações que sustentam a existência desses universos já existem. 

 
No Multiverso de Nível 3, tudo o que pode acontecer de fato acontece, a partícula quântica nunca entra em colapso; em vez disso, ela ocupa todos os lugares, dando origem á infinitas realidades diferentes a cada segundo, que existem em um Espaço de Hilbert. 

 

Ainda segundo Carroll, se o formalismo prevê a existência de muitos mundos, devemos aceitar que a realidade que vivenciamos é uma fatia indescritivelmente fina de tudo, e que os cientistas devem formular a melhor descrição possível do mundo como ele é, e não forçar o mundo a se adequar a seus conceitos pré-concebidos.

Continua…

terça-feira, 15 de abril de 2025

A REPUBLIQUETA DE BANANAS E A PIRA COLETIVA

A HISTÓRIA ACONTECE COMO TRAGÉDIA E SE REPETE COMO FARSA.

A célebre frase "Le Brésil n’est pas un pays sérieux" é indevidamente atribuída a Charles de Gaulle, mas isso não muda o fato de que a descoberta de Pindorama foi uma fraude, a independência, comprada e a Proclamação da República, o primeiro de uma série golpes militares. 

 

Oito dos 40 presidentes não concluíram seus mandatos (começando pelo próprio Deodoro da Fonseca); dos cinco que foram eleitos diretamente desde o fim da ditadura, dois acabaram impichados (seriam três se Rodrigo Maia e Arthur Lira não tivessem blindado o capetão golpista dos mais de 140 pedidos de impeachment protocolados na Câmara). 


Nosso "melhor" mandatário foi Tancredo Neves, mas apenas porque morreu sem tomar posse. Mas sua herança foi maldita: o vice José Sarney um neto que envergonharia o país. Ao final da intragável gestão do oligarca maranhense, o esclarecidíssimo eleitorado, podendo escolher Ulysses GuimarãesMario Covas ou Leonel Brizola entre os 22 candidatos ao trono, optou por despachar para o segundo turno um caçador de marajás demagogo e populista e um ex-metalúrgico populista e demagogo.

 

Collor derrotou Lula, tomou posse em março de 1990 e foi penabundado em dezembro de1992. Condenado em 2023 a mais 8 anos de reclusão, o sevandija segue livre, leve e solto graças a sucessivos embargos procrastinatórios. Já seu ex-adversário foi eleito em 2002, reeleito 2006, preso em 2018 e libertado 580 dias depois, a pretexto de nos livrar do refugo da escória da humanidade e pior mandatário desde Tomé de Souza, que ora responde por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

 

Em diferentes momentos da ditadura, Pelé e o general Figueiredo advertiram sobre os riscos de misturar brasileiros com urnas em eleições presidenciais. Ambos foram duramente criticados, mas o tempo lhes deu razão. Ignorante e despreparado, o eleitorado tupiniquim repete a cada dois anos, por estupidez, o que Pandora fez apenas uma vez, movida pela curiosidade. E como ninguém revogou a lei da causalidade, o país segue prisioneiro de dois populistas abjetos, que se valem do mandato para corromper, saquear e posar de salvadores da pátria.

 

A história ensina a não confiar em políticos, mas a maioria dos brasileiros, cega pelo fanatismo e lobotomizada pela polarização, insiste em idolatrar bandidos travestidos de agentes públicos. Não surpreende, portanto, que o Brasil seja governado como uma usina de processamento de esgoto, onde entra merda por um lado e sai merda pelo outro. 


Entre a porta de entrada (as eleições) e a de saída (a troca de comando), a merda muda de aparência, de nome, de embalagem — mas continua sendo merda. Reprocessou-se o governo Lula e deu no governo Dilma; reprocessou-se o de Dilma e deu no de Temer; a péssima gestão de Bolsonaro ensejou a volta do xamã petista numa versão macróbia e piorada. Desde 2003, o conteúdo da usina não mudou. O que muda — quando muito — são as moscas.

 

Em Ensaio sobre a cegueira, o escritor português José Saramago anotou que "a pior cegueira é a mental", pois torna as pessoas incapazes de reconhecer o que está diante de seus olhos. Isso explica por que milhões de cegos mentais acreditam que Lula é a "alma viva mais honesta do Brasil" e outros tantos que Bolsonaro é um patriota de mostruário perseguido injustamente por "Xandão" e seus pares de toga. A despeito de tudo que fez, o capetão ainda conta com o apoio de milhares de anencéfalos, que bebem seus garranchos verbais em português sofrível — e, mais recentemente, em inglês macarrônico. 


Lula e Bolsonaro só continuam vivos politicamente porque se retroalimentam e porque os brasileiros se comportam como gado tocado dos currais para ao matadouro. Mas o que seria de esperar da escumalha abjeta que o Criador, acusado de nepotismo, escalou para povoar a terra onde "em se plantando, tudo dá"? 


Assim como o "Führer" dos nazistas, a calopsita alaranjada, o molusco eneadáctilo e o capetão golpista deixaram claro o que pretendiam fazer, e foram aplaudidos, pois o populismo autoritário entra pela porta da frente, ovacionado. Hitler dizimou a Europa; Trump atacou criminosamente a economia global; e Lula bateu asas da cadeia e voou para o Planalto, onde posa de "parteiro do Brasil Maravilha". 


Marx ensinou que "a história acontece como tragédia e se repete como farsa". Os populistas anunciam o caos, mas a multidão primeiro os aplaude e depois diz que "não sabia". Eleitores dessa catadura não deveriam votar sequer em assembleia de condomínio.


O populismo é uma pira coletiva onde todos acham que só os outros vão arder.

quarta-feira, 19 de março de 2025

TELETRANSPORTE QUÂNTICO

HOUVE UM TEMPO EM QUE AS PESSOAS ME DECEPCIONAVAM; HOJE ELAS APENAS CONFIRMAM MINHAS TEORIAS.


Na série Jornada nas Estrelas, os tripulantes da Enterprise pronunciavam a palavra "Energia" e eram desmaterializados e remontados instantaneamente em outro local, sem qualquer vestígio do deslocamento físico. 

A ideia de viajar sem percorrer o espaço é fascinante, mas essa versão do teletransporte ainda é "coisa de ficção". Ainda, porque a ciência tem explorado conceitos surpreendentemente próximos. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Em mais um evento de pré-campanha bancado pelos contribuintes, Lula esbravejou: "Estou querendo descobrir onde é que teve um ladrão que passou a mão, que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro". Para isso, bastaria que ele se olhasse no espelho. 
O preço dos ovos e de quase todos os demais alimentos está nas alturas por causa da gastança desenfreada do próprio governo, pela concessão de crédito farto e auxílios assistenciais que irrigam a economia artificialmente, pela desvalorização do real como consequência da falta de credibilidade do país e pela incapacidade de produção de alguns segmentos, estagnados pela falta de investimentos, decorrente dos altos juros que o Banco Central é obrigado a manter por conta da irresponsabilidade e incompetência do governo federal. 
Além da contribuição de amigos empresários como Joesley e Wesley Batista e de mensaleiros que também tiveram as condenações anuladas depois do desmonte da Lava-Jato (como José Dirceu), o novo presidente do Senado concedeu um dia de folga a cada três dias trabalhados aos servidores da Casa, além de aumentar-lhes o vale alimentação em 22%, para R$ 1,7 mil mensais e destinar 15 milhões de reais a uma ONG ligada a um assessor seu, e o novo presidente da Câmara quer aumentar o número de parlamentares federais no Congresso que é o segundo mais caro do planeta (atrás apenas do americano). Na esfera do Judiciário, além dos 60 dias de férias, finais de semana e feriados prolongados, salários e benefícios nababescos, que nos custam mais de R$ 130 bilhões por ano, temos lagostas e vinhos importados nas cortes superiores regando os jantares dos togados, e lencinhos e gravatas distribuídos aos ilustres visitantes.
Sob a terceira gestão de Lula — que se considera a "alma viva mais honesta do Brasil", mesmo tendo sido condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro (lembrando que a posterior anulação das penas pelo STF, sob o pretexto de incompetência territorial da 13ª Vara Federal de Curitiba, não o inocentou) —, o rombo das estatais é recorde. Mas isso não as impede de destinar dezenas, centenas de milhões de reais em patrocínios de eventos escolhidos a dedo por Janja. Aliás, em tempos de déficit fiscal descontrolado, Lula ainda quer regar os cofres de agências de publicidade e veículos de comunicação amigos com cerca de R$ 3,5 bilhões em 2025.
E viva o povo brasileiro, que, por despreparo, incompetência e ignorância, faz a cada dois anos o que Pandora fez uma única vez por curiosidade.

O teletransporte quântico, por exemplo, que Einstein chamou certa vez de "ação fantasmagórica à distância", não envolve a transferência de matéria, mas de informações entre partículas entrelaçadas, e pode ter implicações revolucionárias para a comunicação e a computação quântica. A chave para esse processo é o entrelaçamento quântico: quando duas partículas estão entrelaçadas (ou emaranhadas, como alguns preferem dizer), a alteração no estado de uma delas provoca uma mudança imediata na outra, independentemente da distância que as separa. 

 

Estudos anteriores indicavam a interrupção do emaranhamento quântico em comprimentos de onda próximos aos utilizados pelo tráfego comum da internet. Usando uma interface de rede fotônica, pesquisadores da Universidade de Oxford (UK) conectaram com sucesso dois processadores quânticos separados para formar um único computador quântico totalmente conectado. Colocando os qubits em posições específicas dentro da fibra óptica, o emaranhamento não foi afetado. A informação transferida de um fóton para outro, com a velocidade da luz, sem que o fóton original se movesse fisicamente.

 

Ainda existem desafios significativos a superar, como a criação de infraestruturas robustas e a correção de erros quânticos, mas o futuro é promissor, sobretudo num mundo cada vez mais digital, onde redes quânticas podem revolucionar a forma como os dados são processados e transmitidos, levando a avanços significativos em áreas como pesquisa médica, modelagem climática e otimização de processos industriais. 

Por outro lado, o teletransporte de dados, objetos físicos e seres vivos envolve desafios de complexidade muito diferentes. Enquanto o teletransporte de informação se aproveita de propriedades quânticas da natureza, o transporte de matéria exigiria transformar um objeto em informação e, em seguida, a informação captada em uma reprodução em outro lugar usando uma espécie de impressora 3D. Como o processo de transformar o objeto em informação envolve sua "destruição", a cópia criada pode não ser perfeita. 

A física quântica trata de interações entre partículas, que são menores que o átomo, e a quantidade de informações necessárias para mapear e reconstruir um ser vivo é astronômica. Para teletransportar um ser humano, por exemplo, pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, estimaram que seria necessário acumular mais informação do que todos os computadores que existem atualmente são capazes de armazenar, bem como rearranjar todos os átomos, célula por célula, em um processo que levaria 350 mil vezes mais tempo do que o Universo conhecido tem de idade (13,8 bilhões de anos). Embora isso seja teoricamente, a tecnologia atual está longe de tornar isso realidade.
 
Falando em soluções inovadoras, uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pelo Google resolveu, em apenas 48 horas, um problema que cientistas do Imperial College London levaram uma década para solucionar. 

Batizado de "co-scientist" e baseado no modelo Gemini 2.0 — criado para atuar como colaborador virtual em pesquisas científicas e biomédicas —, o sistema confirmou a hipótese dos pesquisadores sobre a resistência de algumas superbactérias a antibióticos e ainda sugeriu quatro outras soluções plausíveis, uma das quais jamais havia sido considerada pela equipe.