segunda-feira, 10 de junho de 2024

DICAS PARA MANTER O DESEMPENHO DO CELULAR NOS TRINQUES (CONTINUAÇÃO)

A CIRURGIA FOI UM SUCESSO, SÓ QUE O PACIENTE MORREU...

Operar um PC nos anos 1980 requeria noções de programação e capacidade de memorização de centenas de comandos baseados em texto e parâmetros. Como os computadores de então não dispunham de interface gráfica, o "prompt" — geralmente representado pela letra correspondente à partição do sistema seguida de dois pontos, de uma barra invertida e do sinal de "maior que" (C\:>, por exemplo) — era o ponto de entrada para a digitação de comandos, que tinham de ser inseridos cuidadosamente; um espaço a mais ou a menos, um caractere faltando ou sobrando ou qualquer erro de digitação resultava na exibição de mensagens de erro.

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Depois que a Câmara aprovou "na miúda" a PEC que privatiza a orla nacional (resta saber o que o Senado fará a respeito), um novo debate inaugurado nos subterrâneos do Legislativo merece ser acompanhado de perto, pois estão sobre a mesa excentricidades como a criação de um novo tipo de seguro de saúde que, além de inseguro, é altamente insalubre. 
A pretexto de baratear tornar seus planos "mais palatáveis", as operadoras reivindicam a criação de uma modalidade que cobriria consultas e exames, mas não internações hospitalares. Na prática, o usuário receberia o diagnóstico, mas só seria tratado se furasse a fila do SUS. 
Já existe na praça uma modalidade lipoaspirada de plano, mas ela inclui hemodiálise, fisioterapia, quimioterapia e 24 horas de hospital em casos de urgência e emergência — procedimentos que as operadoras desejam expurgar. A ideia é antiga e já foi refutada anteriormente, mas ressurgiu após o cancelamento unilateral de 35 mil planos individuais.
O imperador da Câmara trocou uma trégua na suspensão dos contratos pela inclusão de uma proposta inovadora na pauta do Legislativo, mas falta definir inovação. Para os 51 milhões usuários, uma boa novidade seria a conversão da ANS numa repartição capaz de abrir a planilha de custos das operadoras, punir violações contratuais e trazer os reajustes dos planos para dentro da curva da inflação oficial.
 
Microsoft criou o Window em 1985, inicialmente como uma interface gráfica baseada no MS-DOS. O Win95 já era um sistema operacional semi-autônomo, mas o cordão umbilical só foi cortado com o lançamento do XP, em 2001, que foi baseado no kernel do Windows NT (versão do sistema voltada ao mercado corporativo). Mesmo assim, os usuários domésticos que não fizessem um curso intensivo de informática enfrentavam sérias dificuldades para operar seus microcomputadores. 

Observação: Para dar uma ideia do tamanho da encrenca, o manual que acompanhava o Windows 3.1 tinha centenas de páginas com informações (nem sempre muito claras) que a gente precisava consultar regularmente, até porque não havia outras opções de pesquisa. Isso mudaria mais adiante com o lançamento das saudosas revistas INFO/Exame, PC WORLD, PC Magazine e PC&Cia (sem falar nas coleções Curso Dinâmico de Hardware e Guia Fácil Informática, da lavra deste humilde blogueiro).
 
Ao transformou em microcomputador ultraportátil o que até então era um telefone móvel de longo alcance, Steve Jobs obrigou a concorrência a seguir as pegadas do Apple iPhone. Hoje, a maioria dos smartphones dispõe de processamento, memória e armazenamento suficiente suficiente para suprir a maioria das necessidades da maioria dos usuários medianos, mas
 tarefas como edição de vídeo, design gráfico, jogos de alta performance e desenvolvimento de software ainda requerem telas de grandes dimensões, teclado físico, mouse e uma configuração de hardware (processador, memória RAM, armazenamento etc.) com mais "poder de fogo".
 
Reiniciar (ou desligar e tornar a ligar)
 dispositivos eletroeletrônicos que estão lentos ou travando é quase uma “regra universal” da tecnologia, pois descarrega a energia dos transístores, capacitores, indutores etc. e esvazia as memórias voláteis. No caso específico dos PCs e smartphones, esse procedimento encerra os aplicativos e o sistema operacional, eliminando, por tabela, as causas da lentidão ou do travamento

É importante manter o sistema e os programas atualizados, dispor de uma ferramenta antimalware, baixar aplicativos exclusivamente de fontes confiáveis (como a Google Play Store e as lojas oficiais dos fabricantes dos aparelhos) e conceder somente as permissões necessárias (um gravador de voz, p. ex., não tem motivo para acessar sua agenda ou sua lista de contatos). 

A configuração de hardware "ideal" depende do perfil e do bolso do usuário, mas comprar um smartphone com menos de 6GB de RAM e de 128GB de armazenamento é economia porca (clique aqui para saber mais sobre "obsolescência programada"). Considerando que modelos "premium" custam mais de R$ 10 mil, assegure-se de que o aparelho que você tem em vista traga a versão mais recente do sistema operacional

O Google atualiza o Android a cada 12 meses (em média), mas os smartphones não recebem atualizações indefinidamente. Por outro lado, um dispositivo que não recebe mais upgrades de versão pode continuar se beneficiando das atualizações de segurança liberadas para a versão do sistema em que ele "estacionou". Como não existe uma padronização, o jeito é verificar a data de lançamento do aparelho. 

Observação: A Samsung oferece até 4 anos de atualização do Android e até 5 anos de patches de segurança para os modelos mais recentes, mas os anteriores a 2021 têm direito a penas 3 anos de atualizações do sistema e 4 anos de patches de segurança. A Motorola oferece 2 atualizações de Android para a maioria dos aparelhos, e de 2 a 4 anos de atualizações de segurança. A Xiaomi oferece 3 atualizações do Android para modelos mais recentes (séries Mi e Redmi Note) e 2 anos para os demais, além de 4 anos de pacotes de segurança para todos os modelos. Consulte o site do respectivo fabricante para obter informações mais precisas
 
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domingo, 9 de junho de 2024

AINDA SOBRE AZEITE E ÓLEOS VEGETAIS

O ASSUNTO SÓ ACABA QUANTO TERMINA.

Vimos que o azeite é a escolha natural para regar saladas verdes e massas, preparar refogados e fazer frituras em fogo baixo, que seu preço anda pela hora da morte, e que substitui-lo por "óleos compostos" pode não ser uma boa ideia — apesar de a denominação sugerir que a tal composição seja 50% óleo de oliva e 50% óleos vegetais, da azeitona eles não tem nem o cheiro. 
 
Com a garrafinha de 500ml do azeite extravirgem custando entre R$ 40 e R$ 80 (conforme a marca e o estabelecimento), talvez seja o caso de considerar algumas alternativas que não têm o mesmo sabor, mas, em alguns casos, oferecem benefícios adicionais. 

O óleo de amendoim, por exemplo, se mantém estável quando aquecido a altas temperaturas e é rico em vitaminas E, B1 e B2. Já o óleo de gergelim se destaca pelo baixo custo de produção, por ser rico em ácidos graxos essenciais e bioativos (que ajudam a reduzir problemas cardiovasculares) e pela versatilidade, já que pode ser utilizado tanto para refogar quanto para agregar sabor a molhos e marinadas.

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Em março de 2023, oito anos após se tornar réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Fernando Collor de Mello — primeiro presidente eleito pelo voto direto desde a redemocratização e o primeiro a ser apeado do cargo por um processo de impeachment — foi condenado pelo STF8 anos e 10 meses de reclusão. Em fevereiro deste ano, os embargos procrastinatórios opostos por sua defesa começaram a ser apreciados no escurinho do plenário virtual, onde o escárnio às vezes adquire uma doce e hedionda naturalidade. 
Longe dos refletores da TV Justiça, desenvolve-se uma coreografia que retarda o check-in do autodeclarado caçador de marajás numa hospedaria do sistema prisional. O antepenúltimo movimento foi executado na véspera do Carnaval: tão logo o ministro Alexandre de Moraes votou pelo indeferimento do recurso, Dias Toffoli vestiu a fantasia de paladino, emperrou o julgamento com um pedido de vista e, ao cabo de 90 dias, presenteou o condenado com um voto generoso, no qual defende a redução da pena para menos da metade (que assim poderá cumprir a pena em regime aberto desde o início). O penúltimo movimento foi executado pelo nobre decano da Corte, que sacou de um pedido de vista obstrutiva para suspender, mais uma vez, o julgamento do recurso protelatório.
Gilmar dispõe de 90 dias para expor seu judicioso ponto de vista sobre uma encrenca que começou em 2010, sob Lula 1, virou escândalo em 2014, sob Dilma, e resultou no desvio de R$ 20 milhões dos cofres da BR Distribuidora — antiga subsidiária da Petrobras onde Collor acomodou seus prepostos. Enquanto suas excelências retardam a execução de sua pena, o condenado perambula pelos salões de Brasília com a maior naturalidade. Em fevereiro, ele não só esteve no Palácio do Planalto — na cerimônia de posse de Ricardo Lewandowski no cargo de ministro da Justiça — como no próprio STF — abrilhantando a posse de Flávio Dino. 
Quem observa de longe fica com a sensação de que a Justiça tarda, mas não chega para conduzir Collor à cadeia.

óleo de coco  favorito entre os veganos e conhecido por suas propriedades funcionais e ação antiviral e antibacteriana  é uma excelente fonte de ácidos graxos e antioxidantes e pode ser usado tanto em altas temperaturas quanto em temperos para saladas ou como substituto da manteiga em receitas de doces. Já o azeite de dendê — pilar da culinária afro-brasileira — suporta altas temperaturas, o que o torna excelente para refogar e fritar alimentos, e, por ser rico em ômega 6 e 9, e vitaminas A e E, ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a prevenir o envelhecimento precoce.
 
Escolha óleos "prensados a frio" (ou "extraídos a frio"), pois esse método tende a preservar melhor os nutrientes e os sabores do produto, atente para a data de validade e compre somente a quantidade que você vai usar durante o mês, de modo a evitar rancidez. A exemplo do que ocorre com a azeite, a vida útil desses óleos se abrevia se eles não forem mantidos em locais frescos e abrigados da luz, preferencialmente em embalagens escuras (que preservam o sabor e as qualidades nutritivas do alimento). 
 
Como vimos nos capítulos anteriores, cada óleo tem um ponto de fumaça específico — o óleo de coco suporta temperaturas mais altas sem queimar, o que o torna ideal para frituras, enquanto o de gergelim é mais indicado para agregar sabor aos pratos já preparados. Todos vão bem em marinadas e molhos para saladas, onde suas propriedades são apreciadas sem aquecimento, mas, como nada é perfeito nesta vida, nenhum deles tem sabor tão marcante quanto o azeite extravirgem.

Bom apetite.

sábado, 8 de junho de 2024

DICAS PARA MANTER O DESEMPENHO DO CELULAR NOS TRINQUES

É MAIS FÁCIL ALGUÉM SE PERDER QUANDO ACHA QUE SABE O CAMINHO.

O ancestral mais remoto da calculadora surgiu na Mesopotâmia
 há cerca de 5.000 anos, mas o primeiro "cérebro eletrônico" só foi apresentado ao mundo em 1946. Batizado de ENIAC (acrônimo de Electronic Numerical Integrator And Computer), gigantesco mainframe de 30 toneladas ocupava 180 m² e integrava 70.000 resistores e 18.000 válvulas termiônicas — que queimavam à razão de uma a cada 2 minutos. 

Observação: O blackout que ele teria causado quando foi ligado pela primeira vez pode até ser uma lenda urbana, mas sabe-se que houve flutuações e quedas de energia pontuais na Filadélfia, até porque o monstrengo consumia 10% da capacidade total da rede elétrica da cidade.

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Errar é humano e a vaidade afeta a todos, mas nunca antes na história deste país os ministros do STF demonstraram tanta capacidade de cometer erros em consequência de situações pessoais que influenciam suas decisões. À medida que se afastam da letra da lei para ampliar ou restringir seu entendimento, as togas aumentam o próprio poder, e o poder embriaga. Houve na triste história recente desta banânia momentos que exigiram reações prontas e assertivas para evitar que nossa frágil e democracia se estilhaçasse. Mas a concentração de tanto poder nas mãos de uma única pessoa torna a pessoa todo-poderosa, e os todo-poderosos tendem para o autoritarismo. 

Situações desesperadoras exigem medidas desesperadas. Houve decisões autoritárias condizentes a gravidade de momento. À medida que a radicalização cresceu, instigada por um golpista aspirante a tirano e seus asseclas, foi preciso pôr ordem no galinheiro. Mas o poder inebria e, por vezes, tolda a visão. Daí uma toga que defendia a hoje finada mas então pujante Lava-Jato tornar-se um de seus mais ferrenhos desafetos. Outra, ao ouvir comentários desairosos sobre seus conhecimentos jurídicos feitos pelos procuradores de Curitiba, mudou seu voto para condenar o ex-juiz Moro. Uma terceira, identificada como "amigo do amigo de meu pai" pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht, saiu anulando todas as provas contra o filho do amigo do amigo, desmentindo até as confissões do próprio. Em suma, suas excelências foram cometendo os mesmos erros de que acusavam a força-tarefa: prisões alongadas; conflitos de interesses; acusações sem provas; uso de instâncias judiciais para vinganças pessoais; e por aí segue a procissão. 

Mas enquanto há vida há esperança. Com os ministros Barroso na presidência do STFCármen Lúcia — única mulher na composição atual da corte suprema — no comando do TSE, teremos pelos próximos dois anos duas togas aparentemente equilibradas e supostamente comprometidas com a democracia. Resta saber se o cenário alvissareiro que ora se delineia irá realmente prosperar.


Os primeiros "microcomputadores" pessoais foram criados nos anos 1960 
 mas só se popularizaram entre os usuários domésticos quase 30 anos depois  e os smartphones, em 2007, nas pegadas do iPhone

Com o aumento da demanda por mobilidade, os tradicionais PCs de mesa estão fadados a se tornar "produtos de nicho". Dispositivos híbridos — como notebooks com poder de processamento comparável ao dos desktops — só continuam vendendo porque oferecem "o melhor de dois mundos", mas um levantamento feito pela FGV em 2023 apontou que 70% dos 364 milhões de dispositivos digitais portáteis ativos no Brasil são smartphones (média de 1,2 por habitante). 
 
A exemplo de seus "irmãos maiores", o smartphone é controlado por um sistema operacional, o que o torna suscetível a pragas digitais, bugs e travamentos. Muita coisa mudou desde o velho DOS e as primeiras versões do Windows, mas nem os usuários das encarnações mais recentes do sistema da Microsoft escapam de mensagens de erro, travamentos e telas azuis da morte (como bem sabe quem se aventurou a adotar o Win11 numa máquina de configuração espartana). 
 
Observação: Se a Microsoft produzisse carros, alfinetou Bill Gates nos anos 1990, os veículos custariam US$ 25 dólares e rodariam 1.000 milhas com um galão de gasolina. Em sua 
resposta, a GM disse que o motor dos "MS-Cars" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do veículo, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem (numa alusão clara aos irritantes travamentos do Windows, que exigiam frequentes reinicializações).
 
Enquanto desktops e notebooks permitem "infinitas" combinações de CPUs, placas-mãe, módulos de memória RAM, HDDs, SSDs etc., os smartphones são dispositivos integrados, com hardware e software projetados para trabalhar em conjunto e funcionar de maneira otimizada. Os aplicativos projetados para eles são mais leves e menos exigentes em termos de recursos de hardware, e o gerenciamento é mais eficiente: o próprio sistema se encarrega de manter o desempenho do aparelho em patamares aceitáveis suspendendo ou encerrando programas em segundo plano. 
 
Todo dispositivo controlado por um SO precisa ser desligado de tempos em tempos, quando mais não seja porque a reinicialização encerra os processos que podem estar causando lentidão, esgota a energia dos capacitores e esvazia as memórias voláteis (mais informações nesta postagem),  reinicialização esgota a energia dos capacitores, esvazia as memórias voláteis. Os smartphones podem permanecer ligados ininterruptamente por mais tempo que "seus irmãos maiores", mas também se beneficiam de um "saudável refresh", e como a bateria recarrega em menos tempo com o aparelho desligado, por que não "unir o útil ao agradável"?

Android dispõe de um vastíssimo ecossistema de aplicativos, mas você deve instalar somente o que for usar, e baixá-los exclusivamente da Google Play Store ou da loja de apps do fabricante do seu aparelho. Recorrer ao root para usar APKs de desenvolvedores desconhecidos é um convite para o malware, e o mesmo se aplica a permissões desnecessárias concedidas a apps suspeitos: por que diabos um gravador de voz precisa acessar sua conta de email ou sua lista de contatos?  
 
Uma manutenção como manda o figurino pode deixar o sistema até 60% mais rápido, e ferramentas como Du Speed Booster e Speed Up Expert ajudam a corrigir alterações involuntárias, facilitam a limpeza do cache e o gerenciamento dos apps e removem restos de códigos e arquivos inúteis que costumam ficar armazenados na memória interna. 
 
Continua...

sexta-feira, 7 de junho de 2024

NAVEGAR É PRECISO, SER ESPIONADO É OPCIONAL (CONTINUAÇÃO)

INIMIGO DECLARADO É RUIM, MAS FALSO AMIGO É AINDA PIOR.
 
Na impossibilidade de adotar o Safari — que não roda no Windows —, experimente o Firefox. O browser da raposinha era o principal concorrente do IE quando o programa da Microsoft entrou em decadência senil, mas o lançamento do Chrome mudou o curso dos acontecimentos. 

A Fundação Mozilla se monetiza através dos mecanismos de pesquisa definidos por padrão (Google, Yandex e Baidu, dependendo da região), mas não vende dados dos usuários. E a boa proteção contra rastreamento online que o Firefox oferece no modo básico fica ainda melhor com o nível de privacidade elevado ao máximo. E a versão Focus, disponível para Android iOS, é ainda mais segura.
 
Outras opções interessantes são o Opera 
— que conta com VPN integrada, bloqueio de anúncios e a assistente virtual Aria (criada em colaboração com a OpenAI e o Vivaldi  que oferece 20 páginas de telas de configurações e bloqueador integrado de anúncios e rastreadores, além de permitir o uso de diferentes mecanismos de pesquisa tanto em janelas normais quanto privadas. 

Observação: Assim como a Mozilla, a Opera Software e a Vivaldi Technologies são remuneradas pelas buscas dos usuários e cliques nos links inseridos em sua tela inicial, mas ambas garantem que não se envolvem em nenhum tipo de coleta, criação de perfil ou rastreamento de dados do usuário.
 
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Em julho de 2017, o então juiz Sergio Moro sentenciou o então ex-presidente Lula a 9 anos e seis meses de prisão. Em janeiro de 2018, o TRF-4 aumentou a pena para 12 anos e um mês e determinou a prisão do condenado. Três meses depois, Lula foi acomodado numa suíte VIP da carceragem da PF; em novembro de 2019, menos de 24 horas depois de o plenário do STF reverter a jurisprudência sobre a prisão em 2ª instância, ganhou as ruas, subiu no palanque e destilou seu ódio contra Moro, Deus e o mundo para uma claque amestrada que bebeu suas palavras como Rômulo e Remo beberam o leite da loba Capitolina. Mais adiante, o "descondenado" revelou em entrevista que, durante os 580 dias de férias compulsórias em Curitiba, quando as visitas perguntavam ele se estava bem, sua resposta era a sempre a mesma: "Só vou ficar bem quando eu foder com o Moro".
Como juiz da hoje finada Lava-Jato, Moro condenou poderosos. No governo, foi traído por Bolsonaro. Como aspirante a presidente, filiou-se ao Podemos, migrou para o União Brasil e foi sabotado por Luciano Bivar. Candidatou-se a deputado por São Paulo e se elegeu senador pelo Paraná. Em 2021, o STF o considerou parcial na condução dos processos contra "a alma viva mais honesta do Brasil" e anulou as condenações nos casos do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Mal teve tempo para comemorar a decisão do TSE que rejeitou os peidos de cassação de seu mandato senatorial e, numa decisão crivada de ironias, foi convertido em réu pela 1ª Turma do STF, acusado de caluniar Gilmar Mendes, o todo-poderoso decano da Corte. 
O semideus togado gosta de dizer que "ninguém se livra de pedrada de doido nem de coice de burro". Em 2019, numa sessão plenária da Corte, ele se referiu à turma da Lava-Jato como "gentalha", "gente desqualificada", "despreparada", "covarde", "gângsters", "cretinos", "infelizes", e "reles". Disse que integravam "máfias" e organizações criminosas" e que "força-tarefa é sinônimo de patifaria". Dias antes do julgamento no TSE que ameaçava seu mandato, Moro ouviu do Amon-Rá reencarnado que ele (Moro) e Dallagnol roubavam galinha juntos na Lava-Jato.
Voltando às ironias, a primeira ironia decorre do fato de que o próprio Moro forneceu o material que o encrencou ao participar de uma brincadeira de encarceramento de festa junina. A segunda foi que os ministros Dino e Zanin (ambos indicados por Lula) seguiram o voto da relatora, que também foi acompanhado por Fux e Moraes, e a terceira, que Moro migrou da posição de agredido para a de agressor ao desferir contra Gilmar uma "pedrada de doido" — ou "coice de burro."

Se privacidade é artigo de primeira necessidade para você, não deixe de conhecer o DuckDuckGo, que tem versões para WindowsAndroidiOSmacOS. Os desenvolvedores afirmam que não rastreiam nem traçam traçar o perfil dos usuários; segundo ele, "se você pesquisar carros, nós exibiremos anúncios sobre carros; é simples assim". 
 
O Tor Browser é baseado no Firefox e roda no Windows, Android, macOS e Linux (para iOS, o fabricante recomenda o Onion Browser). O mecanismo de buscas padrão
 DuckDuckGo agrega mais segurança, mas pode ser alterado nas configurações. Seu maior "problema" é a baixa velocidade de navegação, já que todo o tráfego se dá através da rede Tor, mas o Mullvad Browser — que é tipo um"clone" do Tor que não usa a rede Tor, e sim a Mullvad VPN — garante velocidades de conexão que não evocam lembranças do jurássico dial-up.
 
Se um navegador privado "hardcore" não for a sua praia, você pode usar vários navegadores diferentes ao mesmo tempo e variar o equilíbrio entre privacidade e facilidade de navegação de acordo com as circunstâncias. Defina o browser mais seguro como padrão — para que ele abra automaticamente qualquer link em que você clicar — e evite instalar extensões, já que elas são comumente usadas para rastreamento. 

Observação: Os cibercriminosos utilizam técnicas de engenharia social para engabelar as vítimas, mas é possível reduzir os riscos desabilitando o redirecionamento por anúncios no navegador e revendo as permissões concedidas aos apps, que devem ser baixados exclusivamente das lojas oficiais dos fabricantes do aparelho ou do sistema operacional.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

CONSCIÊNCIA E VIDA APÓS A MORTE (PARTE VIII)

NUNCA INTERROMPA SEU INIMIGO QUANDO ELE ESTIVER COMETENDO UM ERRO.

A vida após a morte intriga a humanidade desde priscas eras. Os antigos egípcios acreditavam na jornada do Ka (espírito) para um reino onde os mortos passam a eternidade. Na Grécia, Platão propôs uma metempsicose (transmigração das almas) que sugeria um ciclo contínuo de renascimentos e uma existência além da física. Entre os hinduístas, o conceito de Sansara prega que a vida após a morte é longo caminho até Moksha, onde a alma alcança a purificação e se liberta do ciclo de renascimentos.
 
Relatos envolvendo a permanência do "eu" durante EQMs vêm sendo colecionados e estudados há mais de 150 anos. Além da sensação de "flutuar" fora do corpo, de encontros com parentes mortos ou entidades espirituais e do avistamento de jardins ou túneis com ou sem luz no final, algumas pessoas "ressuscitadas" detalham não só os procedimentos que as trouxeram de volta como as conversas que os médicos tiveram durante a reanimação. 
 
Criado para diferenciar EQMs de simples alucinações ou ilusões e 
ajudar a compreender melhor um fenômeno relatado de maneiras diversas por diferentes culturas, religiões e linhas de pensamento o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, coautor do livro "Ciência da Vida Após a Morte", criou o Modelo de Validação Espiritual, que é baseado em critérios como inefabilidade (incapacidade de descrever completamente a experiência em palavras), novidade (característica incomum à experiência sensorial normal) e transformação (impacto profundo na visão de mundo e valores do indivíduo). 

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Culpar o espelho pela imagem que ele reflete ou balança pelo peso que ela indica é o mesmo atirar no portador de más notícias. As coisas são como são, gostemos nós ou não, e Lula não está gostando dos resultados das pesquisas. A questão é que popularidade é como confiança: demora-se a conquistar, mas perde-se da noite para o dia. Mesmo sem novas declarações polêmicas, o percentual de entrevistados que consideram o governo e o governante ruins e inoperantes aumenta a cada levantamento, e muitos associam o xamã do PT à corrupção — marca indelével da qual nem mesmo a ajuda do STF conseguiu livrar a "alma viva mais honesta do Brasil". Para  reverter esse cenário, Lula precisa de boas notícias, mas sem criatividade, olhando para o passado e carente de ideias decentes, só lhe resta rezar por um milagre.
Como se costuma dizer, de nada adianta trocar as rodas da carroça quando o problema é o burro.
 
Segundo Alexander, há quatro tipos de evidências — experiências de quase morte, experiências mediúnicas, memórias de vidas passadas, e aparições — e estudos sobre cada uma delas. No âmbito das EQMs, ele cita um caso publicado no The Lancet envolvendo um paciente que chegou ao hospital praticamente morto, mas foi reanimado e, ao despertar do coma, pediu a um enfermeiro que fosse buscar sua dentadura... que estava exatamente onde o paciente disse que estaria, embora ele não pudesse saber disso. 
Em outro experimento, um médium foi solicitado a colocar um casal em contato com o filho que morrera de câncer aos 11 anos, e, durante a psicografia, o menino fez uma piada com a senha de Internet da família — coisa que o médium não teria como saber. Na avaliação do psiquiatra, a única explicação possível é a de que consciência continua existindo depois que cérebro para de funcionar.

Há milhares de casos de crianças que descrevem o que faziam "em vidas passadas" logo que aprendem a falar. Num deles, uma menina asiática de 3 anos que estava vendo televisão apontou para a imagem de um templo famoso do Sri Lanka, disse que morou naquela região, descreveu um rio que ficava próximo dali e contou que andava de bicicleta quando "um carro grande passou por cima dela". A família investigou e descobriu que havia uma loja de incenso atrás do templo e que um dos funcionários que fazia entregas de bicicleta passou desta para melhor após ter sido atropelado por um caminhão. 

No que tange a "aparições, Alexander cita o caso de um homem que deserdou os filhos, mudou de ideia e fez outro testamento, mas morreu sem ter registrado o documento. Anos depois, ele "apareceu" para um dos filhos e o instruiu a verificar o bolso de seu sobretudo, onde havia um bilhete dizendo que o testamento estava em uma bíblia antiga. O caso foi levado à justiça e dez testemunhas confirmaram que a caligrafia era mesmo do morto.
 
Continua...

quarta-feira, 5 de junho de 2024

NAVEGAR É PRECISO; SER ESPIONADO É OPCIONAL

NÃO HÁ ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO BRASIL. O BRASIL É UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
 
O Google Chrome foi lançado em 2008, destronou o Internet Explorer em 2012 e tornou-se o navegador de internet mais popular do mundo, embora seus principais concorrentes não lhe fiquem devendo nada em desempenho, recursos e facilidade de uso, o que torna a escolha do browser uma questão de preferência pessoal.

Você pode manter dois ou mais navegadores no PC e no celular (quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum"). O Edge vem embutido no Windows e o Safari no macOS, iOS e iPadOS. O Firefox e o Opera (que oferece VPN integrada e assistente virtual com AI) são opções igualmente interessantes, sem falar que cada um deles oferece um ou outro recurso que os demais não têm.

Devido ao sucesso do ChatGPT, a maioria dos browsers e mecanismos de busca passou a embutir ferramentas baseadas em inteligência artificial para ampliar sua capacidade de busca e apresentar as informações de modo semelhante ao humano. O Chrome integra o Gemini (ex-Bard), mas a Play Store disponibiliza add-ons (extensões) que permitem usar o MerlinWritingMate e Enhanced ChatGPT, entre outros. 

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Uma vez intervencionista, sempre intervencionista. Em sua terceira (e queira Deus derradeira) passagem pelo Planalto, Lula usou a celeuma dos dividendos como cortina de fumaça para demitir Jean Paul Prates da presidência da Petrobras e a catástrofe gaúcha  para posar de arroz de festa de palanque. 
A pretexto de evitar uma disparada no preço do cereal devido à catástrofe, o demiurgo de Garanhuns determinou a importação de 1 milhão de toneladas do produto para vender a preço tabelado em embalagens com o logo da Conab e os dizeres "arroz adquirido pelo governo federal". Mas bastaria reduzir as alíquotas de importação para abortar um eventual aumento especulativo, e comprar um estoque regulador para evitar o desabastecimento — que o agronegócio garante que não acontecerá, já que a maior parte da safra já foi colhida; a dificuldade é fazê-la escoar para o restante do país. 
O petista receia (e com razão) que uma escalada nos preços aumente ainda mais sua desaprovação, e parece acreditar que todos os efeitos da intervenção estatal podem ser previstos e controlados, mas não há como saber o grau de desarranjo estrutural que uma ação desse tipo pode causar. Em resumo: o plano de associar sua imagem a cada garfada de arroz que os eleitores levarem à boca é demagogia em estado bruto.

Costuma-se dizer que o consumidor só não paga por um produto quando ele próprio é o produto. Considerando que 80% da renda do Google vêm da publicidade, não espanta que a privacidade dos usuários seja um conto da Carochinha. Se você tem um celular Android, faz pesquisas com o Google Search, navega com o Chrome e usa o Gmail e ferramentas do Google Docsa gigante de Mountain View sabe quem você é, o que consome, com quem troca mensagens e até com quem dorme.

A empresa assegura que usa os dados para fornecer anúncios mais relevantes e direcionados, otimizar a experiência dos usuários e prevenir fraudes e garantir a gratuidade dos serviços, que sua política de privacidade é "transparente" e que os usuários têm total controle sobre o que pode ou não ser coletado, mas isso é uma meia-verdade, e o perigo das meias-verdades é dizer exatamente a metade que não é verdade. 

Além de colher dados em profusão, o Google permite que empresas "parceiras" rastreiem os usuários do Chrome. Como apagar o histórico e os cookies e recorrer à navegação anônima não interrompe a coleta de dados, quem realmente se preocupa com privacidade deve migrar para um navegador menos invasivo e que use dos dados de maneira mais responsável, além de eleger outro buscador que não o Google Search como mecanismo padrão de pesquisas.
 
página de configurações de anúncios do Google permite gerenciar as categorias usadas pela empresa para exibir publicidade. No Android, você pode inibir a exibição de anúncios abrindo o Chrome, tocando nos três pontinhos, selecionando Configurações > Configurações do site > Pop-ups e redirecionamentos > Anúncios invasivos e deslizando o botão para a esquerda. Vale conferir também quais sites têm permissão para exibir notificações (toque em Notificações, deslize a tela para baixo e, em Sites, desative as opções de permissão dos sites que você considerar suspeitos). 

iPhone conta com um recurso nativo que bloqueia pop-ups no Safari; para configurá-lo, toque em Ajustes > Safari > Bloquear pop-ups.

terça-feira, 4 de junho de 2024

CONSCIÊNCIA E VIDA APÓS A MORTE (PARTE VII)

SÁBIO NÃO É QUEM SABE TUDO, MAS QUEM USA TUDO O QUE SABE.

Afirmar que as experiências de quase morte resultam do aumento de atividade cerebral nos últimos instantes de vida é fácil; difícil é explicar como alguém que esteve morto consegue lembrar como é estar morto. Entre outros casos, o livro Apagar a Morte relata que um paciente sofreu uma parada cardíaca e, ao ser reanimado, descreveu os enfermeiros com exatidão e disse que foi submetido duas vezes ao choque dos desfibriladores (exatamente o número de tentativas feitas até que voltasse à consciência), embora não tivesse como saber disso, já que seu cérebro estava inativo.

No livro "The Spiritual Doorway in the Brain", o neurologista Kevin Nelson afirma que os limites entre os estágios da consciência são tênues, e que as fronteiras entre vigília, sono REM e sono não REM são tão difusas que em momentos de crise o REM invade a vigília e causa os efeitos descritos nas EQMs. É como se ó cérebro acionasse "interruptor" que reduz o fluxo sanguíneo e ativa um sistema de reflexos que "mistura" vigília com REM. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Quando conquistou seu terceiro mandato, Lula acreditava que desataria todo e qualquer nó no Congresso Nacional com uma boa conversa regada a bons vinhos e acepipes apetitosos. Acabou que a realidade se impôs, de uma vez por todas e da pior forma, no último dia 28, quando a oposição impôs ao governo uma derrota como poucas na história política brasileira. No futebol, treino é treino e jogo é jogo; na política, uma coisa é subir no palanque e outra coisa é governar o país . Lula não só viu seus principais vetos serem derrubados — como o da "saidinha" de presos e do financiamento de momentos que incentivam a invasão de terras — como assistiu de camarote à comemoração da claque bolsonarista, que saudava cada derrota com o bordão "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Se o país revivesse a convulsão política de 2014, 2015, o petista seria defenestrado sem dó nem piedade. Mas governo fraco é uma bênção para deputados e senadores; sem povo na rua, o melhor (para eles) é deixar as coisas como estão. 


Ainda segundo Nelson, desmaios podem desencadear EQMs, já que a sensação de perigo altera a pressão sanguínea nos olhos, deixando a visão borrada nas bordas e criando a impressão de que há um túnel com luzes. Já a sensação de "sair do corpo" pode ser explicada pelo "desligamento" da região cerebral responsável pela percepção espacial. Quando a pessoa entra em REM, o cérebro ativa o mesmo mecanismo que produz os sonhos, donde as "alucinações".


Para mais informações, no livro Ciência da Vida Após a Morte, Alexander Moreira-Almeida, Marianna Prado e Humberto Schubert abordam evidências científicas sobre a consciência após a morte, incluindo mediunidade, EQMs e reencarnação. Vale assistir também à entrevista que o autor de Death is but a dream, concedeu à Gazeta do Povo.
 
Continua...