Jair Bolsonaro é
a personificação da beligerância, mas não vem respondendo à altura aos ataques
de Lula-Solto nem permitindo que seu
pitbull o faça. Depois de levar uma carraspana do pai
por criticar o STF, o duble de
vereador carioca, assessor de comunicações palaciano e guardião das senhas das
contas presidenciais nas redes sociais desativou as suas próprias. O
motivo? O papai-presidente não quer aborrecer os togados supremos
que blindaram seu primogênito das investigações no caso
"caso Queiroz".
Entrementes, Lula
aposta na dicotomia para chegar vivo à próxima eleição. Durante os 580 dias que
passou hospedado na PF em Curitiba, o picareta usou a sala VIP que lhe foi
reservada como diretório político-partidário, comitê de campanha e palco para
entrevistas, e continuou no comando
absoluto do PT. Foi ele quem decidiu
que Gleisi Hoffmann seria a
presidente do partido e que o candidato à presidência da República seria Fernando Haddad. Agora, solto graças a uma manobra da facção
pró-crime do STF, o salafrário vai baixar ordens com muito mais desenvoltura. Prova
disso é que já resolveu que a disputa da prefeitura de São Paulo, se não
tiver outro poste, sobrará para o mesmo Haddad.
Observação: Lula é mais que um chefe de partido, ele é o Deus de uma seita monoteísta.
Mesmo impedido de disputar eleições, o verme vermelho, solto, tem melhores condições de influenciar o cenário político e galvanizar a fatia do eleitorado que se identifica com a corrente de pensamento do PT e seus satélites. Daí serem preocupantes seus discursos, que fedem a ódio e revanchismo como fede a podre o bafo de um chacal.
Observação: Lula é mais que um chefe de partido, ele é o Deus de uma seita monoteísta.
Mesmo impedido de disputar eleições, o verme vermelho, solto, tem melhores condições de influenciar o cenário político e galvanizar a fatia do eleitorado que se identifica com a corrente de pensamento do PT e seus satélites. Daí serem preocupantes seus discursos, que fedem a ódio e revanchismo como fede a podre o bafo de um chacal.
Bolsonaro atribui
à ditadura o erro de torturar demais e matar de menos. Em 2016, depois de ser
conduzido coercitivamente à PF do
Aeroporto de Congonhas para prestar depoimento, o mequetrefe pernambucano ensinou
o caminho das pedras: “Se quiseram matar a jararaca, não bateram
na cabeça. Bateram no rabo, e a jararaca está viva como sempre esteve”.
Infelizmente, ninguém aprendeu a lição, embora seja público e notório que não
se controla a hidrofobia acorrentando o cão raivoso, mas, sim, sacrificando o animal. Divorciado do “Lulinha Paz e Amor” e das diretrizes de
seu primeiro mandato, o carcinoma maligno volta a dar sinais de metástase (prova disso é o périplo da caravana de Lula pelo Brasil). Da
feita que nem rádio nem quimioterapia se provaram eficazes no tratamento, é imperativo extirpar o tumor para não perder o paciente.
Bolsonaro,
que foi eleito graças ao discurso anti-Lula e anti-PT,
tende a se beneficiar desse cenário inflamado, pois sua capacidade de produzir crises sem
motivo e turbulências desnecessárias já vinha decepcionando a parcela da
população que acreditou que o capitão caverna adquirisse maturidade no cargo
(ou que seus auxiliares conseguiriam domá-lo). Só que o país nada tem a ganhar com
essa nova declaração de guerra entre os extremistas extremados — nem, muito
menos, com a antecipação da campanha presidencial de 2022, que pode atrapalhar a tramitação de propostas importantes, como as reformas fiscal e
eleitoral.
A perspectiva de um retorno da esquerda ao poder ainda leva o
eleitorado que transformou um obscuro deputado do baixo-clero no mais novo
inquilino do Palácio do Planalto a tapar o nariz e seguir a seu lado, sobretudo porque tem vívida na memória a pior recessão econômica da história e os monumentais
casos de corrupção gestados e paridos pelas administrações petistas. Talvez
o cenário fosse menos desastroso se o centro político-ideológico não carecesse
de um líder que representasse uma opção viável a essa estapafúrdia polarização. Embora houvesse diversos postulantes que poderíamos ter experimentado — como João Doria, Luciano Huck, João Amoedo, Ciro Gomes,
Wilson Witzel, entre outros —, nenhum deles tinha envergadura eleitoral suficiente para canalizar e seduzir os
brasileiros desgostosos com a limitação política da dobradinha Lula x Bolsonaro.
Em vez de governar o país, nosso brioso
capitão vem se mostrando mais preocupado com questiúnculas familiares e pessoais, em fritar aliados,
terminar amizades de longa data e, paradoxalmente, manter no ministério figurinhas
carimbadas com a pecha do laranjal pesselista. Dias atrás, para dar mais uma "esnobada" na ONU, sua excelência resolveu não dar as caras na COP-25 (a cúpula do clima), marcada para dezembro em Madri. Ao que tudo indica, o Brasil será representado nessa efeméride pelos luminares Ernesto Araújo e Ricardo Salles (só faltava enviar também certo candidato a diplomata fritador de hambúrgueres).
Numa clara
disputa por poder dinheiro do fundo partidário, Bolsonaro se desligou do oitavo partido a que foi filiado em 3 décadas na política e vem tentando criar uma sigla para chama de sua. O nome é "Aliança pelo Brasil" — porque, segundo O Sensacionalista, batizar a nascitura agremiação
de PB (Partido dos Bolsonaros) pegaria mal. A prioridade do capitão, agora, é colher as 500 mil assinaturas necessárias ao registro do partido. As buscas têm
sido feitas em perfis antipetistas nas redes sociais e até em hospícios (onde,
dizem as más línguas, Bolsonaro recrutou Damares
Alves, Abraham Weintraub e
outros próceres que integram seu ministério.
José Simão sugere
outros nomes para a agremiação do presidente: 1) PPL — Partido dos porras-loucas; 2) PSJ — Partido do Seu Jair; 3) PIROCA
— Partido das Ideias Reacionárias do
Olavo de Carvalho; 4) PBPP — Partido
Brasileiro da Piada Pronta; 5) PAL —
Partido dos Amigos dos Laranjas; 6) PUM
— Partido da União Miliciana. Escolha um deles ou sugira o seu, por que não?