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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

SUTILEZAS DO WINDOWS (PARTE 2)


QUANDO VOCÊ OLHA PARA O ABISMO, O ABISMO OLHA PARA VOCÊ.

Vimos que é preciso muito cuidado ao usar o Editor do Registro do Windows, e que se deve manter distância da pasta System32 (na verdade, convém ficar longe de qualquer arquivo com extensão .sys). Mas não é só: se você não tem familiaridade com programação, só use o prompt de comando (ou o Windows Power Shell) em tarefas que não podem ser executadas via interface gráfica do sistema. Apenas para citar um exemplo, há um comando de prompt que pode desabilitar o acesso à Internet e tornar essa ação completamente irreversível... Depois, não adianta chorar.

Diversos artigos na Web sugerem apagar os arquivos Pagefile.sys e Swapfile.sys como forma de recuperar espaço no disco, mas essa não é a solução adequada, até porque falta de memória, seja ela física ou de massa, se resolve instalando mais memória. Ainda assim, fazer uma faxina em regra no HDD pode ajudar um bocado. Comece deletando apps inúteis e despachando para a nuvem (ou para um pendrive, HD externo ou mídia óptica) aquela batelada de músicas, fotos e arquivos multimídia que você vem armazenando há anos. Ao final, reinicie o computador, rode a Limpeza do Disco, corrija os erros no HDD e execute a desfragmentação dos arquivos (mais detalhes nesta sequência de postagens).

Não faltam tutoriais na Web sugerindo apagar os arquivos Pagefile.sys e o Swapfile.sys para ganhar espaço no HDD, alegando que a memória virtual não tem grande efeito com fartura de RAM. Para quem não sabe, a memória virtual emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento e de onde as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e continua sendo usado até hoje, a despeito da lentidão que acarreta ao sistema por ser baseado no drive de HD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM. Enfim, interessa dizer que a despeito de o preço da RAM ter despencado ao longo dos anos — quando a Intel introduziu o conceito de memória virtual em seus processadores 386, pagava-se cerca de US$ 50 por dois megabytes de RAM, ou seja, o mesmo que custa atualmente um módulo DDR4 de 8 GB da Kingston —, a maioria dos PCs integra 4 GB de RAM, quando o ideal seria algo entre 6 GB e 8 GB.

Em face do exposto, recomendo não modificar os parâmetros da memória virtual nem — muito menos — desabilitá-la para recuperar alguns gigabytes de espaço no disco. Se a faxina não for suficiente, instale um segundo drive de HD no seu desktop, ou conecte um drive externo com interface USB no seu notebook. No entanto, se quiser manipular o swap file, abra o Explorador de Arquivos, dê um clique direito em Este Computador, clique em Propriedades, depois em Configurações avançadas do sistema. Na janelinha das Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado; no campo Desempenho, pressione o botão Configurações..., clique novamente em Avançado e, no campo Memória Virtual, clique em Alterar... Feito isso, desmarque a opção Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades, selecione a unidade que contém o arquivo de paginação — geralmente a partição em que o sistema está instalado —, marque a opção Tamanho personalizado e preencha os campos Tamanho inicial e o Tamanho máximo com os valores desejados e confirme em Definir.

Observação: Desde o tempo do velho XP que os palpiteiros de plantão sugerem configurar ambos os campos com o valor (em megabytes) correspondente a uma vez e meia a quantidade de RAM instalada, mas há quem sugira usar o valor total da memória física no campo Tamanho inicial e o quíntuplo desse valor inicial no campo Tamanho máximo

Não costuma ser necessário reiniciar o computador ao aumentar o tamanho do swap-file (arquivo de troca), mas a reinicialização é necessária em caso de redução. Note que basta seguir os passos acima para desabilitar o arquivo de paginação, mas, de novo, só o faça se seu computador dispuser de 8 GB de RAM, já que, em tese, ele ficará mais rápido sem o arquivo de paginação, a não ser que você não trabalhe com programas pesados, como aplicativos de edição de vídeos ou manipulação de gráficos em alta resolução.

No mais, a regra é clara: evite mexer em arquivos terminados em .sys — extensão que vem de “system” (sistema) e, por isso, modificar ou apagar esses arquivos pode trazer danos sérios ao computador. É no Pagefile.sys que o computador armazena dados quando não há mais espaço na RAM, de maneira que, se o arquivo for apagado e o Windows contar com pouca memória física, o computador vai travar se você executar diversas tarefas ao mesmo tempo. Já o Swapfile.sys tem como função armazenar os arquivos abertos na memória RAM quando o computador entra em hibernação (mais detalhes nesta sequência de postagens).

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

POR QUE REINICIAR O COMPUTADOR?

VENCE DUAS VEZES QUEM, NO MOMENTO DA VITÓRIA, VENCE A SI MESMO.

Nos primórdios da computação pessoal, Bill Gates teria dito que se a Microsoft fabricasse carros, eles custariam 25 dólares e seriam capazes de rodar 1.000 milhas com um galão de gasolina. Em defesa das montadoras, a GM asseverou que o motor dos "MS-Cars" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, fazendo uma analogia jocosa com os constantes travamentos das antigas edições do Windows (clique aqui para ler a íntegra da resposta).

É certo que a coisa melhorou muito a partir do lançamento do XP, que herdou o kernel (núcleo) do Windows NT, mas isso não significa o fim das instabilidades, travamentos e aborrecimentos que tais, até porque em muitos casos a culpa nem é do sistema, mas de drivers de hardware inadequados, aplicativos mal-comportados, conflitos entre programas e assim por diante. O lado bom da história é que uma saudável reinicialização geralmente repõe o bonde nos trilhos (e o mesmo vale para celulares, smartphones, tablets, modems, roteadores, impressoras, decodificadores de TV por assinatura e dispositivos eletrônicos assemelhados).

Observação: Reiniciar o computador também é fundamental para a correta instalação de uma vasta gama de aplicativos, para o reconhecimento de novos componentes de hardware, para a validação de atualizações de software e para uma vasta gama de tarefas de manutenção.

Vamos ver a seguir por que isso ocorre, mas numa abordagem elementar, livre de detalhes técnicos que fogem ao escopo e às possibilidades desta matéria. Ao final, se pairarem dúvidas sobre o assunto, deixe um comentário e volte amanhã ou depois para ler minha resposta.

1. Alguns dos principais arquivos do sistema (dentre eles o Registro) não podem ser alterados quando o Windows está carregado, de maneira que procedimentos como os mencionados dois parágrafos atrás são validados somente após a reinicialização do computador.

2. Na hipótese de problemas meramente pontuais, reiniciar o aparelho é mais prático e rápido do que tentar descobrir as causas das anormalidades ─ aliás, se o aborrecimento não se repetir de forma contumaz, saber o que o causou é irrelevante; erros recorrentes, no entanto, devem ser investigados a fundo ─ mas isso já outra história e fica para outra vez.

3. Tanto o sistema quanto os aplicativos e arquivos que manipulamos são carregados na memória RAM. Mesmo que o Seven 64-bits seja capaz de gerenciar até 192 GB de RAM, e que máquinas top de linha tragam algo entre 6 GB e 8 GB dessa memória, ela sempre será finita. E à medida que a RAM se esvai, a memória virtual entra em ação para impedir as aborrecidas mensagens de memória insuficiente (muito comuns nas edições antigas do Windows), mas como ela é baseada no disco rígido (que é muito mais lento que a memória física), o resultado é uma significa redução do desempenho global do sistema. Então, para restabelecer o status quo ante, reinicie seu computador.

4. Qualquer programa em execução ocupa espaço na memória, mas alguns não liberam esse espaço quando são encerrados. Outros, ainda, tornam-se gulosos durante a sessão e vão se apoderando de mais e mais memória. O resultado é lentidão generalizada e, em casos extremos, travamentos com direito à exibição de uma tela azul da morte. A boa notícia é que geralmente basta reiniciar o computador para tudo voltar a ser como dantes no Quartel de Abrantes.

5. Costuma-se dizer que reinicializar frequentemente o PC reduz a vida útil do HD, embora esse componente seja dimensionado para suportar um número de ciclos liga/desliga capaz de suportar improváveis 20 reinicializações diárias por mais de seis anos. Então, muita gente prefere deixar o sistema em stand-by ou em hibernação. Ambas as alternativas são válidas, naturalmente, mas somente porque fazem a máquina "despertar" bem mais rapidamente do que um boot convencional. O problema é que prolongar uma sessão do Windows por dias a fio (mesmo que ela seja seccionada por suspensões e/ou hibernações) irá fatalmente implicar em lentidão ou instabilidades que podem levar a um crash total. Portanto, não deixe de reiniciar a máquina ao menor sinal de problemas iminentes.

Observação: Vale também fazer logoff e tornar a se logar, ou então esvaziar o cache do sistema (como vimos numa postagem publicada no último dia 23). Se o problema persistir, reinicie o computador e um abraço.

6. Conforme foi explicado em outras postagens, DLL é a sigla de Dynamic Link Library e remete a uma solução (desenvolvida pela Microsoft) mediante a qual as principais funções utilizadas pelos aplicativos são armazenadas em "bibliotecas" pré-compiladas e compartilhadas pelos executáveis. Assim, quando um programa é encerrado, os arquivos DLL que ele utiliza permanecem carregados na memória, já que existe a possibilidade de ele voltar a ser aberto ou de o usuário executar outros programas que compartilham as mesmas bibliotecas. Com o passar do tempo, no entanto, isso acarreta num desperdício significativo de RAM e, consequentemente, aumenta o uso do swap-file (arquivo de troca da memória virtual). Como a RAM é uma memória volátil ─ ou seja, capaz de reter os dados somente enquanto está energizada ─, a reinicialização "zera" os dados nela gravados e faz com que o sistema ressurja lépido e fagueiro (ou nem tanto, dependendo do tempo de uso e da execução ou não dos procedimentos de manutenção que eu sugiro regularmente aqui no Blog, mas isso também é outra história e fica para outra vez).

Resumo da ópera: Mesmo não sendo tão suscetível a crashes quanto seus antecessores, há situações que o Seven só consegue contornar mediante uma oportuna reinicialização ─ que tanto pode ser levada a efeito pelo próprio sistema quanto pelo usuário, conforme a configuração vigente. Com um pouco de sorte (e alguma oração, se você tem fé), isso fará com que o aparelho volte a funcionar normalmente.

Observação: Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligá-lo logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e não é minha intenção encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente, todavia, que desligar o computador interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Já se recorremos à opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subseqüente pode não ser suficiente para permitir que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia. Então, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de um ou dois minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária.

Boa sorte a todos e até mais ler.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

POR QUE REINICIAR O COMPUTADOR? ― Conclusão.

DIGA-ME COM QUEM ANDAS E EU DIREI SE VOU CONTIGO.

Complementando o que foi explicado no post anterior, mas sem descer a detalhes técnicos que transcenderiam o escopo as possibilidades desta matéria ― e mais complicariam do que esclareceriam o assunto ―, vale dizer que:

Alguns dos principais arquivos do Windows (dentre os quais o Registro) ficam bloqueados quando o sistema está carregado, e uma vez que diversos procedimentos ― como a instalação de drivers ou as atualizações do próprio sistema operacional, apenas para ficar nos exemplos mais notórios ― precisam acessar esses arquivos, a reinicialização do computador é necessária para a validação das alterações.

Na hipótese de problemas meramente pontuais, reiniciar o aparelho é mais prático e rápido do que tentar descobrir as causas da anormalidade ― aliás, se o aborrecimento não se repetir, sua causa é irrelevante, embora erros recorrentes devam ser investigados a fundo, mas isso já outra história. 

Tanto o sistema quanto os aplicativos e arquivos que manipulamos quando operamos o computador, o smartphone, etc. são carregados na memória RAM, e mesmo que o Windows, em suas edições mais recentes e em determinadas versões, seja capaz de reconhecer e gerenciar centenas de gigabytes de memória RAM, a maioria dos PCs dispõe de algo entre 6 GB e 8 GB, e à medida que esse espaço vai sendo ocupado, a memória virtual entra em ação para evitar as aborrecidas mensagens de memória insuficiente (que eram recorrentes nas edições antigas do Windows). No entanto, a memória virtual é apenas um paliativo, e por ser baseada no disco rígido (que é muito mais lento que a RAM), ela reduz drasticamente o desempenho global do sistema. Então, para restabelecer o status quo ante, encerre os programas ociosos. Caso isso não resolva o problema, reinicie o computador, pois a RAM é volátil e os dados que armazena “evaporam” no instante em que o fornecimento energia é interrompido.

Observação: Todo programa em execução ocupa espaço na memória, mas alguns não liberam esse espaço quando são finalizados. Outros, ainda, tornam-se gulosos durante a sessão e vão se apoderando de mais e mais memória. O resultado é lentidão generalizada e, em situações extremas, travamentos, às vezes acompanhados de uma tela azul da morte. A boa notícia é que na maioria das vezes o computador volta ao normal após ser desligado e religado depois de um ou dois minutos.

Costuma-se dizer que reinicializações frequentes reduzem a vida útil do HD, o que não deixa de fazer sentido. No entanto, esse dispositivo é dimensionado para suportar milhares de ciclos liga/desliga. De modo geral, na improvável hipótese de você reiniciar sua máquina 20 vezes por dia, seu HD só deve dar os primeiros sinais de fadiga depois de uns cinco ou seis anos, ou seja, quando já estiver mais que na hora de você comprar um PC novo.

Observação: Ainda que deixar o computador em standby ou em hibernação seja vantajoso em determinadas circunstâncias, até porque a máquina "desperta" mais rapidamente do quando é religada depois de um desligamento total, prolongar uma sessão do Windows por dias a fio (mesmo que ela seja seccionada por suspensões e/ou hibernações) resultará fatalmente em lentidão ou instabilidades que acabarão levando a um crash total. Portanto, não se acanhe em reiniciar a máquina ao menor sinal de problemas iminentes.

Conforme foi dito em outras postagens, DLL é a sigla de Dynamic Link Library e remete a uma solução (desenvolvida pela Microsoft) mediante a qual as principais funções usadas pelos aplicativos são armazenadas em "bibliotecas" pré-compiladas e compartilhadas pelos executáveis. Assim, quando um programa é encerrado, os arquivos DLL que ele utilizou permanecem carregados na memória, dada a possibilidade de esse mesmo aplicativo voltar a ser aberto ou de o usuário executar outros programas que compartilham as mesmas bibliotecas. Mas isso acarreta um desperdício significativo de RAM e, consequentemente, aumenta o uso do swap-file (arquivo de troca da memória virtual). Como a RAM é volátil, a reinicialização “limpa” os chips de memória, fazendo com que o sistema ressurja lépido e fagueiro (ou nem tanto, dependendo do tempo de uso e da regularidade com que o usuário executa os indispensáveis procedimentos de manutenção).

Observação: Reiniciar um aparelho consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligá-lo logo em seguida. O termo reinicializar não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não pretendo encompridar este texto discutindo questões semânticas. Interessa dizer é que desligar o computador interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos e capacitores da placa-mãe e demais componentes, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Já quando recorremos à opção "Reiniciar" do menu de desligamento do Windows, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente pode não ser suficiente para o esgotamento total das reservas de energia, razão pela qual, para não errar, desligue o computador e torne a ligá-lo depois de alguns minutos sempre que uma reinicialização se fizer necessária.

O que foi dito nesta sequência de postagens se aplica ao PC, mas, guardadas as devidas proporções, vale também para smartphones, tablets e outros dispositivos eletroeletrônicos comandados por um sistema operativo, por mais simples que ele seja.

TEMER, O INCANSÁVEL TRABALHADOR

Desde maio do ano passado, quando assumiu o timão da nau dos insensatos, Michel Temer nunca trabalhou tanto como nas últimas semanas. Pena que esse afã não visasse aos interesses da nação, mas apenas a evitar a abertura do inquérito no supremo que pode torná-lo mais um candidato a hóspede do sistema penitenciário tupiniquim com escala no gabinete mais cobiçado do Palácio do Planalto. Afinal, Lula já está bem encaminhado nessa direção, Dilma deve segui-lo em breve e os atuais presidentes da Câmara e do Senado não tardam a seguir pela mesma trilha, já que ambos são investigados na Lava-Jato e ainda não se tornaram réus porque, no STF, as denúncias avançam a passo de cágado perneta.

E o pior é que, no Supremo, as coisas se arrastam mesmo depois da condenação. Prova disso é o fato de Paulo Maluf continuar livre, leve e solto, a despeito de ter sido condenado pela 1ª Turma a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro (com início da pena em regime fechado), além de pagamento de multa e perda do mandato de deputado federal. A decisão foi proferida em maio, mas até agora não surtiu qualquer efeito.

Talvez os ministros estejam confiantes de que Maluf seja preso pela Interpol ― vale lembrar que a Corte de Apelações de Paris condenou o conspícuo deputado a três anos de prisão e pagamento de multa de 200 mil euros, além de determinar o confisco de 1,84 milhão de euros. Sua esposa, Silvia Lutfalla Maluf, também foi condenada a três anos, com multa de 100 mil euros. Mas para isso o turco lalau terá de sair do país, já que o Brasil não extradita seus cidadãos. Muito conveniente, né?

Voltando a Michel ma belle: para comprar o voto das marafonas do parlamento, que se vendem como prostitutas em bordéis da boca-do-luxo, somente neste mês o presidente liberou cerca de R$ 2 bilhões em emendas (valor equivalente ao total de todo o primeiro semestre). Isso quando a previsão é de que as contas públicas fechem o ano com um rombo de R$ 140 bilhões ― ou um pouco menos, já que, para fazer caixa, sua insolência resolveu se espelhar em sua abilolada antecessora e tascar um tarifaço de impostos nos combustíveisA liminar do juiz federal Renato Borelli, que anulava o aumento, já foi derrubada pelo desembargador Hilton Queiroz, presidente do TRF1. Cabe recurso, naturalmente, mas aí a decisão final fica sabe lá Deus para quando, e mesmo que a medida presidencial seja cassada, o governo certamente encontrará maneiras de escorchar o contribuinte e forçá-lo a pagar a conta de sua incompetência, até porque, pelo visto, cortar gastos está fora de cogitação.

Da sociedade, Temer e seus comparsas esperam boa vontade, solidariedade e compreensão. Faz sentido: se o cidadão já é assaltado por bandidos cotidianamente, por que não ser assaltado também por um Estado inchado, ineficiente e incapaz?

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 15 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (QUARTA PARTE)

O CASAMENTO PARECE TER SIDO INVENTADO PARA RECOMPENSAR OS PERVERSOS.

Além de tomar muito cuidado quando e se você precisar usar o Editor do Registro do Windows, mantenha distância da pasta System32 (ou, melhor ainda, fique longe de qualquer arquivo com extensão .sys , que vem de “system". E só recorra ao prompt de comando (ou o Windows Power Shell) caso não haja um modo de executar a tarefa pela interface gráfica.

Em tese, é possível fazer qualquer coisa via prompt, principalmente merda. Os comandos são pouco amigáveis, e ações indevidas ou malsucedidas nem sempre são facilmente reversíveis. E isso vale também para o Registro do Windows (detalhes no capítulo anterior).

Apagar os arquivos Swapfile.sys e Pagefile.sys para recuperar espaço é uma dica recorrente na Web, mas pode trazer danos sérios ao computador. O Swapfile.sys armazena os arquivos abertos na memória RAM quando o computador entra em hibernação (mais detalhes nesta sequência de postagens). Já o Pagefile.sys é um arquivo criado no disco rígido para emular memória física quando esta se esgota.

Observação: swap-file (arquivo de troca, numa tradução literal) foi aprimorado ao longo dos anos e seria uma solução excelente não fosse o HDD milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM

Em tese, a memória virtual não surte grande efeito quando há fartura de RAM e o computador fica mais rápido sem ela. Na prática, porém, falta de memória, seja física (RAM) ou de massa (HDD/SSD), se resolve instalando mais memória. Se o arquivo de paginação for apagado e o computador dispuser de pouca RAM, o Windows pode travar ao rodar um programa “pesado” ou quando executar várias tarefas ao mesmo tempo.

Não é aconselhável desabilitar a memória virtual ou alterar seus parâmetros para ganhar alguns gigabytes de espaço. Substituir o HDD por um modelo que ofereça mais espaço, adicionar um segundo drive ou recorrer a um modelo externo traz melhores resultados. Na impossibilidade, uma faxina em regra no disco pode ajudar, mesmo sendo uma medida paliativa. Comece deletando apps inúteis e enviado para a nuvem (ou para um pendrive, disco rígido externo ou mídia óptica) aquela batelada de músicas, fotos e arquivos multimídia que você salvou no PC. Ao final, reinicie o sistema, rode a Limpeza do Disco, corrija os erros no HDD e execute a desfragmentação (mais detalhes nesta sequência de postagens). 

Se mesmo assim você achar conveniente alterar as configurações do swap file, o caminho é o seguinte:

1) Abra o Explorador de Arquivos, dê um clique direito em Este Computador, clique em Propriedades > Configurações avançadas do sistema.

2) Na janelinha das Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado; no campo Desempenho, pressione o botão Configurações..., clique novamente em Avançado e, no campo Memória Virtual, clique em Alterar...

3) Desmarque a opção Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades, selecione a unidade que contém o arquivo de paginação — geralmente a partição em que o sistema está instalado —, marque a opção Tamanho personalizado e preencha os campos Tamanho inicial e o Tamanho máximo com os valores desejados e confirme em Definir.

ObservaçãoDesde o tempo do jurássico WinXP que alguns palpiteiros sugerem configurar ambos os campos com o valor em megabytes correspondente a uma vez e meia a quantidade de RAM instalada, enquanto outros sugerem 100% da quantidade de RAM no campo Tamanho inicial e o quíntuplo desse valor no campo Tamanho máximo

Não é necessário reiniciar o computador ao aumentar o tamanho do swap-file, mas a reinicialização é necessária no caso de redução. Basta seguir os passos acima para desabilitar o arquivo de paginação, mas, de novo, só o faça se seu computador dispuser de pelo menos 16 GB de RAM.

Continua...

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

READY BOOST

O SOL NASCE PARA TODOS; A SOMBRA, PRA QUEM É MAIS ESPERTO. 

O Upgrade de RAM é a maneira mais simples, barata e eficaz de incrementar o desempenho do computador ― desde que observados os limites dos sistemas de 32-bits, evidentemente (volto a esse assunto mais adiante). No entanto, desde o Windows 7 que se tornou possível fazer um “upgrade meia-boca” com um pendrive ou cartão de memória. E ainda que não faça milagres, esse paliativo proporciona resultados melhores do que a tradicional memória virtual ― que entra em ação quando a RAM se esgota ―, até porque a memória flash é bem mais veloz que o disco rígido.

Observação: O ReadyBoost se vale do espaço oferecido pelo dispositivo removível para aumentar o tamanho do cache do Windows (uma memória intermediária que armazena arquivos de forma inteligente, deixando-os prontos para utilização na hora oportuna), além de liberar a quantidade de memória RAM que era utilizada antes de você implementá-lo.

Para habilitar o recurso, basta conectar o dispositivo removível a uma portinha USB do PC, abrir a pasta Computador (ou Meu Computador, conforme a sua edição do Windows), dar um clique direito no ícone que representa a nova unidade e clicar na aba ReadyBoost. Feito isso, para usar todo o espaço disponível no drive, marque a Dedicar este dispositivo ao ReadyBoost; para configurar manualmente o espaço a ser alocado, marque Usar este dispositivo e mova a barra deslizante para a direita, até que a janelinha exiba o espaço desejado. Ao final, é só clicar em Aplicar e em OK (vale reiniciar o computador, embora isso não seja exigido de maneira explícita).

O ReadyBoost funciona com qualquer tipo de memória flash (cartões SD, micro SD, pendrives e HDs externos), desde que o dispositivo suporte o padrão USB 2.0 (ou superior) e disponha de ao menos 1 GB de espaço livre para uso. Melhores resultados serão obtidos se ele for formatado com o sistema de arquivos NTFS, a menos que sua capacidade seja inferior a 4 GB, caso você pode usar o sistema de arquivos FAT32 (para saber mais sobre formatação de pendrives e sistemas de arquivos, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Vale frisar que:

― Como dito no início deste texto, o ReadyBoost ajuda, mas não faz milagres. Falta de memória RAM se resolve com upgrade físico, ou seja, com a substituição dos módulos existentes no PC por outros de maior capacidade ou a adição de mais módulos, se houver slots disponíveis. Todavia, é preciso atentar para as limitações impostas tanto pela placa-mãe/chipset quanto pelo Windows, já que sistemas de 32 bits são capazes de endereçar somente algo entre 2,75 GB e 3,5 GB de RAM e, portanto, instalar mais do que 4 GB é jogar dinheiro fora.

― Você pode usar até oito dispositivos de até 32 GB cada, já que o limite do ReadyBoost é de 256 GB ― note que esse limite é teórico, até porque seu PC dificilmente terá 8 portas USB livres, e o uso de hubs (multiplicadores) não é aconselhável.

― Para que haja um aumento significativo na performance do sistema, a recomendação é usar pendrives/SD Cards com capacidade de duas a quatro vezes maior que a quantidade de memória física instalada (ou seja, se seu PC conta com 4 GB de RAM, use um pendrive/cartão de 16 GB).

Para saber mais sobre o ReadyBoost, clique aqui.

TODO MUNDO ERROU SOBRE O PÓS-DILMA, AFIRMA MAÍLSON DA NÓBREGA

Os economistas e o mercado fracassaram ao projetar o cenário pós-Dilma, não por um erro específico do governo Temer, mas pelo "desastre" da gestão anterior. O atual governo errou por ter falhado na comunicação com o povo. No mais, era mesmo muito difícil fazer estimativas após a catástrofe administrativa levada a efeito os 13 anos e fumaça com Lula e Dilma na presidência. Estamos realmente chegando ao fundo do poço, mas a um ritmo mais lento do que as expectativas indicavam logo após a entrada do governo”, disse Maílson da Nóbrega em entrevista ao InfoMoney.

Maílson, que foi ministro da Fazenda no governo Sarney, alertou ainda para perigo de o Brasil eleger um “salvador da pátria”, como Ciro Gomes ou Jair Bolsonaro. Na sua avaliação, uma nova fase começará somente a partir de 2019, o objetivo do atual governo não é trazer uma nova fase de expansão, mas colocar o "trem de volta nos trilhos". Confira a seguir alguns trechos da entrevista ― ou siga este link para ler a matéria publicada no InfoMoney.

― Houve uma expectativa excessiva dos efeitos da saída de Dilma. Era um governo tão desastrado que, se livrar
dele, parecia que seria o ponto de partida para uma recuperação muito rápida e forte da confiança e nos primeiros momentos parecia que era isso mesmo. As pesquisas mostravam a confiança voltando e ela é um dos elementos fundamentais para a decisão de investir e de consumir. No entanto, o que está se vendo agora é que esse otimismo foi excessivo, o nível de endividamento das famílias ainda é muito elevado.

― O Brasil ainda está imerso em uma grande crise econômica, social e política. Uma herança terrível que veio dos erros cometidos na gestão do PT, especificamente no período de governo de Dilma Rousseff. A percepção recente é que a economia vai conseguir se recuperar, mas a um ritmo muito inferior ao que se imaginava. As projeções para 2017 estão sendo revisadas para baixo e corremos o risco de continuarmos em recessão pelo 3° ano consecutivo, mas acredito que o mais provável é fecharmos com um crescimento de 0,5% no ano que vem. É medíocre, mas é melhor que uma queda de 3% como o estimado para 2016.

― A boa notícia virá do lado da inflação, que deve seguir em declínio, podendo chegar a faixa de 4,5% e 4,8% em 2017. Por outro lado, o desemprego vai continuar alto, já que ele é o último indicador macroeconômico que a se recuperar em uma recessão. A recuperação virá do lado da ocupação da capacidade ociosa. Enquanto o governo está com capacidade ociosa, as empresas não investem. Além disso, não se investe antes de se ter uma razoável convicção de que a recuperação não é episódica, mas um fato permanente que justifique ampliar a capacidade.

― O atual governo elegeu uma agenda correta, que é a fiscal, e tem feito um trabalho para evitar uma consequência desastrosa de todo os erros cometidos pelo PT, que é evitar a insolvência do Estado. Mas as expectativas de retomada econômica foram frustradas não por erro do governo, mas porque é muito difícil fazer estimativa depois de uma catástrofe dessas. Eu tinha uma expectativa de crescimento de 1,5% em 2017 e revi para 0,5%. A frustração pegou todo mundo: os melhores analistas, as melhores casas de investimentos, o governo, a imprensa. Todo mundo errou.

― O governo Temer pode estar cometendo erros de outra natureza, o de comunicação, por exemplo, que não tem sido feita da melhor forma para vender a ideia das reformas. Isso permitiu que se formasse uma oposição
à PEC dos gastos, o que é cínico, porque o PT é o principal responsável por esse desastre do país, é um dos causadores dessa situação de calamidade nas contas públicas e que gerou essa necessidade de limitar os gastos. Ou o Brasil fazia essa limitação ou a catástrofe seria inevitável. Precisávamos parar o trem desgovernado em que o país estava se transformando. Se tivermos uma continuidade em 2018 e elegermos um presidente responsável, o Brasil vai conseguir se recuperar em alguns anos. Há uma grande escassez de líder, mas temos um núcleo razoável de pessoas experientes, que passaram por eleições, que exerceram a carreira política e que podem virar líderes. Claro que é muito difícil fazer projeções, pois ninguém sabe quem sobreviverá à Lava-Jato, mas eu não compro a ideia que tem circulado ultimamente, de que vamos eleger um desconhecido em 2018, um empresário ou alguém de fora do sistema.

― Para eleger-se presidente no Brasil, é preciso reunir 3 fatores: ser um nome nacionalmente conhecido; ter estruturas de diretórios no partido, candidatos a deputado, senador, governador, que trabalhem com ele. E tem que ter tempo de TV, para o que é preciso um partido estruturado, com quantidade expressiva de parlamentares. Do contrário, ocorrerá o que se viu na eleição de Collor, em que as pessoas vão buscar um salvador. Só que a experiência mundial mostra que todo salvador dá errado, porque normalmente se elege alguém sem a capacidade política de gerir um país e é sempre polêmico. Um país que dá certo é aquele dirigido pela classe política. Mas, claro, temos exceções, como o caso dos EUA, mas por condições muito particulares nesse momento, que dificilmente se aplicaria ao caso brasileiro.

A democracia brasileira está consolidada e pode sobreviver às crises. Enquanto as instituições funcionam, as crises são resolvidas, por isso não vejo o risco de haver uma ruptura democrática no Brasil, nem um colapso do sistema político. Acho que a própria crise vai deixar lições e gerar a busca por saídas. No entanto, corremos o risco de eleger aventureiros e demagogos, que prometem mundos e fundos de maneira irresponsável, e isso realmente poderia gerar uma situação inadministrável. Hoje, temos dois exemplos típicos de aventureiros: Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Embora seja um risco pequeno de ocorrer, porque eles não reúnem aquelas 3 questões apontadas acima, eu diria que, para 2018, essa é a grande preocupação.

Temer lidera um governo de transição, e a herança que ele recebeu é terrível. Ele se enfraqueceu em vários episódios (como o envolvimento de seus ministros na Lava Jato). No entanto, é um homem experiente, que tem uma capacidade grande de avaliar suas próprias condições políticas, e é por isso que ele está dizendo que o grande objetivo dele é colocar o País nos trilhos. Eu acho que a PEC do Teto e a Reforma da Previdência podem colocar esse trem de volta nos trilhos. Temer pega o desgaste econômico, mastiga e adota algumas medidas para digerir esses erros, mas uma nova fase começará somente a partir de 2019.

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quarta-feira, 21 de março de 2007

Falando em memória - continuação...

Seu micro está lento e não pára de acessar o disco rígido. Quando há vários programas abertos e você resolve iniciar mais um, acaba tendo de esperar muitos (e irritantes) segundos pelo carregamento.
Há várias coisas que podem ser feitas para melhorar essa situação: desfragmentar o disco rígido, fazer um upgrade de hardware ou instalar um gerenciador de memória, por exemplo (conforme sugerimos no post de ontem).
Esses ajustes podem trazer algum ganho de desempenho, especialmente se você otimizar sua memória virtual. Para começar, quem dispõe de dois HDs deve colocar a memória virtual no mais veloz (normalmente o mais novo) e, preferencialmente, na unidade em que não esteja instalado o sistema operacional. Para isso:

1. Clique com o botão direito no ícone Meu Computador e escolha Propriedades.

2. Clique na aba Avançado e, na seção Desempenho, clique no botão Configurações.

3. Torne a clicar na aba Avançado e, em Memória Vitual, clique em Alterar.

4. Escolha o disco em que você deseja colocar a memória virtual, ajuste os valores máximo e mínimo para algo em torno de 1,5 x o tamanho da sua memória física, dê OK e reinicie o computador para que a nova configuração surta efeito (na configuração-padrão, o Windows altera o arquivo de troca conforme a necessidade, poupando espaço no disco, mas provocando a fragmentação dos dados e aumentando o tempo de leitura).

Se você tiver problemas com sua nova configuração, deixe que o Windows gerencie automaticamente a memória virutual (em alguns casos, essa é a melhor solução).
Abraços e até mais.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

COMO RECALIBRAR O SENSOR DA BATERIA (TECNOLOGIAS ÍON DE LÍTIO E POLÍMERO DE LÍTIO)

PIORAR PARA DEPOIS MELHORAR É MELHOR DO QUE PIORAR PARA DEPOIS FICAR AINDA PIOR.

Ao contrário das antigas baterias à base de Níquel Cádmio e de Hidreto Metálico de Níquel, os modelos usados atualmente não estão sujeitos ao famigerado efeito memória (*), e por isso podem ser recarregados a qualquer momento, a critério do usuário, certo?

Numa única palavra, a resposta é sim, mas o assunto é controverso. A rigor, não existe unanimidade nem mesmo quanto à melhor tecnologia ─ note que concorrentes icônicos como o Galaxy e o iPhone usam baterias à base de Íon de Lítio e de Polímero de Lítio, respectivamente. No entanto, quando já se buscam alternativas comercialmente viáveis para aumentar a autonomia cada vez menor dos nossos gadgets (mais detalhes na postagem da última quinta-feira), surpreende o fato de alguns fabricantes continuarem recomendando a execução de descargas e recargas completas em intervalos regulares (note que tampouco existe consenso em relação a essa periodicidade).

Observação: Tanto o Li-Ion quanto o Li-Po têm como base o Lítio, que, dentre os metais conhecidos, é o mais leve e o que apresenta melhor potencial eletroquímico e relação peso/capacidade energética. As baterias de íon de lítio são mais baratas que as de polímero de lítio, mas estas últimas oferecem reserva de carga igual ou superior com peso e dimensões menores, conquanto suportem menos ciclos de carga ─ nada é perfeito, afinal de contas.    

Fato é que essas baterias integram um pequeno chip controlador, destinado a gerenciar sua capacidade de carga, e que, caso as recargas sejam feitas quando ainda existe energia remanescente, o percentual correspondente acaba deixando de ser "enxergado" pelo controlador, o que dá ao usuário a impressão de que a autonomia do aparelho diminuiu. Então, para tirar a cisma, alguns especialistas sugerem recalibrar o controlador, o que consiste basicamente em usar o aparelho até que ele seja desligado automaticamente, e em seguida recarregar totalmente a bateria.

Se o medidor que fica na Área de Notificação do sistema deixar de exibir corretamente o nível de carregamento da bateria, você pode recalibrar o respectivo leitor da maneira sugerida no parágrafo anterior, mas para isso você terá de modificar os parâmetros do gerenciamento de energia do Windows para permitir que a bateria seja totalmente descarregada. Em vista disso, e considerando que o processo leva algumas horas para ser concluído, sugiro levá-lo a efeito quando você não tiver nenhum trabalho pendente que exija o uso do computador. Satisfeito esse pressuposto, basta fazer o seguinte:  

·        Desligue o computador.
·        Conecte o adaptador AC (carregador) e aguarde o aviso de que a recarga foi concluída (geralmente um led indicativo acende ou muda de cor; consulte o manual do seu aparelho).
·        Pressione o botão Power (liga/desliga) para inicializar o computador.
·        Pressione a tecla F8 repetidamente para acessar as opções de inicialização avançadas.
·        Quando o menu em questão for exibido na tela, use as setas de teclado para selecionar a opção que inicia o computador no MODO DE SEGURANÇA e pressione Enter.
·        Desconecte o adaptador da tomada e deixe a bateria descarregar completamente (quando o nível de carga chegar ao mínimo estabelecido pelo fabricante, o computador será desligado automaticamente).
·        Reconecte o adaptador, aguarde o sinal indicativo de carga completa e então torne a ligar o computador, que já poderá ser usado normalmente.

Ao cabo desse processo, a bateria estará calibrada e a leitura do nível de carga deverá ser precisa. Amanhã veremos como recalibrar a bateria de um smartphone com sistema operacional Android. Abraços a todos e até lá.

(*) Chamamos "efeito memória" à redução da capacidade de armazenamento que as baterias de níquel-cádmio e hidreto metálico de níquel costumavam apresentar quando eram recarregadas antes de serem totalmente esgotadas.  

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

DESEMPENHO ― MEMÓRIA DE MASSA E SUPERFETCH.

AQUELE QUE FAZ E PROMOVE O BEM CULTIVA O SEU PRÓPRIO ÊXITO.

Ao longo dos anos, a Microsoft criou diversas soluções para acelerar o desempenho do Windows, mas elas nem sempre produziram o resultado desejado. O Superfetch, por exemplo, é uma versão revista e atualizada do Prefetch, que por sua vez foi implementado no XP para monitorar as aplicações que o usuário utiliza com maior frequência e mantê-las carregadas num cache de memória, visando abreviar seu tempo de inicialização. A partir do Windows Vista, esse recurso foi aprimorado, renomeado (como Superfetch), e assim continuou a ser nas edições subsequentes do sistema.

Em teoria, tudo muito bonito, mas na prática constatou-se que esse implemento podia provocar o efeito inverso, notadamente a partir do Windows 7, quando ele se revelou um voraz consumidor de memória. Aliás, já no XP era preciso limpar regularmente a pasta Prefetch para melhorar o desempenho ― confira nesta postagem de 2008 ―, até porque os PCs daquela época dispunham de míseras centenas de megabytes de memória RAM.

Hoje o cenário é bem outro ― qualquer máquina de entrada de linha já conta com de 2 ou mais gigabytes de RAM ―, e modificar o funcionamento do Prefetch pode parecer desnecessário ou até contraproducente, já que um aplicativo iniciado a partir da memória de massa do computador (HDD ou SSD) leva mais tempo para carregar do quando é lançado a partir do cache. Além disso, a despeito de consumir memória, o Superfetch gerencia esse cache de maneira mais “inteligente” ―  sempre que algum aplicativo em execução precisa de mais memória, a quantidade reservada anteriormente para o serviço é automaticamente disponibilizada ―, além de ser capaz de se auto desativar ao detectar um disco rígido de alto desempenho (ou um drive sólido), o que torna recomendável deixar que o próprio Windows decida se o utiliza ou não.

O fato é que o Superfetch divide opiniões: enquanto uns acham que desabilitá-lo não traz benefício algum, outros recomendam fazê-lo, notadamente em sistemas com menos de 4 GB de RAM. A meu ver, não custa nada experimentar desabilitá-lo, especialmente se o seu PC dispõe de um SSD, até porque o ajuste é simples e fácil de desfazer. Confira:
 
― Para conferir se o Superfetch está habilitado, pressione a combinação de teclas Win+R, digite services.msc na caixa do menu Executar, tecle Enter, e confira o status do serviço na coluna respectiva (se estiver como Iniciado, é porque ele está operante).

― Para avaliar como o sistema se comporta sem ele, dê um clique direito sobre a entrada respectiva, clique em Propriedades e, em Tipo de inicialização, selecione Desativado, pressione Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

Para retornar à configuração original, repita os mesmos passos, altere o padrão para Automático e torne a reiniciar o computador.

Até a próxima.

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quinta-feira, 19 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (PARTE 3)

NÃO EXISTE MANEIRA MAIS ESTÚPIDA DE SE TOMAR DECISÕES DO QUE ENTREGÁ-LAS A PESSOAS QUE NÃO VÃO PAGAR NADA SE ELAS DEREM ERRADO.

Se você usa celulares desde o final do século passado, quando eles eram realmente telefones móveis e serviam quase que exclusivamente para fazer e receber chamadas de voz e mensagens de texto curtas (SMS), talvez cultive o (saudável) hábito de ler o manual do usuário, que é uma prática recomendável antes ligar qualquer aparelho pela primeira vez.

Esse manual, que já foi um livreto com muitas páginas, já não passa de um folheto, algo parecido com uma bula de remédio. Quem quiser mais informações deve acessar as configurações do aparelho e localizar o arquivo .PDF armazenado localmente ou o link que leva até a versão disponível no site do fabricante, e lê-lo de cabo a rabo, porque puxar uma carroça cheia de livros não transforma um burro num sábio. (Considere a possibilidade de fazer o download e salvar o arquivo com o manual no próprio aparelho ou em seu notebook, por exemplo, para poder consultá-lo mais facilmente se e quando necessário).

Dito isso, vamos a algumas dicas práticas, começando pela bateriaque é o componente responsável por fornecer energia ao celular. Nos tempos de antanho, utilizavam-se modelos de níquel cádmio (NiCd), que eram sujeitos ao “efeito memória” se não fossem totalmente esgotados antes de ser postos para recarregar (ou seja, cargas parciais levavam a bateria a perder progressivamente a capacidade de armazenar energia, reduzindo, consequentemente, sua autonomia).

O problema foi resolvido com a adoção das baterias de íon-lítio, que acumulam três vezes mais carga e não apresentam “efeito memória”. Mesmo assim, alguns lojistas desinformados (e até alguns fabricantes que, por alguma razão, não atualizaram as informações contidas em seus folhetos) recomendam dar uma carga inicial de 6, 8, 12 ou 24 horas (o tempo varia conforma a fase da lua ou a posição das estrelas no céu), bem como jamais colocar o telefone na carga enquanto a bateria não “zerar”. Mas isso é tudo bobagem. O recomendável é recarregar a bateria antes de a carga acabar.

Aliás, dada a profusão de funções e o uso intensivo dos smartphones, é comum você recarregar a bateria no final do expediente para poder usar o aparelho na volta para casa, ou deixá-la carregando durante a noite, para sair de manhã com a carga completa. Quem, como eu, deixa o telefone durante a noite e ativa o Bluetooth, o 4G ou o Wi-Fi quando esses recurso são realmente necessários, dificilmente precisa recarregar a bateria todos os dias (a minha chega a durar de 3 a 4 dias). 

Em última análise, é preferível sair de casa com a bateria 100% carregada do que ter de correr atrás de uma tomada no meio do caminho. Além disso, colocar o aparelho na carga quando o indicador da bateria baixa de 50% aumenta a vida útil do componente. Mas é bom ter em mente que nada é eterno, e a bateria do celular não é exceção. Mais dia, menos dia, ela atingirá o limite de ciclos (entre 300 e 600) e precisará ser substituída. Mas é possível (e até provável) que você compre um smartphone antes de sua bateria pifar.

Observação: Se porventura a autonomia da bateria do seu smartphone (ou notebook) diminuir significativamente, experimente esgotar a carga (usando o aparelho até ele desligar automaticamente), recarregar a bateria totalmente e repetir o processo uma segunda vez. Isso nem sempre dá certo, mas o que você tem a perder por tentar?

Continua...

quarta-feira, 21 de junho de 2017

WINDOWS 10 - SUPERFETCH X DESEMPENHO

UM PODER QUE SE SERVE EM VEZ DE SERVIR É UM PODER QUE NÃO SERVE.

Conforme vimos no post anterior, da mesma forma que “uma andorinha não faz verão” um processador de ponta não é capaz de mostrar todo o seu poder de fogo se tiver a contrapartida dos subsistemas de memória (RAM e HDD). Aliás, o disco rígido é, atualmente, o maior “gargalo” de desempenho do PC, por ser um dispositivo eletromecânico milhares de vezes mais lento que a RAM (que, por sua vez, é milhares de vezes mais lenta que a).

Ao desenvolver o Windows XP, a Microsoft implementou uma inovação destinada a monitorar as aplicações que o usuário utiliza com maior frequência e mantê-las pré-carregadas num cache de memória, visando abreviar seu tempo de inicialização. O aprimoramento, que recebeu o nome de Prefetch, foi mantido nas edições posteriores do sistema, embora com o nome de Superfetch.

Em teoria, tudo muito bonito; na prática, todavia, constatou-se que o Superfetch poderia provocar o efeito inverso, notadamente a partir do Windows 7, quando o implemento se revelou um voraz consumidor de memória. Aliás, já no tempo do XP eu sugeria limpar regularmente a pasta Prefetch para melhorar o desempenho do sistema ― confira nesta postagem de 2008 ―, até porque naquela época a maioria dos PCs domésticos contava com míseras centenas de megabytes de memória.

Hoje, PCs de entrada de linha (ou de baixo custo, para ser mais claro) trazem 2GB de RAM, de modo que pode alterar o funcionamento do Superfetch pode parecer desnecessário ― ou mesmo contraproducente, já que um aplicativo iniciado a partir do disco rígido demora mais para carregar do quando é lançado a partir do cache. Ademais, a despeito de consumir memória, o Superfetch gerencia esse cache de maneira mais “inteligente”, com prioridade baixa em relação a outras aplicações. Em outras palavras, sempre que algum aplicativo em execução precisar de mais memória, a quantidade reservada anteriormente para o serviço será automaticamente disponibilizada. Isso sem mencionar que o recurso se tornou capaz de se auto desativar ao detectar um HDD de alto desempenho (ou um SSD), o que torna recomendável, nesse caso, deixar que o próprio Windows decida se utiliza ou não o Superfetch.

Fato é que o Superfetch divide opiniões. Enquanto uns acham que desabilitá-lo não traz benefício algum, outros recomendam fazê-lo, notadamente em sistemas com pouca RAM (ou seja, menos de 4 GB). Na minha opinião, a tentativa é válida, até porque o ajuste é simples e fácil de desfazer. Então vamos lá: 

― Para conferir se o recurso em questão está ativo, pressione a combinação de teclas Win+R, digite services.msc na caixa do menu Executar, tecle Enter e confira o status do Superfetch na coluna respectiva (se o status for Iniciado, é porque o serviço está operante).

― Para avaliar como o sistema se comporta sem o Superfetch, dê um clique direito sobre a entrada respectiva, clique em Propriedades e, em Tipo de inicialização, selecione Desativado, pressione Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

— Para retornar à configuração original, repita os mesmos passos e altere o padrão para Automático.

Era isso, pessoal. Até a próxima.

ÚLTIMAS DO CENÁRIO POLÍTICO TUPINIQUIM

A terça-feira foi quente, a despeito do frio que voltou a fazer nas regiões sul e sudeste. A Polícia Federal afirmou ter indícios de que o presidente Michel Temer cometeu crime de corrupção passivaEduardo Cunha desmentiu Joesley e disse que dono da JBS teve encontros com LulaMaluf foi condenado pela justiça francesa por lavagem de dinheiro desviado das obras do Túnel Ayrton Senna e da Avenida Águas Espraiadas.

Falando na JBS, não se nega que a delação teve aspectos inusitados, a começar pelas benesses concedidas aos irmãos Batista e outros 5 altos executivos do grupo, a quem foi garantida uma espécie de “indulto antecipado”. Agora, todavia, fala-se que o os termos do acordo podem ser revistos à luz da Lei 12.850, de agosto de 2013, segundo a qual, na homologação de uma colaboração premiada, cabe ao juiz apenas checar se o acordo atende aos “requisitos legais”, ou seja, verificar se os aspectos formais da delação foram obedecidos. A delação dos Batista, notadamente de Joesley, teve impacto ainda maior que as da Odebrecht por envolver Michel Temer ― na chamada “delação do fim do mundo”, o presidente chegou a ser citado por alguns delatores, mas não foi investigado porque a Constituição prevê que o mais alto mandatário da nação só pode ser alvo de investigações por práticas cometidas durante o mandato. Agora, no entanto, a história é bem outra, pois a gravação feita pelo delator durante o encontro que teve com Temer nos “porões” do Jaburu data de março deste ano.

Enfim, as benesses garantidas aos irmãos Batista, justificadas pelo Ministério Público por conta da relevância das informações, pressionaram o Supremo a rever o próprio acordo, mas é fundamental que essa questão seja tratada com muito cuidado, pois um eventual recuo poderá reduzir significativamente a atratividade da colaboração para corruptos e corruptores que ainda cogitam delatar. E o mesmo se aplica, mutatis mutandis, à cruzada capitaneada pelo ministro Gilmar Mendes contra as prisões preventivas prolongadas ― largamente utilizadas na Lava-Jato para estimular as delações.

Mas o ponto alto do dia ficou por conta da 1ª Turma do STF, que deveria definir a sorte de Aécio Neves, mas acabou adiando sine die tanto a decisão sobre a prisão do senador quanto seu pedido para retomar as atividades parlamentares. Isso porque o Marco Aurélio, relator do caso, disse que ainda vai se pronunciar sobre um novo pedido de Aécio para levar o processo para o plenário da Corte. Sem embrago, por 3 votos a 2, a Turma resolveu converter a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do tucano, e Frederico Pacheco, primo de ambos, em prisão domiciliar (eles são investigados por suposta prática de corrupção, organização criminosa e embaraço às investigações, e estavam na cadeia desde o último dia 18 de maio).

E viva o povo brasileiro.

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domingo, 31 de março de 2024

HORA DA FAXINA

NÃO VIVA PARA QUE SUA PRESENÇA SEJA NOTADA, MAS PARA QUE SUA FALTA SEJA SENTIDA.


Burros velhos não aprendem truques novos nem pessoas se transformam no que não são, mas um relógio parado exibe a hora certa duas vezes por dia. Lula acerta ao dar respaldo a Nísia Trindade contra o apetite de governistas e oposicionistas que pretendem derrubá-la para tomar posse da poderosa estrutura do Ministério da Saúde, mas é evidente que ela não tem os atributos exigidos pelo cargo, não conhece os meandros da malandragem de certos congressistas e tampouco se enquadra no perfil do enfrentamento bruto necessário, por exemplo, no caso dos hospitais federais do Rio de Janeiro, dominados por máfias políticas há anos, entra governo, sai governo.

Ricardo Lewandowski também deixa patente a desarmonia como o cargo de ministro da Justiça ao anunciar a homologação de delação premiada feita pelo Supremo como se fosse um feito do governo Lula, e ao dizer que a operação de busca pelos fugitivos de Mossoró "está se desenvolvendo com êxito" (passados mais de 40 dias e gastos quase mais de R$ 6 milhões, o paradeiro dos criminosos continua incerto e não sabido).
Caberia ao presidente combinar melhor os atributos dos escolhidos às funções a serem por eles exercidas.

Falta de memória física (RAM) no PC se resolve com um upgrade, e falta de memória de massa, com a instalação de um segundo HDD/SSD (ou a troca do componente por um modelo de maior capacidade). O smartphone é um microcomputador ultraportátil, mas o upgrade de RAM não é possível e não são todos os aparelhos que suportam cartões de memória.

Quando dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor. Em épocas de vacas magras, celulares com 24GB de RAM e 1TB de armazenamento interno são para poucos. Convém fugir de aparelhos com menos de 6GB/128GB, embora você possa economizar algum dinheiro comprando um modelo com 64GB de ampliando esse espaço com um microSD, microSDHC ou microSDXC (lembrando que isso não se aplica ao iPhone, que nem todo celular Android suporta cartão de memória).

Se trocar seu aparelho por um modelo de configuração mais robusta não está nos seus planos (ou não cabe no seu bolso), desinstale os aplicativos inúteis ou pouco usados. Embora seja possível arrasta o app em questão até a página inicial e removê-lo tocando em Desinstalar, eu recomendo acessar as Configurações, ir até Aplicativos, selecionar o app, tocar em Informações do app e em Desinstalar. Adicionalmente:
 
1 — Toque em Configurações > Armazenamento > Dados em cache e confirme a limpeza dos caches dos aplicativos.
 
2 — Se você tem um Cartão SD, toque em Configurações > Armazenamento > Armazenamento interno > Aplicativos e mova os apps para o cartão.
 
3 — Apague emails, SMS e mensagens de WhatsApp.
 
4 — Cheque sua galeria de fotos e vídeos e exclua tudo que for desnecessário.
 
5 — Limpe arquivos temporários e de download e use serviços de armazenamento em nuvem. 
 
6 — Para reduzir o tamanho dos aplicativos em até 60%, toque em Configurações > Aplicativos > Google Play Store, toque na sua foto de perfil, selecione Configurações e, na aba Geral, habilite a opção Arquivar apps automaticamente. 
  
Files do Google ajuda a organizar o armazenamento oferecendo sugestões de limpeza. Basta tocar em Configurações > Aplicativos, localizar o app e explorar as possibilidades. Para facilitar, toque em Configurações (no canto superior esquerdo da tela), ative a opção Mostrar arquivos ocultos, selecione Dispositivos de armazenamento e, em Armazenamento interno, localizar a pasta FilesByGoogleTrash, toque nos três pontinhos e em Excluir permanentemente.
 
Google Keep funciona através de notas, listas, fotos e áudios e é sincronizado com o Google Drive, que pode ficar lotado com o passar do tempo. Para excluir notas antigas e limpar a lixeira, abra o Google Keep, toque nos três pontinhos, depois em Lixeira, novamente nos três pontinhos e, no campo superior direito da tela, na opção Esvaziar lixeira
 
ObservaçãoAparelhos Samsung vêm com menos aplicativos do Google pré-instalados porque a fabricante embala seu próprio pacote de apps, entre os quais o navegador Samsung (que substitui o Chrome) o teclado Samsung (que substitui o Gboard) e o Samsung Notes (que substitui o Google Keep).
 
WhatsApp é um grande consumidor de espaço. Recomendo fazer backups regulares e uma faxina de tempos em tempos. Basta abrir o app, tocar nos três pontinhos > Armazenamento de dados > Gerenciar armazenamento, analisar o consumo de espaço, abrir a conversa que está consumindo muito espaço e se livrar dos itens desnecessários. (Alternativamente, toque no ícone dos três pontinhos, depois em Mais e em Limpar conversa.)

Android permite apagar o cache dos aplicativos individualmente — o cache é uma área da memória destinada a armazenar arquivos temporários. Em tese, o acesso aos arquivos a partir do cache agiliza a execução dos apps, mas na prática o desempenho do aparelho tende a se degradar conforme esse espaço vai sendo ocupado. 

O gerenciamento do cache foi otimizado ao longo das edições do Android, o que, em tese, dispensaria limpezas frequentes. Mas também nesse caso teoria e prática não andam de mãos dadas. Então:
 
1 — Toque no ícone da engrenagem (Configurações);

2 — Selecione a opção Armazenamento;

3 — Toque em Interno (ou em Armazenamento interno compartilhado, se você tem um SD Card que amplia a memória interna do seu aparelho);

4 — Selecione Dados em cache e aguarde o cálculo ser concluído para saber o montante do espaço utilizado;

5 — Na telinha que pergunta Limpar os dados em cache?, toque em OK e para confirmar a exclusão dos dados (não é preciso reiniciar o telefone).
 
Esse processo apaga os dados em cache de todos os aplicativos. Para limitá-lo a um app específico, abra as configurações do Android, selecione Aplicativos (ou Gerenciar aplicativos), filtre por Todos os aplicativos para localizar o app desejado, selecione-o e toque em Armazenamento

Observação: Limpar dados apaga todos os arquivos do aplicativo (tais como músicas, fotos, bancos de dados, configurações, etc.); Limpar cache produz o mesmo efeito, mas somente sobre os arquivos em cache referentes ao app selecionado.
 
Caso ache esse procedimento muito trabalhoso e seu antivírus não se oferecer para fazer a limpeza (a maioria funciona também como ferramenta de manutenção), instale uma ferramenta dedicada 
— como o CCleaner ou o Clean Master, que podem ser baixados do Google Play Store.