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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11

PAÍS QUE TEM BOLSONARO NA PRESIDÊNCIA NÃO PRECISA DE OPOSIÇÃO.

Lançado oficialmente no dia 5 de outubro, o Windows 11 chegou trazendo diversos recursos novos e melhorias gerais no sistema, bem como novos requisitos mínimos que devem ser atendidos para que usuários do Win10 recebam a atualização via Windows Update.

A Microsoft assegurou que não vai impedir quem tem máquinas mais antigas de instalar a nova versão, desde que o aparelho conte com o TPM 2.0 ativado na placa-mãe (ou recurso semelhante provido por software), memória RAM compatível com as exigências do Win11 e processador Intel de 8ª geração ou superior (ou chip AMD Zen 2 ou superior).

Dias após informar os requisitos mínimos — que produziram uma chiadeira danada —, a empresa de Redmond prometeu reavaliar alguns quesitos, mas manteve as restrições tocantes à CPU da AMD, embora tenha sido mais flexível com a Intel — chips de sétima geração como Core X-series, Xeon W-series, Core i7-7820HQ passaram a ser compatíveis. 

A Microsoft disse ainda que analisou o desempenho do Windows 11 em máquinas que não atendiam aos requisitos mínimos e identificou um aumento de 52% nos travamentos no modo kernel (com processadores incluídos na lista dos modelos suportados, houve apenas 0,2% de falhas).

Vale relembrar (pois já foi dito aqui no Blog) que o Windows Update não é a única maneira de fazer a migração para a nova versão do sistema, sendo a alternativa mais comum a criação de uma imagem .ISO num dispositivo externo bootável (drive de HD USB, pendrive ou DVD). Mas é bom ter em mente que essa modalidade de instalação exige a alteração da sequência de boot do computador no CMOS Setup e a formatação da unidade/partição que hospedará o sistema, o que implica o apagamento dos arquivos.

A Microsoft disponibiliza uma imagem .ISO do Windows 11 em seu site oficial, a partir da qual você pode migrar para a nova versão. Da mesma forma como os (hoje arcaicos) CDs e DVDs, essa imagem é composta por um agrupamento de arquivos. A diferença é que os arquivos .ISO dispensam o uso de mídia física (embora seja possível criar cópias .ISO de mídias físicas como forma de backup).

Em outras palavras, é possível software e até mesmo sistemas operacionais inteiros usando uma rede local ou a Internet, pois a grande maioria dos programas de gravação de disco suportam esse tipo de arquivo, e é fácil criar um ambiente virtual para utilizá-lo. Por outro lado, diferentemente dos arquivos .ZIP, as imagens ISO não podem ser comprimidos — o tamanho do arquivo será o mesmo do CD ou DVD.

ObservaçãoImagens .ISO são usadas apenas pelo Windows; o Mac OS X é compatível apenas com o formato CDR, que tem as mesmas funções e características do ISO.

Para criar uma imagem .ISO a partir de uma mídia física já existente ou com um grupo de arquivos do computador é preciso utilizar ferramentas como o Free DVD ISO Burner e o Free ISO Creator (ambos gratuitos). Também é possível acessar esse tipo de arquivo sem queimar mídias ópticas (CD ou DVD), pois programas como o Virtual CloneDriver criam um emulador virtual para a imagem.

Como dito, as ISOs possibilitam uma instalação limpa — que, se implica formatação e perda de dados, não deixa rastros indesejáveis da versão anterior —, mas isso não significa não ser possível fazer apenas uma atualização que preserve os arquivos e programas atuais. Para isso, concluída a etapa de configuração, o aplicativo Get Started detalha, num breve editorial, como fazer ajustes mais rápidos na máquina.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

WINDOWS 10 -- MENSAGEM DE ERRO AO TENTAR ABRIR UM APLICATIVO

MUITO PROMETER É UMA FORMA DE ENGANAR.

Travamentos, mensagens de erro, reinicializações aleatórias e BSoD (sigla de tela azul da morte em inglês) faziam parte do nosso quotidiano até o lançamento do Windows XP, que foi desenvolvido a partir do kernel (núcleo) do Windows NT e minimizou esses aborrecimentos. Mas não existe software perfeito (na verdade, nada é perfeito neste mundo). 

Prova disso é que todas as atualizações abrangentes que a Microsoft disponibilizou para o Windows 10 desde quando passou a comercializá-lo como serviço atazanaram milhões de usuários devido a bugs de programação — que foram corrigidos a posteriori, mas, em alguns casos, patches (remendos) bugados resolviam um problema e criavam outros que até então não existiam.

O sistema da Microsoft sempre foi considerado problemático e inseguro — tanto que era chamado de “ruíndows”, “peneira”, “colcha de retalhos” etc. Parte dessa “fama” se deve justamente a sua enorme popularidade, que fez dele o alvo preferido de malwares, hackers e distinta companhia. Mas é preciso salientar que: 

1) 50% dos problemas atribuídos ao Windows sempre foram causados por falhas ou incompatibilidades de aplicativos de terceiros (notadamente a coleção de inutilitários que muita gente instala para usar, quando muito, uma única vez). 

2) Ainda que a Microsoft se apressasse disponibilizar correções de bugs e brechas de segurança, a maioria dos usuários não se dava ao trabalho de as instalar (até que a empresa tornou compulsórias as atualizações críticas, mas isso é outra conversa).

Tudo isso para dizer que shit happens, só que o culpado nem sempre é o software ou o hardware, mas sim aquela pecinha que fica entre a cadeira e o monitor. Um erro comum — que resulta na mensagem “Este aplicativo não pode ser executado em seu PC” — costuma ocorrer quando se tenta rodar um app de 64 bits numa versão do Windows de 32 bits

Observação: Aplicativos compilados em 32 bits podem ser executados em máquinas com sistema e processador de 64 bits, mas a recíproca não é verdadeira. Para saber se a versão do Windows instalada no seu PC é de 32 ou 64 bits, abra o menu Iniciar, clique em Configurações > Sistema > Sobre, role a tela e confira a informação exibida em “Tipo de sistema”.

Outra causa possível desse erro é o download corrompido do aplicativo. Em sendo o caso, você deve limpar o cache do seu navegador — área da memória onde o browser guarda as páginas localmente, evitando consultas constantes à rede. Isso deveria acelerar a navegação, mas, quando acumula muitos dados, produz o efeito inverso. 

Para fazer essa faxina no Chrome, clique em Configurações (os três pontinhos no final na barra de endereços), depois em Mais FerramentasLimpar dados de navegação > Eliminar os seguintes itens desde. Escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

No Mozilla Firefox, clique no botão Abrir menu (também localizado no canto direito da barra de endereços, mas identificado por três traços horizontais), clique em Opções > Privacidade e Segurança > Cookies e dados de sites, clique no botão Limpar dados e reinicie o navegador. 

No Edge Chromium, clique no ícone das reticências (no canto superior direito da janela), depois em Configurações > Privacidade, pesquisa e serviços e, em Limpar dados de navegação, selecione Escolher o que limpar, defina um intervalo de tempo no menu suspenso e os tipos de dados que você quer limpar, clique em Limpar e reinicie o browser.

No Opera, clique no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), em Configurações > Privacidade e segurança > Limpar dados de navegação; feitos os ajustes desejados, pressione o botão Limpar dados de navegação e reinicie o navegador.

Caso o erro ocorra quando você tenta abrir um programa a partir de um atalho, experimente acessar a pasta do aplicativo e iniciá-lo a partir dali, dando duplo clique sobre o arquivo executável (.exe). Outra possibilidade são as permissões de execução. Para saber se esse é o problema, clique como botão direito sobre o executável do app e selecione a opção “Executar como Administrador”. Mas é bom lembrar que o bloqueio também pode ter sido feito pelo filtro SmartScreen (clique aqui para mais informações).

Se nada disso resolver, faça uma inicialização limpa do sistema — que serve para determinar se um programa em segundo plano está interferindo no sistema ou otimizar o carregamento do sistema, mas também pode ajudá-lo com o problema em pauta — e tente rodar o aplicativo em questão. Se ele funcionar, você terá de identificar o responsável pela incompatibilidade, o que significa habilitar um item por vez e tornar a executar o programa até a mensagem de erro ser exibida. 

Para realizar uma inicialização limpa nas versões 10 e 8.1 do Windows, pressione as teclas Win+R, digite msconfig e clique em OK. Na janela Configuração do Sistema, clique na aba serviços; na parte inferior da tela, marque a caixa Ocultar todos os serviços Microsoft e clique em Desativar tudo. Feito isso, clique na aba Inicialização de programas e em Abrir gerenciador de tarefas. Na janela do Gerenciador, clique na aba inicializar, desabilite todos os programas não-Microsoft (clique com o botão direito sobre o programa e escolha desabilitar), feche a janela, clique em OK e reinicie o computador. 

Boa sorte.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

DE VOLTA ÀS BENDITAS SENHAS

ENQUANTO A VERDADE CALÇA OS SAPATOS, A MENTIRA DÁ A VOLTA AO MUNDO.

Segundo o Gênesis (do grego Γένεσις, que significa "origem", "criação", "início"), “no princípio era o Caos, e do Caos Deus criou o Céu e a Terra (...)

Em apenas 6 dias o Criador transformou o Caos em ordem. Criou a luz e separou-a em duas (uma, grande, para governar o dia, e outra, menor, para governar a noite). Criou as águas e separou-as em duas (e juntou as da porção inferior num só lugar, para que ali emergisse parte seca). Cobriu a terra de plantas, povoou-a com todo tipo de seres vivos e no sexto dia, disse o Senhor das Esferas: “Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco. Eles terão poder sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais domésticos e selvagens e sobre os animais que se arrastam pelo chão”. E após concluir Sua obra e ver que tudo era bom (?!), abençoou e santificou o sétimo dia, quando então descansou.

ObservaçãoA primeira versão escrita do Antigo Testamento remonta ao século 10 a.C. Desde então, seus relatos foram copiados, editados e reescritos um sem-número de vezes, até que alguém teve a ideia de juntar a essa compilação o Novo Testamento. E assim formou-se a síntese da mitologia cristã, composta por 66 livros, sendo 39 do A.T. e 27 do N.T., que ficou conhecida mundialmente como Bíblia(do grego "biblion", que significa "livro", "rolo").

Do Gênesis bíblico à teoria do Big Bang, diversos povos construíram versões próprias da origem do universo. Na maioria delas, o Caos seria uma matéria sem forma definida. Mas nenhuma trouxe a lume o detalhe que ora lhes revelo: Antes do Caos, já havia políticos, pois certamente foram eles que criaram o Caos!

Com os políticos, surgiu a vigarice. Em Juízes 12: 1-15, o Antigo Testamento registra que a palavra “xibolete” (do hebraico שבולת, que significa “espiga”) funcionava como “senha linguística” para identificar um grupo de indivíduos. Séculos depois, durante o massacre das Vésperas Sicilianas (1282 d.C.), os franceses eram reconhecidos pela forma como pronunciavam “cìciri” (grão de bico, no dialeto siciliano). Assim, engana-se quem imagina que as senhas surgiram com a popularização da Internet, embora a popularização da Internet as tenha popularizado e multiplicado.

Em 1961, para evitar que alguns estudantes monopolizassem o computador, o MIT desenvolveu o Compatible Time-Sharing System, mas os nerds logo descobriram como burlar a exigência da senha e se livrar da incomodativa limitação de tempo. No âmbito das transações financeiras, a autenticação por senha foi implementada no Brasil no início dos anos 1980, com o advento dos caixas eletrônicos ― a primeira máquina foi instalada pelo Itaú no município paulista de Campinas, em 1983. O cartão de crédito surgiu muito antes, inicialmente como alternativa para clientes de redes de hotéis e petroleiras comprarem a crédito nos próprios estabelecimentos (a primeira versão para uso no comércio em geral foi o Diners Club Card, que desembarcou no Brasil em meados dos anos 1950).

No início dos anos 1980, os fraudadores recuperavam os dados do papel-carbono dos formulários usados nas maquininhas manuais para lesar as operadoras, que contra-atacaram com mídias providas de tarjas magnéticas. Quando os vigaristas responderam com os “chupa-cabras”, a tarja deu lagar ao microchip e a autenticação por assinatura foi substituída pela senha. E o resto é história recente. 

Quando os PCs se tornaram populares (embora inicialmente não passassem de caríssimos substitutos das máquinas de escreve e de calcular e do console de videogame), era comum a mesma máquina ser compartilhada por todos os membros da família ― uma solução economicamente interessante, mas desastrosa do ponto de vista da privacidade. Sensível ao problema, a Microsoft tornou o Windows “multiusuário” e implementou uma política de contas e senhas de acesso. Com isso, cada membro da família se logava no sistema e meio que “tinha um Windows só para ele”. 

Embora essa solução não pusesse fim à disputa pelo uso da máquina, ao impedia o acesso a pastas e arquivos alheios, o que já não era pouco. Mas os usuários do Windows ME — edição lançada pela Microsoft a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da “virada do milênio” — logo descobriram que bastava pressionar a tecla Esc para "pular" a tela de logon (essa falha foi sanada no XP, que foi desenvolvido a partir do kernel do WinNT).

Reminiscências à parte, interessa dizer (de novo) que segurança absoluta no âmbito digital é conversa para boi dormir. E da feita que comodidade e segurança são como água e azeite, senhas difíceis de quebrar costumam ser virtualmente impossíveis de memorizar. E como usamos dezenas delas no dia a dia, tendemos a padronizar os acessos, ou seja, recorrer à mesma password para desbloquear a tela do smartphone, fazer logon no Windows, acessar redes sociais e contas de email, fazer compras online, transações financeiras via netbanking e por aí vai.

É possível criar senhas complexas e, ao mesmo tempo, fáceis de memorizar, como veremos na próxima postagem.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

NOTEBOOKS E DESKTOPS EM ALTA

MOMENTOS BONS E RUINS FAZEM PARTE DA VIDA. A DIFERENÇA É QUE UNS MARCAM E OS OUTROS ENSINAM.

Bastou dizer que a popularização dos ultraportáteis reduziu significativamente a procura por notebooks — e que estes já haviam derrubado as vendas de desktops — para a Apple e a Samsung anunciarem forte crescimento das vendas em relação ao último ano.

No geral, o mercado total de PCs registrou um aumento de 23% no comparativo anual, sendo a Lenovo a líder, com 23,5 milhões de tablets, notebooks e desktops vendidos. Ao todo, 124,5 milhões de unidades de PCs foram comercializadas, com destaque para os Chromebooks, cuja demanda cresceu 122%. Já os tablets e notes tiveram aumento de 88% nas vendas, sendo a segunda categoria com maior desempenho (comercialmente falando) em computação pessoal.

Aqui cabe abrir um parêntese para esclarecer que Chromebooks são a reedição revista e atualizada dos netbooks (dos quais falaremos numa próxima postagem). Trata-se, basicamente, de portáteis semelhantes aos notes, só que com configuração espartana (visando a um preço mais acessível), sistema operacional Chrome OS (derivado do projeto Chromium), projetados para funcionar sempre conectados à Internet (embora tenham se tornado capazes de executar diversas funções offline) e voltados, sobretudo, a estudantes e usuários que precisam de um PC básico, suficiente apenas para navegar, editar documentos e acessar redes sociais, mas que acham o tablet muito limitado.

Via de regra, os Chromebooks não suportam aplicativos tradicionais de desktop (exceto os nativos e alguns modelos desenvolvidos para o sistema Android. É possível fazê-los reconhecer programas do Linux — sistema de código aberto a partido do qual o kernel (núcleo) do Chrome OS foi desenvolvido —, mas o processo não é lá muito simples. Quanto às dimensões, esses aparelhos tendem a ser menores, mais simples, mais leves e mais  que os notebooks, e no que tange à configuração de hardware, a maioria utiliza CPU Intel Celeron, tem unidades de armazenamento em memórias Flash e memória RAM não expansíveis e em pouca quantidade.

A tela pode ou não ser touchscreen, e o dispositivo pode ou não ser um 2 em 1 — que permite o uso como laptoptablet, ou nos modos tenda e apresentação. A exemplo dos notes, eles podem utilizar periféricos como drives externos, mouses e teclados USB, bem como ser conectados a um aparelho de TV ou monitor HDMI. Todavia, a exemplo dos notebooks modernos, eles não dispõem de drive de mídia óptica (para CD, DVD, Blu-ray).

Existem modelos de configurações bem simples, como o Samsung XE501C13-AD3BR, com processador Intel Celeron, 4 GB de RAM e 32 GB de espaço interno, que custa por volta de R$ 3 mil (na Americanas.com), e outros menos potentes (o propósito original da linha é fornecer laptops baratos), entre os quais vale mencionar o Chromebook Plus V2 da Samsung, que custa cerca de R$ 2,5 mil no Extra.com, e o Chromebook C202SA, da Asus. Fecho o parêntese.

O crescimento nas vendas de computadores foi influenciado pelo contexto que envolve a pandemia sanitária e as medidas de isolamento social, o que acabou implicando o aumento do consumo de opções mais acessíveis. De acordo com a Canalys, a demanda deve continuar crescente no curto prazo, mas a mesma tendência não se verifica em relação a desktops, apesar do aumento de 7% na venda dos all-in-one. No geral, a procura por modelos "de mesa caiu" 32% contra o último ano.

Observação: A exemplo dos notebooks, os PCs all-in-one são uma alternativa interessante ao desktop convencional, pois trazem a placa-mãe e demais componentes internos embutidos na face posterior do monitor de vídeo, proporcionando um visual clean e uma significativa economia de espaço sobre a mesa de trabalho — onde, além do próprio monitor, só é preciso manter o teclado e o mouse (de preferência wireless). Existem até modelos com telas de 27”, que podem ser pendurados na parede e usados para assistir a filmes em streaming, jogar games e por aí vai.

A Apple tem a segunda maior cota de mercado no terceiro trimestre de 2020 (17,7%), seguindo de perto a Lenovo (18,9%) e registrando crescimento de 40,9%. A Samsung tem o maior crescimento percentual (86,2%), mas ainda está longe em números absolutos, com cota de 8% no mercado de PCs. No entanto, fazendo um recorte para o mercado de tablets, exclusivamente, a fabricante sul-coreana conseguiu um ótimo desempenho, com crescimento de 79,8% e cota de mercado de 20,4%. Nesse segmento, a Samsung fica atrás apenas da Apple, que conquistou uma fatia de 34,4% com a venda de 15,2 milhões de iPads no terceiro trimestre. No geral, a categoria registrou aumento de 44% e as fabricantes HuaweiAmazon e Lenovo ajudam a compor o Top 5.

Para a Canalys, os tablets são mais amigáveis aos iniciantes e terão papel fundamental na transformação digital daqui para a frente. O estudo revela ainda que a HP lidera o mercado de Chromebooks, com a maioria das remessas nos Estados Unidos, mas a Lenovo surpreendeu no crescimento de 300% para este segmento, vendendo 1,8 milhão de unidades. A conferir.

Com TecnoblogCanalys

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

SOLUÇÃO DE PROBLEMAS... — PARTE III

A CIÊNCIA TRAZ AO HOMEM A INCERTEZA DE UMA CERTEZA.

A evolução do Windows ao longo do tempo vinha sendo tratada numa sequência cuja publicação eu interrompi dias atrás para focar outros assuntos (e que pretendo retomar em breve). Diante disso, podemos deixar de lado os entretantos e partir para os finalmentes, começando por lembrar que a encarnação atual do festejado sistema da Microsoft é o Win 10 20H2, que está para as jurássicas versões 3x como um Ford Bigode de 1920 para um Mustang Shelby GT500 de última geração. Todavia, por mais que tenha sido aprimorado nas últimas 3 décadas, o Windows ainda é um programa de computador e como tal está sujeito a bugs e que tais.

Mensagens de erro, telas azuis, travamentos e outras falhas exasperantes faziam parte do dia a dia dos usuários do Win 9x/ME. Com o lançamento do Win XP, baseado no kernel (núcleo) do Win NT, as aporrinhações se tornaram menos recorrentes, mas isso não significa que não ocorram também no Win 10. Vale lembrar que todos os upgrades semestrais (de conteúdo) que a Microsoft implementou no Ten desde 2016, quando o novo “sistema como serviço” soprou sua primeira velinha, atazanaram, em maior ou menor grau, a vida de um sem-número de usuários (detalhes nesta sequência).   

Observação: Se a Microsoft fabricasse carros, disse Bill Gates em algum momento dos anos 1990, eles custariam 25 dólares e rodariam 1.000 milhas com um galão de gasolina. A General Motors saiu em defesa das montadoras e, numa resposta bem humorada — e verdadeira —, afirmou que o motor dos "MS-Car" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, numa evidente analogia com os constantes travamentos do Windows (vale a pena clicar aqui e ler a íntegra da resposta).

Voltando ao cerne desta abordagem, que é a solução de problemas no ambiente Windows, relembro que tudo é reversível no âmbito do software, e que não há nada como uma reinstalação do zero para o Windows voltar à velha forma. Por outro lado, essa solução “in extremis” é demorada e trabalhosa, não tanto pela reinstalação em si, mas pelas subsequentes atualizações, personalizações e reconfigurações que fazem tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes — noves fora, naturalmente, os problemas que levaram à reinstalação do sistema.

Por essas e outras, recomenda-se chutar o pau da barraca somente após de tentar (e não conseguir) resolver o imbróglio com medidas menos invasivas. Mas isso já é assunto para o próximo capítulo.     

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

BLISS E VAZAMENTO DO CÓDIGO DO XP

 

NUNCA ENCONTREI UMA PESSOA TÃO IGNORANTE QUE NÃO PUDESSE TER APRENDIDO ALGO COM A PRÓPRIA IGNORÂNCIA.

Desenvolvido a partir do kernel do WinNT 5.1, o Windows EXPerience foi lançado em 25 de outubro de 2001 com pompa e circunstância dignas do nascimento de um príncipe. 

Livre das amarras impostas pelas encarnações 9X/ME, a nova versão implementou uma política de contas e senhas de acesso mais aprimorada — na tela de logon do WinME, por exemplo, bastava pressionar Esc para burlar a exigência de nome de usuário e senha. 

Ainda assim o XP foi alvo de críticas, devido a problemas de segurança que só foram corrigidos após a liberação de dois Service Packs (“pacotes” que englobavam todas as atualizações/correções disponibilizadas desde o lançamento de uma determinada edição do Windows ou do Service Pack anterior, conforme o ponto do ciclo de vida em que o software se encontrava naquela ocasião) dos três que a Microsoft lançou ao longo dos quase 13 anos de vida útil do programa, mais exatamente em 2002, 2004 e 2008.   

O XP conseguiu “aposentar” o festejado Win98 SE — missão que o WinME, lançado no final de 2000 a toque de caixa, para aproveitar o apelo mercadológico do novo milênio que se iniciava, não conseguiu cumprir. E se tornou a versão mais longeva da história do Windows, sendo até hoje utilizada em 0,82% dos PC em todo o mundo — contra 0,41% do Vista, que chegou ao mercado bem depois, em janeiro de 2007. Quanto às demais versões, a atual (Win10) abocanha 73,76% das máquinas, e o Win7 ainda opera 19.44% delas (bem mais que os 4,47% do Win8.1 e do 1,07% do Win8, que continuam sendo suportados pela Microsoft).

Seu inesquecível papel de parede (vide figura que ilustra esta postagem) sempre me pareceu ter sido inspirado no cenário do programa infantil Teletubbies, que foi produzido pela BBC e apresentado entre 1997 e 2002. Mas na verdade ela se chama Bliss (felicidade), e foi baseada numa foto tirada por Charles O’Rear em janeiro de 1996, na região de Napa Valley (ao norte de San Francisco, no estado americano da Califórnia).

O’Rear passava por aquele local todas as sextas-feiras, a caminho da casa da namorada, mas naquele dia em particular o contraste do verde do gramado com o azul do céu claro e quase sem nuvens lhe chamou a atenção. Ele conta que a Microsoft viu em sua foto a imagem de paz e tranquilidade que buscava para o plano de fundo padrão da nova versão do Windows, e que, depois de acertarem o preço, ele foi pessoalmente até Redmond, a expensas da empresa, levar a foto e formalizar a cessão dos direitos autorais.

O valor envolvido na transação jamais veio a público, mas estima-se que só perdeu para o da foto de Bill Clinton com Monica Lewinsky — a estagiária dos lábios de veludo que não soube manter a boca fechada e contou sobre o boquete, com riqueza de detalhes sórdidos, a uma amiga... e a amiga gravou a conversa...  e... bem, digamos que a história correu o mundo e quase custou a Bill Clinton o cargo e o casamento.

De acordo com o Olhar Digital, o vazamento do código-fonte do XP, no último dia 25, revelou um tema secreto que parece “pegar emprestada” parte da identidade visual dos Macintosh da época. Segundo o site The Verge, o tema, chamado de Candy (doce), teria sido utilizado somente nas etapas iniciais do desenvolvimento do XP, e está incompleto. No entanto,  tudo indica que alguns elementos foram, sim, inspirados no Mac OS — com destaque para os botões do sistema, que adotam o formato de pílula translúcida tridimensional da interface "Aqua", revelada pela Apple em 2000.

O fato de o código vazado dizer que o tema “era apenas para uso interno” sugere que a Microsoft utilizou os elementos inspirados no Mac OS apenas temporariamente, enquanto desenvolvia seu tema próprio para o XP, que mais adiante se tornou icônico, com uso acentuado de tons verdes e azuis, e ficou conhecido como "Luna".

O caso chama a atenção devido à rivalidade entre a Apple e a Microsoft na virada do século, que levou à campanha publicitária "Mac vs PC", na qual a marca da maçã buscava passar a imagem de alternativa jovem, moderna e segura, enquanto a do produto da rival encarnava o "atraso" (notadamente do Windows Vista, então a bola da vez, que foi um estrondoso fiasco de crítica e de público).

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A MICROSOFT E O WINDOWS DEFENDER COMPULSÓRIO

A VERDADE NÃO RESULTA DO NÚMERO DOS QUE NELA CREEM.

Muita gente confunde a trajetória da Microsoft com a do Windows, talvez pelo fato de a empresa ter criado o programa que se tornou o sistema operacional mais bem sucedido da história da informática e se transformado na “Gigante do Software”, guindando seus fundadores a posições de destaque na lista dos bilionários da Forbes

Por outro lado:

1) Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC para o Altair 8800;

2) O MS-DOS foi o primeiro sistema operacional da Microsoft, mas não foi escrito por ela. 

Observação: No início dos anos 1980, motivada pelo sucesso da Apple, a IBM decidiu disputar um lugar ao sol no mercado de computadores pessoais, e encomendou à Bill Gates o desenvolvimento de um sistema compatível com seu IBM-PC. Como até então a Microsoft jamais havia desenvolvido um programa de tal envergadura, Mr. Gates comprou de Tim Peterson os direitos do QDOS, adaptou o software ao hardware da IBM, rebatizou-o de MS-DOS e o licenciou para a Gigante dos Computadores (detalhes nesta sequência).

3) o Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica baseada no MS-DOS, e só ganhou popularidade a partir da versão 3.0, de 1990. A versão 3.1 (1992) trouxe diversos aprimoramentos, e uma atualização levou ao Win 3.11 for Workgroups (1993), que já oferecia suporte nativo a redes ponto a ponto (sem um servidor central). Mas foi somente com a chegada do Windows 95 — já então um sistema operacional autônomo — que a Microsoft consolidou sua liderança no mercado.

Observação: Vale lembrar que o DOS continuou atuando nos bastidores até o cordão umbilical ser cortado, em 2001, com a chegada do Windows XP, que foi desenvolvido a partir do kernel do Win NT. 

4) Não é verdade que Mr. Gates “aliciou” Tim Paterson; foi o programador que procurou Paul Allen em busca de um emprego. Após trabalhar na Microsoft por quase 30 anos, Paterson fundou sua própria companhia — a Paterson Technology — e se tornou piloto de competição e protagonista de um seriado de TV.

5) Foi a Xerox, e não foi a Microsoft, que criou a primeira interface gráfica — baseada em janelas, caixas de seleção, ícones clicáveis, fontes e suporte ao uso do mouse. 

6) Foi a Apple — startup fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak em 1976 — a pioneira no uso comercial da "nova tecnologia". Ao desenvolver o Lisa, em 1978, a empresa da Maçã utilizou uma interface baseada em ícones, na qual cada um deles indicava um documento ou uma aplicação, além de um menu “desdobrável” (pull-down), que reunia todos os demais menus nas primeiras linhas da tela.

7) Embora continue sendo o sistema operacional mais popular do planeta, o Windows deixou de ser a principal fonte de renda da empresa de Redmond. De acordo com o balanço referente ao segundo trimestre do ano fiscal de 2020, a receita de US$ 36,9 bilhões e o lucro de US$ 11,6 bilhões obtidos pela Microsoft deveram-se principalmente ao Microsoft Azure e ao Office 365 (ou Microsoft 365, como a suíte de escritório foi rebatizada há alguns anos).

Continua...

terça-feira, 8 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8

SE ELES ARTICULARAM, FOI GOLPE, SE NÓS, FOI MEDIDA SANEADORA.

O Win 98 foi considerado o “melhor Windows de todos os tempos” (no seu tempo, naturalmente). O XP foi o mais longevo, e o Seven, o que mais deixou saudades. As edições ME, Vista e 8/8.1, retumbantes fiascos de crítica e de público, dispensam comentários.

O Win10 — a primeira encarnação do sistema a ser comercializada como serviço — é “o que temos para hoje”, como se costuma dizer. E “hoje” é que é o dia do presente, a ser vivido plenamente e vivenciado intensamente. O ontem não volta mais, e o amanhã, quando e se chegar, já será “hoje”.

A versão lançada 1995, considerada o “pulo do gato” da Microsoft, foi um divisor de águas na história do Windows, que a partir de então deixou de ser uma simples interface gráfica que rodava no MS-DOS e passou à condição de sistema operacional autônomo. Ou quase, porque o DOS continuou atuando nos bastidores nas versões seguintes, até que o XP — desenvolvido a partir do kernel (núcleo) do WinNT e lançado em outubro de 2001 — cortou o cordão umbilical, embora a Microsoft continue incluindo um interpretador de linha de comando no leque de componentes nativos do sistema (dois, melhor dizendo, porque o PowerShell foi introduzido no Win8 e mantido no Win10, a despeito de o Prompt de comando continuar presente).

Observação: A exemplo da Eva, que nasceu de uma costela do Adão (Gênesis 2:21,22 ), o MS-DOS nasceu o QDOS, que a Microsoft comprou de Tim Paterson, da Seattle Computer Products, adaptou ao hardware do IBM-PC e licenciou para a Gigante do Computadores. O termo DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o nome de diversos sistemas (Free DOSPTS-DOSDR-DOS etc.), dos quais o mais emblemático é o MS-DOS (o “MS” vem de Microsoft). O principal problema do DOS — para além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos — era o limitado sistema de arquivos de 16-bit e o fato de ser monotarefa; ainda que o Windows de valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Mesmo assim, ele teve seis versões e outras tantas atualizações até deixar de ser oferecido na modalidade stand-alone.

O Win95 veio recheado de inovações, como o Menu Iniciar, a Barra de Tarefas e o suporte a tecnologias como UDMA, Plug'n'Play, USB, ao sistema de arquivos FAT-32 e ao multitarefa, além do navegador Internet Explorer e do Modo de Segurança (alguns aprimoramentos foram introduzidos na versão OSR 2 e mediante o pacote de complementos Windows 95 Plus!).

Feita essa breve contextualização, passo a tratar do Modo de Segurança no ambiente Windows, que é o mote desta postagem — faço a ressalva porque esse recurso está presente na maioria dos sistemas operacionais (caso do Android e do iOS, por exemplo) e até em alguns aplicativos (como o navegador de Internet Firefox, também por exemplo).

No Modo de Segurança, somente arquivos, drivers e serviços essenciais ao funcionamento do computador são carregados, e a resolução gráfica em VGA possibilita a exibição das imagens em qualquer monitor (portanto, não estranhe a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Isso é particularmente útil quando precisamos pesquisar a origem de um problema de software (como um aplicativo ou driver mal comportado) ou desfazer uma atualização/atualização que esteja impedindo o computador de reiniciar, embora sirva também para realizar configurações avançadas e outras tarefas que precisam ter acesso a arquivos que o sistema bloqueia quando é carregado normalmente.

Se o dispositivo funcionar no modo seguro, o problema não está nas configurações-padrão do sistema. Todavia, identificar o culpado pelo método da tentativa e erro pode ser demorado e trabalhoso, além de exigir alguma expertise. Para encontrar o vilão da história, será necessário desinstalar um aplicativo — ou reverter uma atualização —, reiniciar o computador normalmente e observar como ele se comporta. Caso o problema se repita, será preciso repetir o procedimento com o próximo suspeito, e assim por diante.

É bem mais fácil e rápido executar a restauração do sistema, que pode ser acessada no modo seguro. Com alguma sorte, o Windows “voltará no tempo” até um ponto criado quando tudo funcionava direitinho, e o problema estará resolvido.

Continua...