Por motivos que agora não vêm ao caso, eu deixei de atualizar o Blog nos finais de semana logo no seu primeiro ano de existência. De uns tempos a esta parte, todavia, diante do conturbado e confuso cenário nacional, resolvi preencher essa lacuna com algumas das postagens que publico (diariamente) na minha comunidade Cenário Político Tupiniquim. E ainda que elas não tenham suscitado comentários ― aliás, há tempos que os leitores andam arredios nesse sentido ―, as estatísticas de visualização de página dão conta de que são tão acessadas (ou até mais, em alguns casos) do que meus textos sobre informática, que, em última análise, são o mote deste site. Dito isso, passemos à bola da vez:  

Pela letra fria da Lei do Impeachment, a partir do momento em que foi afastada da presidência e até o julgamento final do impeachment, Dilma teria direito a receber somente metade do salário de presidente da República (R$15,4 mil mensais). No entanto, conforme já discutimos em outra postagem, a lei em questão é de abril de 1950, e a atual Constituição, que instituiu a “irredutibilidade do salário dos servidores”, foi promulgada em outubro de1988. Por essas e outras, o presidente do Senado e esbirro dilmista Renan Calheiros garantiu à afastada o recebimento de salário integral e mais um verdadeiro festival de mordomias bancadas pelo Erário, tais como moradia, transporte aéreo e terrestre, plano de saúde ilimitado, cartão de crédito corporativo, um batalhão de assessores e 120 serviçais ― entre cozinheiros, garçons, equipe médica, seguranças, piscineiros, arrumadeiras e correlatos. Um descalabro.

Como não poderia deixar de ser, essa farra foi objeto de questionamentos, e tão logo governo interino tomou medidas para reduzir esse absurdo desperdício de dinheiro público, choveram protestos de militantes e simpatizantes da imprestável, sem mencionar a chiadeira protagonizada pela própria, com requintes de chantagem emocional que levaram ― pasmem! ― um menino de 9 anos a lhe enviar bombons, acreditando mesmo que “os golpistas” pretendiam matá-la de fome. Como se vê, depois de anos ludibriando adultos, a mulher sapiens passou também a enganar crianças. Um descalabro!

Essa chiadeira não chegou a surpreender, mormente se considerarmos que, do início do ano até a dia em que foi afastada do cargo, Dilma torrou nada menos que R$ 4 milhões em despesas com cartões corporativos ― pagos com dinheiro dos contribuintes. E isso quando o país está quebrado, com um rombo de R$ 170 bilhões a cobrir, gerado e parido pela gerentona incompetente e seus correligionários espúrios. Isso sem falar nos prejuízos astronômicos decorrentes da corrupção endêmica institucionalizada pelo lulopetismo. Um descalabro!

Informações publicadas no blog Manchette dão conta de que valor médio das despesas diárias pagas com cartões corporativos da presidência chegava a R$ 32,5 mil (incluindo os feriados e finais de semana), aí incluídos gastos com cabeleireiro, hotéis de luxo, restaurantes, aluguel de limusines, passagens etc.

Observação: Dilma gosta de ostentar. Ela desfila com bolsas caras, como as da marca Hermès, que custam nada menos que € 4,7 mil (aproximadamente R$ 20 mil e sapatos idem, como os da grife Vuitton, na mesma faixa de preço. Comidas sofisticadas e vinhos caros nunca faltaram no Alvorada. Mesmo de dieta, ela costumava degustar bombons Chocopologie ― os mais caros do mundo segundo a Forbes; cada unidade de 42 gramas custa US$ 250 dólares ― e chocolates suíços Delafee, recobertos de fios de ouro comestíveis de 24 quilates. De acordo com auxiliares, depois de morder um pedacinho, a presidanta descartava o resto na lixeira. Em viagens ao exterior, ela costumava se hospedar nas suítes presidenciais dos melhores hotéis e comer nos mais finos restaurantes. Durante uma visita à Califórnia, no final do ano passado, chegou a torrar US$ 100 mil só com aluguel de carros! Foram contratados 25 motoristas para levar a comitiva brasileira de lá para cá a bordo de limusines, vans, ônibus e até um caminhão, e a despeito de a visita ter durado um único dia, o contribuinte arcou com o custo da circulação da frota inteira durante os quinze dias anteriores. Para completar a comédia, o governo só pagou à locadora dos veículos mediante ameaça de processo de cobrança judicial nos EUA! Um descalabro!

Ainda não acabou, mas quatro descalabros são mais do que suficientes para uma única postagem. O resto fica para a próxima. Até lá.