UM BATE-PAPO INFORMAL SOBRE INFORMÁTICA, POLÍTICA E OUTROS ASSUNTOS.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
MAIS SOBRE NAVEGADORES — PARTE XII
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
BUGS, SOFTWARE COMO SERVIÇO E OUTROS BICHOS
O SUCESSO NORMALMENTE VEM PARA QUEM ESTÁ OCUPADO DEMAIS PARA PROCURAR POR ELE.
Softwares são escritos por pessoas, e pessoas são seres
falíveis. Daí não existirem programas de computador totalmente livres de bugs (erros de programação) e,
consequentemente, a indústria do software considerar “aceitável” a ocorrência “x”
falhas a cada “y” linhas de código.
Quanto mais complexo for o programa, mais linhas de
código ele terá e maior será a incidência de erros de programação. A título de
ilustração, o Office 2013 é
formado por 50 milhões de linhas e o Mac OS X Tiger, por quase 90 milhões. Não é difícil imaginar o tamanho da encrenca.
Ainda que partam do projeto (fase alfa) e burilem o software etapa por etapa (beta, closed beta, open beta, e release candidate) até a versão gold (comercial), os desenvolvedores não estão livres de cometer erros pontuais.
A maioria desses
erros é identificada pelo controle de qualidade, mas pode acontecer
de um bug passar batido e vir a ser descoberto depois do lançamento comercial do software. Nesse caso, desenvolvedores responsáveis se apressam a
criar as devidas correções e disponibilizá-las através de patches (remendos) ou de atualizações de versão, conforme o ponto do ciclo de vida em que o programa
se encontra.
Correções “a posteriori” geram custos e
tendem a comprometer a imagem dos fabricantes. Sem falar no risco de a emenda sair
pior que o soneto — como já aconteceu com alguns “pacotes cumulativos mensais” da Microsoft, que tiveram “efeitos colaterais” imprevistos e indesejados.
Para além disso, todos os updates semestrais que a empresa lançou
desde 2015, quando passou a comercializar o Windows como
serviço, continham bugs e aporrinharam, em maior ou menor grau, um
número significativo de usuários.
Antigamente, isso não acontecia com tanta frequência. Nem poderia. Até 2015, a Microsoft lançava novas versões do Windows em intervalos de 2 a cinco anos e, além do Patch Tuesday (pacote de correções liberado mensalmente, sempre na segunda terça-feira, como o próprio nome sugere), havia somente os service packs, que funcionavam como mini atualizações de versão.
Os SPs incluíam todas as atualizações/correções lançadas para determinada versão do Windows desde seu lançamento (ou do lançamento do service pack anterior), e não raro acrescentavam novos recursos e funções ao sistema. Mas é preciso ter em mente que mesmo XP, a despeito se ser a versão mais longeva do Windows, tendo sido suportado pela Microsoft durante 13 anos, foi alvo de apenas 3 service packs (média de um para cada 3 anos e 3 meses de seu ciclo de vida).
Basta comparar essa periodicidade com a semestralidade das atualizações de qualidade que a Microsoft disponibiliza para o Win 10 desde o primeiro aniversário do lançamento do sistema como serviço para entender o que eu quero dizer.
Continua...
terça-feira, 17 de novembro de 2020
BUGS, SOFTWARE COMO SERVIÇO ETC. (CONTINUAÇÃO)
TRUMP ESTÁ MAIS AGARRADO À PRESIDÊNCIA QUE VELHA EM MOTOCICLETA.
Aproveitando o gancho da postagem anterior, penduro
aqui mais algumas considerações sobre a modalidade de comercialização de
software SaaS, que a Microsoft adotou ao lançar o Windows 10.
Começo por dizer que a sigla em questão vem de Software as a Service (programa como um
serviço, numa tradução livre), e que nesse modelo — que se popularizou a
reboque de serviços de streaming de vídeo e de música (como Netflix e Spotify) e de armazenamento remoto de dados (como OneDrive, Dropbox, Google Drive e
outros) — o software fica “na nuvem” e os usuários o acessam através da
Internet.
Tecnicamente, o SaaS
não é um modelo por assinatura,
embora possa fazer uso desse sistema para obter receita recorrente. Na verdade, os dois conceitos se confundem, já que no
software como serviço o cliente contrata e paga como um pacote ou seleciona
individualmente os recursos aos quais deseja ter acesso e paga somente pelo que
usar. A adesão pode ser feita online ou através de outro canal de contato do
fornecedor (telefone, presencial etc.).
Uma das
grandes vantagens do Windows como
serviço é a política de atualizações que a Microsoft definiu quando lançou o Win 10, e meados de 2015 — com updates semestrais de conteúdo (para
implementar inovações tecnológicas e ampliar a gama de recursos e funções do
sistema) e atualizações mensais de qualidade (para corrigir falhas e
vulnerabilidades) — visando tornar o programa mais seguro, funcional e
atraente para os usuários.
Por outro lado, a regularidade com que as atualizações
são lançadas aumenta as chances de ocorrer efeitos colaterais indesejáveis (na
comparação com o modelo anterior, que consistia no lançamento de novas versões
do Windows de tempos em tempos). O
que nos leva aos bugs — termo que significa
“inseto”, mas entrou para o léxico da informática com o sentido de “defeito” — tanto
de hardware quanto de software, embora seja usado mais comumente com sinônimo
de “erro de programação” — depois
que Willian Burke, operador de um
computador Mark II da marinha
americana, descobriu que uma mariposa presa entre os fios da máquina era a
causa de uma falha, e anotou a ocorrência em seu diário de bordo.
Ainda que desenvolvedores responsáveis testem
exaustivamente seus produtos antes de lança-los no mercado, de lançar novos
produtos no mercado, o agigantamento dos sistemas operacionais e aplicativos
mais complexos (que não raro são formados por milhões de linhas de código)
tornou virtualmente impossível evitar os famigerados bugs. A boa notícia é que a maioria dessas falhas é corrigida antes
que cause dissabores aos usuários, e a má notícia é que muitas conseguem burlar
o controle de qualidade, e aí a porca torce o rabo.
Observação: Microsoft, Google, PayPal, Facebook, Instagram, entre outros, oferecem recompensas
em dinheiro a pesquisadores, usuários e até hackers que encontram bugs ou brechas
de segurança em seus programas, sistemas ou sites.
Por razões cujo detalhamento não vem ao caso, alguns bugs são inócuos ou se manifestam somente em situações específicas (quando e se o usuário instala um determinado aplicativo, por exemplo), ao passo que outros provocam instabilidades, intermitências, travamentos, enfim, infernizam, em maior ou menor grau, a vida dos usuários.
O que nos leva de volta à Microsoft e ao Windows 10 (e à próxima postagem, para não encompridar demais este texto).
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
WINDOWS SANDBOX
ALGUMAS PESSOAS ESTÃO ERRADAS MESMO QUANDO FICAM CALADAS.
Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft em 1975 para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC para o recém-lançado Altair 8800. Poucos anos depois, uma conjunção de fatores levou a empresa a adquirir os direitos do CP/M, adaptar o código ao hardware da IBM e licenciá-lo com o nome de MS-DOS.
O Windows “nasceu” em 1985, inicialmente como uma interface gráfica que rodava sobre o DOS. A versão 3.0 foi a primeira a conquistar sucesso comercial, e a 95, a primeira a se apresentar como sistema operacional autônomo — ou quase, já que o DOS continuaria atuando nos bastidores até 2001, quando o XP finalmente cortou o cordão umbilical. O Win 98/SE, considerado a melhor das versões 9.x, foi sucedido pelo aziago ME — que tentou ser uma ponte entre as linhas domésticas e corporativas, mas acabou herdando problemas de ambas. As versões XP e 7 foram sucessos de público e de crítica, ao passo que Vista e 8/8.1 amargaram fiascos retumbantes.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Um aspecto da junção do PP com o União Brasil, que resultou na federação denominada União Progressista, é o cinismo oposicionista. Serão 109 deputados e 14 senadores em via de serem 15, tornando-se a maior bancada do Congresso. Parlamentares em amplíssima maioria identificados com o Centrão. Na Câmara, ultrapassam o PL que, assim, perde o privilégio daquela condição. Além disso, juntos, PP e União terão em caixa R$ 1,151 bilhão dos fundos eleitoral e partidário, considerados os últimos repasses de dinheiro público.
Perde muito mais o bolsonarismo que o petismo — este já tem como dada sua função meramente utilitária de meio de acesso ao aparelho estatal, mas aquele ainda guarda alguma cerimônia no trato do ex-presidente como guia genial da direita.
Ainda é cedo para afirmar com certeza, mas já é possível aventar a hipótese de que se fortaleça nesse campo o descolamento da liderança e orientação de Bolsonaro nas articulações para a disputa presidencial de 2026. A manutenção da palavra do ex-presidente como determinante para decisões da direita já é considerada um estorvo em voz baixa. Reclamos que tendem a ganhar decibéis com a provável condenação e os atritos promovidos pela prole do capetão.
O oposicionismo de resultados, expresso na presença de indicados dos novos federados na máquina pública, não deixa de ser um reforço à União Progressista. O comando de quatro ministérios, controle de diretorias da Caixa Econômica Federal e de boas cadeiras na Codevasf são ativos assaz interessantes para a formação de robustas bancadas na eleição parlamentar. Para isso, suas excelências precisam mais da condescendência pragmática do governante que de obediência às ordens do oponente.
A Microsoft projetou seu sistema para operar computadores domésticos isolados ou em pequenas redes corporativas. Quando a popularização da internet expôs milhões de máquinas a ameaças online, ela implantou diversos recursos de segurança no XP, mas manteve serviços desnecessários rodando por padrão — até mesmo com privilégios administrativos. Além disso, o controle de contas e senhas era precário e nove em cada dez usuários ignoravam as atualizações de segurança.
Ciente de que os downloads demoravam horas nas jurássicas conexões discadas da época, a empresa criou o Patch Tuesday — pacote de correções de segurança liberado via Windows Update na segunda terça-feira de cada mês. A estratégia funcionou, mas rendeu apelidos jocosos: a versão NT (New Technology) era chamada de “nice try” (boa tentativa), e as demais ficaram conhecidas como “peneira” (pela permeabilidade a invasões) e “colcha de retalhos” (uma alusão aos remendos constantes que mantinham o sistema funcionando). De todo modo, cada patch representava não apenas o reconhecimento de uma falha, mas também o compromisso crescente da Microsoft com a segurança dos usuários.
Observação: Todo software está sujeito a bugs. Até a década passada, considerava-se “normal” a ocorrência de um erro a cada 10 mil linhas de código. O Windows 7 tinha cerca de 40 milhões de linhas, o Office 2013, 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 90 milhões. Basta fazer as contas para ter uma ideia do tamanho da encrenca.
Assim como a indústria automotiva aprimora seus protótipos até que fiquem bons o bastante para chegar ao consumidor, os desenvolvedores de software criam versões Alfa, Beta (fechada e aberta), Release Candidate e Gold. Na fase inicial (Alfa) são delineados objetivos, recursos e funções do programa — muitos dos quais não chegam sequer aos inscritos no programa Windows Insider, mas podem ser compartilhados com parceiros para testes de compatibilidade.
O ideal seria eliminar todos os problemas ainda no desenvolvimento, já que corrigi-los depois gera custos adicionais e compromete a imagem do fabricante. Mas, diferentemente das montadoras, que precisam convocar recalls, aos criadores de software basta lançar patches em seus sites — seja na forma de update (atualização), seja como upgrade (nova versão do produto).
Na fase Closed Beta, um grupo restrito de usuários testa o código e fornece feedback para eliminar boa parte dos bugs. Já a Open Beta amplia o público envolvido. A Release Candidate ainda não espelha o produto final, mas já apresenta a maioria dos recursos e da interface da versão Gold (ou comercial). Após o lançamento, cabe ao desenvolvedor fornecer patches e updates para corrigir falhas, mas a responsabilidade pela instalação é dos usuários.
Com a popularização da banda larga e das redes Wi-Fi, o processo de atualização ficou mais ágil. A partir do XP, um recurso batizado de Atualizações Automáticas passou a buscar, baixar e instalar correções críticas automaticamente. Ainda assim, a quantidade de computadores rodando versões vulneráveis levou a Microsoft a rever sua política com o lançamento do Windows 10 como serviço (em julho de 2015).
A trajetória do Windows foi marcada por progressos notáveis: o Vista introduziu o Controle de Conta de Usuário (UAC), o Seven aprimorou a segurança geral, e versões posteriores integraram o Windows Defender e, mais recentemente, o sandboxing de aplicações (tema que será abordado na sequência). Mas a popularidade e a necessidade de manter compatibilidade com décadas de softwares tornam o sistema da empresa de Redmond menos seguro que o da Apple e as distribuições Linux.
Para piorar, problemas em upgrades (e até em atualizações menores) continuam levando usuários ao desespero. A atualização do segundo semestre de 2018 para o Windows 10, por exemplo, foi tão desastrosa que a Microsoft precisou suspendê-la por quase dois meses, tanto na página oficial quanto no próprio Windows Update.
Continua na próxima postagem.
quinta-feira, 17 de junho de 2021
SOBRE CIBERSEGURANÇA
UM HOMEM PREVENIDO VALE POR DOIS (E ASSIM JOÃO CAIU DA PONTE)
Sistemas e programas atuais são monstruosas obras de
engenharia computacional, compostos, não raro, por milhões de linhas de código.
Considerando que os desenvolvedores acham “normal” a ocorrência de 1 bug a cada 10.000 linhas, basta fazer as contas para ter uma ideia do tamanho da
encrenca.
Qualquer sistema, aplicativo ou script está sujeito a erros. Ainda que sejam testados exaustivamente antes de ser lançados no mercado, os softwares costumam conter bugs que só são descobertos a posteriori, quando então são corrigidos por patches (remendos) ou novas versões, dependendo do ciclo de vida do programa.
Nem todo bug representa necessariamente uma falha de segurança, mas a maioria das falhas de segurança decorre de bugs no código dos programas. Uma vulnerabilidade dia-zero é aquela que já foi descoberta, mas ainda não foi corrigida pelo desenvolvedor do programa — permanecendo, portando, à disposição de crackers e assemelhados. Não há defesa contra um ataque dia-zero senão mediante sua identificação e pronta mitigação.
A Dark
Web é o parque de diversões do cibercrime. Ela é chamada de dark (escura)
porque não é “enxergada” pelos navegadores comuns (Chrome, Edge,
Firefox, Opera etc.), o que a torna praticamente invisível para a
maioria dos internautas e especialmente atraente para
traficantes de drogas e armas, pedófilos, desenvolvedores de malwares, exploits
e toda sorte de códigos maliciosos usados na invasão de computadores, desfiguração
de sites, ataques DDoS e por aí afora. É através dela que os
cibercriminosos trocam experiências e transacionam conteúdo roubado, como dados confidenciais, credenciais de acesso, etc.
Aqui cabe abrir um parêntese para esclarecer que chamamos Internet ao meio físico da rede mundial de computadores e Web a sua porção multimídia, que se divide em Surface Web, Deep
Web e Dark Web. A primeira, como o nome sugere, é aquela
todos nós conhecemos e pela qual navegamos. As duas outras, que a maioria de
nós desconhece ou não sabe como acessar, é um mundo à parte, onde não raro cibercriminosos burlam a lei, escudados no anonimato. Mas há diferenças entre a Deep Web e a Dark
Web.
A Deep (profunda) Web fica “logo abaixo
da superfície”, mas não pode ser acessada pelos browsers
convencionais. Ela armazena todo tipo de informação cujo acesso requer logins,
senhas, tokens etc. — como dados bancárias dos correntistas, emails
pessoais e corporativos, sistemas de administração
de sites, blogs e redes sociais, entre outros. Embora seja
restrita, ela não é necessariamente secreta, apenas “não indexável” — ou seja,
seu conteúdo não aparece nas pesquisas realizadas pelos mecanismos de busca e
só pode ser acessado com o concurso de ferramentas especiais.
A Dark Web, por sua vez, é tida e havida como um imenso depósito de conteúdo ilegal, o que não deixa de ser verdade, mas apenas uma parte da verdade. Em países onde a liberdade de expressão é limitada e os cidadãos podem ser presos ou executados por externar opiniões contrárias ao governo, a navegação anônima por essas “águas profundas” garante a segurança da comunicação de dissidentes políticos, por exemplo, que visam divulgar suas histórias sem ser localizados.
Segundo dados levantados
pelo Projeto Tor, que
administra o navegador homônimo, países como China, Irã e Síria registram
números crescentes de usuários da Dark Web — entre os quais
pessoas que buscam postagens e reportagens sobre seus países, já que o governo
publica narrativas, digamos, divorciadas da verdade.
Observação: O TOR é um
software livre, de código aberto, baseado no Mozilla Firefox. Ao
contrário do que muitos imaginam, não é ilegal utilizá-lo, desde que o
propósito do usuário seja resguardar sua privacidade. Claro que esse navegador
permite também acessar conteúdos
que não estão na superfície da Web, mas isso é outra conversa.
Continua na próxima postagem.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
PRAGAS DIGITAIS ― COMO SE PROTEGER (Parte 4)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
WINDOWS UPDATE — RESOLVENDO PROBLEMAS
terça-feira, 28 de outubro de 2014
FALHAS ZERO DAY (DIA ZERO) – CONCLUSÃO
Observação: Mais vale acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão. Inúmeros incidentes de segurança decorrem da exploração de falhas pra lá de conhecidas e há muito corrigidas, mas que a maioria de nós simplesmente ignorou.
E como é melhor rir do que chorar, vejam isso:
Um ótimo dia a todos.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO
Anos atrás, quando fiz uma pesquisa para embasar um artigo sobre o assunto, apurei que a indústria do software considerava “normal” a ocorrência de um bug a cada 10 mil linhas de código, e que o Windows 7 tinha 40 milhões de linhas, o Office 2013, cerca de 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 100 milhões. Faça as contas.
Observação: O código-fonte do Windows 10 ocupa meio terabyte e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).
Desenvolvedores responsáveis testam exaustivamente seus produtos antes de lançá-los no mercado. A Microsoft conta ainda com a ajuda dos participantes do programa Windows Insider, mas vire e mexe um ou outro problema é descoberto a posteriori. Quando isso acontece, a correção é feita mediante a instalação de um patch (remendo) — ou de uma atualização de versão, no caso da maioria dos aplicativos. Daí a importância de manter o software do computador up-to-date.
A Microsoft vem batendo nessa tecla desde sempre, até porque os usuários, quando pegos no contrapé, acusam o sistema de ser inseguro. É fato que a enorme popularidade sempre fez do Windows um alvo atraente para os cibercriminosos, mas também é fato que a maior parte dos incidentes de segurança não decorre de vulnerabilidades no sistema, e sim de falhas em aplicativos. Além disso, brechas há muito corrigidas pela empresa de Redmond continuam sendo exploradas com êxito pela bandidagem, de onde se pode inferir que os usuários não atualizam seus computadores.
Continua no próximo capítulo.