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domingo, 29 de setembro de 2024

NHOQUE DA SORTE

SABEMOS QUE VIVEMOS TEMPOS ESTRANHOS QUANDO OS FATOS SE CALAM PARA NÃO OFENDER AS VERSÕES E OS SÁBIOS SILENCIAM PARA NÃO CONSTRANGER A ESTUPIDEZ.

A dica de hoje não é inédita aqui no Blog, mas a audiência é rotativa, hoje é domingo, 29, e domingo é dia de sugestões culinárias e dia 29 é dia de "nhoque da sorte". 
 
Essa simpatia remonta ao século IV. Reza a lenda que um médico cristão conhecido como Pantaleão de Nicomédia (que foi canonizado em 1602 pelo papa Clemente VIII) disfarçou-se de andarilho faminto e bateu à porta de uma família humilde. Mesmo com poucas provisões, a família acolheu o suposto mendigo e dividiu com ele o nhoque que seria seu jantar. A divisão rendeu sete nhoques para cada um. Depois que o visitante partiu, a família encontrou moedas de ouro debaixo dos pratos, daí a tradição de comer nhoque todo dia 29 para ter sorte e prosperidade. 
 
Para seguir o ritual, você deve colocar uma nota de dinheiro sob prato, comer os primeiros sete nhoques em pé, fazendo um pedido para que a sorte e o dinheiro nunca faltem, e depois sentar-se à mesa e degustar o nhoque com o molho de sua preferência. Ao final, guarde o dinheiro na carteira até o dia 29 do mês seguinte e gaste-o na compra dos ingredientes que serão usados para repetir a receita.
 
Você pode comprar os nhoques no supermercado (e economizar tempo e trabalho) ou fazê-los em casa, como nossas avós. Os ingredientes são os seguintes:
 
— 8 batatas Asterix;
— 2 gemas;
— 1 xícara (chá) de farinha de trigo.
— Sal refinado;
— Farinha de trigo para polvilhar a bancada.
 
Descasque e corte as batatas em pedaços, coloque-os numa panela, cubra com água e leve ao fogo alto. Quando a água ferver, adicione ½ colher (sopa) de sal, baixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 20 minutos. Quando 
elas estiveres macias, passe-as pelo espremedor, deixe amornar, adicione 2 colheres (chá) de sal e ¼ de xícara (chá) de farinha de trigo e use as mãos para misturar.
 
Quando a massa estiver homogênea, acrescente as gemas, amasse bem, adicione o restante da farinha (aos poucos) e continue amassando por mais um ou dois minutos. Lave as mãos e modele uma bolinha; se ela não grudar, a massa estará no ponto de enrolar. 
 
Encha três quartos de uma panela com água e leve ao fogo alto. Enquanto espera a água ferver, unte uma assadeira (ou refratário) com óleo ou manteiga, polvilhe a mesa ou o tampo da pia com farinha, faça rolinhos com cerca de 1 cm de diâmetro e corte-os em pedaços de 2 cm cada. 
 
Mergulhe de 15 a 20 nhoques por vez na água fervente; quando eles flutuarem, retire com uma escumadeira, transfira para a assadeira untada, repita o processo com os demais nhoques e reserve. 
 
DicaSe quiser finalizar mais tarde ou no dia seguinte, mergulhe os nhoque cozidos numa tigela com água e gelo antes de transferir para a assadeira untada, cubra com filme plástico e deixe no refrigerador até a hora de usar. Para servir com um molho quente, mergulhe os nhoques rapidamente em água fervente ou doure-os numa frigideira com azeite.
 
Para o molho ao sugo, você vai precisar de:
 
— 2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;
— 3 dentes de alho picados;
— 1/2 kg de tomates Débora maduros, mas firmes;
— 2 cebolas grandes cortadas em cubos;
— 10 folhinhas de manjericão e um raminho de louro fresco;
— Sal e pimenta-do-reino. 
 
Lave os tomates, retire a pele e as sementes e cozinhe em fogo médio (sem óleo e sem temperos) por aproximadamente 15 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar. Ao final, bata no liquidificador e reserve. 
 
Em outra panela, refogue o alho e a cebola no azeite, junte a polpa de tomate, acrescente o louro e metade das folhinhas de manjericão e cozinhe em fogo baixo por cerca 30 minutos (sem tampar a panela). 
 
Quando apurar, retire o louro e o manjericão, acerte o ponto do sal e da pimenta, despeje o molho sobre os nhoques, leve a assadeira ao forno a 150ºC para aquecer, polvilhe com parmesão ralado, decore com as folhas de manjericão que você não usou e sirva em seguida.
 
Bom apetite e buona fortuna.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Simpatias e nhoque da sorte...

A "magia da virada do ano" remete a algumas simpatias que, segundo dizem, trazem energia positiva e ajudam a realizar antigos sonhos. Na ceia do réveillon, por exemplo, a carne de porco deve ser o prato principal (como o porco fuça pra frente, ele garante armários cheios o ano todo).
Nozes, avelãs, castanhas, tâmaras, lentilhas, uvas verdes ou romãs cortadas em sete partes (cujas sementes devem ser guardadas na carteira) asseguram mesa farta durante todo o ano, e vestir cueca (ou calcinha) nova é tiro e queda para ter sorte no amor (especialmente se na cor branca, que representa luz, pureza, bondade).
Colocar dinheiro dentro do sapato, jogar moedas da rua para dentro de casa e/ou vestir uma peça de roupa amarela (lenço, faixa, etc.) são promessas de prosperidade financeira, mas uma das minhas simpatias favoritas é a do “nhoque da sorte” – se ela não ajuda a trazer riqueza, ao menos proporciona uma refeição deliciosa, especialmente quando regada por um bom vinho tinto). Confira:

Ingredientes:
500g de massa fresca de nhoque;
2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;
3 dentes de alho;
1 kg de tomates maduros;
2 cebolas grandes;
10 folhas de manjericão,
2 folhas de louro fresco;
Sal e pimenta a gosto.

Preparo:
Cozinhe a massa em água fervente; quando os nhoques subirem, retire-os com uma escumadeira e reserve.
Bata os tomates no liquidificador, passe-os por uma peneira e refogue a pasta no azeite, com as cebolas raladas e os dentes de alho bem picadinhos (ou esmagadinhos).
Adicione o sal, a pimenta, o louro e parte das folhas de manjericão (bem picadinhas).
Quando o refogado apurar, despeje-o sobre os nhoques cozidos, decore com o resto das folhas de manjericão, acrescente uma pitada de orégano e parmesão ralado a gosto.

Observação:
Sirva essa receita todo dia 29; como os primeiros sete “grãos” de nhoque em pé, com o prato na mão, e o restante, após colocar uma nota de dinheiro debaixo do prato. Ao final, guarde a nota na carteira até o próximo dia 29, quando então ela deverá ser gasta na compra dos ingredientes para repetir a receita.

Boa sorte a todos.

domingo, 29 de dezembro de 2024

NHOQUE SEM GLÚTEN

RICO NÃO É QUEM ACUMULA DINHEIRO, MAS QUEM O TEM E SABE GASTAR.

 

Hoje é dia 29, dia 29 é dia de nhoque da sorte (confira os detalhes nesta postagem), mas nhoque feito com farinha de trigo contém glúten, que garante estrutura e flexibilidade à massa, mas pode causar inflamação no intestino de pessoas que têm intolerância ou doença celíaca.

Por ser feita da semente de uma planta chamada Fagopyrum esculentum, a farinha de trigo sarraceno não contém glúten, sendo uma alternativa interessante à farinha de trigo tradicional — lembrando que farinha de arroz e amido de milho também não contêm glúten.
 
Para servir 4 pessoas, você vai precisar de:
 
— 500g de batatas (Asterix, de preferência);
— 1 xícara (chá) de farinha de arroz;
— ½ xícara (chá) de amido de milho;
— 1 ovo;
— 1 colher (chá) de sal.
 
Lave e cozinhe as batatas (com a casca) em água fervente até ficarem macias. Escorra, espere amornar, descasque e amasse com um garfo ou passe por espremedor, transfira para uma tigela, adicione a farinha de arroz, o amido de milho, o ovo, o sal, e misture bem misturado — primeiro com espátula, depois usando as mãos. 
 
Divida a massa em pequenas porções e, numa superfície enfarinhada, enrole cada uma delas, formando cordões com cerca de 2 cm de diâmetro. Corte os cordões em pedaços de aproximadamente 2cm e pressione levemente o garfo sobre cada um deles para obter o formato clássico do nhoque.  
 
Ferva bastante água numa panela grande, adicione uma colher (sopa) de sal e coloque os nhoques aos poucos. Quando eles subirem para a superfície, transfira-os para um bowl com água e gelo (para interromper o cozimento, evitando que a massa amoleça demais).
 
Escorra os nhoques e coloque-os numa travessa, aqueça o molho de sua preferencia, despeje por cima, misture delicadamente e polvilhe queijo ralado à vontade (parmesão não contém glúten). 

Dicas

1) Amassar e descascar a batata ao mesmo tempo usando uma peneira facilita a remoção da casca e deixa o purê bem fininho; 

2) Deixar a batata esfriar antes de misturar a massa com o ovo evita que este cozinhe no calor daquela. 

3) Use somente a gema para evitar que a clara deixe a massa mole demais.

Bom apetite.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FELIZ ANO NOVO A TODOS!


Oficialmente, 2012 termina à meia-noite da próxima segunda-feira, mas da feita que esta é minha última postagem do ano, colho o ensejo para desejar aos meus leitores um 2013 com muita saúde, alegria e realizações.
Tecnicamente, a transição de 31 de dezembro para 1º de janeiro não passa de mais um virar de página do calendário, mas é festejada desde o tempo dos antigos babilônios (não necessariamente nessa data, embora ela tenha sido instituída pelo Papa Gregório XIII e se consolidado entre a maioria dos povos).
As comemorações (e superstições) variam conforme a cultura, mas em quase todo mundo o novo ano é recebido com fogos de artifício, música, dança e muita comida e bebida. Aqui pelas nossas bandas, diz-se, por exemplo, que carne de porco, frutas secas, uvas verdes e romãs garantem mesa farta nos próximos 12 meses e que roupas brancas e fitas amarelas trazem sorte no amor e sucesso nos negócios. Eu, particularmente, gosto muito do “nhoque da sorte” – que se não ajuda a trazer riqueza, ao menos proporciona uma refeição deliciosa. Anote aí a receita:

Ingredientes:
500 g de massa fresca de nhoque;
2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;
3 dentes de alho;
1 kg de tomates maduros;
2 cebolas grandes;
10 folhas de manjericão,
2 folhas de louro fresco;
Sal e pimenta a gosto.

Preparo:
Cozinhe a massa em água fervente; quando os nhoques subirem, retire-os com uma escumadeira e reserve.
Bata os tomates no liquidificador, passe-os por uma peneira e refogue a pasta no azeite, com as cebolas raladas e os dentes de alho bem picadinhos (ou esmagadinhos).
Adicione o sal, a pimenta, o louro e parte das folhas de manjericão (bem picadinhas).
Quando o refogado apurar, despeje-o sobre os nhoques cozidos, decore com as folhas de manjericão restantes, acrescente uma pitada de orégano e parmesão ralado a gosto e sirva com um bom vinho tinto (reveja minha postagem de véspera de Natal para mais informações sobre vinhos).

Observação: Para trazer dinheiro, você deve degustar essa receita (ou outra variação qualquer, desde que à base de nhoque) todo dia 29. A simpatia determina que os primeiros sete “gomos” sejam degustados em pé, com o prato na mão. Depois, deve-se colocar o prato na mesa sobre uma nota de dinheiro e terminar a refeição normalmente. Ao final, guarda-se a nota na carteira até o dia 29 do mês seguinte, quando então se deve gastá-la preferencialmente na compra dos ingredientes para a preparação da receita.
 
Antes de concluir, considerando que o Réveillon só perde para o Carnaval no abuso de álcool, vale lembrar que, para prevenir ressacas cruéis – daquelas que combinam dor de cabeça com boca seca, fadiga, tremores e outros desconfortos afins –, a solução é não encher a cara.
Na impossibilidade da total abstenção, evite misturar destilados com fermentados e evite beber de barriga vazia (o álcool é absorvido mais lentamente quando existe alimento no estômago, mas tome cuidado para não errar na quantidade e colocar tudo para fora no meio da festa). Comer frutas ou algo gorduroso (como miolo de pão besuntado com manteiga ou embebido em azeite) antes de beber também ajuda, da mesma forma que tomar suco, refrigerante ou água entre as biritas (para manter o organismo hidratado e reduzir a concentração do álcool).
Se as medidas profiláticas não foram suficientes, a ressaca irá castigá-lo no dia seguinte, e para combatê-la não existem fórmulas milagrosas - a menos que você esteja em Las Vegas, onde existe o Hangover Heaven (paraíso da ressaca, numa tradução livre). Criado pelo médico Jason Burke, o serviço promete acabar com a ressaca: basta um telefonema para ser atendido por um ônibus que funciona como clínica itinerante e, a bordo do veículo, receber uma solução intravenosa com soro fisiológico, vitaminas B1 e B12, antiinflamatórios, antináuseas e outras substâncias destinadas a ajudar na desintoxicação do organismo. O tratamento dura 45 minutos e custa de 90 a 150 dólares.
Não sendo o caso, o jeito é deixar o corpo processar naturalmente – ou regurgitar – o excesso de álcool. Nesse entretempo, evite comidas ácidas, gordurosas ou de difícil digestão, e não caia naquela conversa de que ressaca se cura com mais bebida (isso pode até amenizar os sintomas no curto prazo, mas uma hora qualquer o nível de álcool no seu organismo terá de baixar).

Feliz Ano Novo a todos e até quarta, se Deus quiser.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

SUPERSTIÇÕES

YO NO CREO EN BRUJAS, PERO QUE LAS AY, LAS AY.

Passados 7 anos da cassação de Dilma e depois que a Justiça Federal confirmou o arquivamento de uma ação contra ela por improbidade administrativa, a petralhada e o sumo pontífice da seita do inferno voltaram a contestar o impeachment. Em agosto, Lula afirmou que a sua cria foi "absolvida", que o Brasil lhe "deve desculpas" e que é preciso discutir como ela poderá ser reparada por ter sido julgada "por uma coisa que nunca aconteceu"  como se já não bastasse acomodar mulher sapiens na presidência do Brics, com salário de quase R$ 300 mil por mês. Como dizia meu avô, "não se deve mexer em merda seca"  ou seja, revolver problemas resolvidos ou que não têm solução. No último dia 15, Rosa Weber votou contra as ações, argumentando que o impeachment é um processo eminentemente político, que o STF não deve interferir na decisão do Senado e que não há como determinar, sete anos depois, que os parlamentares refaçam a votação sobre a cassação dos direitos políticos da impichada. Os demais ministros seguiram esse entendimento, e o julgamento foi encerrado no último dia 22.

Poucas coisas conseguem unir o ser humano em uma única crença como as superstições. Tem quem acredite que o número 13 é sinônimo de azar, quem use amuletos para se proteger do mau-olhado, quem foge de gatos pretos e evita passar debaixo de escadas, e por aí vai. Por mais que saibam que essas crendices sejam irracionais, as pessoas preferem acreditar nelas a dar chance ao azar. 
 
As superstições advêm de nosso desejo de controlar todos os aspectos da vida — até aqueles que não dependem de nós. Em situações associadas a algo importante (como um casamento ou uma entrevista de emprego, por exemplo), rituais e amuletos criam a falsa sensação de que algo foi feito em prol de um desfecho positivo. É comum relacionarmos acontecimentos aleatórios a alguma causa e criarmos mecanismos que organizem as informações. 

Quando não há uma explicação clara aparente, nosso cérebro faz uma associação que não é 100% racional, dando azo às superstições. Em outras palavras, o medo do desconhecido suscita dúvidas e incertezas — que geram angústia e sofrimento —, e as associações dão às pessoas a falsa sensação de controle. E mesmo sabendo que esse controle é ilusório, elas continuam acreditando, porque é sempre melhor pingar do que secar.
 
Embora não tenham poderes mágicos, as superstições são úteis quando influenciam positivamente a forma como agimos. Seguir um ritual nos leva a acreditar que tudo sairá bem — nada muito diferente do velho efeito placebo
É comum os vemos jogadores realizarem determinados movimentos antes da partida, mas é preciso ter em mente que a superstição traz conforto, mas o TOC não produz alívio.  

Não há nada de mais em usar a "camisa da sorte" durante o jogo do "time do coração" nem em pular sete ondas na passagem de ano, por exemplo. Eu não me considero supersticioso, mas tenho cá minhas crendices (como disse o criador de D. QuixoteYo no creo en brujas, pero que las hay, las hay), e uma simpatia de que gosto muito é o "gnocchi della fortuna ". 

Reza a lenda que, numa noite de 29 de dezembro do século IV d.C., São Pantaleão se vestiu de mendigo e bateu à porta da casa de uma família pobre e numerosa, que fez questão de dividir o jantar com o desconhecido, mesmo tendo de servir penas sete grãos de nhoque para cada pessoa. Depois de agradecer a hospitalidade, o santo se foi. Ao tirar a mesa, a família encontrou moedas de ouro sob os pratos. 

Para fazer essa simpatia se o trabalho de cozinhar as batatas, preparar a massa e cortá-la em gominhos, cozinhe 500 g de massa fresca de nhoque em água fervente. Quando os gominhos subirem, retire-os com uma escumadeira e reserve (n
ão deixe de ler as instruções impressas na embalagem, já que alguns produtos precisam ser cozidos em água fervente e outros podem ser misturados ao molho, levados ao forno e servidos em seguida). 

Você pode degustar seu nhoque à bolonhesa, no alho e óleo ou com molho branco. Eu prefiro o meu ao sugo. Para fazer o molho como nos tempos da vovó, você vai precisar de:
 
— 2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;
— 3 dentes de alho;
— 1/2 kg de tomates maduros;
— 2 cebolas grandes;
— 10 folhinhas de manjericão,
— 2 folhinhas de louro fresco;
— Sal e pimenta a gosto.
 
Bata os tomates no liquidificador, coe, refogue em azeite com as cebolas raladas e os dentes de alho (picados ou esmagados) e acrescente o sal, a pimenta, o louro e parte das folhas de manjericão (devidamente picadas). Quando o molho apurar, despeje-o sobre os nhoques cozidos, decore com as folhinhas de manjericão que sobraram, polvilhe com queijo parmesão ralado, espere gratinar e sirva. 

A simpatia manda comer os primeiros sete grãos em pé, depois colocar o prato sobre uma nota de dinheiro (o valor fica a seu critério), sentar-se à mesa e aproveitar a refeição. Ao final, deve-se guardar a nota na carteira até o dia 29 do mês seguinte, e então gastá-la na compra de algum ingrediente que será usada para repetir a receita.


Bom apetite e buona fortuna.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

VIRADA DO ANO, SUPERTIÇÕES E GNOCCI DELLA FORTUNA

YO NO CREO EN BRUJAS, PERO QUE LAS AY, LAS AY.

Assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam a virada do ano em 23 de setembro.  Para os gregos o novo ano começava entre 21 e 22 de dezembro. Os romanos, que consideravam a passagem de ano como o fim de um ciclo e o início de outro, acomodaram o réveillon no dia 1º de janeiro, e a data foi mantida nos calendários Juliano e Gregoriano.

 

Poucas coisas conseguem unir o ser humano em uma única crença como as superstições. Imagine quantas pessoas acreditam que o número 13 é sinônimo de azar, que usam amuletos para se protegerem do mau-olhado, que fogem de gatos pretos e evitam a todo custo passar debaixo de escadas, por exemplo. Por mais que saibam que essas crendices são irracionais, preferem não dar chance para o azar e continuar acreditando nelas. 

 

De acordo com o psicólogo comportamental Stuart Vyse, especialista em crença e superstições, isso se deve à nossa necessidade de controlar todos os aspectos da vida — até aqueles que não dependem de nós. Ele explica que esse processo acontece em situações associadas a algo importante, como o nascimento dos filhos, um casamento ou uma entrevista de emprego, e os rituais e amuletos criam uma falsa sensação de que algo foi feito para garantir que o desfecho positivo vai acontecer. 

 

As pessoas tendem a enxergar fenômenos relacionados à vida e morte, ao mundo etc. como sendo causados por alguma coisa, e assim criam associações para tentar estabelecer padrões que expliquem e organizem as informações. Quando não há uma explicação clara aparente, o cérebro acaba fazendo uma associação que não é 100% racional, e aí surgem as superstições. Para além disso, o medo frente ao desconhecido causa dúvidas e incertezas, que geram angústia e sofrimento. As associações dão às pessoas a sensação de estar no controle. Mesmo sabendo que esse controle é ilusório, elas continuam acreditando, porque é melhor pingar do que secar.

 

Mesmo não tendo poderes mágicos, as superstições podem ser úteis se nos influenciarem positivamente a forma como agimos. Assim, seguir um ritual que supostamente trará nos faz ter confiança de que tudo correrá bem — nada muito diferente do velho e bom efeito placebo. Em um estudo feito na Universidade de Colônia, na Alemanha, cientistas concluíram que "ativar" amuletos por meio de frases relativas à boa sorte antes de qualquer performance melhorou o desempenho durante a prática de golfe e solução de anagramas e jogos de memória. 


É comum, por exemplo, jogadores realizarem determinados movimentos antes da partida e torcedores só assistirem ao jogo usando uma determinada peça de roupa. Quando esse excesso de ritualização foge ao controle, os comportamentos repetitivos podem estar associados ao TOC — mas é importante destacar que a superstição traz conforto e TOC não provoca alívio.  


Não há nada de errado em usar a "camisa da sorte" ao assistir ao jogo do "time do coração", ou em pular sete ondas no mar, na noite da passagem de ano. Eu, particularmente, não me considero supersticioso, mas tenho cá minhas crendices (como disse o criador de D. Quixote, Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay).


Uma simpatia de que gosto muito é a do "gnocchi della fortuna ". Reza a lenda que, em uma noite de 29 de dezembro do século IV d.C., São Pantaleão se travestiu de mendigo e bateu à porta de uma família. Embora fosse pobre e numerosa, essa família fez questão de dividir o jantar com o desconhecido, ainda que coubesse a cada comensal míseros sete grãos de nhoque. Após agradecer a hospitalidade, o santo se foi. Quando tirou a mesa, a família descobriu que havia moedas de ouro sob cada prato. 

 

Você pode degustar seu nhoque ao sugo, à bolonhesa, no alho e óleo ou com molho branco, mas o ritual manda primeiro colocar uma nota de dinheiro sob o prato, comer sete nhoques em pé, fazendo um pedido para cada um deles, e então sentar à mesa e terminar a refeição. 

 

Se quiser preparar a massa você mesmo, lave, descasque e corte em pedaços 8 unidades médias de batata do tipo Asterix, transfira para uma panela, cubra com água e leve ao fogo alto. Quando a água ferver, junte meia colher (sopa) de sal, baixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 20 minutos. 


Quando a batata estiver no ponto (espete com o garfo para verificar se ela está bem macia), escorra, passe por um espremedor, deixe amornar, tempere com duas colheres (chá) de sal, acrescente um quarto de xícara (chá) da farinha de trigo e use as mão para misturar tudo muito bem misturado. Feito isso, junte as gemas, amasse bem, adicione o restante da farinha (aos poucos) e continue a amassar até que a massa atinja o ponto de enrolar (para verificar, lave as mãos e modele uma bolinha; se ela não grudar é porque está no ponto). 

 

Encha três quartos de uma panela grande com água e leve ao fogo alto. Enquanto espera a água ferver, unte duas assadeiras grandes (ou refratários) com óleo ou manteiga, polvilhe a mesa ou bancada com farinha e molde os nhoques — faça rolinhos de cerca de 1 cm de diâmetro e corte-os em pedaços de cerca de 2 cm cada. 


Mergulhe uma dúzia de nhoques por vez na água fervente, espere até que eles flutuem, retire-os com uma escumadeira, escorra e transfira para uma das assadeiras untadas. Faça o mesmo com o restante da massa. Ao final, leve as assadeiras ao forno quente, espere gratinar e sirva o nhoque com o molho de sua preferência e parmesão ralado a gosto. 

 

Observação: Se quiser finalizar mais tarde ou no dia seguinte, mergulhe os nhoques cozidos numa tigela com água e gelo antes de os transferir para a assadeira untada com óleo. Depois, cubra com plástico filme e deixe no refrigerador até a hora de usar. Para servir com um molho quente, mergulhe os nhoques rapidamente em água fervente ou doure-os numa frigideira com azeite.

 

Comprar a massa em pacotinhos sai mais caro, mas economiza tempo e trabalho. Não deixe de ler as instruções impressas na embalagem, pois alguns produtos precisam ser cozidos em água fervente e outros podem ser misturados ao molho, levados ao forno e servidos em seguida. Mas faça o molho o você mesmo, como se fazia no tempo da vovó. Você vai precisar de:

 

2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;

— 3 dentes de alho;

— 1/2 kg de tomates maduros;

— 2 cebolas grandes;

— 10 folhinhas de manjericão,

— 2 folhinhas de louro fresco;

— Sal e pimenta a gosto.

 

Bata os tomates no liquidificador, passe por uma peneira, refogue no azeite com as cebolas raladas e os dentes de alho picados ou esmagados e acrescente o sal, a pimenta, o louro e parte das folhas de manjericão (bem picadinhas). Quando o molho apurar, despeje-o sobre os nhoques cozidos, decore com o restante das folhinhas de manjericão, polvilhe com parmesão ralado, espere gratinar e sirva. A simpatia recomenda comer os primeiros sete “grãos” em pé e colocar o prato sobre uma nota de dinheiro (o valor fica a seu critério) antes de sentar e aproveitar a refeição. 


Ao final, guarde a nota na carteira até o dia 29 do mês seguinte e gaste-a na compra de algum ingrediente a ser usado no próximo dia 29, quando você repetir a receita.

 

Felicidades. 

domingo, 14 de julho de 2019

A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E AS MORDOMIAS PARLAMENTARES



Na última quarta-feira, a Câmara aprovou em primeiro turno o texto-base da reforma previdenciária. Na noite da sexta, os deputados votaram os destaques que ampliaram as concessões a algumas categorias, reduzindo em cerca de R$ 70 bi a economia prevista inicialmente. Como o expediente dos parlamentares em Brasília vai de terça a quinta (e eles ainda têm direito a férias duas vezes por ano) a apreciação da proposta em segundo turno ficou para agosto, depois do recesso de meio de ano. A pergunta é: se o recesso começa no dia 18 de junho, por que, então, não liquidar essa fatura na semana que vem, antes das “merecidas férias”? Aliás, considerando a importância do tema em pauta, por que não adiar ou suspender o recesso?

Sabe o leitor quanto ganha um deputado? Não? Pois então anote aí: o salário dos parlamentares é de R$ 33.763, mais uma verba mensal (CEAP) para bancar despesas com passagens aéreas, telefonia, serviços postais e manutenção de escritórios de apoio — pagamento de condomínio, IPTU, seguro contra incêndio, água, luz locação de móveis e equipamentos, material de expediente, suprimentos de informática, acesso à internet, TV a cabo, licença de uso de software, assinatura de publicações, etc. Essa cota varia conforme o estado do congressista; representantes do DF recebem o menor valor — R$ 30.788,66 — e os de Roraima, o maior — R$ 45.612,53.

Os deputados também recebem R$ 106.866,59 por mês para bancar a contratação de até 25 secretários parlamentares (no gabinete ou no estado do deputado), cujos salários variam de R$ 980,98 a R$ 15.022,32 por mês. E além de um auxílio-moradia de R$ 4.253 — concedido aos parlamentares que não moram em residências funcionais em Brasília —, todos têm direito a atendimento gratuito no Departamento Médico da Câmara — benefício extensivo a familiares e dependentes elencados na declaração de imposto de renda. Para quem preferir recorrer a serviços médicos e hospitalares fora da rede do Demed, é só apresentar os comprovantes que o reembolso será efetuado.

Os nobres deputados podem solicitar a confecção de material de papelaria oficial (cartões, pastas, papel timbrado e envelopes) e a impressão de documentos e publicações. No início e no fim do mandato, eles recebem uma ajuda de custo equivalente ao valor mensal da remuneração (destinada a compensar as despesas com mudança e transporte), e o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (Lei 9.506/97) assegura aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de mandato (calculados à razão de 1/35 por ano de mandato). É mole?

Como é melhor rir que chorar, segue um texto bem-humorado de Mentor Neto:

Depois das mensagens de Moro, Bolsonaro, filhos de Bolsonaro, togados supremos, deputados e senadores, o interesse por vazamentos caiu muito. O editor do Intracept estava desesperado.

­— De que adianta fazer esse fuzuê todo? Dinheiro que é bom, nada! — desabafou. Precisamos nos reinventar. Precisamos monetizar nosso negócio.

Os hackers se entreolharam, sem saber o que dizer. Foi um estagiário quem teve a sacada.

— Brasília saturou. Vamos expandir. O negócio é hackear gente comum.

A ideia se provou genial. Seu chefe é um panaca? Hackeie o WhatsApp dele (“R$ 2 mil por 15 dias ou consulte tabela”). Sua namorada está te traindo? Hackeie o Snapchat dela. (“Só R$ 500 por 7 dias. O oitavo é grátis!”). E por aí foi.

Patrícia e Geraldo tinham vida de núcleo rico de novela. Apartamento com varanda gourmet, viagem com personal shopper, SUV coreana blindada. Casamento inabalável, todo mundo dizia. Um belo dia, Patrícia acordou, pegou o iPad para ver as notícias e, mesmo sendo muito equilibrada, não conteve o calor que lhe subiu até as orelhas. Estava lá, escancarada, a foto do marido e o título: “Intracept vaza WhatsApp de Geraldo Freire”. Ele não era famoso nem nada. Mas de uns meses para cá era assim. Ninguém estava salvo. Patrícia não conseguia imaginar alguém capaz de uma maldade dessas com o marido — e com ela. Porque não há dignidade que sobreviva a um vazamento do Intracept. Ainda por cima quando vão liberando um pouco por dia. Qualquer desculpa esfarrapada de um dia não se sustenta no outro. Toda semana tem um anônimo novo com a vida devassada. Patrícia sempre acabava conhecendo alguém.

— Porque esse mundo é uma ervilha, né?

Só esse mês, no cabeleireiro, teve notícia de dois divórcios. Luciana, amiga íntima, teve as mensagens do Insta divulgadas. O marido a botou para fora de casa sem direito nem ao iPhone.

— Pede um novo para ele, safada! — gritou para o condomínio ouvir.

As conversas que vazaram eram comprometedoras demais: Luciana e um amigo do tempo de faculdade trocavam receitas de nhoque, ravióli, linguine, tudo com as respectivas fotos. Não tem casamento que resista. Mas não era hora de pensar nos outros. Patrícia olhou para o marido que dormia com seu ronronar de homem de bem. Ela não teve coragem de clicar no link. Contou para a mãe pelo Facebook.

— Coisa de amante, filha. Batata. Sempre disse para você ficar esperta. Deu nisso — respondeu.

Patrícia balançou o marido até acordá-lo. Geraldo despertou com o iPad esfregando a ponta do seu nariz. Leu o texto ainda com os olhos melados de sono. Geraldo também sabia que não existe vida após vazamento. Era só ver Brasília. Virou uma cidade fantasma. Ele se reagrupou.

— Amor, calma. Vamos superar isso juntos.

Patrícia concordou, chorando. Aquela semana seria definitiva para o casamento, para o futuro dos dois. Combinaram de ler as mensagens juntos, para que Geraldo pudesse explicar qualquer mal-entendido. E assim foi. A semana passou tensa, arrastada, discutindo a relação, é verdade, mas surpreendentemente, nenhuma mensagem comprometedora foi revelada. Patrícia mal podia conter o orgulho. Geraldo era o assunto de todas as conversas no cabeleireiro, entre as amigas e até da sogra. Vazou até a mensagem com o agente de turismo sobre hotéis em Positano, estragando a viagem surpresa para o aniversário dela. Quando acabou a semana, o casamento estava mais forte do que nunca. Ela nunca desconfiou de nada. Na segunda-feira seguinte, Geraldo pagou a outra metade do pacote Vazamento do Bem do Intracept.

— O negócio é esse mesmo! — vibrava o editor com a nova ideia do ex-estagiário, agora editor assistente — Tem que diversificar para sobreviver.

Diante dos vazamentos, poucos casamentos resistem. O de Patrícia até saiu fortalecido. Mas as mensagens sobre a viagem para a Itália estariam no contexto?

quarta-feira, 29 de abril de 2015

WINDOWS 7 E 10 EM DUAL BOOT VIA DRIVE VIRTUAL

 SE TODA A RADIAÇÃO SOLAR QUE INCIDE SOBRE A TERRA NUM ÚNICO DIA VIRASSE ELETRICIDADE, SERIA POSSÍVEL SUSTENTAR O CONSUMO GLOBAL POR 27 ANOS.

Para concluir esta trilogia sobre o Windows 10, vejamos agora como instalar seu Technical Preview num VHD (sigla em inglês para Virtual Hard Disk, ou disco virtual, em português) em vez de numa segunda partição do HDD

Observação: Note que, tecnicamente, esse “disco” é apenas um arquivo criado na própria unidade lógica em que o sistema está instalado (C:, na maioria dos casos), mas se comporta com um drive lógico, suportando a instalação de um segundo SO e permitindo escolher, durante a inicialização, qual dos sistemas será carregado. Assim, ambos coexistirão pacificamente, e se uma eventual intercorrência comprometer um deles, o outro será preservado.

Concluída essa introdução, passemos ao tutorial:

a.   Crie um ponto de restauração do sistema (mais detalhes nesta postagem), um backup de seus arquivos de difícil recuperação ou, melhor ainda, uma imagem do sistema (para saber como, clique aqui);

b.   Baixe o Windows 10 Technical Preview no formato ISO, grave-o numa mídia bootável (DVD, HDD USB ou Pendrive) e anote a chave de instalação (links e mais informações na postagem anterior);

c.   Crie um VHD de 35 GB a MS assegura que 16 GB são suficientes, mas é melhor pecar por ação do que por omissão. Verifique se seu HDD realmente disponibiliza esse espaço e, caso afirmativo, crie na raiz do disco uma pasta e nomeie-a como “VHD”;

d.   Abra o Menu Iniciar, digite compmgmt.msc na caixa de pesquisas, clique com o botão direito sobre o executável em questão e selecione Executar como administrador para acessar o console de Gerenciamento do computador e, no painel esquerdo, clique em Gerenciamento de disco;

e.   Na tela com lista de discos que será exibida em seguida, clique no menu Ação e em Criar VHD. Na tela Criar e Conectar Disco Rígido Virtual, defina o local do arquivo que conterá seu disco virtual (a pasta VHD que foi criada anteriormente) e digite C:\VHD\Win10.vhd na caixa Local (ou outro nome de sua preferência). Em seguida, defina o tamanho do disco virtual (altere o parâmetro para GB), mantenha as opções VHD para Formato de disco rígido virtual e Tamanho fixo (Recomendável) para Tipo de disco virtual e confirme em OK;

f.   Depois que a criação do VHD for concluída, abra o menu Ação da tela do Gerenciador de disco e clique em Atualizar e verifique se a nova unidade é exibida na lista (o nome é atribuído pelo sistema, podendo, portanto, variar conforme o computador);

g.   Dê um clique direito no drive virtual e, no menu de contexto, selecione a opção Anexar VHD. Torne a dar um clique direito e selecione desta feita a opção Inicializar disco, que exibirá uma janela com o novo disco selecionado e a pergunta sobre o estilo a ser usado; mantenha a opção padrão, MBR, e confirme em OK;

h.   Agora é só instalar o WTP a partir da mídia em que você gravou o arquivo ISO respectivo. Note que pode ser necessário acessar o CMOS Setup e rever os parâmetros de inicialização (acesse esta postagem para mais informações). Feito isso, insira o DVD na gavetinha do drive de mídia óptica ou conecte o Pendrive/HDD externo numa porta USB, conforme o caso, e inicialize o computador;

i.     A instalação transcorre nos moldes convencionais, com as tradicionais janelas solicitando informações sobre as opções de região e idioma, condições de instalação, tipo de instalação, e por aí vai. Escolha a modalidade Personalizada: instalar apenas o Windows (avançado).

Observação: Nesse ponto do processo, será preciso incluir manualmente o disco virtual recém-criado na lista de locais de instalação. Para isso, siga rigorosamente os passos abaixo, cuidando para não cometer erros de digitação ao digitar os comandos, pois, como no velho DOS, basta uma letra a mais ou menos ou um espaço sobrando ou faltando para que o comando seja recusado. Para facilitar, você pode escrever os comandos num arquivo de texto e colá-los na tela de prompt (note que o atalho Ctrl+V não funciona nesse contexto; para saber como contornar esse problema, clique aqui).

j. Com a tela solicitando a escolha do local sendo exibida, tecle Shift+F10 para abrir o prompt de comando, digite diskpart e tecle Enter. Aguarde o prompt mudar para DISKPART>, digite select vdisk file =C:\Win10.vhd e torne a pressionar Enter. Diante da informação de que DiskPart selecionou com êxito o disco virtual, digite attach vdisk e pressione Enter mais uma vez. Quando o sistema responder 100 por cento concluído e DiskPart anexou com êxito o arquivo de disco virtual, tecle Exit e pressione Enter para sair do programa (oriente-se pela ilustração abaixo).


O instalador retornará à tela de escolha do local de instalação. Clique em Atualizar e repare que, quando a lista for atualizada, o último item exibido será seu disco virtual, identificado como Espaço não alocado na unidade C:, ou com outro nome qualquer. Agora é só clicar em Avançar e seguir adiante com a instalação.
(FONTE: B.PIROPO)

Mudando agora de pato para ganso: 

Existem superstições, pessoas supersticiosas e pessoas que fingem que não são. Simples assim.  Mas nem mesmo quem supostamente "não acredita nessas bobagens" deve desafiar a sorte passando debaixo de toda escada com que deparar, pois qualquer beócio é capaz de ver que isso só faz aumentar as probabilidades de acabar levando uma lata de tinta nos cornos.

Enfim, passando ao que interessa, mesmo não sendo extremamente supersticioso eu tenho cá minhas crendices. E uma simpatia de que gosto muito (até porque, se não ajuda, mal também não faz) é a do "gnocchi da sorte" (ou nhoque, para quem prefere a forma abrasileirada do termo que designa uma massa preparada à base de batata e farinha de trigo, típica da culinária da Itália, que pode ser servida ao sugo, à bolonhesa, com molho branco, e por aí vai).

Ingredientes:
500g de massa fresca de nhoque;
2 colheres (sopa) de azeite de oliva virgem;
3 dentes de alho;
1/2 kg de tomates maduros;
2 cebolas grandes;
10 folhinhas de manjericão,
2 folhinhas de louro fresco;
Sal e pimenta a gosto.

Preparo:
Cozinhe a massa em água fervente; quando os nhoques subirem, retire-os com uma escumadeira e reserve.
Bata os tomates no liquidificador, passe-os por uma peneira e refogue a pasta no azeite, com as cebolas raladas e os dentes de alho bem picadinhos (ou esmagadinhos).
Adicione o sal, a pimenta, o louro e parte das folhas de manjericão (bem picadinhas). Quando o refogado apurar, despeje-o sobre os nhoques cozidos, decore com o resto das folhas de manjericão, acrescente uma pitada de orégano e parmesão ralado a gosto.

Sirva essa receita todo dia 29. 

Observação: Deguste os primeiros sete “grãos” em pé, depois coloque o prato na mesa, sobre uma nota de dinheiro (o valor fica a critério do freguês), e aproveite a refeição. Ao final, guarde a nota na carteira até o próximo dia 29, quando então você deverá gastá-la (preferencialmente na compra de algum dos ingredientes que serão usados para repetir a receita).

Boa sorte a todos.

domingo, 17 de novembro de 2024

NEM SÓ DE MACARRÃO VIVEM OS MOLHOS

CONSERTE AS GOTEIRAS ENQUANTO O TEMPO ESTÁ FIRME.

 
O sabor da macarronada, do nhoque, do rondelle e de outros tipos de massa depende diretamente do molho, mas nem só de massa "vive" o molho. Dito isso, veremos como preparar almôndegas —ou polpette, como os italianos se referem a essas bolas de carne temperada servidas "al pomodoro", ou seja, com molho de tomate. 

Você vai precisar de:
 
- ½ kg de patinho moído;
- 1 cebola média picada;
- 3 dentes de alho;
- 1 ovo
- ½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado fino;
- ¼ de xícara (chá) de farinha de rosca;
- 6 raminhos de salsa;
- Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto;
- Azeite.
 
O preparo é simples:
 
  • Misture a carne moída com ¾ da cebola, 2 dentes de alho e a salsinha picados e tempere com sal e pimenta a gosto. 
  • Quebre o ovo num copo ou xícara (assim você não perde a receita se ele estiver estragado), transfira para a tigela com a carne e os temperos e misture com as mãos por cerca de 2 minutos;
  • Faça uma bola de carne e arremesse-a contra a tigela algumas vezes (o choque evita que as almôndegas se desmanchem durante a fritura), adicione o queijo ralado e a farinha de rosca e amasse novamente para incorporar.
  • Unte as mãos com óleo ou azeite e enrole porções da massa não menores que bolas de pingue-pongue nem maiores que bolas de tênis, coloque-as numa travessa e reserve.
  • Aqueça uma colher (chá) de azeite numa panela ou frigideira de borda alta, esmague os dentes de alho restantes com com sal até formar uma pasta e, usando uma colher de pau ou de silicone, misture essa pasta ao azeite na panela.
  • Coloque as almôndegas uma ao lado da outra (sem amontoar), doure-as por cerca de 5 minutos (virando as bolinhas de vez em quando, para que fiquem douradas por igual), transfira-as para uma travessa forrada com papel-toalha e repita o processo com as demais almôndegas (se necessário, acrescente um pouco mais de azeite).
  • Coloque um pouco de água na frigideira e raspe bem para "deglaçar" (ou seja, diluir e transformar em molho os resíduos da fritura que ficaram grudados no fundo da panela).
  • Adicione o molho de tomate (receita nesta postagem), deixe cozinhar em fogo médio até ferver, retorne as almôndegas douradas à frigideira com o molho, baixe o fogo e deixe cozinhar por mais 6 minutos, polvilhe com parmesão ralado e decore com folhinhas de manjericão.
Aproveitando o embalo, segue uma variação que é muito popular na Alemanha, onde esses bolinhos de carne são chamados de Frikadellen, Bulette, Fleischklöpse, Fleischpflanzerl, Klops, Fleischküchle, Hacktätschli, Beefsteak, Brisolette, Faschierte Laibchen, Fleischlaberl, conforme a região: 

Misture ½ kg de carne moída, 1 cebola cortada em cubinhos, 4 ovos inteiros, ½ maço de cebolinha, sal, pimenta-do-reino, orégano, páprica doce e molho de pimenta a gosto, ½ maço de cebolinha picada e farinha de rosca, faça bolinhos pequenos, frite-os em óleo bem quente, virando de todos os lados para dourar por igual, e sirva com mostarda escura.


Se alguém botar defeito nessas delícias, é porque esse alguém tem problemas de paladar. Nada que um bom otorrino não resolva. 
 
Bom proveito.