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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO RESOLVER (PARTE 3)


A LÓGICA TEM POUCO PODER SOBRE AS EMOÇÕES.

O Superfetch, sucessor do Prefetch, é outro suspeito de degradar o desempenho do sistema, tanto pelo consumo elevado de memória quanto pelo acesso excessivo ao disco.

O Prefetch foi implementado no Windows XP para monitorar as aplicações que o usuário acessa mais frequentemente e reduzir seu tempo de inicialização, mantendo-as pré-carregadas num cache de memória. Foi a partir do Seven, se não me engano, que ele passou a se chamar Superfetch e se tornou um consumidor de memória voraz.

Em teoria, o Superfetch — e o Prefetch antes dele —  deveria melhorar o desempenho do computador, mas o grande número de entradas se acumulam com o passar do tempo pode produzir o efeito oposto. 

Quando o XP era a bola da vez e a maioria dos PCs dispunha de menos de 1 GB de RAM, eu recomendava esvaziar a pasta Prefetch regularmente — ou mesmo desabilitar esse recurso. Mais adiante, quando as máquinas de entrada de linha passaram a vir com 2 ou mais gigabytes de RAM, achei melhor deixar o próprio Windows decidir se usa ou não o recurso, não só porque um app iniciado a partir do cache sempre carrega mais depressa que quando lançado do HDD, mas também porque o Superfetch passou a gerenciar o cache de maneira mais “inteligente”, com prioridade baixa em relação a outras aplicações, além de adquirira a capacidade de se auto desativar ao detectar um HDD de alto desempenho ou um SSD.

Fato é que o Superfetch divide opiniões. Alguns especialistas entendem que desabilitá-lo não traz qualquer benefício, mas há quem recomende fazê-lo, sobretudo se o computador tem menos de 4 GB de memória RAM. Como a reconfiguração é simples e fácil de desfazer, não vejo razão para você não tentar. Veja como proceder:

Para conferir se o Superfetch está ativo, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite services.msc na caixa do menu Executar, tecle Enter e confira o status do Superfetch na coluna respectiva (se o status for Iniciado, é porque o serviço está operante).

Para avaliar como o sistema se comporta sem o Superfetch, dê um clique direito sobre ele, clique em Propriedades e, em Tipo de inicialização, selecione Desativado, pressione Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

Depois de usar o PC durante um dia ou dois, se você achar que o desempenho melhorou, deixe a configuração como está. Caso contrário, siga os passos sugeridos linhas atrás e restabeleça o padrão original. Note ainda que você pode configurar o Superfetch para escolher quais itens ficarão no cache do sistema. Para isso:

— Na caixa de diálogo do menu Executar, digite regedit e pressione Enter.

— Na janela do Editor do Registro, localize a chave HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\Memory Management\PrefetchParameters.

— No painel à direita, dê duplo clique sobre a opção EnablePrefetcher e altere o valor padrão (3) para 0 (zero) se quiser desabilitar o caching; para 1 se quiser deixar apenas os aplicativos em cache; e para 2 se quiser deixar apenas os arquivos de boot em cache.

Importante: Jamais edite o Registro do Windows sem antes criar um ponto de restauração do sistema e um backup da chave que você tenciona modificar.

Para criar o ponto, digite “criar ponto” (sem aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, clique na opção Criar Ponto de Restauração e, na tela das Propriedades do Sistema, clique em Criar, dê um nome ao ponto, clique novamente em Criar e aguarde a conclusão do processo.

Para fazer um backup do Registro, digite regedit na caixa de diálogo do Menu Executar, clique em regedit (executar comando) e em Sim na caixa de diálogo que será exibida em seguida. Na janela do Editor do Registro, selecione o menu Arquivo e clique na opção Exportar. Em “Intervalo de exportação”, marque TODOS para efetuar backup de todo o Registro ou clique em Ramificação Selecionada e digite o nome da chave desejada (recomendável). Nomeie o arquivo, indique o local onde ele deverá ser salvo (sugiro a Área de Trabalho) e clique em Salvar

Se quiser (ou precisar) reverter a modificação mais adiante, dê um clique direito sobre o arquivo de backup (que é salvo com a extensão .REG), escolha a opção Mesclar e confirme a restauração.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO RESOLVER


TODO HOMEM É CULPADO DO BEM QUE NÃO FEZ.

Quem acompanha este Blog e leu as últimas postagens viu que a memória RAM — ou mais exatamente a falta dela — pode impactar negativamente o desempenho do computador, embora outros componentes importantes, como o processador e o drive de HD, se subdimensionados, comprometem drasticamente a performance do sistema como um todo. Assim, o segredo para um desempenho substantivo consiste na escolha de um PC de configuração equilibrada (e parruda, se possível), até porque o processador não é capaz de grande coisa sem a contrapartida dos subsistemas de memória física e de massa (RAM e disco rígido, respectivamente).

Feita essa breve introdução, veremos como resolver um problema bastante comum no Windows, que é o uso excessivo do disco. Se você seguiu minha sugestão e instalou o IObit Advanced System Care, poderá conferir facilmente o acesso ao disco através do monitor de desempenho, bastando clicar na setinha que fica à direita dele e selecionar a opção Disco (se o monitor não estiver sendo exibido na tela, acesse as configurações da suíte e marque a caixa de verificação ao lado de Ativar o Monitor de Desempenho e carregar na inicialização do Windows). 

Se o monitor indicar 100% ou algo próximo disso (o que é bastante comum logo após a inicialização do Windows), seu computador deve estar "uma carroça", já que a utilização do disco acima de 50% reduz drasticamente a margem de manobra do sistema para executar outras tarefas que não as do próprio sistema. Antes de qualquer outra providência, porém, convém você checar a “saúde” do seu drive de HD. Para isso:

Abra o Prompt de comando (ou o Windows PowerShell), digite wmic diskdrive get caption,status e pressione a tecla Enter

Se o drive (ou algum deles, se houver mais de um) for listado e seguido de um “OK”, tudo bem, mas se um código de erro for exibido ao lado do status do disco... bem, aí a porta torce o rabo.

Digite chkdsk /f /r na linha de comando, responda S (ou Y) quando lhe for perguntado se deseja agendar uma verificação, reinicie o computador e aguarde a conclusão da varredura (que pode demorar um bocado). 

Aguarde a conclusão da verificação e a reinicialização do computador. Em seguida:

— Pressione Win+R para convocar o menu Executar, digite eventvwr.exe caixa de diálogo, clique em OK e, na janela do visualizador, esquadrinhe os logs de eventos relacionados com seu disco rígido. 

— Recorra ao Google para tentar obter informações de como resolver o problema identificado pela ferramenta. Se encontrar algum tutorial que lhe pareça confiável, siga-o. Ao final, digite novamente wmic diskdrive get caption,status na linha de comando e confira o resultado. 

— Se o problema persistir, faça um backup de seus dados importantes e de difícil recuperação e programe-se para substituir o quanto antes o drive problemático.

Supondo que seu HDD esteja OK, veja (na próxima postagem) como proceder para solucionar o problema de uso excessivo do disco. Até lá.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM - PARTE 7


É PRECISO MANTER A PÓLVORA SECA PARA O CASO DE SE PRECISAR DELA.

Vimos que o sistema e os aplicativos não são carregados integralmente na memória RAM, mas divididos em páginas ou em segmentos (pedaços do mesmo tamanho e pedaços de tamanhos diferentes, respectivamente), ou não haveria memória que bastasse. Isso só é possível porque os sistemas operacionais são construídos de forma modular, e cada módulo (Kernel, EscalonadorGerenciador de Arquivos, etc.) é carregado individual e seletivamente, conforme as necessidades.

Toda vez que ligamos o computador, o BIOS faz o POST (autoteste de inicialização), procura os arquivos de BOOT (conforme a sequência declarada no CMOS Setup), “carrega” o sistema na memória RAM e exibe a tradicional tela de boas-vindas. 

BIOS é a primeira camada de software do computador e fica gravado numa pequena porção de memória não volátil integrada à placa-mãe. O CMOS é um componente de hardware composto de um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria, que mantém essa memória volátil energizada, ou as informações que ela armazena se perderiam toda vez que o computador fosse desligado. O BOOT é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações armazenadas no CMOS e realiza o POST (autoteste de inicialização).Só então, e se tudo estiver nos conformes, o Windows é carregado e assume o comando da máquina.

Fazer o Setup nada mais é que configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC. Essa configuração consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, mas a boa notícia é que ela e feita na etapa final da montagem do computador e só é necessário refazê-la em situações específicas (após um upgrade abrangente de hardware, por exemplo). Claro que é possível reconfigurar o Setup para resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador, mas isso só deve ser feito usuários avançados, pois modificações indevidas ou malsucedidas podem comprometer o funcionamento da máquina.

ObservaçãoBoot significa bota ou botina, mas virou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções mais complexas, e esse processo era conhecido como bootstrapping.

Voltando à influência da RAM no desempenho global do PC, vale relembrar uma analogia que eu faço desde que publiquei meus primeiros artigos sobre hardware na mídia impressa, lá pelo final do século passado: 

Se o computador fosse uma orquestra, o processador seria o maestro. Mas uma boa apresentação não depende apenas de um regente competente, mas também de músicos qualificados e entrosados entre si. Bons músicos podem até suprira as limitações de um maestro meia-boca, mas o contrário não é possível: por mais que o regente se descabele, a incompetência da equipe fatalmente embotará o brilho do concerto. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dá em relação ao PC, que depende de uma configuração equilibrada, com componentes adequados e balanceados

Em outras palavras, uma CPU de primeiríssima não será capaz de muita coisa se for assessorada por um subsistema de memórias subdimensionado. Mas não é só. PCs da mesma marca, modelo e idêntica configuração de hardware podem apresentar comportamentos diversos, pois o desempenho de cada depende também da configuração do Windows, da quantidade de aplicativos instalados, da maneira como eles são inicializados, da regularidade com que o usuário realiza manutenções preventivo-corretivas, e por aí vai. 

Máquinas de entrada de linha (leia-se baixo custo) costumam integrar processadores chinfrins, pouca memória e módulos genéricos, o que impacta negativamente no desempenho global do sistema. Isso sem mencionar o software fica mais exigente a cada dia. Para se ter uma ideia, enquanto o Win95 rodava com míseros 8 MB de RAM (isso mesmo, oito megabytes) o Windows 10 precisa de algo entre 6 e 8 GB para rodar com folga (a Microsoft, modesta quando lhe convém, fala em 1 GB para as versões de 32-bit2 GB para as de 64-bit, mas aí não sobra quase nada para os aplicativos).

Outra analogia de que gosto muito remete à dinâmica entre o processador, a RAM e o HDD. Vamos a ela:

Imagine o PC como um escritório e o processador como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, esse incansável colaborador atende ligações, recebe informações, transmite instruções, elabora cartas e relatórios, responde emails e por aí afora, tudo praticamente ao mesmo tempo. No entanto, se algum elemento indispensável ao trabalho não estiver sobre a mesa, o já assoberbado funcionário perderá um bocado de tempo escarafunchando gavetas abarrotadas e estantes desarrumadas (quem mandou não desfragmentar o HDD?). E a situação fica ainda pior quando ele precisa abrir espaço sobre a mesa atulhada para acomodar mais livros e pastas. Isso sem falar que terá de arrumar tudo de novo antes de retornar à tarefa interrompida. 

Se você ainda não ligou os pontos, a escrivaninha corresponde à memória cache, as gavetas à memória física (RAM), as estantes à memória de massa (HDD) e a “abertura de espaço”, ao swap-file (ou arquivo de troca, ou ainda memória virtual). Para mais detalhes sobre cada uma dessas memórias, reveja as postagens anteriores).

Vejo agora que esse apanhado de informações conceituais ocupou um bocado de espaço, o que me obriga a deixar as dicas práticas para a próxima postagem. Até lá.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 6)

SE PODES OLHAR, VÊ. SE PODES VER, REPARA.

Se você achou complicado usar a ferramenta nativa do Windows para particionar sua unidade não volátil de armazenamento de dados, a boa notícia é que poderá fazê-lo usando um aplicativo gratuito e muito mais amigável. Mas tenha em mente que, qualquer que seja o “centro cirúrgico” que você escolher para a realização do procedimento, a assepsia pré-operatória deverá ser feita conforme foi explicado nos capítulos anteriores. Dito isso, vamos adiante.  

1.      Baixe Mini-Tool Partition Wizard Free a partir do site do fabricante.
2.      Concluído o download, de um clique duplo sobre o executável do programinha e proceda à instalação da maneira convencional.
3.      Na tela inicial da ferramenta, clique com o botão direito sobre o drive que você deseja particionar.
4.      Selecione a opção Move/Resize (mover/redimensionar) e, no campo Partition Size (tamanho da partição), defina o tamanho da nova partição (digitando a grandeza desejada ou usando o mouse para arrastar a extremidade direita da barra). Ao final, clique em OK.

ObservaçãoO programinha não permite que a partição seja reduzida a ponto de se tornar insuficiente para conter os dados que já estão gravados (o espaço ocupado é exibido em amarelo na barra da ferramenta), mas é importante que, ao dividir o espaço, você deixe uma boa sobra na partição do sistema, não só para permitir a execução do Defrag, mas também para instalar novos aplicativos de uso frequente. Caso a ideia seja usar a nova partição para instalar outro sistema operacional em dual-boot, altere em Create as: o tipo de partição para Primária (mantenha a configuração padrão se for usar a partição para armazenar arquivos). Se for criar mais unidades (o limite é de 4 primárias ou 3 primárias e uma estendida), altere o tipo de partição para Estendida e torne a executar o MTPW para criar múltiplas unidades lógicas.

5.      A barra acinzentada que aparece à direita da partição que você redimensionou, na janela do Mini-Tool, corresponde ao espaço não alocado (unalocated). Clique  ali, selecione a opção Create (criar) e clique em OK na janela Create New Partition (criar nova partição). Uma nova partição lógica será criada e identificada por uma letra que varia conforme os drives instalados no computador. Se você tiver apenas o HDD, que, por padrão, é identificado como C:, a nova partição receberá a letra D.

6.      No canto superior esquerdo da próxima tela, clique no botão Apply (aplicar) para que as alterações sejam efetivadas. O programa recomenda fechar todos os aplicativos e desabilitar a economia de energia antes de prosseguir; faça-o e responda Yes (sim) à pergunta Apply Changes? Se quiser desistir do particionamento, essa é sua última chance. Clique em No (não) e encerre o aplicativo.
7.      Se for seguir adiante, clique em Yes. Na mensagem dando conta de que as alterações não podem ser levadas a efeito porque o drive C: está sendo usado, clique em Restart Now (reiniciar agora).
8.      Uma nova tela o instruirá a não desligar o computador e informará que o Windows será reinicializado automaticamente após a conclusão do trabalho. Enquanto espera, você pode acompanhar a evolução do processo através das barras de progressão.   

Se tudo correr bem, em alguns minutos seu PC será reiniciado com as modificações efetivadas. Clique em Iniciar > Computador e confira o resultado.

Continuamos na próxima postagem, pessoal. Até lá.  

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 5)

EU VOTEI NO AÉCIO; VOCÊ, NO LULA E NA CHAPA DILMA/TEMER. A DIFERENÇA ENTRE NÓS É QUE EU QUERO O AÉCIO NA CADEIA, ENQUANTO VOCÊ QUER LULA PRESIDENTE.

Concluído o “pré-operatório” (vide roteiro nos capítulos anteriores), a unidade de sistema do seu PC estará pronta para ser submetida à “cirurgia” mediante a qual você criará a nova partição ― ou volume, ou unidade lógica, tanto faz. Veremos como fazer isso, primeiro com as ferramentas nativas do Windows, depois com um aplicativo gratuito que facilita sobremaneira o trabalho.

Primeiramente, você precisa definir a distribuição do espaço. Para tanto, abra o Explorador de Arquivos, clique em Computador (na coluna esquerda da janela), dê um clique direito ícone que representa a unidade que você quer particionar e clique em Propriedades. Na janelinha que se abrirá em seguida, você verá (em gigabytes e numa representação gráfica) a proporção entre o espaço ocupado e o espaço livre remanescente na unidade.

Quanto tiver decidido qual será o tamanho da nova partição ― note que é importante não “estrangular” o sistema operacional, pois, conforme já foi mencionado, ele precisa de, no mínimo, 20% de espaço livre para trabalhar com alguma folga, volte ao menu Iniciar, dê um clique direito em Computador (na coluna à esquerda da janela), clique em GerenciarGerenciamento do computadorRepositório > Gerenciamento de disco. A próxima tela exibirá todas as partições existentes. Então:
1)      Dê um clique direito sobre a unidade desejada (jamais mexa na pequena partição oculta, que armazena os arquivos de restauro do software), selecione a opção Diminuir Volume..., aguarde o cálculo do espaço disponível, defina o tamanho da nova partição e clique em Diminuir.
2)      Ainda na tela do Gerenciamento de disco, dê um clique direito sobre o espaço não alocado e selecione a opção Novo Volume Simples...
3)      Na janela do Assistente para Novas Partições Simples, clique em Avançar e ajuste a quantidade de espaço a ser utilizado (por padrão, o Windows seleciona todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor caso pretenda criar mais partições).
4)      Escolha a letra que designará a nova unidade, formate o espaço respectivo e, se quiser, digite um nome no campo Rótulo do Volume.
5)      Confira se os dados correspondem àquilo que você definiu. Se estiver satisfeito, clique em Concluir e aguarde até que o espaço anteriormente marcado como não alocado fique pronto para ser usado como uma nova partição.

Para que seja possível armazenar arquivos de forma efetiva na nova partição, você terá de formatá-la. Na caixa de diálogo Formatar partição, clique em Avançar para executar o procedimento com as configurações padrão e então clique em Concluir. Note que os sistemas de arquivos mais utilizados pelo Windows são o NTFS e o FAT32; recomendo usar o primeiro (*), que, além de mais seguro, oferece suporte a grandes volumes de arquivos e permissões de acesso mais efetivas.

(*) O NTFS (sigla de New Technology File System) foi desenvolvido com base no HPFS (High Performance File System, criado pela gigante IBM) e implementado no Windows NT. Devido à sua confiabilidade e desempenho superiores aos da FAT, além da capacidade de recuperação em caso de falhas ― como depois de um desligamento inesperado do computador provocado por um apagão na rede elétrica, por exemplo ―, do esquema de permissões de acesso e da eficiência no gerenciamento de unidades de disco volumosas, esse sistema de arquivos é utilizado por padrão para formatar a unidade onde o Windows 10 será instalado, já que, combinado com o tamanho dos clusters, o uso de 64 bits no endereçamento dos dados permite gerenciar partições de até 256 Terabytes(enquanto os limites da FAT 16 e 32 são, respectivamente, de 2 GB e 2 TB).

Para criar mais partições, repita o procedimento. Para desativar uma partição, acesse a janela do Gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre ela selecione a opção Excluir volume... (note que todos os dados gravados nessa unidade serão apagados, de modo que convém criar um backup antes de excluí-la).

Se quiser ocultar uma partição ― para mantê-la escondida dos curiosos ou para evitar que outros usuários do PC façam modificações indesejáveis nos seus backups ―, basta fazer desaparecer a letra que designa a unidade em questão. Há pelo menos duas maneiras de você fazer isso. A mais complicada, nós já discutimos nesta postagem; a mais simples ― que eu recomendo utilizar ― consiste em abrir o menu Iniciar, dar um clique direito em Computador, selecionar a opção Gerenciar, clicar em Repositório > Gerenciamento de disco, dar um clique direito sobre o ícone que representa a unidade desejada, selecionar a opção Alterar letra da unidade e caminho e, na janelinha que exibe a letra da unidade realçada, clicar no botão Remover e reiniciar o PC para efetivar a alteração. Para reverter essa configuração, repita os mesmo passos, clique no botão Adicionar, assinale a opção Atribuir a seguinte letra à unidade e clique em OK para que lhe seja atribuída a próxima letra disponível ― ou na setinha ao lado da letra sugerida, caso queira escolher outra letra qualquer que não esteja em uso. Feito isso, clique em OK e confira o resultado.

Se você achou esse roteiro complicado, não deixe de ler a próxima postagem, que encerrará esta sequência ensinando a fazer a mesma coisa com o Mini-Tool Partition Wizard, que é gratuito e bem mais rápido e amigável do que o particionador nativo do Windows. Até lá.

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (PARTE 4)

SE GILMAR MENDES É CONTRA, ENTÃO É BOM PARA O BRASIL.

Lidas, compreendidas e postas em prática as sugestões elencadas no post anterior, abra a pasta Computador, clique com o botão direito no ícone que representa sua unidade de sistema e selecione a aba Ferramentas. No campo Verificação de Erros, clique em Verificar Agora, assinale as duas caixas de verificação e reinicie o computador (essa providência necessária para que a ferramenta tenha acesso aos arquivos de sistema que o Windows bloqueia quando está carregado) e vá tomar um café, que a finalização do processo costuma demorar um pouco.

Concluída a verificação e corrigidos os eventuais erros no disco, volte à janelinha das Propriedades da Unidade C: e, no campo Desfragmentação, pressione o botão Desfragmentar agora. Na tela do Desfragmentador, selecione a unidade desejada (desde que não seja SSD) e clique em Analisar disco. Se o índice de fragmentação for superior a 3%, clique em Desfragmentar disco e siga as instruções na tela ― de acordo com o tamanho do drive e o percentual de fragmentação dos arquivos, esse processo também pode demorar um pouco.

Note que o roteiro sugerido para o “pré-operatório” utiliza os recursos nativos do sistema. Com uma suíte de manutenção como o Advanced System Care, por exemplo, você obterá melhores resultados em menos tempo e com menos trabalho. Aliás, outra suíte que eu recomendo instalar é o CCleaner, que (acho que eu já disse, mas nunca é demais repetir) permite selecionar um a um os pontos de restauração do sistema que se deseja apagar. Ambos os programas são disponibilizados gratuitamente para uso pessoal, mas registrá-los lhe dará acesso a alguns recursos adicionais, que talvez não sejam imprescindíveis, mas nem por isso deixam de ser bem-vindos.

Agora “o paciente está pronto para a cirurgia” que reduzirá o tamanho da unidade do sistema e abrirá espaço para a criação de uma segunda partição. Cada drive de HD pode ser dividido em até quatro partições primárias ― ou em três partições primárias e uma estendida. A partição estendida pode ser subdivida em múltiplas unidades lógicas, sendo cada qual identificada por uma letra do alfabeto. Como as letras A e B eram reservadas, tradicionalmente, para os drives de disquete de  e  polegadas, o volume do sistema recebe a letra C, e o drive de mídia óptica, se houver, a letra D. Assim, as demais partições partem da letra E ― a menos que você tenha configurado um pendrive ou um SD Card para “ampliar” a RAM através do ReadyBoost, caso em que a nova partição receberá a letra F.

ObservaçãoÉ possível alterar as letras em questão abrindo a pasta Computador e, na coluna à esquerda, dando um clique direito em Computador e selecionando a opção Gerenciar.
  
O resto fica para o próximo capítulo.

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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

VEJA COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL

RIDE BENE CHI RIDE L'ULTIMO. 

Depois que os HDDs se tornaram gigantescos, até os PCs mais baratos passaram a integrar drives de 500 GB a 1 TB, e com isso os usuários foram desobrigados de se preocupar com armazenamento de dados. Mas fartura de espaço não é sinônimo de espaço ilimitado; quem coleciona filmes em alta definição e/ou toneladas de música em .mp3 precisa ter em mente que, mais hora, menos hora, o Windows vai “chiar” ― até porque, para funcionar adequadamente, o sistema operacional precisa de pelo menos 20% livres na unidade em que está instalado.

Nos SSDs essa história é um pouco diferente (confira na sequência que eu publiquei recentemente sobre a memória de massa do computador). Embora sejam superiores aos modelos eletromecânicos sob diversos aspectos, os drives sólidos de grandes capacidades custam caro e equipam quase que exclusivamente PCs top de linha ― nos demais, eles raramente estão presentes, e quando estão, dificilmente oferecem mais de 256 GB.

Pendrives de grande capacidade e HDDs externos são boas opções para armazenar vídeos, músicas, imagens, backups e tudo mais que não precisa dividir espaço com o Windows na partição do sistema. E o mesmo valeria para CDs e DVDs graváveis, se a maioria dos fabricantes de notebooks não tivesse eliminado os drives ópticos de seus produtos.

Enfim, se você dispõe de pouco espaço livre em disco (entenda que “disco”, neste contesto, é a memória de massa do PC, independentemente da tecnologia do dispositivo em si), remova os aplicativos inúteis e transfira arquivos de backup, vídeos e músicas para outras mídias. Para evitar que seus arquivos se agigantem a ponto de comprometer o desempenho do sistema operacional, repita o procedimento regularmente ou, se preferir, particione o drive em duas (ou mais) unidades lógicas. Assim, você poderá reservar a unidade C para o sistema e os aplicativos mais usados e concentrar todo o restante na unidade D (ou qualquer que seja a letra que você atribuir à partição recém-criada).

O próprio Windows permite modificar a localização padrão de arquivos e pastas, como veremos depois que tratarmos do particionamento da unidade de sistema. Acompanhe isso e muito mais nas próximas postagens.

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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

AINDA SOBRE DRIVES SÓLIDOS (SSD) ― DICAS

MUITAS VEZES É A FALTA DE CARÁTER QUE DECIDE UMA PARTIDA. NÃO SE FAZ LITERATURA, POLÍTICA E FUTEBOL COM BONS SENTIMENTOS.

Se você instalou um SSD (detalhes na postagem anterior), usar o AHCI (Advanced Host Controller Interface), que está presente na maioria das placas-mãe de fabricação recente e costuma vir ativado por padrão, pois melhora o desempenho do drive em até 15%, é fundamental para garantir o aproveitamento de todos os recursos das unidades que trabalham com o barramento SATA.

O AHCI exige um driver especial, que deve ser adicionado e ativado por ocasião da instalação do Windows. Na falta dele, o sistema usará um driver genérico, que, como sabemos, não proporciona os melhores resultados (mais detalhes na sequência de postagens iniciada por esta aqui).

Observação: AHCI (Advanced Host Controller Interface) está presente nos chips Intel mais modernos. No BIOS, geralmente há 3 configurações disponíveis: IDE, AHCI e RAID. As últimas duas requerem a inclusão de um driver especial, que pode ser feita na instalação do sistema operacional por meio da tecla F6 e o auxílio de um pendrive. Dentre outras vantagens, o modo AHCI permite que as unidades SATA aceitem mais de um comando por vez e os reorganizem dinamicamente para máxima eficiência; oferece suporte à troca a quente (hot plugging) de dispositivos e suporte a rotações escalonadas entre várias unidades no momento da inicialização. Se você instalou o Windows no modo IDE (o que significa que você não usou a tecla F6 nem forneceu um disco de driver), a simples troca da configuração BIOS para o modo AHCI, acompanhada da reinicialização, fará com que o Windows falhe e demandará uma instalação de reparo. Apesar de ser possível instalar o driver em questão a posteriori, a maioria dos especialistas aconselha reinstalar o Windows se a finalidade for ativar o AHCI. Para mais informações, clique aqui.

Para verificar qual driver está instalado e fazer atualizações, você pode acessar o Gerenciador de Dispositivos”, dar um clique direito sobre Controladores IDE/ATA ATAPI (isso lhe permitirá ver informações sobre a versão do driver e outros detalhes). Mas é bem mais prático e seguro recorrer ao Driver Booster ou ao Driver Max, apenas para ficar nos exemplos que eu já analisei no Blog (a propósito, reveja esta postagem).

Outro ajuste recomendável ― independentemente de a unidade de armazenamento de massa ser sólida ou eletromecânica ― pode ser feito através das Opções de Energia. No Windows 10, clique no botão Iniciar > em Configurações > Sistema > Energia e Suspensão e, no Plano de Energia ativo, selecione Alto Desempenho. Notebooks costumam priorizar o consumo de energia para favorecer a autonomia da bateria, mas a despeito de a Microsoft sugerir a opção Equilibrado (recomendável), eu recomendo configurar seu sistema para Alto desempenho ― só não se esqueça de mudar esse ajuste sempre que for usar seu portátil sem uma tomada à mão para plugar a fonte de alimentação.

Até a próxima.

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terça-feira, 21 de novembro de 2017

AINDA SOBRE DRIVES SÓLIDOS ― SATA X PATA

AUJOURD’HUI ROI, DEMAIN RIEN.

Instalar um SSD SATA III numa placa-mãe que não suporta essa versão do barramento pode não justificar o investimento e o trabalho, conforme eu disse na postagem anterior. Para entender isso melhor, vejamos conceitos de informatiquês traduzidos para o português. Acompanhe.

Se compararmos o processador ao “cérebro” do PC, a placa-mãe (ou motherboard, ou ainda placa-de-sistema) será seu “coração”. É ele que integra o BIOS e o chipset, que provê funcionalidade ao computador e determina, dentre outras coisas, quais processadores podem ser utilizados, o tipo e a quantidade máxima de memória suportada, as frequências dos barramentos, a quantidade de slots de expansão, portas seriais, paralelas e USB (que definem quais e quantos dispositivos podem ser agregados ao sistema), além de oferecer soquetes para o processador e para os módulos de memória, controladoras para interfaces SATA e/ou IDE/ATA (drives de HD e ópticos), conectores para teclado e mouse, sem mencionar os indefectíveis reguladores de tensão, circuitos de apoio, bateria e outros que tais.

Para entender melhor os barramentos, podemos compará-los a linhas de metrô ― que, no computador, interligam o processador, as memórias e os demais dispositivos e pelas quais trafegam uma quantidade absurda de dados.

Observação: Não confunda barramentos com slots: ainda usando a analogia do metrô, um barramento seria um linha (física) e um slot, uma estação de desembarque ― na forma de soquetes e conectores onde são encaixadas as placas de expansão (vídeo, modem, som, rede, etc.) e conectados os cabos lógicos através dos quais os periféricos se comunicam com a placa.

Os primeiros PCs utilizavam um único barramento geral, já que a convivência entre componentes rápidos (como a CPU e a memória) e lentos (como os periféricos) não causava grandes prejuízos à performance do sistema. Mais adiante, conforme os dispositivos foram se tornando mais rápidos, surgiram novos barramentos (frontal, local, backside, de I/O, etc.). Note que cada slot está associado a um barramento, mas a placa-mãe pode manter barramentos sem associá-los a slots, como era o caso do ISA, no tempo em que o controlador de drive de disquetes, o alto-falante, as portas seriais, paralelas e OS/2 ainda dependiam dele.

O padrão SATA (de Serial AT Attachment) foi desenvolvido no final dos anos 1990 a partir de uma iniciativa da Intel, pois tecnologias futuras de armazenamento de dados exigiriam taxas de transferência não suportadas pelo PATA (de Parallel ATA, também conhecido como ATA ou IDE ATA). As principais diferenças entre essas tecnologias estão na maneira como os dados são transferidos e nos cabos de dados e de energia. No SATA, os bits trafegam em série, um de cada vez, ao passo que no PATA eles seguem em paralelo, com blocos de 16 bits cada. 

Em tese, mais bits sendo transferidos simultaneamente proporcionam maior velocidade, mas a perda de dados decorrente de interferências ― fenômeno conhecido como ruído ― e de outros fatores cuja discussão foge aos propósitos desta abordagem limitou a taxa de transferência do PATA 133 a 1 Gbps. Já no SATA ruído é praticamente inexistente, mesmo em frequências (clock) elevadas, de modo que sua taxa de transferência chega 6 Gbps. Além disso, os cabos que conectam os drives às interfaces SATA da placa-mãe têm dimensões reduzidas (são apenas 4 vias em vez das 40 ou 80 vias dos cabos flat usados no PATA, como você pode ver na imagem que ilustra esta postagem). E por ocuparem menos espaço, os cabos do SATA não atrapalham a circulação de ar no interior do gabinete, minimizando problemas de superaquecimento. Isso sem mencionar que é  praticamente impossível conectar um cabo SATA de maneira invertida, ao contrario dos cabos flat do PATA, que entravam na posição errada sem grande esforço do integrador ― e o mesmo se aplica aos conectores de alimentação elétrica.

É mais vantajoso usar o SATA também com HDDs convencionais (eletromecânicos), tanto pelas taxas de transferência mais elevadas quanto por esse padrão dispensar a configuração MASTER/SLAVE (cada dispositivo utiliza um único canal de transmissão) e oferecer suporte ao hot-swap ― que permite a troca do drive “a quente”, ou seja, com o computador ligado, o que é muito útil em servidores, embora essas máquinas costumam usar o SAS (Serial Attached SCSI), mas isso também foge aos propósitos desta abordagem. 

Por hoje chega, pessoal. Amanhã a gente retoma daqui.

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

AINDA SOBRE OS DRIVES SÓLIDOS (SSD)

MEGLIO TARDI CHE MAI. 

Quase ninguém mais monta PCs por conta própria hoje em dia ― não só porque sai mais barato comprar um modelo de grife, mas também pelo fato de os notebooks serem mais versáteis, substituírem com vantagens o computador de mesa e ainda poderem ser levados de casa para o escritório, para a casa de praia ou de campo, em viagens de trabalho, enfim... 

Ainda assim, algum gato-pingado pode achar que vale a pena investir uma grana na troca do drive de HD do seu desktop velho de guerra por um modelo de estado sólido. Eu, particularmente, acho melhor comprar um PC com essa tecnologia já embarcada, mas se você acha que sua máquina vale o investimento, não deixe de conferir qual a versão do barramento SATA suportado pela placa-mãe, porque instalar um SSD que opera em SATA III num PC cuja placa não vai além do SATA II pode não ser vantajoso do ponto de vista da performance nem justificar o desembolso (voltaremos a esse assunto oportunamente).

Algumas placas trazem essa informação impressa no próprio chassis, mas é mais fácil consultar o manual do aparelho (no caso de um PC de grife) ou da própria motherboard (no caso de uma integração caseira). Caso você não disponha dessa documentação ― ou ela não inclua essa informação ―, faça uma busca no Google a partir da marca e modelo da placa, 

Falando no vil metal, drives sólidos de grandes capacidades custam caro, mas modelos híbridos (SSHD) já são encontrados a preços mais palatáveis. A rigor, esses dispositivos são drives eletromecânicos que dispõem também de chips de memória flash, e assim proporcionam um ganho de performance considerável. Mas tenha em mente que os drives híbridos não são a melhor opção para quem trabalha com softwares pesados ou é fã de games radicais ― situação na qual um SDD “puro” é a melhor solução.

Note também que, se adicionar um drive sólido no seu computador e mantiver o HDD, você não deve ceder ao comodismo e deixar o Windows na unidade eletromecânica. Em outras palavras, ou se reinstala o sistema e todos os drivers no SSD, ou não se usufrui integralmente do potencial que essa unidade tem a oferecer.

Continuamos na próxima postagem.

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terça-feira, 14 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― FINAL

QUEM FALA O QUE QUER OUVE O QUE NÃO QUER.

Se os drives sólidos, (SSD na sigla em inglês) ainda não aposentaram os HDDs eletromecânicos, é porque seu custo de fabricação torna muito caras as unidades com com grande capacidade de armazenamento.

SSDs são compostos basicamente por células de memória flash e uma controladora ― que gerencia o cache de leitura e gravação dos dados, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, e por aí vai. Eles não têm motor, pratos, braços, agulhas eletromagnéticas nem qualquer outra peça móvel, razão pela qual são menores, mais resistentes e milhares de vezes mais rápidos que os discos rígidos tradicionais, sem mencionar que seu baixo consumo de energia os torna uma excelente opção para os fabricantes de notebooks.

Como não há pratos magnéticos formatados em trilhas, setores e cilindros para armazenar os arquivos ― nos SSDs, a gravação/leitura é feita mais ou menos como na memória RAM ―, a fragmentação dos dados não chega a ser um problema. Portanto, embora seja possível desfragmentar esses drives, os fabricantes recomendam não o fazer ― primeiro, por não trazer benefício algum; segundo, porque a desfragmentação consiste numa longa sequência de leituras e regravações, e o número de vezes que uma célula de memória flash pode ser regravada não é infinito.

Observação: Segundo os fabricantes, os SSDs duram entre 5 e 10 anos ― o que pode parecer pouco, mas quem é que ainda não trocou o computador, hoje em dia, depois de 5 anos de uso? Mesmo assim, diante da possibilidade de uma ou outra célula de memória falhar antes do tempo, o controlador do drive é incumbido de remapear as páginas defeituosas (utilizado setores de uma área de armazenamento temporário) conforme os defeitos vão surgindo, o que concede uma "sobrevida" aos drives sólidos.

Como eu disse mais cedo, o grande entrava na popularização dos SSDs é o custo de produção. Daí os modelos de grandes capacidades serem direcionados a notebooks top de linha (e preços estratosféricos) e as máquinas de preços mais acessíveis manterem a tecnologia anterior (mídia eletromagnética) ou combinarem um drive sólido de capacidade modesta com um HDD com profusão de espaço. E como os SSDs funcionam melhor com pelo menos 25% de espaço livre (isso evita que os blocos de memória “encham” e, consequentemente, preservam a performance original do drive), o indicado é instalar neles apenas o sistema operacional e os aplicativos mais usados e manter o restante no HDD.

Como qualquer outro componente do PC, o SSD depende de drivers de hardware para funcionar, sendo importante mantê-los sempre atualizados, notadamente se o drive estiver instalado numa controladora AHCI, que aumenta o desempenho do “disco” em até 15% em relação à IDE (voltaremos a esse assunto em outra oportunidade).

Observação: Drivers (ou controladores) são programinhas de baixo nível (designação que nada tem a ver com o grau de sofisticação do software, mas sim com seu envolvimento com o hardware) que funcionam como uma “ponte” entre o sistema operacional e os dispositivos de hardware que integram ou estão conectados ao computador. Sem o driver da impressora, por exemplo, o sistema não saberia qual é a versão do aparelho, em qual porta ele está conectado, se está ou não funcional, se há papel na bandeja e tinta nos cartuchos, e assim por diante.

Outra maneira de aumentar consideravelmente o desempenho dos SSDs é habilitar o TRIM, que identifica blocos de memória com dados inválidos e apaga o conteúdo automaticamente. Para conferir se esse recurso está ativo e operante, abra o prompt de comando e digite fsutil behavior query DisableDeleteNotify. Se a resposta for 0, o TRIM está ativo; se for 1, digite o comando fsutil behavior set DisableDeleteNotify 0 e o recurso será ativado.

Assista a um comparativo interessante entre o HDD e o SSD (se o vídeo não abrir, siga este link: https://youtu.be/rjCmLJtITK4).


Bom feriado e até quinta-feira.

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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 8

O BRASIL ESTÁ DOMINADO POR FACÇÕES CRIMINOSAS. DOS PRESÍDIOS AOS PALÁCIOS.

Qualquer suíte de manutenção que se preza oferece módulos destinados tanto à correção de erros no HDD quanto à desfragmentação dos arquivos. Esses programinhas tendem a ser mais rápidos e até mais eficientes que as ferramentas nativas do Windows, mas, na opinião de alguns analistas, o Defrag já é tão bom quanto ― ou até melhor que ― seus equivalentes de varejo.

Eu uso e recomendo o Smart Defrag, que é rápido, tem interface amigável e oferece uma vasta gama de recursos adicionais, como a desfragmentação off-line (feita durante a inicialização, de maneira a agir sobre arquivos que ficam inacessíveis quando o sistema operacional está carregado), a otimização (que regrava os arquivos do sistema no início do disco para acelerar o desempenho), a consolidação do espaço livre, e por aí vai. Para conhecer outras opções, digite “desfragmentação” no campo de pesquisas do Blog e pressione a tecla Enter.

Mesmo que as encarnações recentes do Windows ― se instaladas em partições formatadas com o sistema de arquivos NTFS ― sejam menos sujeitas à fragmentação do que suas predecessoras ― que usavam por padrão a FAT 32 ―, convém rodar mensalmente o Defrag ou outro desfragmentador de sua preferência, pois desfragmentações muito espaçadas tendem demorar muito para ser concluídas.

Tenha em mente que, embora seja necessária, a desfragmentação sempre envolve o risco de algum arquivo ser remanejado para setores defeituosos do disco (os famosos bad blocks) e apresentar problemas de leitura ou ficar inacessível. Por isso, antes de rodar o Defrag (ou outra ferramenta análoga), convém checar a “saúde” do drive com Chkdsk ou outra ferramenta similar (também disponibilizadas pelas melhores suítes de manutenção).

Via de regra, os discos rígidos dispõem de um estoque de setores “de reserva”, dos quais o Chkdsk e seus equivalentes se valem para substituir os badblocks. Mas esse estoque é limitado, a substituição nem sempre funciona a contento e, para piorar, setores defeituosos têm o mau hábito de se reproduzir feito coelhos. Então, ao primeiro sinal de problemas, você deve fazer um backup de seus arquivos importantes e programar a substituição do HDD com a possível urgência.

Observação: Badblocks podem ser produzidos por desligamentos inadequados (como os que acontecem quando o fornecimento de energia é interrompido inesperadamente), mas também decorrem do mau funcionamento do drive ou de algum de seus componentes, de trepidações e impactos, enfim... Se você tem um notebook e costuma levá-lo de um lado para outro, habitue-se a desligar o aparelho quando for transportá-lo ― ou, no mínimo, coloque o sistema para Hibernar ― evite o modo Suspender, pois aí o desligamento é parcial e o HDD continua sujeito aos efeitos danosos de sacolejos e impactos.

Enfim, para convocar o Chkdsk no Windows 10, abra a pasta Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive desejado (caso haja mais de um), clique em Propriedades > Ferramentas > Correção de erros > Verificar agora... e siga as instruções na tela. Se houver erros a corrigir e/ou setores defeituosos a reparar, será preciso reiniciar o computador, já que a ferramenta precisa ter acesso exclusivo à unidade de sistema e isso só é possível antes de o Windows ser carregado.

Você pode executar o Chkdsk via prompt de comando (veja mais detalhes sobre o prompt de comando no Windows 10 nesta postagem). Para isso, acesse o prompt com prerrogativas de administrador, digite o comando CHKDSK X: /F (substitua o “X” pela letra correspondente à unidade desejada), pressione a tecla Enter e aguarde a realização da checagem. Note que é preciso incluir o parâmetro /F, ou o chkdsk será executado no modo de leitura e se limitará a identificar eventuais problemas ― ou seja, não procederá às devidas correções. Note também que boas ferramentas de manutenção ― como o Advanced System Care, da IOBit ― integram módulos que realizam essa tarefa de maneira mais simples e rápida.

No próximo capítulo a gente conversa sobre a desfragmentação de unidades SSD e encerra esta sequência. Até lá.

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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 7

LEMBRE-SE DE QUE GRANDES REALIZAÇÕES E GRANDES AMORES ENVOLVEM GRANDES RISCOS.

Recapitulando: conforme a gente cria, edita e deleta arquivos, instala e remove aplicativos e executa determinados procedimentos de manutenção, surgem lacunas ao longo das trilhas do HDD (detalhes no capítulo 4), que o Windows tenta preencher conforme grava novos arquivos. A questão é que esses arquivos nem sempre cabem integralmente nesses espaços, e aí o sistema os fraciona e distribui os “pedaços” pelos clusters livres que vai encontrando ao longo das trilhas.

Essa solução funciona bem quando a máquina é nova e o HDD está vazio, mas o uso do computador torna os arquivos tão “fragmentados” que, na hora de carregá-los na memória RAM, as cabeças magnéticas do drive atuam como se montassem um grande quebra-cabeça, já que os fragmentos podem estar no final da trilha, em outra trilha, em outra face do disco ou até mesmo em outro disco. E quanto mais fragmentados os arquivos estiverem, mais tempo será necessário para remonta-los, daí porque a fragmentação deixa o computador mais lento.

O Windows ganhou um desfragmentador nativo na edição 95, mas até o surgimento do XP que usar a ferramenta era um teste de paciência: além de o procedimento demorar horrores, era preciso executá-lo no modo de segurança ou, no mínimo, encerrar os aplicativos e fechar todos os processos listados no Gerenciador de Tarefas (com exceção do EXPLORER e do SYSTRAY), de modo a evitar que qualquer modificação no conteúdo do drive forçasse o programinha a reiniciar, conferir tudo que havia e feito e só então retomar a tarefa do ponto em que havia parado.

Nas encarnações mais recentes do Windows, é possível agendar o Defrag para rodar num horário em que a máquina estiver ociosa ― ou mesmo executá-lo em segundo plano e continuar trabalhando com o computador. No entanto, como a desfragmentação consiste basicamente em localizar todos os “pedaços” dos arquivos, salvá-los temporariamente na memória, definir o melhor local para acomodá-los em então regravá-los em clusters contíguos, o sistema tende a ficar consideravelmente lento durante o processo. Então, a menos que você tenha uma CPU de responsa e memória RAM de sobra, evite operar a máquina enquanto a desfragmentação está em curso.

Tanto o Defrag quanto os desfragmentadores de varejo evoluíram bastante nos últimos anos. Além disso, o NTFS tornou “mais inteligente” a maneira como o Windows gerencia os arquivos ― para prevenir a fragmentação, eles são gravados no primeiro espaço vago capaz de abrigá-los integralmente, ou seja, os clusters livres que porventura existam no início da trilha são desconsiderados, a menos que sejam suficientes para armazenar o arquivo inteiro. Aliás, isso levou a Microsoft a automatizar o Defrag no Windows Vista e suprimir o comando que até então permitia acionar a ferramenta manualmente, mas a mudança não foi bem aceita pelos usuários e a empresa voltou atrás no Windows 7.

No Windows 10, podemos convocar o Defrag clicando no botão Iniciar e selecionando a opção respectiva sob Ferramentas Administrativas, mas é mais fácil fazê-lo a partir da pasta Computador, dando um clique direito no ícone que representa a unidade que desejamos desfragmentar, selecionando Propriedades, abrindo a aba Ferramentas e pressionando o botão Otimizar.

O resto fica para o próximo capítulo, pessoal. Até lá.

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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 5

ESPERE O MELHOR, PREPARE-SE PARA O PIOR E VIRE-SE COM O QUE VIER.

Continuando de onde paramos na postagem da última quarta-feira: a FAT 16 opera com, no máximo, 2 GB ― para aplicá-la num drive de 5 GB, por exemplo, ocupar todo o espaço disponível exigiria criar duas partições de 2 GB e uma terceira de 1 GB, também por exemplo. Por conta disso, a Microsoft passou a utilizar a FAT 32 nas edições 95 (versão OSR 2) 98 e ME do Windows, e o (bem mais avançado) NTFS a partir das edições 2000 e XP. Mas vamos por partes.

A FAT trabalha com clusters, que, como vimos, são conjuntos de setores do disco rígido. Na FAT16, cada cluster pode armazenar 2 KB, 4 KB, 8 KB, 16 KB ou 32 KB. Note que esse tamanho é uniforme ― ou seja, não pode haver, na mesma unidade, clusters de tamanhos diferentes. Cada arquivo utiliza tantos clusters quantos forem necessários para contê-lo integralmente; um arquivo com 50 KB, por exemplo, pode ser gravado em 2 clusters de 32 KB cada, mas isso desperdiçaria 16 KB, pois a sobra não pode ser destinada a gravação de dados pertencentes a outro arquivo. Daí se conclui que o maior problema do sistema FAT, além da limitação a 2 GB, é o brutal desperdício de espaço.

Explicando melhor: FAT 16 usa 16 bits para endereçamento dos dados (daí o número 16 na sigla), o que, na prática, significa que ele pode trabalhar com, no máximo, 65536 clusters (216). Então, 65536 clusters de 32 KB cada resulta num espaço total de 2.097.152 KB, que corresponde a 2 GB (note que, quando maior for o cluster, maior será, consequentemente, o desperdício de espaço). Já a FAT 32 utiliza 32 bits no endereçamento de dados e suporta o uso de clusters menores (de 4 KB, p.ex.), reduzindo significativamente o desperdício de espaço.

O limite da FAT 32 é de 2 terabytes (TB). No entanto, se repetirmos o cálculo anterior considerando 32 em vez de 16 (232) e multiplicarmos o resultado pelo tamanho máximo do cluster (também 32), chegaremos a 128 TB. A questão é que, embora cada endereçamento tenha 32 bits, no número máximo de clusters, são considerados apenas 28 bits. Daí termos 228, que dá 268.435.456, ou seja, aproximadamente 268 milhões de clusters, que, multiplicados esse número por 32, resultam em 8 TB.

Ainda faltam 6 TB, mas isso se explica pelo fato de a Microsoft ter limitado a FAT 32 a 232 considerando o número máximo de setores, não de clusters. Como cada setor possui 512 bytes (ou 0,5 kilobyte), a conta a ser feita é 232 (4.294967296) multiplicado por 0,5, que dá 2.147.483.648 KB, ou seja, 2 TB ― de outra forma, poderia haver problemas com a inicialização do sistema operacional devido a limitações na área de boot. 

Observação: Volto a lembrar que setor e cluster são coisas distintas; o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, que é formado por um conjunto de setores, remete à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Por hoje está de bom tamanho, pessoal. Continuaremos no próximo capítulo, quando então falaremos formato de arquivos NTFS e (finalmente) da desfragmentação dos dados. Até lá.

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