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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

MITO OU VERDADE?

QUEM ANDA NA CORDA BAMBA ÀS VEZES CAI

Celulares modernos usam baterias de íons de lítio (Li-Ion), que não estão sujeitas ao "efeito memória". Além de dispensarem ciclos completos de carga (para saber mais, clique aqui), elas interrompem a passagem da corrente elétrica quando a recarga se completa. Assim, você não precisa (e nem deve) esperar a bateria "zerar" ou o aparelho desligar automaticamente para colocá-lo na carga, nem — muito menos — deixá-lo carregando por 12 ou 24 horas de usá-lo pela primeira vez.

Baterias de íons de lítio funcionam com base em ciclos de carga que terminam quando 100% da energia é consumida e foram projetadas para suportar mais ciclos de carga mantendo 80% da capacidade original. Você pode, por exemplo, utilizar 60% da capacidade em um dia, recarregar a bateria totalmente e usar os 40% restantes no dia seguinte, perfazendo um ciclo completo a cada dois dias.

Também é possível — embora não seja recomendável — usar o aparelho durante a recarga. O risco de alguém morrer ou ficar seriamente ferido por uma explosão da bateria são tão remotas quanto as de acertar a Mega Sena acumulada, e em dois sorteios consecutivos.

É fato que casos graves relacionados com essa prática já foram registrados. Em 2013, uma aeromoça chinesa morreu eletrocutada quando saiu do banho para atender uma ligação em seu iPhone 5, que estava carregando (o causador da tragédia não foi o aparelho, mas a "burrice" de sua dona). No mês passado, um adolescente sofreu queimaduras graves pelo corpo ao ligar o carregador num local onde havia produtos químicos que ele estava manuseando (nesse caso, a perícia apurou que nem o celular nem o carregador apresentavam sinais de explosão).

Riscos de incêndio ou explosão envolvendo smartphones são pífios quando a bateria e o carregador são originais ou, no mínimo, de marcas homologados pelo fabricante do aparelho. Para que a bateria exploda, a temperatura precisa atingir 130°C; no interior de um carro estacionado sob o sol causticante do verão tupiniquim, o termômetro dificilmente passa de 60°C — calor suficiente para a gente se sentir numa sauna e até para o celular desligar automaticamente, mas não para a bateria explodir.

Por outro lado, usar o smartphone enquanto a bateria recarrega é como abrir a torneira para encher a pia da cozinha e não tampar o ralo. E a demora será maior ainda com um carregador veicular ou com a portinha USB do PC servindo de fonte de energia, já que a amperagem da rede elétrica do imóvel é bem maior.

Considerando que tanto o sistema operacional quanto os apps que rodam em segundo plano consomem energia mesmo com o celular em stand-by, e que todo dispositivo computacional precisa ser reiniciado de tempos em tempos — e o smartphone não é exceção —, por que não unir o útil ao necessário desligando dito-cujo antes de colocá-lo na carga?

ObservaçãoAtivar o modo avião reduz o consumo de energia, mas não elimina arquivos temporários nem limpa o cache de memória ou exclui “sobras” de apps que já foram encerrados mas não devolveram todo o espaço que ocupavam na RAM, entre outros benefícios proporcionados por um saudável reboot.

terça-feira, 24 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (PARTE 6)


JABUTI EM ÁRVORE, SÓ POR ENCHENTE OU MÃO DE GENTE.

Como já foi dito, diferentemente das antigas baterias de Níquel-Cádmio que alimentavam celulares e notebooks nos tempos de antanho, as atuais, de íons de lito ou de polímeros de lítio (tecnologia desenvolvida pela Sony em 1991), não estão sujeitas ao “efeito memória” (detalhes na postagem anterior).

Portanto, esqueça aquela história de que é preciso esperar o aparelho desligar sozinho antes de colocá-lo na carga, pois você pode fazê-lo quando bem entender, esteja a bateria abaixo dos 10%, acima dos 90% ou com qualquer percentual de carga entre esses dois patamares. Também não há problema em dar uma “meia-sola” — isto é, desligar o carregador antes que o indicador de carga da bateria atinja os 100% —, pois nem sempre podemos esperar duas ou três horas até que a recarga completa seja concluída.

Antigamente, heavy users resolviam o problema da autonomia (ou da falta dela) com uma bateria extra — aliás, alguns carregadores ofereciam dois encaixes, um para carregar a bateria acoplada ao telefone e o outro para uma bateria reserva. Hoje, o carregamento rápido (recurso que já integra boa parte dos aparelhos recém-lançados) promete acabar com as tediosas horas de espera, levando as baterias de 0 a 50% de carga em poucos minutos.

Em tese, recarregar a bateria quando ela ainda tem meia carga pode dobrar sua vida útil, que é medida por ciclos — cada ciclo representa uma descarga completa e uma recarga de 100%. No Brasil, a Anatel estabelece um mínimo de 300 ciclos, ou seja, a bateria deve suportar pelo menos 300 recargas completas. Assim, meia carga representa meio ciclo; se o dispositivo suportar 300, que é o mínimo para ser homologado pela ANATEL, esse número, em tese, aumenta para 600. Por outro lado, considerando que a evolução tecnológica tende a levar os usuários a substituir produtos de ponta por modelos ainda mais avançados em intervalos cada vez mais curtos, é provável que você já tenha comprado um telefone novo quando a bateria do antigo começar a dar sinais de exaustão.

Smartphones fabricados na última década contam com baterias capazes de interromper a passagem de corrente quando a recarga é completada, mas, mesmo assim, remova o carregador da tomada e desconecte-o do celular (nessa ordem) assim que o sinal de carga completa for exibido.

O tempo de recarga varia conforme o modelo do aparelho, as características da bateria e a potência do carregador — e, claro, a quantidade de energia remanescente —, mas não costuma levar mais que três horas. Dito isso, ao comprar um telefone novo, você não precisa deixar a bateria carregando por 12, 18 ou 24 horas (mais detalhes na postagem do último dia 19).

Mesmo com um carregador original — convencional ou automotivo —, evite manter o celular carregando por mais tempo que o necessário. Mal comparando, seria como colocar na pia uma panela onde cabe um litro de água, abrir a torneira e voltar dali a de dez minutos. A panela não sofreu qualquer dano, porque a água excedente desceu pelo ralo, mas esse desperdício seria evitado se você tivesse fechado a torneira quando a panela estivesse cheia.

Muita gente coloca o celular na carga à noite, antes de se deitar, e só o tira na manhã seguinte. Evite. Além gerar calor e um gasto desnecessário de energia (alguns reais a mais na conta de luz no final do mês, caso você adote essa prática noite após noite), isso abrevia a vida útil do carregador. Talvez não cause danos ao telefone nem resulte na explosão da bateria, embora existam possibilidades reais — bastante remotas, é bom que se diga — de isso acontecer. Mas, podendo evitar, por que não o fazer?

Continua...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

SMARTPHONES — MITOS E VERDADES

TODA TOLICE, POR MAIS GROSSEIRA QUE SEJA, SEMPRE ENCONTRA SEQUAZES.

Para a maioria das pessoas, o smartphone é a opção primária de acesso à Internet. Sendo “ultraportátil”, o telefoninho pode ser levado a toda parte e utilizado a qualquer momento para navegar na Web, pagar contas, fazer compras, acessar redes sociais etc. E até mesmo — pasmem! — para telefonar. 

Tanto é que, mesmo nesta Belíndia chamada Brasil, onde sobra mês no final do salário de quem ainda tem emprego, o número de linhas móveis ativas supera o de habitantes. No entanto, o versátil aparelhinho precisa “comer muito feijão” para aposentar de vez o PC de mesa (que um notebook pode substituir com vantagens, conforme já discutimos em outras oportunidades).

Diferentemente dos celulares da era pré-iPhone, os smartphones são microcomputadores ultraportáteis. Como a maioria de seus recursos e funções é provida pelo sistema operacional (Android ou iOS) e pelos aplicativos, deixou de ser necessário passarmos dias ou semanas “reaprendendo” a usar o aparelho sempre que compramos um modelo novo. A não ser que mudemos do Android para o iOS ou vice-versa. E mesmo assim a ambientação será menos penosa se lermos o manual que o fabricante disponibiliza em seu website. Mas o fato é que muita gente não se ao trabalho de ler , até porque “o Google tem resposta pra tudo”. 

O Google tem resposta para tudo, mas é preciso ter o cuidado de "filtrá-las", pois muitas informações disponíveis na Web (sobre seja lá o que for) não têm respaldo técnico nem embasamento empírico confiável. Isso sem mencionar que um sem-número de dicas que “valiam” no início da década passada já não se aplicam mais.

Remover arranhões da tela usando creme dental é um bom exemplo da exemplo. Esse “truque” funcionava nos tempos de antanho, quando o display exibia apenas ícones monocromáticos indicativos de intensidade do sinal, carga da bateria e correio de voz, além dos números chamados ou que originaram as chamadas, o tempo de duração das ligações e eventuais mensagens de texto curtas (SMS). Nos modelos atuais, o dentifrício pode causar danos nos displays LCD touchscreen, que devem ser protegidas por películas autoadesivas (preferencialmente as de vidro, que são mais resistentes).

A mobilidade favorece o uso do celular em trânsito, o que aumenta o risco de acidentes. Se o aparelho sofrer uma queda e a tela trincar, por exemplo, não existe gambiarra que dê jeito. Ou se manda trocar a tela, ou compra-se um aparelho novo (dependendo do modelo em questão e do tempo de uso, o molho pode ficar mais caro do que o peixe).

O seguro custa caro (a anuidade pode chegar a custar 50% do valor do bem, sem mencionar que ainda há a franquia), não indeniza o segurado em caso de furto ou perda nem tampouco cobre danos físicos e/ou elétricos, a menos que essas coberturas sejam contratadas em separado (o que aumenta ainda mais o valor do prêmio).

Com a possível exceção de modelos water resistant ou water proof, um temporal inesperado pode causar sérios danos ao telefone, daí ser recomendável levar no bolso ou na bolsa uma sacolinha plástica, daquelas de supermercado. Assim, se você for pego no contrapé, bastará colocar o aparelho dentro da sacola e fechá-la com um nó cego.

Já se o celular cair na piscina ou no vaso sanitário, p.ex., quanto menor for o tempo de submersão, maior será a chance de ele sobreviver ao afogamento. Portanto, resgate-o o quanto antes, desligue (mesmo que ele esteja funcionando), remova o chip (SIM-Card) e, se possível, a bateria (caso não saiba abrir o aparelho, consulte o manual ou acesse o site pt.Ifixit.com), seque o melhor que puder com papel toalha e complete o serviço usando um secador de cabelos (ajustado para soprar ar frio ou, no máximo, morno). 

O ideal seria levar o telefone a uma assistência técnica com a máxima urgência, mas isso nem sempre é possível em época de pandemia, com fase vermelha nos finais de semana. E o cenário será ainda pior quando o “afogamento” se der no mar, já que a água salgada não perdoa.

Muita gente desdenha a dica do arroz. Diz que o cereal só absorve a umidade que fica na superfície, que a placa precisa ser submetida a um banho químico e blá, blá, blá. Trata-se de uma gambiarra antiga (eu mesmo a publiquei cerca de 12 anos atrás), que parece coisa do Mundo de Beakman. Mas eu soube de casos de casos em que aparelho voltou a funcionar e jamais apresentou problema algum. Ademais, o que você tem a perder?

Observação: Após secar bem o aparelho, o chip e a bateria, coloque tudo numa tigela, cubra com arroz cru e deixe ficar de 48 a 72 horas. E reze. Se não ajudar, atrapalhar é que não vai.  

No que diz respeito à bateria, sugiro ler a sequência iniciada nesta postagem. Relembro apenas que baterias de íon de lítio (ou polímero de lítio), que substituíram os modelos de níquel-cádmio, não estão sujeitas ao “efeito memória”. Portanto, não é necessário — nem aconselhável — “zerar” a bateria antes de colocá-la na carga, até porque isso pode causar reações químicas que, com o tempo, reduzem a vida útil do componente (para prevenir esse problema, o sistema de gerenciamento da bateria desliga o aparelho quando a reserva de carga atinge 5%).

Você pode carregar a bateria quando bem entender, mas eu sugiro fazê-lo quando o nível de carga estiver entre 50% e 30% e desligar o carregador quando o indicador atingir 100%. Embora o sistema de gerenciamento seja projetado para interromper o fornecimento de energia quando a bateria estiver totalmente carregada, ninguém revogou a lei de Murphy. Se algo der errado com o circuito (o que não é exatamente incomum nos carregadores “xing-ling”), a bateria pode estufar e até explodir. 

Em contato com o oxigênio, o íon de lítio causa a expansão dos componentes internos da bateria, forçando a dilatação de suas paredes, e o vazamento dos compostos pode danificar os frágeis circuitos do aparelho. Um carregador rápido costuma ter 8 vezes mais potência do que o modelo convencional, mas, em condições normais, não causa danos à bateria no longo prazo, pois aplicam um pico de tensão nos primeiros 15/20 minutos (o que fornece de 50% a 70% de carga) e depois desaceleram o processo.

Convém utilizar sempre que possível o carregador e o cabo fornecidos pelo fabricante do aparelho. Misturar ou combinar modelos diferentes não prejudica a bateria, mas altera o tempo de recarga. Já o excesso de calor não só reduz a eficácia da bateria como pode resultar na explosão do componente. Portanto, evite deixar o smartphone exposto ao sol durante muito tempo ou esquecê-lo no porta-luvas do carro em dias de muito calor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

MITO OU VERDADE? (FINAL)

QUEM TENTA FUGIR DA PRÓPRIA SOMBRA ACABA CAINDO DE CARA.

Recomenda-se não usar o celular enquanto a bateria estiver carregando e desconectar o carregador da tomada na iminência de um temporal. Aliás, essa dica vale para qualquer aparelho elétrico ou eletroeletrônico, dada a possibilidade de um raio atingir a rele elétrica, gerando uma sobretensão capaz de torrar os circuitos eletrônicos de eletrodomésticos e afins.

Conforme eu disse no post anterior, incêndios de smartphones e explosões de baterias podem acontecer, mas nem sempre pelos motivos que costumamos imaginar. Nove em dez eventos dessa natureza têm a ver com baterias e carregadores "xing-ling". Portanto, quando substituir esses componentes, dê preferência a peças de reposição originais ou, no mínimo, homologadas pelo fabricante. Evite usar adaptadores e conserte (ou mande consertar) tomadas com tomadas com mau contato.

Observação: Se você reparar que seu celular está "inchado" ou que alguma parte da tela levantou, desligue-o e procura uma assistência técnica. Nesse caso existe a possibilidade de componentes químicos da bateria vazarem e até causarem uma explosão. E fique de olho também na temperatura: se o aparelho estiver esquentando mais do que o normal procure um especialista (lembrando sempre que aquecimento moderando durante a recarga ou quando o aparelho é exigido a fundo, como durante a atualização de aplicativos, não deve ser motivo de preocupação).

Itens comprados pela Internet com origem nos EUA, China e Austrália, entre outros, foram conectados a redes elétricas de alta tensão e apresentaram isolamento insuficiente contra descargas elétricas. Carregadores genéricos nem sempre integram componentes da mesma qualidade dos usados nos originais, como fios com a resistência adequada à corrente recebida e sensores que interrompem a passagem de energia quando a bateria está totalmente carregada, como se fossem disjuntores.

A Apple, que tem como ponto alto a excelência de seus produtos, já criticou publicamente sites de vendas online por terem em seus catálogos artigos falsificados, que, em situações extremas, poderiam colocar vidas em risco. Em 2016, a organização britânica Trading Standards, que faz campanhas de conscientização sobre segurança do consumidor, testou 400 carregadores falsificados da Apple e constatou que 99,25% deles falharam em quesitos básicos de segurança.

De fato, não adianta de nada ter um ótimo celular com bateria de alta qualidade se seu carregador não consegue realizar as funções básicas de regular a tensão e entregar uma corrente estável e adequada para o dispositivo.

Observação: Os carregadores têm a função de transmitir para a bateria a energia que vai provocar reações químicas na peça e que, por sua vez, darão energia para o celular funcionar. Se houver oscilações e volume inadequado de energia chegando ao aparelho, a vida útil da bateria pode ser deteriorada. Usar carregadores falsificados ou danificados podem contribuir negativamente para isto.

A tensão elétrica das nossas tomadas (corrente alternada) pode ser 110V, 115V, 115~127V ou 220V, ao passo que os celulares operam em corrente contínua com valores entre 3,7 e 5 volts. A conversão da alta tensão fornecida pela tomada para a tensão adequada à bateria do telefone é um compromisso conjunto do carregador e de um chip conhecido como E75 e U2, que regula a quantidade de energia que a bateria pode receber. Carregadores modernos podem entregar maiores potências de forma segura, mas existe toda uma tecnologia por trás do sistema para garantir que não haja riscos de acidentes.

Se você reparar que a bateria do seu celular ora carrega em poucos minutos, ora passa a noite na carga e está com apenas metade de sua capacidade na manhã seguinte, fique esperto. E tenha em mente que cabos de baixa qualidade oferecem riscos de choque elétrico e incêndio em qualquer equipamento, e o celular não é exceção. Se o isolamento não for adequado, bastam algumas semanas de uso para os problemas começarem a surgir. E isolamentos ruins associados ao baixo controle na quantidade de energia fornecida por carregadores chinfrins podem causar incêndios por superaquecimento ou curtos-circuitos.

Fato é que há muita desinformação sobre o assunto, na medida em que a Internet e as mídias sociais promoveram idiotas da aldeia a portadores da verdade, dando voz a imbecis que até então falavam bobagens apenas no bar, sem causar danos à coletividade

O Boatos.org, que vem desmentindo notícias e correntes falsas no Brasil desde 2013, já provou que dezenas de rumores relacionando carregadores de celular a ferimentos e mortes eram "fake news". Por outro lado, explosões envolvendo baterias de celulares tomaram o noticiário em 2016 — dessa vez com produtos originais, levando a um recall em todo o mundo do Samsung Galaxy Note 7. No ano seguinte, a empresa divulgou que o problema estava no isolamento de determinados componentes internos fabricados por dois fornecedores.

Se o cabo do seu carregador estiver em más condições, substitua-o. Isolar com fita a parte danificada não resolve. Para prolongar sua vida útil, evite enrolá-lo, dobrá-lo e expô-lo a altas temperaturas. Igualmente importante é manter o celular em local aberto e ventilado enquanto a bateria estiver sendo recarregada. Nesse entretempo, o aquecimento do aparelho é normal, mas se você mantiver o smartphone debaixo do travesseiro, por exemplo, aí a porca torce o rabo.

Para evitar choques, não coloque o telefone para carregar em locais úmidos, como próximo a uma pia, banheira ou chuveiro. Também é importante não conectar ou desconectar o carregador com as mãos molhadas. 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR... (QUARTA PARTE)

TODA PARTÍCULA QUE VOA SEMPRE ENCONTRA UM OLHO.

Quando baixamos a tampa do notebook sem desligá-lo, o hardware continua funcionando. Se o aparelho dispõe de disco rígido (eletromecânico), qualquer impacto — ou trepidação excessiva — pode resultar no surgimento de “bad blocks”. 

Ainda que os portáteis sejam projetados com vistas à mobilidade, não se deve movimentá-los demais durante o uso (modelos equipados com drives de memória sólida são menos sensível a esse problema, mas nem por isso devemos submetê-los a castigos severos).

Jamais segure o note pela tela, que é delicada e suscetível a danos causados pela pressão dos dedos. Pressionar o visor de cristal líquido pode fazer com que linhas de pixels ruins apareçam, e segurar o note com uma só das mãos, forçar as dobradiças da tampa (o certo é segurá-lo aberto e usar sempre as duas mãos).

Fontes de alimentação com conectores semelhantes podem operar com voltagens diferentes. Um carregador não homologado pelo fabricante do celular (ou do notebook) pode danificar o aparelho ou, em situações extremas, provocar a explosão da bateria. Se for preciso usar uma fonte “universal”, observe ao menos se, além do conector adequado, ela permite ajustar a voltagem para atender especificamente às exigências do seu dispositivo.

Como dito, smartphones (e tablets) foram projetados com vistas ao uso em trânsito, e o armazenamento interno, baseado em memória flash, tornam-nos menos sensíveis a vibrações ou impactos, mas nem por isso você deve tratar seu celular nas patas do coice. Aliás, o fato de levá-lo a toda parte aumenta o risco de quedas, ensopamento, exposição a temperaturas elevadas e que tais.

Mesmo que o aparelho seja “à prova d’água”, não é recomendável entrar com ele no mar (quando mais não seja devido à salinidade da água) ou na piscina (idem com relação ao cloro e outros produtos químicos usados no tratamento da água). Tampouco deve-se “esquecer” o telefoninho no porta-luvas quando se vai deixar o carro estacionado por horas a fio sob o sol causticante do verão. Quanto a tombos e impactos, a lei de Murphy não foi revogada. Se o celular achar de cair e o piso for 90% recoberto por carpete, a queda ocorrerá em algum ponto dos 10% de piso cru, e com a tela virada para baixo.

No tempo dos dumbphones, as capinhas dispunham de um clipe que se prendia ao cinto ou ao cós da calça, mas isso é coisa do passado. Não há problema em levar o smartphone no bolso, mas convém evitar o bolso traseiro da calça. Primeiro porque os aparelhos atuais são quase tão grandes quanto uma tábua de carne — e, com metade da carcaça exposta, o smartphone chama a atenção dos amigos do alheio. Segundo porque o risco de esquecer de tirar o dito-cujo do bolso antes de acomodar o buzanfã numa cadeira, poltrona etc. pode causar danos (não só, mas principalmente) ao display. E moçoilas que vestem calças 3 números abaixo de seu manequim para ressaltar o derrière voluptuoso nem precisam se sentar para expor o telefoninho a uma torção para a qual ele não foi projetado.

Outro detalhe que merece destaque é a autonomia da bateria — quanto maior a amperagem, melhor, pois maior será o intervalo entre as recargas. Considera-se adequada uma bateria que permita usar o celular durante um dia inteiro sem “pit stop”, e isso exige pelo menos 5.000 mAh. Menos que isso exige diminuir o brilho do display, desabilitar o alerta vibratório e as conexões Bluetooth, Wi-Fi, NFC, o GPS e outros recursos que não estiverem sendo utilizados, sob pena de ficar sem carga no meio do dia.  

Fechar aplicativos desnecessários e impedi-los de rodar em segundo plano também ajuda a poupar energia. No Android, basta tocar em Configurações > Bateria > Detalhes de uso e ativar a Economia de bateria (este roteiro foi baseado no Motorola G60, mas, de modo geral, vale para a maioria dos aparelhos, embora nomenclatura e caminhos possam variar um pouco).

Ao contrário da baterias de níquel-cádmio dos tempos de antanho, as atuais, à base de íon/polímero de lítio, não estão sujeitas ao “efeito memória”, de modo que podem ser recarregadas a qualquer momento. Aliás, não é preciso colocar o celular na carga após tirá-lo da caixa e esperar 8, 12 ou 24 horas para começar a utilizá-lo, como se recomendava antigamente.

Se você precisar sair e seu telefone estiver com pouca carga, os carregadores “TurboPower” (da Motorola) e assemelhados são sopa no mel, pois recarregam a bateria mais rapidamente do que os modelos convencionais — alguns minutos na tomada são suficientes para horas de uso, e a presença de chips e da ligação entre software e hardware permitem que o celular administre o carregamento de modo a não haver prejuízo para a vida útil da bateria.

Observação: De acordo Hélio Oyama, Diretor de Gerenciamento de Produtos da Qualcomm na América Latina, o carregamento rápido é um compromisso conjunto de hardware e software. O hardware, no próprio celular, recebe a energia e procede ao carregamento rápido da bateria inserida no smartphone, enquanto o software é responsável pela análise da necessidade (quantidade) de energia, pelo nível de carregamento da bateria, pelo nível de potência e por manter nos patamares adequados a corrente, a voltagem e a temperatura durante a recarga.

Continua...

terça-feira, 30 de julho de 2024

EXPLOSÃO DE CELULAR EM ELEVADOR

quem dá voz a burros não pode se queixar dos zurros.

Antes da Internet, a mídia controlava as massas; com o advento das redes sociais, os idiotas da aldeia, que antes só tinham direito à palavra na mesa do bar, agora têm mesmo direito de um Prêmio Nobel. A função precípua da imprensa é noticiar os fatos, mas o interesse do público por eventos negativos levou os editores a se valerem de manchetes chamativas e conteúdo sensacionalista para aumentar a circulação de seus pasquins. 

Em 1963, o Grupo Folha criou o jornaleco "Notícias Populares", que abusava de manchetes escandalosas (e não raro mentirosas) para vender seu peixe podre. Ele deixou circular 2001, mas excrescências policialescas como Cidade Alerta, Balanço Geral e Brasil Urgente não lhe ficam devendo nada quando se trata de explorar a sequidão sanguinária da escumalha que o Criador escalou para povoar esta banânia. 
 
Dias atrás, a explosão de um celular num elevador, que aconteceu em outubro de 2021, viralizou nas redes sociais como se ainda fosse possível sentir o cheiro da fumaça. Requentar notícias velhas e servi-las como novas não é novidade, e o "vale a pena ver de novo" foi largamente explorado por âncoras de programas de TV que são incapazes de encontrar o próprio rabo usando as mãos e uma lanterna.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Todo fato tem pelo menos três versões: a minha, a sua e a verdadeira. Maduro está podre, mas ainda não caiu do galho. A despeito de todas as pesquisas indicarem que Edmundo González Urrutia o venceria com 64% dos votos, Elvis Amoroso, chefe do Conselho Nacional Eleitoral e aliado de Maduro, anunciou a vitória do tiranete de merda (por 51,2% a 44,2%) quando 80% dos votos haviam sido apurados. Maduro se reelegeu, mas daí a ter sido reeleito vai uma boa distância. Segundo Maria Corina, líder da oposição, Urrutia obteve 70% dos votos

Gabriel Boric disse que o Chile não reconhecerá nenhum resultado "que não seja verificável" e Javier Milei, que a Argentina não vai reconhecer "outra fraude" (em resposta, Maduro chamou o argentino de "bicho covarde", "traidor da pátria" e "fascista e nazista"). Gonzalez-Olaecha declarou que o Peru não aceitará "a violação da vontade popular do povo venezuelano", e o ministro das Relações Exteriores da Colômbia pediu a contagem total dos votos e uma auditoria independente.

No discurso em rede nacional em que teceu elogios rasgados a seu terceiro mandato, o Sun Tzu de Atibaia não deu um pio sobre a "vitória" do déspotaO governo brasileiro afirmou que aguarda a divulgação dos dados e evitou reconhecer a vitória de Nicolás Maduro na eleição. Em nota, o Itamaraty destacou a importância de uma 'verificação imparcial dos resultados' e emitiu um alerta de segurança aos brasileiros na Venezuela, diante dos 'recentes acontecimentos' no país.

 Nas redes, adversários usam fotos e vídeos para criticar a proximidade entre Lula e Maduro. Segundo o assessor especial Celso Amorim, a votação transcorreu "com tranquilidade e sem incidentes", apesar das denúncias de que o CNE paralisou a transmissão de dados de diversos centros de votação, das testemunhas que foram impedidas de obter os boletins de urna que certificam os votos em cada centro, dos episódios de violência nas cidade de San Antonio del Táchira e Guásimos e das suspeitas de que um jovem tenha sido assassinado por disparos de um coletivo chavista. 

Antes do resultado ser anunciado, a vantagem de González sobre Maduro era de 20 a 35 pontos percentuais, mas nenhuma dessas pesquisas pôde ser divulgada dentro da VenezuelaMinutos após a divulgação do resultado, Maduro disse em discurso a apoiadores que sua reeleição foi o "triunfo da paz e da estabilidade". 

Então tá. E eu sou o coelhinho da Páscoa.


A alta densidade energética das baterias de íon-lítio torna-as potencialmente inflamáveis, e defeitos de fabricação, impactos e perfurações podem danificar as camadas internas de proteção e causar curtos-circuitos, incêndios e até explosões. No entanto, num universos de quase 8 bilhões de aparelhos, apenas 130 casos (0.0000017333%) foram documentados entre 2022 e 2023, e a maioria resultou de defeitos de fabricação — como os que ensejaram a explosão de várias unidades do Samsung Galaxy Note 7 em 2016.

 
Embora seja um dos maiores responsáveis pela venda de ventiladores e condicionadores de ar, o calor não anda de mãos dadas com a tecnologia. No interior de um veículo estacionado sob o sol num dia de muito calor, a temperatura pode ultrapassar 60°C. Isso é calor suficiente para acelerar a degradação química das baterias de íon de lítio (ou polímero de lítio, no caso do iPhone) e provocar a explosão de isqueiros descartáveis, mas para um celular pegar fogo ou explodir é preciso que a temperatura suba a 130°C. 
 
Os aparelho modernos integram um sensor térmico que os desliga automaticamente quando a temperatura interna da bateria atinge 50°C, bem como um sistema de segurança que interrompe a passagem de corrente quando a bateria está 100% carregada. No entanto, se nem as baterias originais estão livres de defeitos congênitos, o que dizer dos modelos de reposição genéricos  e de carregadores e cabos marca barbante, como os vendidos nos "melhores camelódromos do ramo"?
 
Como cautela e canja (não confundir com Janja) não fazem mal a ninguém, desligue o celular e remova a capinha antes de colocar o aparelho na carga. Baterias de íon ou polímero de lítio não estão sujeitas ao efeito memória e, portanto, não há benefício algum (antes pelo contrário) em descarregá-las totalmente. A primeira carga não precisa ser de 12 ou 24 horas (até porque o processo é interrompido automaticamente quando o nível de energia chega a 100%). A maioria dos smartphones vem com pelos 40% de carga e desliga automaticamente quando nível fica entre 10% e 5% (para prolongar a vida útil da bateria, os especialistas recomendam manter a carga entre 20% e 80%). Usar o telefone enquanto a bateria está carregado não causa danos, mas, mal comparando, é como abrir a torneira para encher a pia sem tapar totalmente o ralo. 
 
Plugar o carregador na tomada antes de introduzir o conector USB-C (ou micro-USB) no aparelho ajuda estabilizar a corrente, evitando picos de tensão. Ao final da recarga, recomenda-se remover o plugue USB do carregador, o plugue menor da portinha do telefone e o carregador da tomada, nessa ordem. Evite manter o carregador permanentemente conectado à tomada — o consumo em stand-by é insignificante, mas somado ao do relógio do micro-ondas, do modem, do roteador, dos decodificadores da TV por assinatura e dos televisores... enfim, faça as contas.
 
A tensão elétrica das nossas tomadas (corrente alternada) pode ser de 110V, 115V, 115~127V ou 220V, e os celulares operam com corrente contínua de 3,7V a 5V. A conversão da alta tensão fornecida pela tomada é um compromisso conjunto do carregador e de um chip que regula a quantidade de energia que a bateria pode receber. A potência dos carregadores convencionais varia de 5W a 10W, mas a dos carregadores rápidos chega a ser 8 vezes superior. Para descobrir a potência do carregador (que, por alguma razão, os fabricantes não informam), multiplique a voltagem pela amperagem (exemplo: um carregador de 9V e 1,67 mAh tem potência nominal de 15 Wh). 
 
ObservaçãoO miliampere/hora (submúltiplo do ampere/hora) corresponde à quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de 0,001 ampere durante uma hora. Não se trata da "potência" da bateria, que é expressa em Wh, mas de sua capacidade de fornecer energia (autonomia).
 
Boatos.org, que vem desmentindo notícias e correntes falsas no Brasil desde 2013, aponta que a maioria dos rumores relacionando carregadores de celular a ferimentos e mortes são "fake news". Mas explosões envolvendo baterias de íon de lítio, em 2016, ensejaram um recall mundial do Galaxy Note 7. No ano seguinte, a Samsung divulgou que o problema decorreu de falhas no isolamento de componentes fabricados por dois fornecedores.
 
Recarregue o celular em local aberto, ventilado e livre de umidade, e não manuseie o carregador com as mãos molhadas. Evite enrolar ou dobrar o cabinho do carregador — ele estiver danificado, compre um novo (fita isolante não resolve). Volto a lembrar que reiniciar o sistema operacional de tempos em tempos é fundamental para a saúde de qualquer dispositivo computacional — e o que são os smartphones senão microcomputadores ultraportáteis? —, pois esvazia a RAM, corrige erros de software e muito mais. 
 
Num mundo permanentemente conectado, uma breve pausa pode ser um respiro não só para os aparelhos, mas também para nossa mente. Então, por que não unir o útil ao agradável e aproveitar essa horinha de trégua para relaxar, tomar um café ou levar o cachorro para passear?

quarta-feira, 12 de junho de 2024

DICAS PARA MANTER O DESEMPENHO DO CELULAR NOS TRINQUES (FINAL)

O SILÊNCIO É UM AMIGO QUE NUNCA TRAI.

Todo aplicativo consome recursos e todo arquivo ocupa espaço. Instalar programas desnecessários e armazenar milhares de fotos e centenas de vídeos no celular resulta em lentidão, mesmo que o dispositivo disponha de 6GB de RAM e 256GB de armazenamento. 

Portanto, elimine o crapware, instale somente apps necessários e transfira para um pendrive ou HDD externo ou para a nuvem sua fototeca e sua filmoteca. Configure o sistema para suspender ou encerrar apps que não são usados com frequência e recorra a ferramentas de diagnóstico, como o Phone Doctor, para identificar e reparar os problemas mais comuns. 
 
Se seu orçamento o obrigar a comprar um smartphone com 4GB de RAM e 64GB de armazenamento, você pode possa emular memória com o RAM Plus, que é disponibilizado por alguns modelos Samsung e Xiaomi e permite usar parte da memória interna como "RAM virtual", e ampliar o armazenamento com um SD-Card
Existem dezenas de tipos desses cartões no mercado, mas nem todos são aceitos por todos os smartphones. Consulte o manual do seu aparelho (ou do aparelho que você pretende comprar) para saber se ele compatível com SDHC ou SDXC e quais das três principais classes de velocidade ele suporta (mais detalhes nesta postagem).  

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Vivo, Cazuza cantaria: "Brasil, mostra tua cara / Quero ver quem paga / Pra gente ficar assim / Brasil, qual é o teu negócio / O nome do teu sócio / Confia em mim." Explico: a PEC das Praias passou na Câmara sem alarde e subiu para o Senado, onde tem como relator o famoso senador das rachadinhas e mansões milionárias. Mas o presidente da Casa pisou no freio ao declarar que a votação não será pautada "da noite para o dia", e o feitiço da invencibilidade digital da direita bolsonarista acabou enfeitiçado na praia das redes. Desde então, o filho do pai desperdiça saliva em entrevistas e postagens. "Não tenho interesse pessoal nisso, não sou proprietário de área beneficiada, não estou levando dinheiro do Neymar nem do empreendimento que ele fará", disse FB ao Globo. 
Esforçando-se para dar um aroma social à empreitada, Zero Um alardeou que a PEC presentearia habitantes pobres da orla com títulos de propriedade e mencionou os moradores do Complexo da Maré e dos quilombolas da Restinga de Marambaia, no Rio. Mas o bolsonarismo deixou-o apanhando sozinho nas redes. Ainda que a milícia digital organize uma mobilização tardia, já não há força no universo capaz de deter a maledicência segundo a qual o que move o primogênito do aspirante a tiranete não é a Maré nem a Restinga, mas a ideia fixa do pai de criar "uma Cancún em Angra dos Reis. 
Zonzo, FB tem dificuldades para manter a língua na coleira. Na mesma entrevista, ele disse que a PEC não tem nada de agressivo às praias, que todo mundo gosta de ir a um resort em Cancún, em Miami, na Espanha, na Grécia, e que a ideia é fazer um troço pequeno no Brasil para tentar estimular empreendimentos. E fechou com chave de ouro dizendo que, para fazer empreendimento em Angra, Salvador, qualquer lugar de Alagoas, seguirá existindo toda uma burocracia ambiental. 
Deu para entender?
 
O Bluetooth é útil em diversas situações, mas pode causar interferências ou erros de emparelhamento. Se desligar e religar o recurso não resolver, reinicie o smartphone; se o problema persistir e o "modo detectável" estiver ligado, limpe o cache do Bluetooth; se mesmo assim não funcionar, reverter o aparelho às configurações de fábrica costuma solucionar esse e uma porção de outros problemas. 
 
Por ser ultraportátil, o celular está sujeito a impactos e quedas. Segundo a Lei de Murphy, se cair, vai quebrar. Capinhas e películas protegem o aparelho, mas não fazem milagres — clique aqui e aqui para saber quais modelos são mais indicados. Se a tela trincar ou rachar, você terá de substituí-la — o conserto custa caro e nada garante que as coisas voltam a ser como dantes no quartel de Abrantes.
 
A autonomia da bateria pesa tanto quanto a RAM e o armazenamento na escolha de um smartphone. Modelos
 "premium" trazem baterias de 6.000 mAh, mas quem usa intensamente o aparelho não está livre de fazer um "pit stop" entre as recargas. A boa notícia é que baterias de íons ou polímero de lítio não estão sujeitas ao famigerado efeito memória, podendo ser recarregadas a qualquer momento, e sempre se pode recorrer ao "carregamento rápido" e a softwares que otimizam o consumo energético (mais detalhes na sequência de postagem iniciada aqui). 
 
A potência dos carregadores rápidos chega a ser 8 vezes superior à dos convencionais, mas nem todo aparelho suporta essa tecnologia (consulte o manual o site do fabricante). E muitos dos que suportam vêm acompanhados de carregadores comuns. 

Observação: Para descobrir a potência do carregador, basta multiplicar a voltagem pela amperagem. Meu Galaxy M23 suporta um carregador de 25 W (9V x 1,67A), mas veio com um modelo de 15 W, que demora cerca de 90 minutos para levar a bateria de 20% a 100%.  
 
Evite deixar o celular na carga a noite toda. Os riscos de superaquecimento e explosão são desprezíveis quando a bateria e o carregador são originais ou homologados pelo fabricante do aparelho, já que um sistema inteligente interrompe a passagem de corrente quando a bateria está cheia. No entanto, seguro morreu de velho, de modo que não custa nada desligar o telefone, tirá-lo da capinha, recarregá-lo num local fresco e ventilado e, ao final, desconectar o carregador do telefone e da tomada, nessa ordem.
 
A autonomia informada pelos fabricantes é medida em "condições controladas" — com temperaturas em torno de 20-25°C, umidade do ar otimizada, sinal de rede estável, Wi-Fi, Bluetooth, e GPS desligados, brilho da tela inferior a 50% e usando apenas "aplicativos-padrão" —, que não refletem o que acontece no dia a dia. Mesmo assim, não é normal
 um aparelho relativamente novo precisar ser recarregado duas ou três vezes por dia. Antes de levar o dito-cujo a uma assistência técnica de confiança, experimente fazer o seguinte:
 
1 — Abra as configurações, toque em Bateria > Atividade da bateria, identifique os aplicativos que consomem mais energia, suspenda os que você acessa com frequência e desinstale os que nunca usa;
2 — Diminua o brilho da tela e o tempo de "timeout", ative os modos escuro e de economia de energia e reduza a quantidade de ícones na tela inicial;
3 — Desative o disparo automático do flash, a sincronização automática de fotos e vídeos, as conexões sem fio, o serviço de GPS e os alertas sonoros/vibratórios;
4 — Use papel de parede preto em telas AMOLED ou OLED, instale um antivírus responsável e mantenha o sistema e os apps atualizados (atualizações de software geralmente incluem otimizações de bateria). 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

IPHONE 5 EXPLODE E MATA AEROMOÇA CHINESA

Não diga tudo o que sabes; não faça tudo o que podes; não acredite em tudo o que ouves e nem gaste tudo o que tens.
 
Li recentemente que um iPhone5 explodiu e matou uma aeromoça chinesa que atendeu a uma ligação quando o aparelho estava sendo recarregado. Segundo a notícia, a Apple lamentou o ocorrido, mas não confirmou se esse foi um caso isolado ou se teve a ver com problemas inerentes ao modelo em questão.
Eu, particularmente, venho usado celulares desde antes da virada do século e já atendi centenas de ligações enquanto os ditos cujos estavam sendo recarregados, mas confesso que, em vista desse episódio, vou passar a evitar essa prática.
A explosão da bateria pode decorrer de diversos fatores, dentre os quais o superaquecimento - mas isso dificilmente acontece em condições normais. Mesmo que deixemos o telefone no porta-luvas e estacionemos o carro sob o sol causticante do verão, a temperatura interna dificilmente ultrapassará os 60ºC – bem aquém, portanto, dos 130ºC necessários para que ela pegue fogo ou exploda. Sobrecargas também podem provocar superaquecimento e resultar em explosões, mas a maioria dos dispositivos de fabricação recente é capaz de interromper o fluxo de energia quando a bateria alcança o nível de carga plena (não fosse assim, não poderíamos deixar o telefone carregando durante a noite para não ficar sem energia antes do final do dia seguinte).
Seja como for, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém (a não ser, talvez, à ave em questão, mas isso é outra história), de modo que:

·        Convém manter o celular em local seco, ventilado e protegido da incidência direta da luz solar (evite levá-lo à praia ou à piscina, mesmo que ele seja supostamente "impermeável").
·        Sem embargo do que foi dito linhas atrás, convém desconectar o carregador tão logo o ciclo de carga esteja completo. Baterias de íon de lítio não estão sujeitas ao efeito memória, de modo que você as pode recarregar sempre que necessário, sem esperar que a energia se esgote totalmente (para saber mais, clique aqui).
·        Celulares ainda são aparelhos caros, embora a evolução tecnológica os torne descartáveis. Então, se você mantiver o mesmo aparelho em uso por cerca de dois ou três anos, certamente precisará substituir a bateria (ou o carregador). Nesse caso, dê preferência a produtos originais ou similares homologados pelo fabricante do seu telefone.
·        Evite aquecimento e/ou desperdício de carga desligando o telefone em locais onde o sinal é fraco ou inexistente. E o mesmo vale para recursos como conexões Wi-Fi, Bluetooth, câmeras fotográficas e filmadoras, que só devem ser ativados quando você os for utilizar.

Um ótimo dia a todos e até mais ler.   

terça-feira, 15 de junho de 2021

USE MELHOR SEU SMARTPHONE

UMA COISA É QUERER APRENDER, OUTRA COISA É QUERER GARANTIAS DE QUE NÃO VAI ERRAR.

Diferentemente do que muitos imaginam, a telefonia móvel precedeu a Internet, o primeiro celular capaz de conectar a Rede Mundial de Computadores não foi o iPhone e a interface gráfica não foi inventada pela Microsoft ou pela Apple. E quem “nasceu” primeiro foi o ovo, não a galinha

Mas o iPhone foi um divisor de águas, pois transformou em computador pessoal ultraportátil o que até então era basicamente um telefone sem fio de longo alcance.

Num primeiro momento, os fabricantes investiram pesado na miniaturização do hardware, já que, ate o lançamento do iPhone, em 2007, a demanda dos usuários era por aparelhos cada vez menores. 

Os primeiros celulares vendidos no Brasil (no final dos anos 1980) eram “tijolões” pesados e desajeitados. Já o Motorola StarTAC (vide imagem), lançado em 1996, media apenas 94 x 55 x 19 milímetros (com a tampa fechada) e pesava míseras 88g (a título de comparação, uma caixa de fósforos comum mede 54 x 35 x 15 milímetros).

O iPhone obrigou a concorrência a se adequar à nova tendência de mercado, e assim os dumbphones de até então deram lugar aos smartphones, que mais adiante se tornariam (como de fato se tornaram) computadores pessoais ultraportáteis capazes também de fazer receber ligações telefônicas.

O aumento exponencial de funcionalidades tornou o smartphone indispensável para a maioria das pessoas — segundo o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV, entre os 440 milhões de dispositivos computacionais em uso no Brasil, 53% são telefones celulares —, mas também contribuiu para interromper o processo de miniaturização e prejudicou a portabilidade (no sentido de acompanhar o usuário a toda parte), que é justamente o diferencial do smartphone em relação aos desktops e notebooks.

Grandes poderes implicam grandes responsabilidades”, disse tio Ben a Peter Parker. Por grandes responsabilidades, no caso, entenda-se uma tela de tamanho compatível com as novas funções, sobretudo depois que a tecnologia touchscreen e o teclado virtual se tornaram padrão de mercado.

Andar para cima e para baixo com um dispositivo do tamanho de uma tábua de carne é complicado. Levá-lo na mão é desconfortável — e perigoso: além do risco de queda, essa exposição chama a atenção dos amigos do alheio (smartphones top de linha chegam a custar mais de R$ 10 mil). 

Pendurar o aparelho no cinto ou no cós da calça era moda nos tempos de antanho, mas nem o hardware nem as capinhas dos modelos atuais integram a indispensável presilha. Na bolsa... bem, cada vez menos mulheres usam esse acessório no dia a dia. Ainda que assim não fosse, as notificações sonoras ficam inaudíveis e olhar a tela para conferir se chegou mensagem pelo WhatsApp torna-se mais complicado.  

Moçoilas (de todas as idades) andam com seus celulares emergindo do bolso traseiro da calça, como se isso não facilitasse a ação da bandidagem. Aliás, muitas “tanajuras” usam calças justíssimas para valorizar o derriére, o que não só chama ainda mais a atenção da bandidagem como submete o aparelho a uma pressão que ele não foi projetado para suportar. Afora a possibilidade de trincar a tela quando a dona do buzanfã se aboleta no assento do carro, no sofá de casa ou seja onde for sem tirar o aparelho do bolso. E colocá-lo no sutiã não é a solução, pois potencializa os riscos de câncer de mama.

Para os varões o cenário não é muito melhor. Levar o celular no bolso lateral implica o risco de a radiação eletromagnética inibir a produção de espermatozoides. Nas calças tipo “cargo”, o bolso próximo à coxa seria a solução ideal, não fosse o fato de manter o aparelho junto à coxa ou ao quadril pode enfraquecer os ossos, especialmente se essa prática se prolongar por anos a fio.   

Puérperas e baby-sitters jamais devem colocar o telefone no carrinho do bebê — segundo pesquisadores, a criança pode apresentar problemas comportamentais, como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Igualmente desaconselhável é dormir com ele sob o travesseiro. O fato de a tela se iluminar a cada mensagem recebida interfere na produção de melanina (hormônio que induz o sono), podendo, inclusive, causar tonturas e/ou dores de cabeça.

Recomenda-se falar ao celular com o aparelho afastado do rosto de 0,5 cm a 1,5 cm. Além de evitar a contaminação por bactérias, esse cuidado reduz a quantidade de radiação eletromagnética absorvida pela pele.

Por último, mas não menos importante: deixar a bateria na carga a noite não só reduz sua vida útil como pode provocar superaquecimento (e até explosão) caso o carregador não interrompa a passagem de corrente quando a carga estiver completa. 

Por falar nisso, se você precisar substituir o carregador original, opte por um modelo homologado pelo fabricante (jamais se deixe seduzir pelo preço convidativo dos dispositivos comercializados por ambulantes, camelôs e assemelhados).

terça-feira, 27 de novembro de 2018

VEÍCULOS FLEX: MELHOR USAR GASOLINA OU ÁLCOOL? (Parte 14) — SOBREALIMENTAÇÃO (COMPRESSOR E TURBOCOMPRESSOR — CONTINUAÇÃO)


MEDIOCRIDADE ATIVA É UMA MERDA.

Em poucas palavras, a sobrealimentação, principal responsável pelo downsizing dos motores, consiste em forçar a entrada de mais oxigênio na câmara de combustão. Esse efeito pode ser obtido através do aproveitamento dos gases expulsos da câmara no ciclo de descarga (ou seja, usando uma energia que seria desperdiçada) ou “pegando carona” na rotação do virabrequim (através de um sistema de polias e correia que rouba potência do motor para fazer o motor gerar mais potência). Tanto num caso como no outro, propulsores de capacidades cúbicas reduzidas geram mais torque e potência (conforme o ajuste da pressão do compressor, o ganho de potência pode variar de 50% à 300%), consomem menos combustível e poluem menos a atmosfera.

Observação: Ao nível do mar, 23,14% da massa do ar atmosférico é composta de oxigênio. Para conseguirmos mais massa para o mesmo volume de ar, de duas uma: ou reduzimos a temperatura, ou aumentamos a pressão. Reduzir a temperatura de admissão de forma que os ganhos sejam significativos requer um equipamento de grande porte e alto custo. Além disso, temperaturas muito baixas comprometem a vaporização e consequente a homogeneidade da mistura — é isso que acontece com nossos carros nas manhãs frias de inverno, quando o motor demora a “pegar” e engasga até a temperatura normal de funcionamento ser alcançada. Portanto, a solução mais viável é aumentar a pressão, e é aí que entram os compressores. Em linhas gerais, eles comprimem o ar que está sendo admitido e o enviam para os cilindros com maior densidade, permitindo que mais combustível seja injetado e mais potência seja gerada. 

A ideia da sobrealimentação surgiu no século XIX, mas foi somente em 1905 que o suíço Alfred Büchi descreveu o turbo, em sua patente, como “uma máquina reciprocante na qual a energia cinética dos gases de escape moveria um eixo ligado a uma turbina, que serviria como pré-compressor para o ar admitido pelos cilindros” — aliás, uma definição exata de como funcionam os turbocompressores atuais.

Inicialmente, o sistema era usado apenas em motores de grande deslocamento volumétrico, como os de navios, trens e aviões — nestes últimos, além de aumentar a potência, o turbo minimizava os efeitos da rarefação do ar em grandes altitudes. Na indústria automobilística, depois de estrear em motores a diesel de caminhões, essa inovação chegou às pistas quando a Cummins inscreveu nas 500 Milhas de Indianápolis um carro com motor turbodiesel (ele não venceu a prova, mas percorreu todas as 500 milhas sem parar nos pitstops). Nos veículos de passeio, o primeiro modelo “turbinado” foi o Chevrolet Corvair Monza Spyder, cujo flat-6 de 2.4 litros, auxiliado pelo turbocompressor, produzia 151 cv.

Se fôssemos detalhar o funcionamento do compressor mecânico e do turbo, jamais terminaremos esta sequência de postagens. Então, resumindo a história em poucas palavras, o compressor mecânico fornece torque de forma mais linear do que o turbo, além de não estar sujeito ao turbo lag — “atraso” decorrente do tempo que a turbina demora para “encher” e gerar pressão positiva no coletor de admissão, e que pode culminar com um indesejável tranco.

Observação: A última vez que eu ouvi falar em compressor mecânico em veículos nacionais foi quando a Ford lançou o Fiesta 1.0 Supercharger, em 2002, com um compressor mecânico que aumentava sua potência de 65 cv para 95 cv a 6.000 rpm, e o torque, de 8,9 kgfm a 3.650 rpm para 12,6 kgfm a 4.250 rpm. Se na versão aspirada o carrinho demorava 18,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h e atingia 150 km/h de velocidade máxima, na Supercharger ele alcançava 100 km/h em 13 segundos e atingia respeitáveis 176 km/h de velocidade máxima. Todavia, devido ao tamanho avantajado do compressor mecânico e o estresse a que o motor era submetido pelo uso de correia e polias levaram a Ford a abandonar o Supercharger. Hoje em dia, esses compressores são usados apenas em motores grandes, como os V8 5.0 e V6 3.0 da Jaguar Land Rover, o V8 6.2 LT4 do Chevrolet Camaro e o V8 5.0 do Mustang Shelby, cujo público alvo prioriza o desempenho sem se preocupar com custo e consumo mais elevados.

Voltando ao downsizing, a combinação da injeção direta com a sobrealimentação permitiu o desenvolvimento de motores mais econômicos e capazes de entregar torque constante a partir de baixíssimas rotações. Nos modelos com turbo nativo (ou seja, instalado “de fábrica”), nem se ouve mais o tradicional “espirro” produzido pela válvula de alívio da pressão quando se tira o pé do acelerador, pois o excesso de ar é redirecionado para o coletor de admissão ou para o filtro de ar. Por outro lado, o indesejável turbo lag, continua presente, razão pela qual algumas montadoras vêm optando pelo turbo elétrico, como é o caso da Audi com o SQ7 e-turbo (foto).

No turbo convencional, o movimento da turbina (caixa quente), que é acionada pelos gases provenientes do coletor de escape do motor, é transferido por um eixo a um compressor (caixa fria), o que aumenta a pressão do ar (ar limpo) que entra no coletor de admissão. O problema é que em baixas rotações o gases são insuficientes para alimentar satisfatoriamente o compressor, e assim se dá o turbo-lag.

No turbo elétrico, em vez da caixa quente acionada pelos gases, um motor elétrico faz funcionar o compressor (independentemente da rotação do motor) que trabalha em conjunto com outros dois turbocompressores convencionais, um de baixa pressão e outro de alta pressão. O primeiro fôlego é dado pelo e-turbo, que atua em regimes de giro baixos e médios. Quando os gases resultantes da explosão da mistura ar-combustível passam a acionar plenamente os turbos convencionais, o e-turbo aproveita fluxo de ar que passa por ele para gerar energia elétrica, aumentando a eficiência do motor de 15% a 20%.

Observação: O e-turbo é um voraz consumidor de energia. Em momentos de pico, ele necessita de até 7 kW (equivalente a 5 secadores de cabelo ligados ao mesmo tempo), potência que, num sistema convencional de 12 V, precisaria de 583 A para ser gerada. Assim, a Audi optou por vincular a turbina a um sistema de 48 V, que gera a mesma potência com apenas 145 A. A energia recuperada pelo e-turbo vai para uma bateria dedicada, mas pode ser aproveitada pelo sistema de 12 V que alimenta o restante do veículo com o auxílio de um conversor.

O deslocamento volumétrico do motor é apenas um dos responsáveis pelo torque e potência que ele produz, e a sobrealimentação é apenas uma das maneiras de se obter esse resultado. Outra opção que merece algumas linhas é a sobrealimentação química, como é o caso do “Nitro”, que é usado para gerar mais em provas de arrancada e de velocidade.

O processo consiste em injetar óxido nitroso (NO) na corrente de admissão — quando aquecido a aproximadamente 300°C, o “gás do riso” sofre a dissociação de suas moléculas e libera oxigênio (que representa 36% da sua massa). Somado ao combustível extra injetado, esse aumento de oxigênio faz com que a combustão da mistura comprimida pelo pistão gere mais energia. E como está liquefeito sob pressão dentro de uma garrafa, esse gás muda de estado e sofre uma queda sensível de temperatura ao passar pelo difusor e encontrar uma pressão ambiente muito mais baixa. Com isso, todo o fluxo admitido também sofre resfriamento, e o resultado é um considerável aumento de densidade. E como a densidade está diretamente ligada ao ganho de potência...

Para desespero dos puristas, os enormes V8 de antigamente deram lugar aos V6, e estes vem sendo progressivamente substituídos por propulsores de 4 ou 3 cilindros, com cilindradas de 1000 CC a 1.600 CC, mas com torque e potência de sobra, maior economia de combustível e menor emissão de poluentes.

Dúvidas? Escreva. A sessão de comentários está aí para isso mesmo.