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segunda-feira, 19 de abril de 2021

SEGURANÇA É UM HÁBITO — CONTINUAÇÃO

NO ANO 453 A.C., EM ALGUM DIA DO MÊS DE FEVEREIRO, VERIFICOU-SE TERRÍVEL ENCONTRO ENTRE OS AGUERRIDOS EXÉRCITOS DA BEÓCIA E DE CRETA. SEGUNDO RELATAM AS CRÔNICAS, VENCERAM OS CRETINOS, QUE ATÉ AGORA SE ENCONTRAM NO GOVERNO.

A insegurança digital não se resume aos folclóricos “vírus de computador”, que, aliás, não surgiram com a Internet, embora a popularização da Rede Mundial de Computadores entre usuários domésticos tenha contribuído sobremaneira para sua proliferação.

Os primeiros registros (teóricos) de códigos de computador capazes de autorreplicar remontam a meados do século passado, mas o nome vírus só foi adotado nos anos 1980, depois que um pesquisador chamado Fred Cohen embasou sua tese de doutorado nas semelhanças entre os vírus biológicos e os digitais, tais como precisar de um hospedeiro, fazer cópias de si mesmos, infectar outros sistemas/organismos etc. (mais detalhes na sequência Antivírus - A História). 

Observação: Vale salientar que um vírus, em si, não é necessariamente destrutivo, e que um programa destrutivo, em si, não é necessariamente um vírus, e que worms, trojans, spywares, keyloggers, hijackers, ransomwares e outros programinhas maliciosos que não se encaixam na definição de “vírus” continuam a ser chamados como tal, mesmo depois que se convencionou usar o termo malware — acrônimo de malicious software” — para referenciar as pragas em geral, inclusive os próprios vírus.

O que começou como uma brincadeira inocente tornou-se um sério problema para usuários de PC, já que os criadores de vírus passaram a embutir em seus códigos instruções para apagar dados, corromper arquivos importantes do sistema, comprometer o funcionamento de aplicativos legítimos, sobrescrever as informações gravadas nos discos rígidos e por aí afora.

O lado bom da história, se é que se pode dizer assim, é que as pragas se limitavam a atuar no âmbito do software — se o antivírus não impedisse a infeção (ação preventiva) nem fosse capaz de dar cabo dela a posteriori (ação corretiva), bastava reformatar o HDD e reinstalar o Windows para tudo voltar a ser como dantes no Quartel de Abrantes.

Observação: A origem da frase portuguesa “tudo como dantes no quartel d’Abrantes” remonta ao século XIX, quando Portugal foi invadido pelo exército de Napoleão, liderado pelo general Jean Junot. Em 1807, uma das primeiras cidades invadidas foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa. Lá, Junot instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes. Os franceses encontraram Portugal acéfalo, já que D. João VI, a família real e seus puxa-sacos haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, ninguém ousou se opor ao duque, e a tranquilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.

Convém ter em mente que malwares não são pragas divinas nem obras do demônio ou criações de entes sobrenaturais. Tecnicamente, eles são programas outros quaisquer, mas instruídos a executar tarefas maliciosas (no léxico da informática, o termo programa designa um conjunto de instruções em linguagem de máquina — como C, C#, C++, JavaScript, TypeScript, VB.Net etc. — que descrevem uma tarefa a ser realizada pelo computador).

Continua.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A MORTE DO ANTIVÍRUS - SERÁ?

NINGUÉM DEVERIA SER TÃO ESTÚPIDO A PONTO DE COMETER DUAS VEZES O MESMO ERRO. AINDA ASSIM, LULA FOI ELEITO DUAS VEZES E DILMA VEM “FAZENDO O DIABO” PARA SE MANTER NO PODER POR MAIS QUATRO ANOS.  ISSO ME FAZ LEMBRAR DA ANEDOTA DO SUJEITO QUE VIU A MERDA, DEBRUÇOU-SE SOBRE ELA, TIROU UMA PROVA, CHEIROU, PÔS NA BOCA E ENTÃO DISSE: PUXA, É MERDA MESMO! FELIZMENTE EU NÃO PISEI. VAMOS ACORDAR ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS, PESSOAL!!!

Os antivírus tradicionais funcionavam a partir da lista de “assinaturas” (definições) que eram atualizadas conforme novas pragas eram descobertas e suas respectivas vacinas, desenvolvidas (para saber mais, clique aqui). De uns tempos a esta parte, todavia, a velocidade com que os malwares vêm sendo criados tornou esse modelo de proteção a tal ponto ineficaz, que empresas do porte da FIREEYE e da SYMANTEC o têm na condição de mero “caça-fantasma”.

Observação: Programas capazes de se auto-reaplicar foram desenvolvidos (experimentalmente) em meados da década de 50, mas só passaram a ser conhecidos como “vírus” 30 anos depois. Para ser classificado como vírus, no entanto, o código não só precisa de um hospedeiro, mas também deve ser capaz de se auto-replicar, de se esconder no sistema infectado e de contaminar outros computadores. De início, a maioria dos vírus não passava de “brincadeiras” de programadores perversos, que se divertiam criando e disseminando códigos capazes de exibir mensagens engraçadas ou obscenas e/ou reproduzir sons inusitados ou assustadores (vale frisar que um vírus, em si, não é necessariamente um programa destrutivo, ao passo que um programa destrutivo, em si, não é necessariamente um vírus). No entanto eles logo passaram a realizar ações perniciosas, tais como apagar dados, inviabilizar a execução de alguns programas ou sobrescrever todo disco rígido do PC infetado, por exemplo, embora seus efeitos se limitassem ao âmbito do software, de modo que bastava o usuário reinstalar o sistema para que tudo voltasse a ser como antes no Quartel de Abrantes. Atualmente, a figura do vírus tradicional está quase extinta, e a bola da vez são os spywares e afins (trojans, keyloggers, hijackers, ransomwares, etc.) que visam acessar informações confidenciais da vítima e utilizá-las com o fito de obter algum tipo de vantagem (geralmente financeira, como no caso de senhas bancárias e números de cartões de crédito).

Passando ao que interessa, as pragas eletrônicas atuais têm um ciclo de vida de poucas horas, ao passo que a resposta das ferramentas de segurança pode demorar dias, ou até semanas. Embora os fabricantes de antivírus venham aumentando a frequência de atualizações das listas de definições e disponibilizando-as aos usuários várias vezes por dia, menos de 50% dos malwares são neutralizados, já que os crackers alteram o código dos programinhas em grande velocidade para escapar do modelo de detecção baseado em assinaturas. Assim, é imperativo que as ferramentas de segurança também evoluam, tornando-se capazes as pragas pelo seu comportamento e fechar pontos de entrada de malwares que vêm nos emails de phishing e em links mal intencionados publicados em webpages e redes sociais.
É melhor pingar do que secar, diz um velho ditado. Então, resista à tentação de gastar na pizzaria os trocados que você reservou para atualizar a licença da sua suíte de segurança. Se for trocar seu AV atual, escolha um modelo que combine a detecção por assinatura com recursos de proteção pró-ativa – assinatura genérica, análise de códigos, heurística, emulação e outros recursos que permitam neutralizar ameaças desconhecidas e emergentes (zero-day). E se a assinatura for válida por mais alguns meses, confira a confiabilidade do antivírus criando um falso vírus e observando a reação da ferramenta. Para tanto:

Para tanto, dê um clique direito num ponto vazio da Área de Trabalho, selecione Novo, clique em Documento de Texto, abra o arquivo, cole o código  X5O!P%@AP[4\PZX54(P^)7CC)7}$EICAR-STANDARD-ANTIVIRUS-TEST-FILE!$H+H* e experimente salve o arquivo na própria Área de Trabalho (o nome não importa).

No mais das vezes o antivírus impede o salvamento do arquivo e dá conta do risco de infecção; se isso não acontecer, dê um clique com o botão direito sobre o arquivo e comande a verificação manualmente. Se ainda assim nada acontecer, recorra ao EICAR – que funciona a partir de uma sequência de caracteres que os antivírus consideram como código malicioso, mas que não oferecem risco para o computador (para realizar o teste, experimente baixar os arquivos EICAR COM, EICAR TXT, EICAR COM ZIP e EICARCOM2 ZIP; se seu antivírus se fingir de morto, substitua-o com a possível urgência).

Abraços a todos e até amanhã.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (3ª Parte)

MELHOR DO QUE SER BEM RECEBIDO NA ENTRADA É SER BEM FALADO NA SAÍDA.

Já vimos como criar e usar uma unidade de recuperação para usar no caso de uma falha grave impedir o Windows de iniciar, mas se você não dispõe desse “salva vidas” e seu sistema empacar, há basicamente dois cenários possíveis: no primeiro, o sistema chega a exibir a tela de logon; no segundo, o boot empaca antes disso, dificultando, inclusive, o desligamento do computador.

A partir da tela de logon, você pode acessar as opções de desligamento (clicando no terceiro ícone, da esquerda para a direita, no canto inferior direito da tela) e escolher “desligar”. Sugiro evitar a opção “reiniciar”, que refaz o boot muito rapidamente, podendo não dar tempo para o total esvaziamento do conteúdo das memórias voláteis). Aguarde alguns minutos e ligue o computador novamente. Com alguma sorte, o Windows se recuperará automaticamente ou reabrirá no modo de segurança ou no ambiente de recuperação (WinRE).

Quando o sistema empaca antes de exibir a tela de logon, não há como desligar ou reiniciar o computador via software. Nessa situação, deve-se forçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos. De novo: depois que a máquina desligar, espere um ou dois minutos, cruze os dedos e torne a ligar... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso não adianta de nada, já que a bateria continua fornecendo energia; nos desktops pode até funcionar, mas sob pena de corromper dados ou causar danos físicos no disco rígido.

Quando não é capaz de inicializar normalmente, o Windows tenta fazê-lo no modo de segurança. Na impossibilidade, ele exibe as opções avançadas de inicialização. Se nada disso acontecer, ou  seja, a máquina realmente se fingir de morta, desligue-a e religue três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização deverá ser exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

Observação: O modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio sistema ou de driver, e até mesmo um programa qualquer que possa estar impedindo o Windows de carregar normalmente. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá a máquina a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marcamos as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirmamos em OK e reiniciamos o computador. A questão é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. E agora, José?  

Nas edições vetustas do Windows, acessávamos o modo de segurança pressionando repetidamente a tecla F8 no momento do boot, durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Windows 8 e/ou em máquinas com UEFI e SSD (nas quais o boot leva cerca de dois décimos de segundo). No Windows 10, se você conseguir ao menos acessar as opções de desligamento da tela de logon, mantenha a tecla Shift pressionada e clique em Reiniciar. Se tudo correr bem, as opções de inicialização avançadas serão exibidas, e você poderá convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a modalidade desejada a partir das teclas F4 ou F5 — escolha esta última se precisar acessar a Internet enquanto estiver no modo de segurança.

ObservaçãoUEFI (de Unified Extensible Firmware Interface) é uma interface de firmware padrão para PCs que representa uma sensível evolução em relação ao limitado BIOS (para mais informações, clique aqui; para saber mais sobre drives SSD, reveja esta postagem).

Se o modo de segurança não resolver seu problema, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas (oriente-se pela figura 02), selecione a opção Restaurar este PC, informe se deseja ou não manter seus arquivos pessoais, siga as instruções do assistente e torça para dar certo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

SÍNDROME DA VISÃO DE COMPUTADOR

A VIDA É CHEIA DE OBRIGAÇÕES QUE A GENTE CUMPRE POR MAIS VONTADE QUE TENHA DE AS INFRINGIR DESLAVADAMENTE.

O primeiro caso de Covid no mundo foi registrado no início de dezembro de 2019; o primeiro caso de gripezinha do capitão-cloroquina no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 — há onze meses, portanto.

Há ao menos 200 vacinas em diferentes fases de desenvolvimento mundo afora e cerca de 50 na fase final de testes. Os imunizantes da Moderna, AstraZeneca, Sinopharm e Sinovac devem obter os respectivos registros nas próximas semanas.

Sem embargo, a pandemia não tem data para acabar (para gáudio dos fabricantes de máscaras e álcool em gel, que estão lavando a égua). Ser ou não infectado, apresentar ou não sintomas, sobreviver ou não ao vírus assassino é como uma loteria. No entanto, em meio a tantas incertezas, uma coisa é certa: o home office veio para ficar e, com ele, a Síndrome da Visão de Computador.

Trata-se de um problema de ressecamento ocular associado à redução da frequência com que piscamos os olhos quando operamos o PC. Os sintomas clássicos são ardência, visão distorcida, vermelhidão e fadiga ocular, que podem ser minimizados com o uso de colírios tipo “lágrimas artificiais”.

É recomendável fazer pausas de 10 minutos a cada hora de trabalho, bem como manter uma distância de aproximadamente 30cm da tela do monitor — que não deve ficar nem alta demais, nem baixa demais em relação à linha dos olhos. Sem mencionar que a configuração correta de tela pode ajudar um bocado. Veja como proceder no Windows 10:

Para ajustar o tamanho do texto, dos aplicativos e demais elementos, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Vídeo e, em Ajustar escala e layout, o percentual em que a visualização dos elementos na tela for mais confortável para você.

Na mesma janela, logo abaixo, clique na setinha à direita da caixa referente ao campo Resolução. Repare que apenas uma das diversas opções de resolução disponíveis está marcada como Recomendável. Isso significa que ela exibe o número exato de pixels que a tela possui fisicamente, tornando mais nítida a exibição das imagens. Se quiser, teste outras resoluções; caso não fique satisfeito, é só não as efetivar que tudo volta a ser como antes no quartel de Abrantes.

Clique no link Configurações de escala avançadas e, em Corrigir a escala para aplicativos, ative o botão que autoriza o sistema ajustar o foco automaticamente — ou, por sua conta e risco, deligue o ajuste automático e configure manualmente um valor entre 100 e 500 (lembrando que a Microsoft não recomenda alterar essa configuração).

A exemplo dos smartphones, o Windows dispõe de um modo noturno que bloqueia a luz azul, evitando que seu ritmo circadiano (ou relógio biológico) seja afetado e interrompa produção de melatonina — o hormônio que controla o sono. Então, clique em Configurações de luz noturna para ajustar a temperatura da cor e o períodos em que o recurso deve ser ativado. Sugiro deixar que o Windows ative e desative o a luz noturno nos horários que você predefinir, mas é bom saber que você pode ativar e desativar o recurso a qualquer momento clicando no botão Luz noturna que é exibido na Central de Ações (que você acessa clicando na extremidade direita da Barra de Tarefas).

Observação: Se o botão em questão não for exibido na Central de Ações, reveja configurações desse recurso clicando em Iniciar > Configurações > Sistema > Notificações e Ações. É possível escolher as ações rápidas que você poderá acessar pela Central de Ações; ativar ou desativar notificações, barras de notificação e sons de alguns ou todos os remetentes de notificações; escolher se deseja ver notificações na tela de bloqueio; ativar ou desativar dicas, truques e sugestões sobre o Windows, e por aí afora.

Também é possível calibrar as cores exibidas no monitor, caso elas não lhe pareçam fiéis à imagem original. O próprio sistema possui uma configuração padrão, mas você pode ajustá-la de modo a deixar a visualização de imagens mais agradável. Basta digitar “calibrar cores do vídeo” na caixa de pesquisa da Barra de tarefas e executar o miniaplicativo que fica no Painel de Controle.

Concluída a calibração de cores, o “Otimizador de texto Clear Type” será exibido (se preferir, acesse esse recurso diretamente digitando “cleartype” na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas). A configuração consiste simplesmente em selecionar os textos que lhe pareçam mais nítidos.

terça-feira, 26 de abril de 2022

TERCEIRA VIA — O ULTIMATO


No último domingo, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que as Forças Armadas estão sendo orientadas a atacar o processo eleitoral, e que existe uma tentativa de levar a corporação ao que ele chamou de “varejo da política”. O magistrado disse ter a “firme expectativa” de que os militares não se deixarão seduzir por esse “esforço de jogá-las nesse universo indesejável” e que “até agora o profissionalismo e o respeito à Constituição têm prevalecido”. Barroso alertou ainda para o fato de que militares profissionais e respeitadores da Constituição foram afastados, e citou nominalmente Santos Cruz, Maynard Santa Rosa e Fernando Azevedo. Lembrou que os três comandantes das Forças Armadas foram afastados (algo inédito na história recente desta republiqueta de bananas).

Demorou, mas o magistrado que Bolsonaro chamou certa vez de filho da puta finalmente descobriu que merda fede. Quando "descobriram" (com seis anos de atraso) que Sergio Moro não era competente para jugar Lula (e que foi parcial ao fazê-lo), seus pares lavaram a toque de caixa a ficha imunda do petralha e o reinseriram no tabuleiro da disputa presidencial. Talvez a mesma presteza devesse ter sido demonstrada diante dos discursos golpistas de Bolsonaro no feriado de Sete de Setembro, mas houve apenas um "puxão de orelha" por parte do presidente da Corte Suprema e uma cartinha patética, redigida pelo igualmente patético vampiro do Jaburu, mediante a qual tudo voltou a ser como dantes no Quartel de Abrantes.

A suprema pusilanimidade cobrou seu preço. Resta agora saber se ainda dá tempo de evitar o pior, ou por outra, se o Judiciário vai aceitar bovinamente que o Legislativo lave as mãos e deixe a campanha à Presidência virar batalha campal (ou coisa ainda pior). Aliás, por ordem de Bolsonaro o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que deixou o comando do Exército há cerca de um mês para assumir o Ministério da Defesa, divulgou nota em que chama o togado de "irresponsável" (leia íntegra).

 

Depois da saída de Sergio Moro do Podemos, o general reformado Carlos Alberto dos Santos Cruz — que atuou como comandante das forças de paz da ONU no Haiti de 2007 a 2009, foi escolhido pela Força de Paz da ONU para o comando da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo em 2013 e foi ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência do Brasil — pôs seu nome à disposição do partido para a disputa presidencial, mas disse que, caso haja uma convergência dos partidos de centro, apoiará o nome escolhido pela Terceira Via. 

 

Na campanha de 2018, o general apoiou o capetão e fez críticas ao bonifrate do presidiário. Foi convidado para integrar o Ministério e chefiou a Secretaria de Governo no início da gestão, mas acabou se tornando alvo de Olavo de Carvalho e de Carlos Bolsonaro e foi demitido ainda em 2019. Ao fazer seu anúncio, Santos Cruz escreveu o seguinte: " 

 

“As forças políticas de centro precisam mostrar capacidade de apresentar à sociedade brasileira pelo menos mais uma opção viável, equilibrada, para a próxima disputa presidencial. O Brasil não pode ficar com apenas duas candidaturas, extremamente polarizadas, que se alimentam mutuamente e que funcionam como cabos eleitorais recíprocos. O País precisa de mais opções. Não as apresentar é desconsideração com a nossa população.
 

A disputa polarizada tende a ser uma briga de xingamentos e acusações, sem os debates que a sociedade precisa sobre os programas de governo e propostas de solução para os problemas nacionais. Uma disputa entre dois candidatos que não apresentam o que o Brasil precisa: objetivos claros, transparentes, certeza de execução com os compromissos assumidos e esperança no futuro.
 

Os riscos de mais quatro anos com o ex-presidente ou com o atual presidente, ambos com seus grupos já conhecidos, são bastante evidentes: campanha de baixo nível, rasteira; investimento no fanatismo e na manipulação da opinião pública por meio de uma avalanche de fake news cada vez mais profissionalizada e ousada; promoção do "salvador da pátria"; falta de combate à corrupção; e fanatismo que pode desaguar em violência, pelo menos localizada.
 

O Brasil precisa ser líder de práticas democráticas, de seriedade e de responsabilidade política e não de liderança de populismo latino-americano e até mesmo mundial. A democracia precisa ser reforçada e aperfeiçoada com a união nacional e com o respeito às pessoas, às funções e às instituições. O País precisa ser unido e as divergências respeitadas para que possa enfrentar seus graves problemas. Para a solução dos problemas econômicos, da fome, da inflação, da redução da desigualdade social, do auxílio aos necessitados, é fundamental a total transparência e publicidade no orçamento e na aplicação dos recursos públicos, a integração dos órgãos de controle e a responsabilização. O populismo econômico, irresponsável, torna o futuro mais sombrio ainda.
 

Os conflitos entre poderes e os embates políticos precisam ter como resultado a apresentação de propostas de aperfeiçoamento institucional. Os conflitos sem resultados práticos positivos levam apenas à intoxicação social e à esquizofrenia política. O Brasil precisa resolver seus problemas, e isso não se faz em ambiente de conflito, de espetacularização, de show permanente. Isso rouba as energias da sociedade e capacidade produtiva de todos os brasileiros. Precisamos de harmonia, saúde, educação, segurança pública, Justiça, solidariedade etc.

 

Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário precisam responder aos anseios da população brasileira, tais como a responsabilização, a total transparência da administração pública e o combate à impunidade. No presidencialismo, o comportamento equilibrado do Executivo, sem populismo, é de influência marcante e fundamental para os aperfeiçoamentos necessários à prática política e à melhoria no funcionamento demais poderes e instituições.
 

A política não tem necessidade de ser obscura, regada a dinheiro público, e atender a privilégios e interesses pessoais. A classe política deve e pode se autovalorizar, para que seja vista de maneira mais positiva pela sociedade.
 

É por meio da política que os problemas são resolvidos. Para isso, a política precisa ser desvinculada ao máximo das benesses e dos vícios ligados aos recursos públicos, alguns deles escandalosos.
 

A eleição que se aproxima precisa significar uma oportunidade de possíveis mudanças, de maior seriedade nos compromissos assumidos pelos políticos e de exigências pela população. A eleição precisa significar esperança! Para isso, dois compromissos são fundamentais: o fim da reeleição para cargos executivos, que tantas falsas promessas, deformações de comportamento e prejuízos vêm causando ao Brasil; e o fim do foro privilegiado, para que todos sejam realmente iguais perante a lei e para romper laços que impedem a independência dos poderes, que é um dos princípios da democracia. Essas medidas são necessidades imediatas, independentemente das outras reformas e ações urgentes necessárias para reduzir a desigualdade social, melhorar a Educação, a Economia, a Saúde, a Justiça, a Segurança Pública etc.

 

O Brasil precisa sair da intoxicação ideológica e exigir compromisso e responsabilização legal às promessas não cumpridas em campanhas políticas. Precisa resolver seus problemas reais dentro dos princípios da democracia. As eleições estão aí para isso. Precisamos de novas caras na política e também de novas formas de exigir o cumprimento de promessas!
 

É hora de a classe política mostrar alternativas para a sociedade brasileira. Pelo menos uma! Todas as forças políticas de centro precisam se unir e apresentar mais opções para os eleitores. Opções essas que tragam esperança de novo comportamento político, de futuro, de desenvolvimento com união e paz social. O Brasil não pode seguir no caminho indicado pela polarização. Há necessidade URGENTE de sair da armadilha do radicalismo.” 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

DA PRAGA DA CASERNA AO CAPITÃO CAVERNA — QUARTA PARTE



Como vimos no capítulo anterior, o Brasil viveu um regime monárquico — entre a proclamação da independência, em 1822, e a da república, em 1889. O processo histórico em que se desenvolveu o fim da monarquia e a ascensão da república perpassa por uma série de transformações que levou à tomada do poder pelos militares. Em outras palavras, o país iniciou sua fase republicana a partir de um golpe militar — com a devida venia de quem possa pensar diferente, eu entendo que não há que falar em “revolução” quando não existe participação popular.

A assim chamada Velha República teve início com a proclamação, em 1889, e terminou com a chamada “Revolução de 1930”. Entre o fim do Império e a posse de Prudente de Morais, em 1894, apenas militares ocuparam a presidência, donde esse período ficou conhecido como República da Espada.

Morais foi o primeiro presidente civil do Brasil, e sua posse deu início a alternância entre representantes das oligarquias rurais do sudeste brasileiro (conhecida como política do café com leite em da aliança nas indicações para presidentes entre São Paulo e Minas Gerais), que durou até 1930, mas já vinha dando sinais de enfraquecimento desde 1914. As revoltas tenentistas no RS, em 1923, e em SP, em 1924, somadas à insatisfação das oligarquias com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, resultaram no impedimento do presidente eleito. Assim, outro golpe militar empurrou a Velha República para a cova.

Uma “junta governista” assumiu o poder em 24 de outubro de 1930 e passou o bastão a Getúlio Vargas em 03 de novembro daquele ano, dando início ao “governo provisório” que durou até julho de 1934, quando o mesmo Vargas foi eleito indiretamente (conforme os ditames da Constituição de 1934). Iniciava-se então o assim chamado “governo constitucional”. 

No dia 10 de novembro de 1937, mediante mais um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo e assim manteve-se no poder até outubro de 1945, quando outro golpe o apeou da presidência.

Observação: Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares — principalmente no estado de São Paulo —, o que levou à Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora promoveu a Intentona Comunistamais uma tentativa de golpe. Vargas aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos.

Com a queda de Vargas, o general Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência, e uma Assembleia Constituinte criou nossa quinta Constituição, que estabeleceu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

 Em 1950, Vargas voltou ao cenário político e, graças a sua “postura nacionalista” venceu as eleições presidenciais com o apoio de empresários, das Forças Armadas, de grupos políticos do Congresso e da União Nacional dos Estudantes, entre outros. Mas a oposição a seu governo cresceu, e em 23 de agosto de 1954, após ser acusado de tramar um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda — e de 27 generais exigirem publicamente a renúncia — Vargas foi suicidado, digo, encontrado morto, com um tiro no peito, na manhã do dia 24. deixando uma "carta de despedida" que será reproduzida em outra postagem, ao final desta sequência.

Após o breve governo de Café Filho (de 24.08.1954 a 11.11.1955), de Carlos Luz (que durou apenas 3 dias) e de Nereu Ramos (de 11.11.1955 a 31.01.1956), Juscelino Kubitschek de Oliveira assumiu a presidência em janeiro de 1955, prometendo realizar “cinquenta anos de progresso em cinco de governo”. E, mui mineiramente, mudou a capital federal do Rio de Janeiro para o meio do nada, digo, para o centro do país. E assim, em 21 de abril 1960 “nascia” nossa querida Brasília.

Observação: A transferência da capital federal para o interior do país era defendida desde o período colonial e passou por vontades políticas distintas e muitas mudanças de governo até se transformar em realidade. Não obstante, como em tudo mais neste país, havia objetivos escusos na mudança da sede do governo federal, mas uma análise mais detalhada terá de ficar para uma próxima oportunidade.

Mais detalhes sobre esses governos virão nas próximas postagens. No final desta novela, relembraremos as gestões abortadas, ou seja, os governos em que, por alguma razão, os mandatários deixaram o campo antes que o apito do árbitro marcasse o final da partida.

OBSERVAÇÃO: Hoje, 9 de julho, comemora-se no estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que será comentada, em algum momento, ao longo das próximas postagens. Dada a situação atípica que atravessamos neste ano de 2020, o governo paulista antecipou o feriado, visando reforçar o isolamento social e conter o avanço do coronavírus. Como eu postei sobre informática no "feriado" antecipado, não o farei hoje. Amanhã tudo volta a ser como antes no Quartel de Abrantes. Pelo menos no que concerne à minha pauta de postagens.

Continua no próximo capítulo...

quinta-feira, 22 de abril de 2021

AINDA SOBRE A SEGURANÇA DIGITAL (CONCLUSÃO)

A CIÊNCIA NUNCA RESOLVE UM PROBLEMA SEM CRIAR PELO MENOS OUTROS DEZ.

Para concluir esta breve sequência sobre segurança digital, relembro que em algum momento da história da informática os cibercriminosos se deram conta de que o malware poderia ser um aliado valioso se, em vez de danificar o sistema alvo, monitorasse os hábitos de navegação das vítimas, bisbilhotasse seus arquivos sigilosos e capturasse credenciais de login, números de cartões de crédito e que tais.

Manter o Windows e os aplicativos atualizados, contar com a proteção de um arsenal de segurança responsável, criar senhas seguras, desconfiar (sempre) de anexos e hyperlinks recebidos por email e/ou compartilhados em programas mensageiros e/ou redes sociais, por exemplo, são dicas largamente divulgadas, mas nem sempre observadas. E “o problema com as consequências (como observou o Conselheiro Acácio, personagem do romance O Primo Basílio, de Eça de Queiroz), é que elas sempre vêm depois”.

É fato que ainda não inventaram um software de segurança idiot proof a ponto de proteger usuários relapsos de si mesmos, mas também é fato que ninguém apresentou uma solução melhor do que usar esse tipo de ferramenta. Se ela não garante proteção absoluta como spywarestrojansransomwares e assemelhados, ao menos minimiza os riscos de o usuário ser vítima desses programinhas mal-intencionados.

Deixar o computador desligado é uma solução, mas não uma alternativa válida, a exemplo de não conectar a Internet — nos tempos que correr, isso seria como usar uma Ferrari apenas para ir buscar pão na padaria da esquina. Existe uma maneira menos absurda — mas ainda radical, pelo menos no âmbito doméstico — de operar o computador livremente, sem se preocupar com a segurança e a integridade do sistema. Essa alternativa, conhecida como “virtualização”, consiste basicamente em instalar um aplicativo que cria uma "imagem" das definições e configurações do computador e as recarrega a cada inicialização. Assim, sempre o usuário ligar o computador, tudo será como dantes no quartel de Abrantes, independentemente da ação de malwares e/ou das “barbeiragens” cometidas pelo próprio usuário durante a sessão anterior.

Observação: virtualização faz lembrar do filme "Feitiço do Tempo", no qual um repórter meteorológico ranzinza (Bill Murray) foi encarregado pela quarta vez consecutiva de cobrir uma festividade interiorana chamada de "Dia da Marmota" e, após pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca, passa a reviver a cada manhã o dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar (clique aqui para assistir).

O detalhe (e o diabo mora nos detalhes) é que eventuais atualizações e correções do Windows, de seus componentes e dos demais aplicativos, instalações e remoções de software, apagamento de arquivos e pastas, enfim, quaisquer alterações realizadas legítima e intencionalmente durante uma sessão são desfeitas na próxima inicialização. Claro que é possível criar exceções ou desativar a ferramenta antes de fazer as modificações desejadas, mas até aí morreu o Neves.  

Alguns anos atrás, ao avaliar aplicativos de virtualização para embasar um artigo, achei-os interessantes para donos de lanhouses, cibercafés e afins, mas restritivos demais para usuários domésticos. Nesta revisão, percebi claramente que as ferramentas estão bem mais amigáveis, não o bastante para recomendar seu uso, mas o suficiente para sugerir, a quem interessar possa, o Faraonics Deep Freeze e o Shadow Defender, que oferecem versões de teste, mas exigem registro após o prazo de avaliação, o que não acontece com o Reboot Restore, que é freeware. Seja qual for a sua escolha, só ative a proteção depois de particionar o HDD (veja como fazer isso na sequência de 5 postagens iniciada por esta aqui) e mover para a partição que não será virtualizada seus arquivos de texto, planilhas, enfim, tudo o que você costuma alterar constantemente.

Cumpre mencionar que reverter ações malsucedidas nas edições 9x do Windows exigia executar o scanreg/restore via prompt de comando — uma tarefa complicada para os poucos leigos e iniciantes que sabiam da existência desse recurso). Sensível a esse problema, a Microsoft criou o System Restore (ou restauração do sistema), que pretendia introduzir no WinXP — que não só foi um sucesso absoluto de crítica e de público como se tornou a edição mais longeva da história do Windows —, mas acabou adicionando aos recursos nativos do Windows Millennium Edition, que lançou a toque de caixa em setembro de 2000, para aproveitar o apelo mercadológico da “virada do milênio”, mas acabou sendo um retumbante fiasco.

Em linhas gerais, o System Restore cria backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador em intervalos regulares, ou sempre que alguma modificação abrangente é procedida (note que também é possível "pontos de restauração" manualmente). Assim, caso o PC se torne instável ou seja incapaz de reiniciar, o usuário pode tentar reverter o sistema a um ponto anterior através da interface gráfica e, com um pouco de sorte, resolver o problema com relativa facilidade.

Observação: O desairoso WinME sucedeu ao Win98SE (que muitos consideravam “o melhor Windows de todos os tempos), mas não conseguiu se legitimar como seu virtual sucessor — missal da qual o XP, lançado 13 meses depois, se desincumbiu com um pé nas costas. Dentre seus muitos problemas do ME, relembro a lentidão, os travamentos constantes e a profusão de telas azuis da morte — decorrentes, em grande medida, da maneira como o sistema suportava aplicações que dependiam de compatibilidade integral com o MS-DOS. Além disso, se PC ficasse ocioso por mais de 10 minutos, mover o cursor do mouse podia resultar no congelamento do sistema, acompanhado ou não de uma indesejável tela azul. A ocorrência desse erro dependia da configuração do computador, mas quem teve a infelicidade de ser aporrinhado por ele jamais o esqueceu. Ademais, a própria restauração do sistema se tornou problemática no ME a partir de 8 de setembro de 2001, já que um erro na forma como o recurso passou a marcar os pontos a partir dessa data tornou a ferramenta incapaz de encontrá-los, e mesmo quando a restauração era realizada com sucesso podia acontecer de malwares serem ressuscitados junto com os arquivos legítimos, o que tornava a restauração inútil quando o propósito era recuperar o sistema de uma eventual infecção.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

WINDOWS – MENSAGENS DE ERRO

A GRANDE TRAGÉDIA DA VIDA É QUE FICAMOS VELHOS CEDO DEMAIS E SÁBIOS TARDE DEMAIS.

DISSE A CIGANA AO JOÃOZINHO:
─ QUANDO CRESCER, MENINO, VOCÊ VAI ESCREVER COISAS QUE TODO MUNDO VAI LER, COISAS QUE IRÃO ATERRORIZAR AS PESSOAS.
JOÃOZINHO, QUE JÁ GOSTAVA DE HISTÓRIAS DE TERROR, SAIU DA TENDA SENTINDO-SE UM MISTO DE ALFRED HITCHCOCK E EDGAR ALLAN POE, CAPAZ DE OFUSCAR O PRÓPRIO STEPHEN KING. E COMO AS CARTAS NÃO MENTEM JAMAIS, ANOS DEPOIS ELE CONSEGUIU EMPREGO NA MICROSOFT, NO SETOR DE CRIAÇÃO DE MENSAGENS DE ERRO PARA O WINDOWS.

Brincadeira à parte, ainda que sejam desagradáveis e até certo ponto assustadoras, as mensagens de erro (e as próprias telas azuis da morte) oferecem pistas para a solução de diversos problemas. Com base nelas, é possível localizar a causa do travamento e, com um pouco de sorte, encontrar a respectiva solução, embora não exista uma receita mágica aplicável a todos os casos.

Os travamentos do Windows são chamados de interrupções quando causados por falhas de hardware ou pelo próprio sistema operacional, e de exceções quando decorrentes de aplicativos. Diante de uma mensagem de erro, tente primeiramente identificar seu tipo ou categoria, descobrir quando e por que ela ocorreu, quais as informações que ela oferece e onde obter ajuda.
Quando o problema é apenas software, a sua reinstalação ─ ou, em situações extremas, a formatação do disco rígido seguida de reinstalação do sistema ─ faz o PC voltar ao normal, mas se o culpado for o hardware, não adianta formatar e reinstalar o software. Para piorar, problemas de hardware podem ter as mais variadas causas, que vão do simples superaquecimento do processador a defeitos na placa-mãe, nas memórias, na fonte de alimentação, e assim por diante. Se você quiser tentar fazer um diagnóstico por conta própria, experimente o PC-CHECK.

Quando não consegue contornar um problema, o Windows pode reiniciar automaticamente, dificultando a obtenção de informações a partir da mensagem de erro. Para alterar essa configuração, abra o Painel de Controle, clique em Sistema > Configurações avançadas do sistema e, no campo Inicialização e Recuperação, pressione o botão Configurações. No caso de futuros travamentos, anote pelo menos os dois dígitos iniciais do código do erro exibido na mensagem antes de reiniciar o computador.

As mensagens de erro se dividem em quatro categorias principais: Exceções Fatais, Erros de Proteção, Páginas Inválidas e Kernel32.dll.

Observação: Uma exceção fatal, por exemplo, ocorre quando o processador depara com uma operação impossível de ser executada – devido a uma falha de programação, um código demasiadamente confuso, uma operação matemática que não pode ser resolvida, setores danificados na RAM, componentes mal instalados ou mal configurados, recursos incorretamente alocados, e por aí afora.

A Base de Conhecimentos da Microsoft é um verdadeiro manancial de informações, mas, ao pesquisar, você não deve inserir a mensagem de erro inteira, mas sim limitar-se ao tipo da mensagem e aos códigos eventualmente presentes. Por exemplo, para A fatal exception oE has ocurred at 028:Co282dBo in VxD IFSMGR(03) + oooo CF7C, escreva fatal exception oE VxD em sua pesquisa; se não obtiver resultados, tente remover uma palavra e/ou selecionar All Microsoft Search Topics em vez de um produto específico. Diante de múltiplos resultados, refine a pesquisa acrescentando outras palavras, expressões completas ou combinações de palavras, incluindo a expressão original. Alternativamente, você pode usar as informações reportadas na mensagem para pesquisar com o Google (ou outro buscador de sua preferência). Por exemplo, na mensagem A fatal exception XY has ocurred at xxxx:xxxxxxxx, o XY diz respeito ao tipo de exceção que ocorreu, e os dados subsequentes indicam a localização do erro na memória.

A ferramenta Visualizar Eventos é uma mão na roda para identificar erros que resultam em panes no Windows ou nos aplicativos. Para acessá-la, abra o Painel de Controle, clique em Ferramentas Administrativas e selecione o ícone Visualizar Eventos
O item Sistema, situado na árvore de diretório do utilitário, registra as atividades realizadas no Windows, e o item Aplicação, o que está relacionado a outros softwares (é possível que outros tipos de aplicativos criem mais itens na árvore de diretório). 

Observação: Os eventos são razoavelmente auto-explicativos, e as caixas de Erro e de Alerta são as que merecem maior atenção. Dando duplo clique sobre um evento, você abre a tela das Propriedades do Evento e encontra detalhes sobre o erro em questão e um link para o site de suporte da Microsoft. Para mais detalhes sobre os tipos de erros e o que eles significam, acesse o site http://eventid.net/ (copie o número do evento no campo eventID ou pesquise por palavras-chave que vêm na mensagem de erro usando o campo Source).

Vale lembrar que inúmeros problemas não geram mensagens de erro ou, quando geram, não oferecem informações suficientes para embasar uma pesquisa detalhada. O lado bom da história é que reiniciar o computador costuma ser suficiente para fazer tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes. Caso o problema que o atormenta seja recorrente e você não consiga identificar o culpado, reinicie o computador no modo de segurança (pressione repetidamente a tecla F8 durante a inicialização, antes que o logo do Windows seja exibido, e, na tela de opções de inicialização, selecione modo de segurança). Se o problema não voltar a ocorrer, o culpado deve ser algum programa, serviço ou driver que inicializa com o Windows. Para identificá-lo, dê um boot limpo e reabilite os programas e processos de terceiros, um de cada vez, e reinicie o computador em seguida. Quando o erro tornar a ocorrer, você saberá quem é o causador da anormalidade, e poderá removê-lo, se for o caso.

Observação: Para dar um boot limpo:
1. Feche todos os programas em execução;
2. Pressione o atalho Windows+R, digite msconfig na caixa do menu Executar e tecle Enter;
3. Na tela do Utilitário de Configuração do Sistema, clique na aba Geral, habilite a opção Inicialização Seletiva e desabilite a opção carregar itens de inicialização;
4. Na aba Serviços, habilite a opção Ocultar todos os serviços Microsoft, desabilite os serviços restantes e clique em Aplicar > OK e SIM quando perguntado se deseja reiniciar o Windows.

Após a reinicialização, verifique se o erro persiste. Caso afirmativo, crie uma nova conta de usuário com privilégios administrativos e veja se isso resolve de vez o problema (para saber mais sobre contas de usuário no Windows 7, inclusive como criá-las, acesse a trinca de postagens iniciada por esta aqui).

Abraços a todos e até a próxima.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

WINDOWS 10 — OUTRAS DICAS QUE VALE A PENA VOCÊ CONHECER

ATÉ OS CHEFES TÊM CHEFES.

O Win10 oferece três modos de exibição da interface: claroescuropersonalizado. O que nos leva à décima primeira dica. 

Como na maioria das dicas anteriores, o acesso a esse ajuste é feito a partir da janela das ConfiguraçõesClique em Personalização > Cores e faça as modificações desejadas.

A próxima dica trata da Área de transferência em nuvem, que, na verdade, resulta em duas dicas. 

Através do atalho de teclado Win+V (sendo "Win" a tecla com o logo do sistema), você visualiza o histórico da área de transferência do Win10 (mais detalhes nesta postagem). Ativando a sincronização, você consegue copiar coisas no seu PC ou notebook e colá-las em outros dispositivos. Para ativar esses dois recursos, acesse Configurações > Sistema > Área de Transferência

Observação: A ferramenta de captura de tela do Win10 foi aprimorada em uma das atualizações de versão disponibilizada desde seu lançamento, em meados de 2015. A partir de então, ela passou a oferecer mais recursos de captura além do velhos e conhecidos PrtScr (que tira um instantâneo da tela) e Alt+PrtScr (que captura apenas o conteúdo exibido em primeiro plano). Para saber mais acesse esta postagem.

Se você pressionar ao mesmo tempos as teclas logo do WindowsPrtScr, o sistema salvará automaticamente a captura (na pasta Capturas de Tela e no formato .PNG). É mais simples salvar a tela assim do que pressionar PrtScr, abrir o Paint (ou outro editor de imagens qualquer), colar o print lá e salvar num dos formatos de arquivo disponíveis. E mais: pressionando Win+Shift+S você terá acesso a recursos mais sofisticados, como captura retangular, recorte livre, etc.

A próxima dica tem a ver com as atualizações do sistema via Windows Update. Esse assunto mereceria um capítulo à parte se a gente não o tivesse esmiuçado em outras oportunidades, mas não custa relembrar (mais uma vez) a importância de manter o software do computador up to date (tanto o sistema quanto seus componentes e os aplicativos "não-Microsoft", que não são contemplados pelo WU). Tenha em mente que computador seguro é computador desligado, mas isso não significa que seus dispositivos computacionais (isso inclui seu smartphone) não fique ainda mais inseguros se você simplesmente der de ombros para as atualizações de software.  

Observação: Eu me sinto um idiota gastando saliva com gente que se recusa a tomar vacina (não estou dizendo que seja o seu caso, caro leitor) mesmo depois que quase 700 mil pessoas morreram de Covid no Brasil, e que os casos mais graves afetam justamente quem não se vacinou... Eu até poderia dizer que cada um tem o direito de escolher de qual borda da Terra plana vai pular para o inferno, mas não acho justo alguém ser filho da puta e querer que os outros arquem com o ônus dessa filhadaputice.

Quando promoveu o Windows a serviço, a Microsoft implementou uma política de atualizações semestrais de conteúdo e manteve as atualizações mensais de qualidade (Patch Tuesday). O problema é que "os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito": todas as atualizações semestrais (e um ou outro Patch Tuesday) deram muita dor de cabeça a muita gente, ainda que não à totalidade da base de usuários do Win10

Nos tempos de antanho, sempre que uma nova versão do Windows era lançada (e a gente precisava adquirir a mídia de instalação para atualizar o computador), eu recomendava fazer a evolução depois do primeiro Service Pack (“pacote” que reunia todas as atualizações criadas desde o lançamento de uma determinada versão ou do service pack anterior; a título de ilustração, o Windows XP foi alvo de 3 Service Packs ao longo de seus 12 anos de vida útil). 

Com o lançamento do Win10 como serviço, os SPs deixaram de existir e, para piorar, durante algum tempo os usuários da Home Edition não tinham como driblar as atualizações automáticas (até tinham, mas a maneira de fazer isso era um tanto complicada). Sensível ao problema dos bug em seus patches, a Microsoft voltou atrás e passou a permitir o adiamento das atualizações por um período de 7 a 35 dias — tempo mais que suficiente para a empresa corrigir as falhas e que tais. 

Observação: Para retardar a instalação dos KBs, clique em Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Pausar atualizações e, em “opções avançadas”, faça os ajustes que desejar.

A próxima dica pode ser sua tábua de salvação quando e se você precisar reinstalar seu sistema e não tiver uma cópia de segurança à mão (PCs de grife costuma trazer os arquivos de instalação armazenados numa pequena partição criada no HDD justamente para esses casos, mas essas coisas nem sempre funcionam quando a gente mais precisa delas, daí ser recomendável dispor de um "disco de resgate"). 

A boa notícia é que você pode reinstalar o Win10 usando a "nuvem" da Microsoft. Mas tenha em mente que essa opção reinstala a versão do sistema que estava rodando no seu PC, mas não o desobriga de proceder às devidas atualizações, reconfigurações e personalizações para deixar tudo como era antes no Quartel de Abrantes — e nem de manter um backup atualizado de seus arquivos importantes.  

Tomadas essa providências, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Recuperação. Quando a janela de recuperação se abrir, você terá duas opções: baixar o Windows pela nuvem ou reinstalar de maneira local (a partir de um dispositivo ou disco). Siga as instruções na tela (ou obtenha mais informações nesta postagem) e boa sorte.

Continua...

sexta-feira, 11 de abril de 2014

CONTROLE DE CONTAS DE USUÁRIO NO WINDOWS 7 - Final.

CADA MACACO NO SEU GALHO!

Prosseguindo como que dizíamos ontem, é indiscutível que o UAC aprimora a segurança do sistema, de modo que à resposta à pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é SIM, até porque qualquer camada a mais de proteção é sempre bem-vinda. No entanto, tenha em mente que o UAC não torna o PC idiot proof a ponto de protegê-lo do próprio usuário.

Observação: Quem não dispõe de um arsenal de defesa responsável e faz pouco das recomendações básicas de segurança não demora a ser vítima de um vírus, spyware ou outro tipo qualquer de código malicioso, e aí não adianta culpar o sistema. Por outro lado, se o incauto se logar com uma conta limitada, os estragos feitos pela praga serão igualmente limitados, de maneira que bastará fazer logon com outra conta para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (o que, convenhamos, é mais fácil e rápido do que reinstalar o Windows).

No Seven, a conta limitada dá acesso à maioria dos recursos do sistema, conquanto impeça a instalação ou desinstalação de programas, drivers ou dispositivos de hardware, além de obstar a modificação de arquivos indispensáveis ao funcionamento do PC e configurações que afetem outros usuários ou a segurança global da máquina. Para rodar aplicativos que exijam poderes administrativos, todavia, não é preciso fazer logoff e tornar a se logar como administrador; basta indicar sua conta privilegiada e digitar a senha correspondente.
Se você se sentir incomodado com as constantes mensagens do UAC, acesse o Painel de Controle, clique em Contas de Usuário > Alterar configurações de Conta de Usuário, mova o controle deslizante para a posição Nunca notificar, dê OK e reinicie o computador (para reativar o recurso, siga os mesmos passos e mova a barra deslizante para a posição anterior).
Já para executar o Seven com uma conta limitada, primeiro é preciso criá-la. Se você está migrando agora para essa edição do Windows, acesse o Painel de Controle e, em Contas de Usuário, clique em Gerenciar outra conta > Criar uma nova conta, dê um nome à conta, marque a opção desejada e confirme. Caso venha usando essa versão do sistema com a conta de administrador criada durante a instalação, o melhor a fazer é rebaixá-la (isto é, transformá-la numa conta-padrão) e criar outra conta privilegiada – de modo a evitar a perda de suas configurações pessoais. Para tanto, repita os passos anteriores, crie a nova conta, atribua-lhe poderes de administrador e uma senha (caso surja uma mensagem dizendo que você irá perder todos os arquivos criptografados com EFS, certificados pessoais, senhas armazenadas, ignore-a e siga adiante). Clique então em Gerenciar outra conta, dê duplo clique sobre a conta de administrador que você quer rebaixar, clique em Alterar o tipo de conta, marque a opção Usuário padrão, confirme, feche as janelas e reinicie o computador.

Antes da nossa tradicional piadinha de final de semana, resolvi reproduzir aqui a "carta de despedida" que o XP "escreveu de próprio punho" e endereçou a todos os usuários e amigos. Confira:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

Passemos agora ao humor de sexta-feira:

TESTE DO BAFÔMETRO EM PORTUGAL.

Um indivíduo, bêbado que nem um cacho, foi mandado parar para um teste de alcoolemia. Diz o guarda:
- O sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. Guarda. A minha sobrinha casou hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete, enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e, à noite na festa, bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e que isto é um controle de alcoolemia?
- Sei perfeitamente, Sr. Guarda. E o Sr. Guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?


Brincadeira, evidentemente, mas não seu um fundo de verdade (risos).
Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

AVG PC TUNEUP - MITOS, BOATOS E QUE TAIS

DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA.

Vimos no post anterior que manter o desempenho do PC em patamares aceitáveis requer o uso de uma suíte de manutenção responsável e a correta diferenciação das medidas que trazem ganhos reais daquelas que não fazem a menor diferença ou, pior, põem em risco a estabilidade do Windows.
Nesse sentido, a AVG, responsável pela festejada suíte TuneUp Utilities, desvenda alguns mitos que campeiam soltos na Web, que eu transcrevo a seguir, acompanhados de minhas observação pessoais (em itálico e ressaltado em amarelo).

·        Eliminar fontes (tipos de letra) melhora a inicialização do sistema A empresa testou essa dica reduzindo de 280 para 40 o número de fontes instaladas num computador, e não observou qualquer melhora significativa no tempo de boot. Convém ter em mente que, durante a inicialização, o Windows carrega todas as fontes na memória, e como cada uma delas – e suas respectivas variações de tamanho e estilo – correspondem a arquivos, quanto maior a quantidade, tanto maior o consumo de memória e, consequentemente, a demora na inicialização do sistema. Por outro lado, 280 fontes ocupam cerca de 500 MB, e como as máquinas atuais contam com 2 GB ou mais de RAM, o impacto realmente não é expressivo. No entanto, eu me lembro de ter instalado certa vez uma quantidade tão grande de fontes no meu velho 486, que o pobre não conseguiu mais carregar o Windows (acho que está tentando até hoje - risos). Brincadeiras à parte, eu recomendo manter apenas as fontes-padrão do sistema e mais algumas que você realmente utilize no dia-a-dia (para saber como gerenciar fontes, clique aqui). E caso você se depare com um tipo de letra chamativo (num blog ou página da Web), melhor que garimpá-lo manualmente é acessar www.myfonts.com, clicar no link WhatTheFont, fazer o upload da imagem com o texto e deixar que o serviço se encarregue da identificação.

·        Ajustes no BIOS podem reduzir o tempo de boot – Alguns ajustes promovidos através do CMOS Setup podem reduzir o tempo de inicialização (não mais do que uns poucos segundos, mas enfim). É preciso muito cuidado ao mexer nesse vespeiro, pois qualquer modificação indevida ou mal sucedida pode comprometer a estabilidade – ou a própria inicialização – do Windows. Para entender isso melhor, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui.  

·        Utilizar todos os núcleos da CPU para o arranque do PC – Há quem afirme que o Windows utiliza somente um núcleo de processamento durante a inicialização e recomendam habilitar todos os núcleos para acelerar consideravelmente este processo. Esse ajuste na verdade não funciona, pois o fato do Windows limitar o número de núcleos da CPU durante o início foi desenvolvido por razões de segurança em caso de problemas, não para permitir habilitar mais núcleos. De qualquer forma, o Windows utiliza todos os núcleos disponíveis logo após a primeira fase da inicialização. Sem falar que essa reconfiguração pode resultar na mensagem de erro "BAD_SYSTEM_CONFIG_INFO". Essa questão divide a opinião dos analistas: alguns afirmam que o Windows utiliza todos os núcleos durante o boot, e que a ferramenta serve apenas para limitá-los, mas a tela das opções avançadas de inicialização do meu PC mostra apenas um núcleo habilitado por default. Para adicionar o segundo, eu marquei a caixa Número de processadores, cliquei na setinha à direita e escolhi a opção 2, conforme visto nesta postagem, e a partir daí observei uma redução de aproximadamente 10% no tempo de inicialização. Vale lembrar que isso pode variar de acordo com uma série de fatores. Quando reiniciamos o PC depois de uma limpeza e compactação do Registro, por exemplo, notamos que o Windows demora mais para nos entregar o comando da máquina, mas os boots subsequentes passam a ser mais rápidos. Em última análise, nada se perde em tentar, até porque basta desfazer o ajuste em questão para que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes. 
·        Desativar algumas funções e programas do computador – Os PCs sempre vêm com vários dispositivos integrados ou outros componentes dos quais os usuários nem sempre necessitam, como um transmissor Bluetooth, um adaptador Ethernet, uma câmera web, um controlador de Firewire, ou mesmo um chip de som. Embora não seja viável desligá-los todos permanentemente, essa ação um efeito real no tempo de início. Ao realizar a prova, os laboratórios da TuneUp economizaram 4 segundos no tempo de arranque. Mas vale a pena todo este incômodo? Definitivamente, não. De pleno acordo. Quanto aos programas, quanto menos, melhor. Antes de dar início aos procedimentos de manutenção, vasculhe a lista dos apps instalados e remova sem remissão todos os que não têm utilidade ou são usados uma vez na vida, outra na morte. Demais disso, recorra sempre que possível a serviços baseados na Web, que podem ser rodados a partir do navegador (desde que você tenha uma conexão com largura de banda razoável, naturalmente). Você pode localizá-los através do seu motor de busca (digitando “editor de imagens online” em vez de simplesmente “editor de imagens”, por exemplo). Outra opção é recorrer a websites que centralizam esses serviços, como o SPOON. Basta instalar o plug-in, criar sua conta e escolher o software desejado – há de navegadores a games, passando por comunicadores, programinhas de conversão, plataformas de emails, editores, diagramadores, e muito mais. Ao final, basta fechar a caixa respectiva; como tudo roda virtualmente, nenhum resquício ficará armazenado em seu computador.

Para acelerar o PC de forma confiável e segura, você pode baixar e instalar uma versão de teste do TuneUp Utilities 2014 no site oficial da TuneUp e usá-la sem qualquer ônus pelo prazo de 15 dias, com todas as funcionalidades do programa.

Piadinha da vez:



Abraços a todos e até segunda, se Deus quiser.