No final dos anos 1980, quando o Windows ainda era uma interface gráfica que rodava no MS-DOS, a Microsoft reuniu num "pacote" o Word (processador de textos), o Excel (gerenciador de planilhas) e o Power Point (ferramenta para criação e exibição de apresentações), dando origem ao MS Office, que mais adiante agregou o Access (gerenciamento de banco de dados), o Outlook (misto de agenda e cliente de correio eletrônico), o OneNote (para anotações, coleta de informações e colaboração multiusuário) e o Publisher (para publicações online). O sucesso foi retumbante: a versão 1.0, lançada em novembro de 1990, fez da gigante de Redmond a primeira empresa a alcançar a marca de US$ bilhão em vendas/ano.
Como os demais produtos da Microsoft, o Office sempre foi caro, mas o advento de programas similares gratuitos levou a empresa a comercializar sua suíte em várias versões, com preços variando conforme os elementos incorporados, criar licenças extensivas a múltiplos computadores e oferecer descontos especiais para determinados segmentos de usuários (como estudantes e professores, por exemplo).
Para quem não quer pôr a mão no bolso, o LIBRE OFFICE reúne aplicativos semelhantes ao Word, Excel, PowerPoint e outros que permitem desenhar, gerenciar bancos de dados, etc., e o OPEN OFFICE oferece compatibilidade praticamente total com os documentos criados pelos aplicativos da Microsoft e tem um visual bastante familiar. Igualmente popular pelo suporte aos formatos de arquivo do Word, o Google Docs é a alternativa ideal para usuários com pouco espaço disponível na máquina e que procuram uma solução versátil e disponível para várias plataformas. Aproveitando o ecossistema Google, ele se vincula aos arquivos do Google Drive e disponibiliza seus documentos e projetos para todos os dispositivos conectados à conta.
Dias atrás, a Proton, famosa pelo serviço de email criptografado, anunciou o lançamento de um editor de textos que, segundo ela, é uma alternativa gratuita e mais segura que o Docs e o Word da Microsoft Word. Integrado ao ProtonDrive, que já oferece calendário, gerenciador de senhas e armazenamento de arquivos, entre outros serviços, a solução tem visual, recursos parecidos com os editores rivais e suporte à edição colaborativa em tempo real.
Por enquanto, o serviço pode ser acessado somente na Web, por meio de qualquer navegador, mas uma versão para dispositivos móveis de chegar em breve. Assim como o ProtonMail e os demais serviços da marca, ele dispõe de criptografia de ponta a ponta, que protege até mesmo os movimentos do cursor e as teclas digitadas, evitando que os conteúdos criados sejam coletados pelas big techs para treinamento de modelos de inteligência artificial generativa.
Para acessar o serviço, é preciso abrir conta no ProtonDrive. Feito isso, basta fazer login na plataforma, clicar em Novo > Novo Documento para abrir o editor de textos. Você pode optar tanto pelo plano gratuito quanto pelas opções por assinatura.