UM BATE-PAPO INFORMAL SOBRE INFORMÁTICA, POLÍTICA E OUTROS ASSUNTOS.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
COMO AUTOMATIZAR O DESLIGAMENTO DO PC E ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO COMPUTADOR, OS PADRÕES AT, ATX E DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.
segunda-feira, 15 de junho de 2020
MAIS SOBRE NAVEGADORES — PARTE XX
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
WINDOWS 11 — ATUALIZAÇÃO PROBLEMÁTICA — O SALVADOR DA PÁTRIA
SÓ SEI QUE NADA SEI, E O FATO DE SABER ISSO ME COLOCA EM VANTAGEM SOBRE AQUELES QUE ACHAM QUE SABEM ALGUMA COISA.
Continuação:
A despeito de meu Dell contar com um respeitável Intel quad-core i7 de 8ª geração e aceitáveis 8GB de RAM DDR4, a memória de massa é provida por um HDD — dispositivo eletromecânico muito mais lento que o SSD de 1TB do meu desktop, que ainda conta com um processador quad-core i7-4790, 64GB de RAM (dos quais a placa-mãe infelizmente reconhece apenas 32GB) e um HDD de 3 TB.
Para complicar, eu instalei a nova versão “do zero” — o que resultou em mais tempo e trabalho para atualizar, reconfigurar e personalizar o sistema. Para piorar, a inicialização do note ficou lenta como uma carroça carregada e puxada ladeira acima por uma mula manca. Para completar, usar a computador depois que o Windows carregava era um verdadeiro teste de paciência. Os aplicativos demoravam a responder, rolar as páginas do navegador era um castigo e digitar um URL (as letras iam aparecendo uma de cada vez, a intervalos de 1 ou 2 segundos), uma penitência.
Meu Dell conta com 2TB de memória de massa, mas ela é provida por um disco rígido tradicional. Essa tecnologia está mais que superada; se os
fabricantes de PC continuam equipando seus produtos com esses anacronismos cibernéticos é porque o preço
dos SSDs, que
são muito mais rápidos, impacta sobremaneira o custo de produção.
O Windows
dispõe de ferramentas nativas que se propõem a resolver diversos problemas, inclusive
os que ele próprio cria (como a fragmentação dos dados no HDD). Mas a Microsoft
não inclui na malinha de ferramentas do sistema um utilitário que limpe e desfragmente o Registro, e tampouco recomenda o uso de produtos de
terceiros.
Aprendi com a
vida a não discutir com especialistas (nem com fanáticos). Ninguém melhor
que a mãe para dizer o que é e o que não é bom para a criança. Mas há décadas
que eu uso
e recomendo as consagradas suítes de manutenção CCleaner e Advanced
System Care.
Apesar da má vontade do MS-Edge em registrar os URLs que eu digitava e abrir as respectivas páginas, consegui baixar e instalar o Google Chrome. Mas foi como trocar seis por meia dúzia. Sofri mais um bocado para baixar a versão mais recente (15.2.201) do ASC freeware. Nesse caso, porém, o fim do calvário compensou plenamente o esforço e a demora: bastou abrir a suíte, clicar em Iniciar com o modo IA selecionado e aguardar a conclusão dos reparos para o note recuperar o desempenho que tinha quando foi ligado pela primeira vez.
O ASC inclui um verificador de drivers (que pode ser instalado
separadamente, tanto na modalidade paga quando na gratuita). O Drive Booster identificou mais
de 20 atualizações possíveis no meu note, e apontou a falta do controlador de áudio —
problema que eu já havia tentado solucionar com a “solução de problemas” do Win11
(se me desculpam o trocadilho infame). A versão de testes que vem embutida na
suíte limita as atualizações a uma por dia, de modo que eu aproveitei para devolver a “voz” ao portátil — as demais atualizações ficaram a cargo do DriverMax Pro, mas só porque eu já dispunha da chave de
licença.
Quanto ao desktop, ainda não descobri o vilão da história. Assim que tiver mais informações e fizer a máquina voltar a funcionar — e espero que seja em breve, pois os 32GB de RAM (na verdade, são 64 GB, mas a placa-mãe só suporta metade) e a velocidade do SSD fazem uma bruta diferença — eu compartilho os detalhes com vocês.
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
DESLIGAR OU NÃO O COMPUTADOR? (SEGUNDA PARTE)
Vimos que desligar o computador frequentemente pode reduzir a vida útil de seus componentes, mas manter a máquina ligada por dias a fio pode não ser a melhor opção, quando mais não seja porque uma saudável reinicialização restabelece o "viço" que o sistema perde ao longo de uma sessão prolongada.
Um dos argumentos de quem é avesso a desligar o PC tem a ver com o drive de disco rígido, mas o fato é que o componente em questão evoluiu ao longo das últimas décadas, sem falar que a obsolescência programada nos leva a trocar o aparelho bem antes de o HDD "pifar". Demais disso, cada vez mais computadores utilizam drives de memória sólida, que não tem partes móveis e são baseados em memória flash, o que os torna menos suscetíveis a impactos, trepidações e distúrbios da rede elétrica.
Observação: Sem embargo, só se deve desligar o computador "na marra" (hard shutdown) quando e se não houver alternativa.
Fontes de alimentação "bivolt" funcionam com tensões entre 90 V e 240 V, sendo portanto capazes de suportar sobretensões de até 100% e subtensões de mais de 20% — quando ligadas a uma tomada de 127 V, naturalmente. Assim, a única vantagem de usar um filtro de linha é que trocar o fusível (ou o próprio filtro) é mais fácil que substituir os varistores internos da fonte.
Observação: Essas "réguas" não filtram coisa nenhuma, não passam de "benjamins" providos de fusíveis (ou leds, conforme o caso) destinados a evitar que picos de tensão danifiquem os aparelhos. Para obter proteção eficiente, utilize um nobreak online (UPS) ou, na impossibilidade, um bom estabilizador de tensão (voltaremos a esse assunto oportunamente).
Quanto a manter o computador sempre ligado ou colocar o sistema em suspensão/hibernação em vez de simplesmente desligar o aparelho, vale lembrar que o retorno da suspensão é quase imediato (basta pressionar qualquer tecla para essa mágica acontecer) e o "despertar" da hibernação, mais rápido que um boot convencional, que manter o PC sempre ligado o expõe a riscos (como o de um eventual apagão) e aumenta o gasto com energia (em 2021, a tarifa acumulou alta de 114% ante os 48% da inflação no mesmo período).
Para além disso, a vida útil dos componentes é limitada — a dos monitores de vídeo é estimada em 10 mil horas; a das bateria que alimentam smartphones e notebooks, em algo entre 300 a 600 ciclos (cada ciclo corresponde a uma descarga completa seguida de uma carga completa). Por outro lado, ainda que você desligue e religue o computador dezenas de vezes por dia, 24/7, seu HDD deve durar pelo menos 5 anos. No caso dos melhores SSDs, se você escrever e apagar 256 GB de dados por dia (um prodígio que poucos heavy users conseguem realizar) o drive continuará funcionando por cerca de 20 anos. E é inconcebível, atualmente, manter o mesmo computador em uso por duas décadas.
Observação: Quem migrou para o Windows 11 num computador de configuração modesta, com disco rígido eletromecânico, sabe o que é amargar longos minutos de espera a cada inicialização. Comenta-se inclusive que a Microsoft cogita incluir o SSD na lista de pré-requisitos obrigatórios para a instalação da mais recente encarnação de seu festejado sistema operacional (vide comparativo nesta postagem).
Continua...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
SSDs
Grosso modo, os SSDs são “HDs” que não utilizam discos magnéticos, mas sim chips de memória Flash, e a despeito de terem taxas de transferência comparáveis às dos HDs tradicionais, seu tempo de acesso extremamente baixo reduz o tempo de boot e melhora consideravelmente o desempenho do computador em um vasto leque de aplicações, sem mencionar que são mais silenciosos e consomem menos energia.
Por conta de sua agilidade na transferência de dados e capacidade de executar inúmeras gravações e regravações, as memórias Flash são amplamente utilizadas em pendrives e cartões de memória de câmeras digitais e telefones celulares. O tipo usado nos SSDs (NAND) é uma versão adaptada para dispositivos de grandes capacidades, e deve substituir gradativamente o disco rígido de notebooks, netbooks, desktops e filmadoras equipados com disco rígido ou memória flash comum.
Até algum tempo atrás, essa solução esbarrava no pouco espaço oferecido pelos dispositivos de memória flash, mas parece que o problema foi superado, já que a Asus e a pureSilocon lançaram, respectivamente, dispositivos de 512GB e de 1TB de capacidade, comprovando que a nova tecnologia não só é capaz não de igualar, mas também de superar os discos rígidos comuns. Por outro lado, ainda resta a questão do preço – notebooks com SSD são, em média, 400 dólares mais caros do que equipados com discos rígidos –, mas as empresas estão construindo novas linhas de produção e aperfeiçoando a tecnologia das já existentes, de maneira que logo, logo os SSDs se tornarão acessíveis para o usuário doméstico (o preço do Gigabyte, que era de 5 dólares em 2007, está atualmente na casa dos 80 cents).
Vamos esperar para ver.
EM TEMPO: Nossa tradiconal "frase de pé de página" fica agora logo abaixo do cabeçalho do Blog, permitindo que os visitantes a visualizem mais facilmente e me lembrando de trocá-la mais amiúde
Até mais ler.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
WINDOWS 10 - ATIVANDO O FAST SATARTUP
sexta-feira, 17 de julho de 2020
NOVA PRAGA DIGITAL AFETA TANTO O WINDOWS QUANTO O LINUX — FINAL
Retomando do ponto onde paramos:
Novos aperfeiçoamentos foram surgindo ao longo dos anos. Com a virada do século, os sistemas passaram a executar correções, atualizações e outras tarefas de forma automática, facilitando a vida do usuário doméstico e dos administradores de rede. Para além da evolução do hardware — que, dentre outras coisas, trouxe processadores de 64 bits e multicore —, surgiram os sistemas operacionais para dispositivos móveis e com suporte a redes sem fio, além dos sistemas que se configuram na nuvem e rodam diretamente no navegador, reduzindo o custo dos computadores por serem menos exigentes no que tange ao hardware, que, no médio prazo tendem a ser o futuro da computação pessoal.
Observação: No alvorecer da computação pessoal, os processadores eram de 16-bit. Para entender melhor, primeiro é preciso dizer que essa grandeza remete ao tamanho dos registradores da CPU. Colocando a coisa de forma bem simples, o “registro” do chip é o “local onde ele armazena os ‘endereços’ dos dados que precisa acessar para processar os dados”. Na arquitetura de 16-bit, a capacidade dos chips é limitada a 65.539 “endereços diferentes”, ao passo que na de 32-bit, que se tornou padrão no final do século passado, essa capacidade aumentou para respeitáveis 232, que corresponde a 4.294.967.295 endereços. Já os chips de 64-bit são capazes de gerenciar 264 endereços, que correspondem, na base decimal, a mais de 18 quintilhões (ou 18.446.744.073.709.551.616, para ser exato).
Os sistemas operacionais na nuvem estão se popularizando, e mesmo quem não os utiliza já pode usufruir da liberdade oferecida por este tipo de computação. Para quem deseja driblar as impossibilidades do armazenamento local, a Google lançou em 2009 o sistema operacional Chrome OS, baseado em recursos armazenados online. De aplicativos a arquivos acessados, nada fica na máquina — para serem acessados, basta uma conexão com a internet.
Explicando melhor: Um computador operando totalmente em nuvem seria uma espécie de terminal físico, sem dependência de um disco rígido, que buscaria na nuvem todo o material necessário para funcionar: programas, arquivos e até comandos básicos de controle. Seria como se ele fosse um enorme navegador. Os códigos do sistema operacional ficariam armazenados na nuvem e precisariam de um software pequeno, como um navegador, para iniciar e se conectar à Internet.
A grande vantagem é o preço, pois esse modelo dispensa configuração de hardware robusta, como a que é exigida para rodar localmente softwares pesados. Demais disso, ao ser atualizado na nuvem, o sistema tem suas modificações disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os usuários. Isso sem mencionar que equipes especializadas monitoram os sistemas 24 horas por dia, sete dias por semana, garantindo segurança e estabilidade das funcionalidades.
Para o usuário, pouca coisa muda, já que a sensação é a de estar acessando softwares locais. Aliás, a maioria de nós já usa diversos serviços baseados na nuvem, como Google Docs, Dropbox, Windows Live Hotmail etc., combinados com serviços de computação local (softwares instalados na máquina, armazenados no HDD ou SSD do computador).