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terça-feira, 3 de maio de 2022

A SEGURANÇA É UM HÁBITO E A PRIVACIDADE, UM PROBLEMA

A POLÍTICA É A ARTE DO POSSÍVEL, MAS ESTÁ IMPOSSÍVEL DE ATURAR.

Nos anos 1960, era comum a gente ouvir dizer que “televisão no interior é quem nem cu; só tem um canal e só passa merda”. Essa pérola da sabedoria popular me veio à memória dias atrás, na hora do jantar, quando fui obrigado a desligar a TV — assistir ao noticiário, hoje em dia, é como ficar atrás de um basculante cheio de estrume, e no momento da descarga. 


Não bastasse essa pandemia que não termina, essa guerra que não acaba e toda sorte de desgraças, há ainda o execrável cenário político tupiniquim. E entre uma coisa e outra ouve-se dizer que “hackers” (entre aspara porque o correto seria “crackers”) roubaram dados de 57 milhões de usuários da UBER, que outro grupo se apropriou de 160 mil chaves Pix do BC, que o número de sequestros-relâmpago propiciados por essa modalidade de pagamento não para de crescer, que o trojan de fraudes bancárias BRata, identificado pela primeira vez no Brasil em 2019, foi repaginado — agora, além de limpar as contas das vítimas, ele executa uma redefinição de fábrica no dispositivo (Android) para apagar quaisquer vestígios após uma tentativa de transferência bancária não autorizada. E por aí segue a procissão.


Não é novidade para quem acompanha este Blog que a navegação anônima (in-private) evita a gravação de cookies e do histórico de navegação; que o Tor Browser potencializa essa proteção; que surfar na Web é menos inseguro quando se utiliza uma VPN, e por aí vai. Mas muita gente não se dá conta de que, ao mesmo tempo que se tornou o meio mais utilizado para navegar na Web, o celular diminuiu o interesses das pessoas pelas "sutilezas" da computação pessoal. Muita gente passa o dia com o focinho grudado na tela do aparelho e diz que “não usa computador, só smartphone” — como se o smartphone não fosse um computador pessoal ultraportátil.


No que concerne à privacidade na Web, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados, que está em vigor desde setembro de 2020) foi um avanço, mas quem se dá ao trabalho de “ler mais” sobre a política de cookies que aceita quando acessa um site? Quem se preocupe em apagar os rastros de navegação ao final de cada sessão? 


Há um sem-número de malwares em circulação, mas poucos usuários de smartphone se dão ao trabalho de proteger seus sistemas, ainda que uns poucos cliques do mouse permitam estender ao dispositivo móvel a proteção que a suíte “Internet Security” oferece a seu PC. 


Pessoas de viés exibicionista tiram selfies do carro novo em frente de casa, com os filhos vestindo o uniforme do colégio, sem se darem conta de que basta somar dois mais dois para achar cinco riscos nesse exemplo. E depois se dizem preocupadas com a possibilidade de o celular, a Siri e/ou a Alexa “escutarem” suas conversas. Se você acha que isso é paranoia, talvez reveja seus conceitos se entender melhor como funcionam o Google Ads, os algoritmos em geral e as assistentes virtuais em particular. 


Ah, mas a LGPD determinou aos sites que forneçam informações claras e acessíveis sobre o uso de dados pessoais em seus “termos de uso”, dizem muitos. Mas poucos se dão a trabalho de ler as informações antes de “aceitar” os cookies — e depois estranham quando anúncios de produtos que pesquisaram pululam na janela do navegador. 


Quando fazemos uma busca, o Google Ads “entende” que temos interesse pelo produto pesquisado e passa a exibir “anúncios personalizados” — a menos que façamos a pesquisa a partir de uma guia anônima ou, melhor ainda, usando uma VPN (como a que o Opera oferece o serviço gratuitamente sem limitar o tráfego de dados).


Por essas e outras, exclua os cookies e o histórico de navegação ao final de cada sessão, ou configure o browser para fazê-lo automaticamente sempre que ele for fechado. No Chrome, clique nos três pontinhos e, em Configurações, clique em Mais Ferramentas > Limpar dados de navegação > Eliminar os seguintes itens desde, escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o browser e confira o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de fazer a faxina). 


No celular o caminho é um pouco diferente, como veremos na próxima postagem. 

quarta-feira, 23 de março de 2022

PRIVACIDADE NA WEB — CONVERSA PRA BOI DORMIR?

SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Privacidade na Web é como honestidade na política: história para boi dormir. 

No que tange especificamente à política, o remédio são as urnas — ou seriam: como bem disseram o “rei” Pelé e o general Figueiredo, o brasileiro não sabe votar

Na Web, vimos em diversas oportunidades que a navegação anônima (in-private) ajuda a resguardar nosso privacidade, que o Tor Browser é sopa no mel, que uma VPN é ainda mais eficiente, e que, como é sempre melhor pingar do que secar, devemos ao menos apagar o histórico de navegação, os cookies e outros dados “sensíveis”.

Para fazer isso no Chrome, clicamos em Configurações (os três pontinhos no final na barra de endereços) > Mais Ferramentas > Limpar dados de navegação > Eliminar os seguintes itens desde, escolhemos uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marcamos as caixas de verificação ao lado dos itens que queremos eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clicamos em Limpar dados de navegação, reiniciamos o navegador e conferimos o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

No Mozilla Firefox, clicamos no botão Abrir menu (também localizado no canto direito da barra de endereços, mas identificado por três traços horizontais), clicamos em Opções > Privacidade e Segurança > Cookies e dados de sites, clicamos no botão Limpar dados e reiniciamos o navegador. 

No Edge Chromium, clicamos no ícone das reticências (no canto superior direito da janela), depois em Configurações > Privacidade, pesquisa e serviços e, em Limpar dados de navegação, selecionamos Escolher o que limpar, definimos um intervalo de tempo no menu suspenso e os tipos de dados que queremos limpar, clicamos em Limpar e reiniciamos o navegador.

No Opera, clicamos no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), em Configurações > Privacidade e segurança > Limpar dados de navegação; feitos os ajustes desejados, pressionamos o botão Limpar dados de navegação e reiniciamos o navegador.

Usuários mais “comodistas” podem preferir configurar a exclusão automática desses dados. Para não “espichar” demais esta postagem e considerando o Chrome é o browser mais popular do planeta, clique aqui para saber como proceder.

Se você usa o Chrome para Android no smartphone, abra o navegador, toque nos três pontinhos (no canto superior direita da janela), depois em Histórico e em Limpar dados de navegação. Ao lado de "Período", selecione a parte do histórico que você quer excluir (para limpar tudo, toque em Todo o período). Selecione "Histórico de navegação", desmarque todos os dados que você não quer excluir e toque em Limpar dados.

Observação: É possível excluir partes específicas do seu histórico. Para pesquisar algo específico, toque em Pesquisar (ícone da lupa no canto superior direito).

Se não quiser que o Chrome salve seu histórico de navegação, utilize a navegar com privacidade usando o modo de navegação anônima.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

VPN — EM RIO QUE TEM PIRANHA JACARÉ NADA DE COSTAS (FINAL)

NADA VAI FUNCIONAR A MENOS QUE VOCÊ FAÇA FUNCIONAR.

O mundo digital está repleto de perigos, da espionagem governamental a hackers e fraudadores. E isso vale especialmente para redes públicas — como a banda GSM ou LTE do seu provedor de serviços móveis —, de modo que usar uma VPN é uma decisão sábia e plenamente justificável.

Se o custo for um problema (o que não seria de estranhar nestes tempos bicudos), os principais navegadores de internet disponibilizam a navegação privada (ou in-private, ou anônima), que não armazena o histórico, os cookies e outros rastros que deixamos para trás em nossas “andanças virtuais” . Mas o Opera vai mais além. Ele não é tão popular quanto o Google Chrome, o Mozilla Firefox ou o Microsoft Edge Chromium, mas nem por isso deixa de ser um excelente navegador — e de embutir uma VPN nativa que é fácil de ser usada.

Depois de acessar baixar o Opera a partir do site do fabricante e proceder à instalação:

1) Abra o navegador, acesse o menu principal (basta clicar no “O” que é exibido no canto superior da janela, à esquerda da barra de endereços);

2) Selecione Configurações, clique em Privacidade e segurança

3) No campo VPN, marque a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN (se quiser saber mais, siga o link “saiba mais”, à direita da opção citada). 

Você verá então um botãozinho com a inscrição VPN no canto superior esquerdo da barra de endereços. Clique nele para navegar com mais privacidade (para desativar a VPN, clique no botão e faça o ajuste; para reverter a configuração, desmarque a caixa de verificação que ativou o recurso).

Par quem não abre mão do Chrome, existem extensões (plugins) que acrescentam VPNs a esse navegador. Entre as opões pagas, considere o NordVPN, o ExpressVPN e o Surfshark; no âmbito das gratuitas, o TunnelBear, o PureVPN e o ZenMate são boas opções.

Observação: O conceito da navegação privada surgiu inicialmente no Chrome e logo foi adotado por seus principais concorrentes. Mas a proteção oferecida por esse recurso não é tão eficaz quanto a de uma VPN, já que, durante uma sessão de navegação, para além do navegador, as informações passam pelo roteador e pelo sistema operacional, podendo inclusive ser gravadas pelos sites que o internauta visita. Além disso, o endereço de IP também permanece visível, o que dá margem a rastreamentos indesejáveis.

As extensões de VPN atuam de maneira semelhante à dos aplicativos de VPN (algumas chegam mesmo a ampliar os recursos dos apps que elas emulam), mas o fato é que funcionam basicamente como proxies e têm efeito apenas no tráfego de dados que passa pelo navegador. Assim, outros aplicativos que fazem uso da rede (a exemplo dos demais browsers que a gente utiliza) não são contemplados — ou seja, se instalarmos uma extensão de VPN para o Chrome e iniciarmos o Edge ou o Firefox, nossos dados não estarão protegidos.

Aplicativos VPN completos criptografam os dados que trafegam pelo sistema de cabo a rabo, protegendo o tráfego tanto no navegador quanto noutros aplicativos — e até no próprio sistema operacional. Devido a sua funcionalidade mais limitada, os proxies consomem menos recursos do sistema, e, ainda que as extensões de VPN do Chrome sejam tecnicamente extensões de proxy, a essência permanece a mesma: privacidade, segurança e velocidade.

Como diz um ditado, em situações assim é sempre melhor pingar do que secar.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

DE VOLTA ÀS VPNs

HÁ INFINITA COERÊNCIA, COINCIDÊNCIA E DISCREPÂNCIA ENTRE O SER SÁBIO E O SER TOLO.

VPNs são redes virtuais privadas que direcionam nosso tráfego na Internet através de servidores espalhados mundo afora, aprimorando a segurança do computador contra tentativas locais de rastreamento e hacks e impedindo os sites que visitamos de registrar nosso endereço de IP (protocolo de internet). 

Esse assunto já foi discutido aqui no Blog em outras oportunidades, mas sua relevância autoriza — ou mesmo recomenda — revisitá-lo de tempos em tempos, começando por relembrar que o papel da VPN é criar uma conexão segura entre nosso dispositivo e as informações que acessamos, onde quer que elas estejam, bem como proteger os dados mediante criptografia

Entende-se por criptografia (ou encriptação) a codificação dos dados através da aplicação de um algoritmo que os embaralha, impedindo que sejam lidos, de maneira a proteger informações confidenciais de ameaças como exploração por malware e acesso não autorizado por terceiros.

Há no mercado uma infinidade de produtos e serviços que prometem proteger nossos dados, mas as opções gratuitas tendem a ser menos eficientes e seguras que as pagas. Demais disso, estas últimas contam geralmente com mais servidores espalhados mundo afora, não reduzem sensivelmente a velocidade de navegação nem impõem limites de dados. Como dizem os gringos, não existe almoço grátis; quando não pagamos por um produto, quase sempre o produto somos nós.

ObservaçãoVPNs gratuitas podem esconder armadilhas: segundo o IDG Now!, o portal TheBestVPN, que reúne reviews de usuários, testou 115 serviços populares de VPN e constatou que 26 deles não cumprem o que prometem em suas políticas de privacidade caso do PureVPNHideMyAssHotSpot ShieldVPN Unlimited e VyprVPN (clique aqui ter acesso à lista completa).

Atualmente, qualquer browser (ou navegador de Internet, dá no mesmo) conta com um recurso conhecido como navegação privada (ou in-private, ou anônima), que inibe o armazenamento de cookies, histórico de navegação e outros “rastros” que o internauta deixa em suas “andanças virtuais”. No entanto, o Opera vai mais além.

Embora não seja tão popular quanto o Chrome, do Google, o Firefox, da Fundação Mozilla, ou o Edge, da Microsoft, o Opera é tão bom quanto eles e ainda conta com uma VPN embutida, que é facílima de usar. Basta abrir o navegador, clicar no “O” que é exibido no canto superior esquerdo da janela, clicar em Configurações e, na porção esquerda da janela, clicar em Avançado > Recursos, rolar a tela até o campo VPN e marcar a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN (clique no botão  

Feito isso, um botãozinho com a inscrição VPN será exibido no canto esquerdo da barra de endereços, dando conta de que sua conexão está protegida. Para desativar temporariamente a VPN, clique nesse botão e faça o ajuste na janelinha que será exibida; para desabilitar a VPN, refaça os passos indicados no parágrafo anterior e desmarque a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN.

Observação: Algumas suítes de manutenção e de “Internet Security” oferecem VPNs, mas essa função quase sempre se encontra bloqueada nas versões freeware.

Continua no próximo capítulo.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

COOKIES — O FIM?

PIOR QUE O PRONTO RECUSAR É O PROMETER E NÃO CUMPRIR.

Em virtude da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), informações que permitem identificar os internautas (como nome, endereço, número de telefone, entre outros) só podem ser utilizadas mediante expressa autorização, daí porque aplicativos, webservices, sites e congêneres vêm exibindo alertas sobre alterações em suas políticas de privacidade, coleta de dados e uso de cookies — que nada têm a ver com os famosos biscoitinhos assados; trata-se de pequenas linhas de código que os sites gravam no navegador para saber se o internauta já esteve por lá e, caso afirmativo, qual produto pesquisou, quais itens adicionou ao carrinho de compras, etc.

Observação: Os cookies podem ser próprios (definidos pelo domínio do site cujo URL digitamos na barra de endereços do navegador) ou de terceiros (que provêm de imagens ou anúncios incorporados às webpages). Mesmo que sua finalidade precípua seja “inocente”, esses pequenos arquivos podem pôr em risco nossa privacidade se caírem nas mãos de pessoas mal-intencionadas (segundo a Symantec, cibercriminosos costumam se valer de golpes em XSS e até técnicas de phishing para colher os dados disponíveis nos cookies).

A maioria dos sites compartilha os cookies com empresas de marketing, que se valem dessas informações para adequar a exibição de propagandas ao público-alvo de seus clientes. Se, por exemplo, os sites A, B, e C usam a mesma rede de publicidade, ela pode cruzar as informações da audiência — quantos visitantes acessaram os três sites ou quem visitou apenas um ou dois deles, por exemplo — para direcionar os anúncios com base nesse histórico de navegação. 

Observação: É por isso que basta pesquisarmos um determinado produto para sermos bombardeado por dias a fio com anúncios relacionados ao tal produto (a menos que se utilize um bloqueador de anúncios, mas isso é conversa para outra hora).

Os sites precisam da autorização do navegador para gravar cookies, e nós podemos configurar nosso programa — através de recursos próprios ou com o auxílio de plugins — para impedir essa gravação (total ou parcialmente). Também podemos (e devemos) apagar os cookies, arquivos temporários de Internet e histórico de navegação de tempos em tempos, ou configurar o browser para fazê-lo ao final de cada sessão de navegação, ou, ainda, recorrer a suítes de manutenção, como o festejado CCleaner.

Se você valoriza sua privacidade, use a “navegação anônima” (ou “ in-private”, conforme o programa) ou, melhor ainda, uma rede virtual privada — como a que o Opera oferece nativamente. Mas tenha em mente que, quando o assunto é navegação anônima, o TOR é imbatível.

Continua...

quarta-feira, 14 de abril de 2021

NOVO SERVIÇO REVELA SE SUAS SENHAS FORAM VAZADAS POR CIBERCRIMINOSOS

O HOMEM QUE DIZ SOU, NÃO É, PORQUE QUEM É MESMO NÃO DIZ. O HOMEM QUE DIZ VOU, NÃO VAI, PORQUE QUANDO FOR JÁ NÃO QUER.

Um anúncio publicado por um hacker em 25 de fevereiro, num fórum virtual, levou especialistas a suspeitar de um novo vazamento de informações de cartões de créditos e CPFs. Os dados foram colocados à venda por US$ 50 mil e estariam relacionados a 10 milhões de senhas de email de internautas brasileiros, expostas no âmbito do vazamento mundial de 3,28 bilhões de senhas. Levantamento feito pela empresa brasileira de cibersegurança Syhunt demonstrou que, dentro desses milhões de senhas vazados (todas de e-mails com domínio ".br"), mais de 68 mil são de órgãos governamentais, como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Até a Petrobras foi vítima, com mais de 8,8 mil senhas expostas.

O arquivo com os mais de 3 bilhões de senhas globais foi publicado na íntegra no mesmo fórum online onde ocorreu em janeiro o vazamento de mais de 223 milhões de CPFs de brasileiros, mas trata-se de um outro vazamento, como explicou ao GLOBO o especialista em segurança Felipe Daragon, fundador Syhunt, que opera no setor desde 2003. Segundo ele, o número de vazamentos vem aumentando devido à combinação de home office com o fato de as pessoas estarem fazendo tudo online, além do que a pandemia tem levado as pessoas a baixar a guarda contra ameaças digitais.

Por conta disso, a MT4 Tecnologia, desenvolvedora de tecnologias de segurança da informação, acaba de lançar o serviços senhasegura HUNTER, que verifica se um email pessoal ou corporativo foi vazado e se quaisquer dados relacionados a ele— como informações bancárias, cartões de crédito, número do CPF, RG, CNH e seguridade social — foram comprometidos. “Nossa proposta é ajudar as empresas e as pessoas a descobrirem se tiveram seus dados vazados, não apenas as senhas de e-mail, mas também as senhas de login em outros serviços em que a pessoa se cadastrou com a mesma identidade”, diz Marcus Sachara, CEO da MT4 Tecnologia, além de assegurar que consulta é gratuita e que o email consultado não é utilizado para qualquer outra finalidade.

Mesmo que seu email não esteja entre os que vazaram, convém reforçar a proteção de suas contas online e trocar imediatamente todas as credenciais eletrônicas em serviços online que você utiliza. Para isso:

1) Utilize senhas fortes, combinando números, caracteres e símbolos.

2) Adote a autenticação multifator sempre que essa camada adicional de segurança for suportada pelo provedor de serviços online.

3) Troque suas senhas e credenciais eletrônicas periodicamente.

4) Crie uma senha segura assim que instalar novos equipamentos, como os roteadores domésticos, que vêm com senha padrão do fabricante.

5) Não acesse redes Wi-Fi de vizinhos nem de locais públicos, que, por serem “abertas” abertas, não exigem senhas, mas o risco de elas serem invadidas é grande, e você pode entrar de gaiato nesse “navio”.

6) Phishing: jamais abra anexos ou siga links enviados por remetentes desconhecidos — essa recomendação vale tanto para o correio eletrônico quanto para redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter, entre outras. Sempre desconfie. Na dúvida, pergunte ao remetente se foi mesmo ele que lhe enviou o link.

7) Bancos, instituições financeiras, seguradoras, operadoras de telefonia e afins nunca solicitam senha por email ou por telefone.

8) Backup: faça cópias de segurança de seus arquivos e documentos importantes e salve-os em mídia externa e/ou num drive virtual (lembre-se: quem tem dois, tem um; quem tem um, não tem nenhum).

9) Smartphone e tablets são computadores ultraportáteis e, portanto, necessitam de proteção. Desktops e notebooks costumam trazer pacotes “Internet Security” pré-instalados, com validade temporária. Ao final desse prazo, não deixe de renovar o serviço (ou configure adequadamente o Microsoft Defender e o Windows Firewall, que são componentes nativos do próprio Windows e, portanto, não requerem pagamento adicional).

10) Use e abuse da navegação anônima (ou sigilosa, ou “in-private”) e considere a ideia de recorrer a uma VPN (rede privada construída sobre uma rede pública, que é a solução ideal para quem se preocupa com sua privacidade).

E. T. Para saber mais sobre o senhasegura, acesse www.senhasegura.com.br 


quinta-feira, 11 de abril de 2019

A BANDIDAGEM DIGITAL E A PORNOGRAFIA

A REALIDADE É DURA, MAS AINDA É O ÚNICO LUGAR ONDE SE PODE COMER UM BOM BIFE.

Pouca gente clicaria num link ou abriria um anexo de email se houvesse indícios claros de que se trata de maracutaia. Daí a razão de os malfeitores digitais recorrerem à engenharia social — conjunto de técnicas que exploram a ingenuidade, a confiança, a curiosidade, em muitos casos, a ganância vítimas potenciais — para levar as pessoas a fazer coisas que, em outras circunstâncias, elas não fariam. 

De emails com anexos executáveis que se fazem passar por fotos picantes desta ou daquela artista famosa a links que o destinatário é instado a seguir para descobrir por que seu título de eleitor foi cancelado ou seu nome, negativado no SPC são nossos velhos conhecidos, mas o fato é que os cibercriminosos vêm recorrendo cada vez mais ao erotismo para engabelar os incautos.

Um levantamento feito no ano passado pela Kaspersky Labs apurou mais de 12% dos internautas tupiniquins foram infectados por algum tipo de praga digital escritas para o sistema móvel Android (que é o mais utilizado em smartphones) quanto tentaram acessar sites ou baixar apps com conteúdo pornográfico. A preferência dos cibervigaristas por temas pornográficos advém do fato de que, primeiro, a demanda por esse tipo de conteúdo é grande; segundo, as vítimas, por motivos óbvios, dificilmente relatam o incidente.

A pesquisa identificou 23 famílias de programinhas maliciosos que usam esse tipo engodo para ocultar sua verdadeira funcionalidade e infectar o sistema alvo com os chamados clickers (malwares programados para clicar em links de anúncios ou tentar inscrever o usuário em uma assinatura WAP, que consome os créditos pré-pagos do smartphone). 

Cavalos de Tróia ocultos em players de vídeo pornográfico, cujo real objetivo é coletar informações bancárias, são o segundo tipo mais comum de pragas alimentadas pela pornografia, seguidos de perto pelo rooting e pelo ransomware — este último se faz passar por um aplicativo legítimo de sites de pornografia para bloquear o dispositivo da vítima, informar que conteúdo ilegal foi detectado (normalmente pornografia infantil) e pedir resgate em troca da senha de desbloqueio (note que efetuar o pagamento não garante o malfeitor cumpra sua parte no acordo).

Vai de cada um acessar ou não esse tipo de conteúdo — e eu não estou aqui para fazer juízos de valor —, mas quem aprecia uma boa putaria, se o leitor me desculpa o francês, deve tomar alguns cuidados, começando por acessar somente sites confiáveis (quando o acesso é pago, a segurança costuma ser maior, já que seus mantenedores ganham mais cobrando pelo acesso do que vendendo seus dados a terceiros). Nem é preciso dizer que os criminosos constroem páginas falsas bastante chamativas, já que seu propósito é infectar o maior número possível de vítimas.

Observação: A título de sugestão, o Señorporno é um site pornográfico projetado para navegação segura — segundo os responsáveis, não há anúncios ou links que disseminam malware ou colocam em risco a segurança dos clientes.

Jamais navegue por sites comprometedores usando o computador do trabalho ou uma máquina que você compartilha com familiares. Use o seu computador pessoal, tomando o cuidado de abrir uma janela anônima no browser (na navegação “in-private”, histórico de navegação, cookies e outros dados não são gravados), ou, alternativamente, habitue-se a apagar manualmente essas informações ao final de cada sessão (a maneira de fazer isso varia conforme o navegador; acesse esta postagem para saber mais sobre navegação privada e como realizar essa faxina nos programas mais populares).
Utilize um site de busca que não registram as suas atividades.

Note que buscadores como o Google regista tudo o que o internauta faz, de maneira a criar um perfil; portanto, se você estiver buscando putaria, ele provavelmente vai saber disso (independente se for no modo incógnito ou não). Para não ser rastreado e evitar que seu histórico de pesquisas e seus dados sejam realmente ocultados, recorra a um serviço de buscas mais confiável, como o site DuckDuckGo. Outra opção interessante é o Boodigo, que é um motor de busca que ajuda você a encontrar a pornografia que desejar (ele busca somente por isso), mas não colhe as suas informações, preservando seu anonimato.

Volto a lembrar que a melhor solução para quem não quer ser rastreado na internet é ocultar seu IP com o auxílio de uma VPN. Para saber mais sobre navegação anônima e redes virtuais privadas, reveja esta postagem.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

DE VOLTA À NAVEGAÇÃO PRIVADA E ÀS VPNs


VISITAS SEMPRE DÃO PRAZER. SE NÃO QUANDO CHEGAM, AO MENOS QUANDO PARTEM.

VPNs são redes virtuais privadas que direcionam nosso tráfego na internet através de servidores localizados em diversos lugares do mundo. Com isso, nossos computadores ficam mais seguros contra tentativas locais de rastreamento e hacks, e os sites por onde navegamos não conseguem registrar nosso endereço de IP (protocolo de internet).

Como eu já abordei esse tema em diversas postagens ― e a mais recente foi publicada há poucos dias ―, não faz sentido tecer longas considerações conceituais a propósito, mas vale relembrar que as VPNs pagas são mais eficientes, quando mais não seja porque contam com mais servidores espalhados mundo afora e não acarretam a incomodativa lentidão que notamos quando usamos um opção gratuita.

Observação: Sem mencionar que VPNs gratuitas podem esconder armadilhas: segundo o IDG Now!, o portal TheBestVPN, que reúne reviews de usuários, testou 115 serviços populares de VPN e constatou que 26 deles não cumprem o que prometem em suas políticas de privacidade ― caso do PureVPN, HideMyAss, HotSpot Shield, VPN Unlimited e VyprVPN (clique aqui para acessar a lista completa).

Também conforme já discutimos, os principais navegadores de internet oferecem atualmente um recurso conhecido como navegação privada (ou in-private, ou anônima), cuja utilização evita que histórico de navegação, cookies e outros rastros que deixamos para trás em nossas “andanças virtuais” sejam armazenados. Mas faltou dizer que o Opera ― browser que está longe de ser tão popular quanto o Chrome, do Google, ou o Firefox, da Fundação Mozilla ― possui uma VPN embutida no próprio programa, que é facílima de ser usada. Veja como proceder:

1) Acesse o site do fabricante, faça o download e instale o Opera

2) Abra o navegador, acesse o menu principal (basta clicar no “O” que é exibido no canto superior da janela, à esquerda da barra de endereços), selecione Configurações, clique em Privacidade e segurança.

3) No campo VPN, marque a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN (se quiser saber mais, siga o link “saiba mais”, à direita da opção retro citada).

Você verá então um botãozinho com a inscrição VPN no canto esquerdo da barra de endereços, no topo da tela, e poderá navegar com mais privacidade, pois o Opera manterá sua conexão protegida. Para desativar a VPN, clique no botão e faça o ajuste; para reverter a configuração, desmarque a caixa de verificação que ativou o recurso. Simples assim.

Não há problema algum em utilizar dois ou mais navegadores, mas pode ser chato ficar alternando entre eles, de modo que a melhor solução é contratar um serviço pago. Antes, porém, veja se a sua suíte de segurança embute sua próprias VPNs. Mesmo que seja preciso adquirir uma licença adicional, o desembolso será menor do que ser contratar um serviço separado.

Se a sua suíte de segurança não inclui uma VPN, acesse o site ExpressVPN (mude o idioma para Português, se necessário) e clique em Assinar Agora para escolher o plano desejado e a forma de pagamento. Feito isso, você receberá um código para ativar o aplicativo.

Baixe e instale o programinha, insira o tal código no campo apropriado e escolha se você deseja que a VPN seja iniciada automaticamente com o Windows e se quer compartilhar dados de desempenho. Ao final, você verá um botão de Power que liga e desliga a VPN, e abaixo dele uma opção para especificar o país onde estará localizado o seu servidor. São mais de 140 possibilidades, de modo que, se o excesso de tráfego causar lentidão em alguns momentos, basta você mudar de servidor para acelerar a navegação. 

Observação: O fabricante promete devolver seu dinheiro em até 30 dias, caso você não fique satisfeito com o programa.

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

COMO PROTEGER SEUS DADOS NO FACEBOOK

ONDE TE QUEREM MUITO, NÃO VÁS AMIÚDE.

Se você é fã do Facebook e tomou conhecimento do imbróglio decorrente do mau uso das informações de usuários da rede pela Cambridge Analytica (assunto da postagem anterior), talvez já esteja pensando em excluir o seu perfil.

Mas maus vícios e velhos hábitos são difíceis de erradicar, sem mencionar que não existe um link ou botão que permita deletar sua página de maneira simples e intuitiva (voltaremos a isso mais adiante). E talvez nem seja o caso, já que é possível minimizar problemas de privacidade com a adoção de algumas medidas relativamente simples. Mas vamos por partes.

Por padrão, ao criar seu perfil no Face, você é convidado a fornecer uma penca de informações, mas nem sempre fica sabendo como elas serão utilizadas (aliás, a maioria dos usuários parece não se preocupar muito com essa questão). No escândalo envolvendo a CA, os dados foram usados para influenciar a eleição de Donald Trump, nos EUA, e o Brexit, no Reino Unido, e fala-se até que as eleições tupiniquins estariam na mira da empresa, mas isso já é outra conversa.

Se você está resolvido a deixar de vez o Facebook, veremos como fazer isso ao final desta sequência. Se ainda está em dúvida, as dicas a seguir o ajudarão a proteger sua privacidade online até que tome sua decisão.

A primeira coisa a fazer é usar a navegação “anônima” ― ou “privada”, ou “in Private”; o nome varia conforme o navegador, mas o efeito é basicamente o mesmo.

Observação: Sempre que navegamos na Web, nosso browser cria um "Histórico" dos sites visitados, arquivos baixados, logins efetuados, dados de formulários, e por aí vai. Dentre outras coisas, isso é interessante porque nos desobriga de memorizar as páginas que desejamos revistar e facilita o acesso a sites que exigem login. Por outro lado, nossa privacidade fica escancarada aos olhos dos curiosos de plantão. Já com a navegação anônima, esses dados não são retidos quando a sessão é encerrada, e a gravação de cookies (pequenos arquivos gerados pelos sites para monitorar a navegação, quantificar visitas a webpages, personalizar o conteúdo de acordo com o perfil do internauta, etc.) também é inibida.

Para abrir uma página anônima no Chrome, tecle Ctrl+Shift+P; no IE e no Firefox, Ctrl+Shift+P; para mais detalhes, inclusive sobre como configurar seu browser para adotar essa ação automaticamente, reveja esta postagem.

No Facebook, é possível selecionarmos quem pode ver e interagir com nossas postagens. Mas não é só: além de limitar o acesso de público, podemos definir quem pode nos enviar solicitações de amizade, visualizar nossa lista de amigos, localizar informações de contato (telefone e/ou endereço eletrônico) e assim por diante. Para isso, acesse sua página no Face, clique em Configurações > Privacidade e faça os ajustes desejados. Caso queira analisar melhor a política de privacidade da rede, acesse https://www.facebook.com/privacy/explanation.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O MELHOR NAVEGADOR ― Conclusão

"ALLES HAT EIN ENDE, NUR DIE WURST HAT ZWEI." (TUDO TEM UM FIM, SÓ A SALSICHA TEM DOIS).

Os cinco navegadores de internet mais utilizados mundialmente são, pela ordem, o Google Chrome, o Mozilla Firefox, o Edge (da Microsoft), o Safari (da Apple) e o Opera. Na postagem anterior, vimos alguns detalhes sobre o Opera, o Edge e o Firefox; nesta, que conclui a sequência, nosso mote é o Chrome, que conta com a preferência de 60% dos internautas (em âmbito mundial; no Brasil, esse percentual passa do 80%, enquanto o segundo colocado não chega a 10%, como se vê no gráfico acima).

A excelência da ferramenta de buscas mais usada em todo o mundo se estende também ao navegador do Google, que é rápido, fácil de usar e personalizar (devido ao vasto leque de extensões disponíveis no Google Webstore). Entre seus diferenciais, impõe-se destacar o gerenciador de tarefas nativo ― que permite visualizar o consumo de memória e de rede dos sites e extensões que estão sendo executados e finalizar eventuais processos gulosos ou desnecessários com um simples clique do mouse ― e os leitores nativos de Flash e PDF. Embora o programa apresente basicamente as mesmas características dos concorrentes (a maioria das quais se tornou padrão), no Chrome, todas elas funcionam muito bem. A navegação in-private, por exemplo, elimina efetivamente os cookies, senhas e histórico da navegação ao final de cada sessão, além de permitir que janelas anônimas e normais sejam abertas concomitantemente.

Na avaliação da Oficina da Net (vide postagem anterior), o Chrome e o Opera foram considerados as melhores opções; o segundo, por consumir bem menos recursos do PC, é indicado especialmente para quem redige textos, edita imagens ou realiza tarefas afins ao mesmo tempo em que navega na Web, assiste a vídeos e acessa redes sociais. Mas nem por isso você deve deixar de consideras as demais opções mencionadas neste comparativo, até porque, atualmente, a escolha do “melhor” navegador tem mais a ver com preferências pessoais do que com características técnicas e gama de recursos.  

Vale salientar (mais uma vez) que não há problema algum em instalar vários navegadores no PC e usá-los concomitantemente. Eu, por exemplo, tenho o Firefox configurado como padrão, uso o Chrome como segunda opção e o Avast SafeZone Browser (que integra a suíte de segurança Avast Premier) para netbanking e compras virtuais, mas posso ainda recorrer a qualquer momento ao IE ou ao Edge ― que são componentes nativos do Windows 10 ―, sem falar no Opera, que instalei para embasar este comparativo e, ao final, resolvi manter no meu arsenal ― como diz um velho ditado, “o que abunda não excede”.

LULA LÁ – E AGORA É PENTA!

Na manhã de ontem, o juiz Sergio Moro aceitou mais uma denúncia contra Lula, que SE TORNOU RÉU PELA QUINTA VEZ. Desta feita, ele foi apontado como comandante de uma “sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal”.

Ao som da mesma valsa, dançaram também Marcelo Odebrecht, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo MeloDemerval GusmãoGlaucos da CostamarquesRoberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, por lavagem de dinheiro.

A maracutaia teria tido início com a nomeação de Paulo Roberto Costa e Renato Duque para as diretorias de Abastecimento e de Serviços da Petrobras, respectivamente, que, segundo a denúncia, foram os responsáveis pela geração dos recursos usados para enriquecimento ilícito do petralha, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos.

A propina, que variava entre 2% e 3% nos oito contratos celebrados entre a Estatal e a Construtora Norberto Odebrecht S/A, totalizou o montante de R$ 75.434.399,44 ― parte do qual teria sido “lavada” mediante a aquisição de um imóvel destinado à instalação do Instituto Lula. O pagamento à “alma viva mais honesta do Brasil” foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que trataram diretamente com Marcelo Odebrecht e Paulo Melo da instalação do espaço institucional do ex-presidente. A compra do imóvel, feita em nome da DAG Construtora Ltda. com recursos originados da Construtora Norberto Odebrecht, foi operada por Roberto Teixeira, advogado de Lula, que se encarregou da lavagem do dinheiro.

O valor total de vantagens ilícitas até setembro de 2012 chegou a R$ 12,4 milhões, como comprovam anotações do próprio Marcelo Odebrecht, além de planilhas apreendidas na sede da DAG e dados obtidos mediante quebras de sigilos bancários. Parte das propinas destinadas a Glaucos da Costamarques ― primo do ex-primeiro amigo José Carlos Bumlai, lembra dele? ― foi repassada a Lula através da compra da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo, adquirida por R$ 504 mil em nome de Costamarques, que serviu como “laranja” em ambas as transações (ambas articuladas pelo advogado Roberto Teixeira). Para disfarçar a real propriedade do apartamento, um contrato de locação foi simulado entre a ex-primeira dama Marisa Letícia e Costamarques, em fevereiro de 2011, mas as investigações apuraram que não houve pagamento de aluguel ― pelo menos até novembro de 2015.

Conclusão dos fatos: LULA AGORA É RÉU EM CINCO AÇÕES CRIMINAIS: duas da Lava-Jato no Paraná, uma na Operação Zelotes, uma na Operação Janus e uma no âmbito da Lava-Jato em Brasília.

Lula lá! Em cana!

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

NAVEGAÇÃO ANÔNIMA (IN-PRIVATE) - COMO LIMPAR O CACHE DO NAVEGADOR


QUANDO, EM UM REINO, EXISTE MAIS VANTAGEM EM FAZER SUA CORTE DO QUE EM FAZER SEU DEVER, TUDO ESTÁ PERDIDO. 

Sempre que você navega na Web, o browser cria um "Histórico" dos sites visitados, arquivos baixados, logins efetuados, dados de formulários, e por aí vai. No entanto, se isso o desobriga de memorizar as páginas que deseja revistar e facilita o acesso a sites cujo acesso requer login, por exemplo, também expõe sua privacidade aos curiosos de plantão. Então, para evitar surpresas desagradáveis, uma boa ideia é recorrer à navegação anônima (para abrir uma página anônima no Chrome, tecle Ctrl+Shift+n; no IE e no Firefox, Ctrl+Shift+p; para mais detalhes, inclusive sobre como configurar o navegador para adotar essa ação automaticamente, reveja esta postagem).

Observação: A navegação anônima inibe também a gravação de cookies, que são pequenos arquivos gerados pelos sites para monitorar a navegação, quantificar visitas a páginas web, personalizar seu conteúdo conforme o perfil de navegação, internauta, identificar o meio pelo qual ele chegou até elas e quais as seções que mais despertaram seu interesse, mas também podem servir para propósitos escusos.

Se você não se dá bem com a navegação anônima (velhos vícios e maus hábitos costumam ser difíceis de erradicar), habitue-se a excluir essas "informações comprometedoras" regularmente ou, melhor ainda, configure seu navegador para tomar essa providência automaticamente. Veja como:

·        No IE, clique no Menu Ferramentas > Opções da Internet e, na aba Geral, marque a caixa de verificação Excluir histórico de navegação ao sair, clique em Excluir, faça os ajustes desejados, clique novamente em Excluir e reinicie o navegador.

·        No Chrome, digite chrome://chrome/settings/content na barra de endereços e marque a opção Manter dados locais só até você sair do navegador. Se quiser aprimorar a segurança, marque também Bloquear cookies de terceiros e dados do site. Feito isso, role a tela até o final, clique em Concluído e reinicie o navegador (a página em questão permite vários outros ajustes; não deixe de explorá-los, mas não modifique nada se não tiver certeza do que está fazendo).

·        No Firefox, clique no botão Abrir menu (representado por três traços horizontais na extremidade superior direita da janela), selecione Opções, abra o painel Privacidade e, no campo Histórico, em O Firefox deve:, defina Usar minhas configurações. Feito isso, marque o item Limpar dados de navegação ao sair do Firefox, clique em OK e reinicie o navegador (explore os demais ajustes acessíveis via Opções, mas só proceda a alterações se tiver certeza do que está fazendo).

Observação: Embora já tenha sido dito em outras postagens, não custa repetir que, para navegar com total privacidade, o melhor é recorrer ao TOR ou ao ANONYMIZER.

Um ótimo dia a todos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

COMO RESGUARDAR SUA PRIVACIDADE AO NAVEGAR NA WEB — OU: CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

EXISTEM DUAS POSSIBILIDADES: A DE ESTARMOS SOZINHOS NO UNIVERSO E A DE NÃO ESTARMOS. E AMBAS SÃO IGUALMENTE ASSUSTADORAS.

Escusado repetir que navegar na Web está mais para safári selvagem do que passeio no parque (ops!, agora já foi), bem como tornar a listar as medidas preventivas que você pode (e deve) adotar para não ser pego no contrapé — quem ainda não sabe que medidas são essas pode acessar meu blog, digitar “segurança digital” no campo de buscas e teclar Enter para ler as postagens que eu já publiquei sobre esse tema.

Até não muito tempo atrás, dependíamos do PC para conectar a Internet. Hoje, no entanto, permanecemos conectados 24/7, graças às facilidades de acesso providas por smartphones e tablets, mas isso fez com que os riscos de infecções virais, invasões, roubos de identidade e acessos não autorizados a informações confidenciais crescessem barbaramente. E muito embora segurança total e privacidade a toda prova sejam meras cantigas para dormitar bovinos, sempre podemos robustecer nossas defesas, e uma forma proteger nossa privacidade na Web é usar a navegação sigilosa (in-private), que é disponibilizada pelos principais navegadores de internet.

Observação: A navegação in-private não permite escapar do radar do provedor ou dos curiosos de plantão, mas descarta cookies e arquivos temporários ao final de cada sessão, inibe a gravação de históricos, dados de formulários, senhas, e por aí vai, o que já é uma mão na roda. Quem quiser navegar com total privacidade deve recorrer a uma VPN (rede virtual privada) ou — solução mais simples — a ferramentas como o TOR  ou o ANONYMIZER.

Quando navegamos na Web, nosso browser — aplicativo responsável pela exibição do conteúdo dos websites e webpages — envia, juntamente com as requisições de informações aos servidores de conteúdo, dados sobre o nosso sistema operacional, navegador, localização geográfica, e por aí afora. Essas informações são salvas no computador (no histórico de navegação do browser) e podem ser usadas para melhorar nossa experiência de navegação. Por exemplo, a partir desses dados, os sites de notícias do identificam a nossa localização geográfica para disponibilizar notícias específicas em suas páginas iniciais; os sites de e-commerce se valem dos parâmetros das pesquisas que realizamos no Google ou outros buscadores, e assim exibem anúncios relacionados com temos que sejam supostamente do nosso interesse.

Infelizmente, essas informações também podem ser usadas por pessoas inescrupulosas para finalidades pouco recomendáveis (para dizer o mínimo). Entrar nesse mérito foge ao escopo desta postagem, de modo que vou direto ao ponto, qual seja mostrar a vocês como usar a navegação privada para evitar deixar esses “rastros’.

Como eu disse linhas acima, todos os navegadores de internet (ou pelo menos os mais populares) oferecem esse recurso e permitem ajustar o nível de privacidade desejado. No velho IE, acessamos a aba Segurança e selecionamos opção Navegação InPrivate (note que o atalho de teclado Ctrl+Alt+P produz o mesmo resultado de maneira mais rápida e fácil). Já no controvertido Microsoft Edge clicamos nas reticências exibidas no canto superior direito e marcamos a opção "Nova janela InPrivate" (ou recorremos à combinação de teclas Ctrl+Shift+P).
No Mozilla Firefox, clicamos no botão que exibe três barrinhas horizontais paralelas e clicamos no ícone da máscara (Nova Janela Privada) ou o digitamos o atalho. No Google Chrome, o caminho é basicamente o mesmo, ou seja, botão com as três barrinhas paralelas, opção Nova janela anônima (nesse caso, todavia, o atalho é Ctrl+Shift+N, como no Safari).

Observação: Também é possível configurar a maioria dos navegadores para abrir a janela anônima sempre que o aplicativo for iniciado. No Chrome, que atualmente é o browser mais popular (com 54% da preferência dos usuários em nível mundial e 76% no Brasil), clicamos em Iniciar > Todos os Programas, localizamos a entrada correspondente ao browser em questão, damos um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolhemos Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Em seguida, damos um clique direito sobre esse novo atalho, clicamos em Propriedades, na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, damos um espaço e digitamos --incógnito, de modo que a linha fique assim:  

“C:\Users\Nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe” --incognito.

Clicamos então em Aplicar > OK e reiniciamos o navegador (pelo atalho que criamos, naturalmente). 

Té+ler.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

AINDA O TECLADO E O BLOQUEIO DO WHATSAPP POR 48 HORAS

TODO AMOR É ETERNO. SE NÃO FOI ETERNO, NÃO ERA AMOR.

Vimos no post anterior sobre algumas “sutilezas” do teclado, que, como dito, é o principal dispositivo de entrada de dados do computador desde as mais priscas eras — até porque o mouse surgiu depois e só se tornou popular bem depois, com o advento da interface gráfica em sistemas e aplicativos. Seja como for, muita gente prefere o teclado ao mouse para comandar o PC, valendo-se de miríades de “atalhos” (combinações de duas ou mais teclas pressionadas sequencialmente ou em conjunto), conforme eu já tive oportunidade de comentar em outras postagens.

Sem embargo da ampla lista de atalhos que eu apresentei nesta postagem (e em diversas outras, como você pode conferir lá no meu Blog inserindo termos-chave como “atalho” ou “atalho de teclado” no campo de buscas), não custa oferecer, aqui, uma relação revista e atualizada. Mas vale frisar que esse expediente só trará bons resultados se você memorizar as combinações de teclas. Então, anote as que mais lhe interessarem e passe a utilizá-las sempre que possível, até que a digitação se torne automática.

Os atalhos a seguir funcionam em dispositivos ABNT 2 (padrão para o português brasileiro) ou modelos importados devidamente configurados.
Observação: Para configurar seu teclado, abara o Painel de Controle, selecione a categoria RELÓGIO, IDIOMA E REGIÃO, clique em TECLADOS E IDIOMAS > REGIÃO E IDOMA > TECLADOS > ALTERAR TECLADOS e faça os ajustes desejados.

Passemos à lista de atalhos, lembrando que uma vírgula entre duas teclas indica que elas devem ser pressionadas sequencialmente, ao passo que o sinal de adição sugere o pressionamento conjunto, ou seja, manter a primeira tecla premida enquanto a segunda é pressionada (e as subsequentes, se houver):

Ctrl+Alt+Tab convoca o alternador de janelas, que exibe uma telinha com os programas que estão em execução naquele momento.
Ctrl+Shift+N abre uma janela para navegação anônima no Google Chrome (desde que o browser esteja sendo executado, naturalmente; clique aqui para saber mais sobre navegação in-private).
Ctrl+Alt+P faz o mesmo que o atalho anterior, mas nos navegadores Mozilla Firefox e Microsoft Internet Explorer.
Ctrl+T abre uma nova aba no navegador (funciona nos três programas retrocitados).
Ctrl+Alt+Del abre a central de segurança do Windows e permite bloquear o computador, fazer logoff, trocar usuário, alterar senhas e acessar o Gerenciador de Tarefas
Ctrl+Tab permite alternar entre as janelas do navegador (funciona tanto no Chrome, quanto no Firefox e no Internet Explorer).
Ctrl+Esc abre o menu Iniciar.
Alt+F4 fecha uma janela ou encerra um aplicativo
Shift+F3 alterna entre maiúsculas e minúsculas o texto selecionado num arquivo do MS Word (pressionando uma terceira vez esse atalho, você mantém maiúscula apenas a primeira letra de cada palavra.
Ctrl+F abre a caixa de pesquisas por palavras-chave em diversos navegadores e programas.
Ctrl+N abre outra instância — exibida como uma nova página — do navegador (Chrome, Firefox e Internet Explorer).
F1 Aciona a ajuda/suporte na maioria dos aplicativos.
F3 Abre a caixa de pesquisas do navegador.
PrtScr captura um “instantâneo” da tela (que pode ser colado num documento do Word ou arquivo criado no Paint ou outro editor de imagens qualquer).
Alt+PrtScr faz o mesmo que PrtScr, mas limita a captura ao elemento exibido em primeiro plano.
Windows+L bloqueia o computador de forma rápida e impede o acesso ao sistema sem que a senha de um usuário cadastrado seja fornecida. Ideal quando você precisa se afastar por algum tempo da máquina e não quer deixar os arquivos à vista dos curiosos de plantão.
CTRL+A ou CTRL+T seleciona todo o texto na barra de endereços do navegador, em sites e nos mais diversos programas (no Word, use o Ctrl+T).
Ctrl+C e Ctrl+V executam as mesmas funções dos menus Copiar e Colar, respectivamente.
Ctrl+Z desfaz a última ação (é útil para recuperar textos apagados).
Ctrl+Shift+Del convoca a janela que permite limpar o cache do navegador (Chrome, Firefox e Internet Explorer).
Shift+Del apaga um item qualquer sem encaminhá-lo para a lixeira (use com moderação, pois a recuperação é possível, mas nem por isso fácil).
Win+Break exibe a janela das Propriedades do Sistema.
Win+D minimiza todas as janelas abertas.
Wind+R abre o menu Executar.

Haveria muitos outros atalhos a sugerir, naturalmente, mas há casos em que menos é mais. Então, vamos ficar com esses, pelo menos por enquanto. Escolha os que lhe parecerem mais interessantes, anote-os num post-it, cole na moldura do monitor, faça um esforço para utilizá-los sempre que possível e ao cabo de algumas semanas você estará economizando tempo e cliques do mouse.

Abraços e até a próxima.

EM TEMPO: Alguém resolveu calar o bico do irritante passarinho que pia quando os usuários do WHATSAPP recebem novas mensagens. A medida judicial foi imposta sob pena de uma multa diária cujo valor não foi revelado, e o autor da ação que originou o bloqueio — que passou a valer a partir da 00h00 desta quinta-feira e deve se estender por 40 horas — está sendo mantido sob sigilo. Se você não é capaz de viver sem esse aplicativo, bem, 48 horas passam depressa. Demais disso, é possível recorrer a diversas alternativas para não ficar “incomunicável” (como se não fosse possível realizar chamadas por voz ou recorrer ao velho SMS). Anote aí:


Viber (https://www.viber.com/pt/): permite troca de mensagens, vídeos e imagens em uma plataforma simples e intuitiva. 

Hangouts (https://hangouts.google.com/): dá ao usuário a opção de bater papo pela rede social Google+ e recentemente adicionou o serviço de trocar de SMS. Está disponível para Android, IOS e computadores, mas só é possível trocar mensagens com usuários do Google. 

Skype (www.skype.com/pt-br/): uma excelente opção para conversar por texto. Com a possibilidade de trocar mensagens individuais ou em grupo, o Skype só peca no excesso de propagandas em sua interface. 

KaKaoTalk (www.kakao.com/talk): permite trocar mensagens de texto, voz, imagens, nota de áudio, compartilhar eventos e contatos, além de sincronizar os números da agenda telefônica do usuário e adicioná-los automaticamente a lista do app. 

Line (line.me/pt-BR): permite trocar mensagens de voz e de texto com simpáticos stickers exclusivos - pena que não mostre quando um amigo está online. 

Kik Messenger (www.kik.com): oferece troca de mensagens de texto, voz e imagens instantaneamente, e está disponível para Android, IOS, Windows Phone. 

WeChat (www.wechat.com/pt/): além de trocar mensagens de texto, imagens, chamadas de voz e de vídeo, o app permite passar o tempo com jogos disponíveis na plataforma e tem a função "Olhar ao Redor", que localiza pessoas próximas. 

GroupMe (https://groupme.com/): ótimo para quem curte juntar os amigos em uma grande conversa, pois ele sincroniza contatos da agenda para ajudar a criar grupos, mas não permite abrir um bate-papo individual. 

Facebook Messenger: permite trocar mensagens de texto, voz e emoticons divertidos, mas só entre usuários que tenham conta na rede social. Versões para Android (http://goo.gl/2BBla1), iOS (http://goo.gl/f7KSUU) e Windows Phone (http://goo.gl/TlnEv3)