No auge de seus devaneios, Dilma se diz defensora incondicional da democracia ― algo tão absurdo quanto Lula posar de quintessência da honestidade, a menos, é claro, que o conceito de “democracia” da gerentona exista apenas nos dicionários de “dilmês”, já que agarrar-se ao poder quando mais de dois terços da sociedade pedem o fim do governo mais corrupto da nossa história é uma atitude no mínimo antidemocrática, notadamente num regime de governo onde “todo o poder emana do povo” (artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988).
Esse é apenas mais um dos muitos pontos em comum entre Lula e Dilma, criador e criatura, mentor e pupila, imprestável e incompetente, cujas biografias se entrelaçam desde os primórdios da funesta era PT.
As razões que levaram o molusco a escolher a nefelibata da mandioca para sucedê-lo são, no mínimo, nebulosas. No final do seu segundo mandato, ele estava no auge da popularidade, e poderia ter escolhido praticamente qualquer pessoa para preencher a lacuna aberta com a prisão de Dirceu (que seria a bola da vez) e de outros petralhas de grosso calibre, pegos de calças curtas no imbróglio do mensalão. Por que, então, escolher alguém que havia levado à falência duas lojinhas de badulaques importados do Panamá numa época em que a paridade entre o real e o dólar favorecia esse tipo de negócio (clique aqui para mais detalhes)?
Uma guerrilheira de araque que jamais disparou um tiro, a não ser no próprio pé ao se reeleger, devido ao tamanho da encrenca que herdou de si mesma? Um Pacheco de terninho que, sem saber atirar, virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, faz posse de gerente de país; sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque? Enfim, o fato é que, sem ter tido um único voto na vida até 2010, Dilma virou presidente do Brasil em outubro daquele ano, e renovou o mandato quatro anos depois ― mandato esse que, cumpre salientar, foi suspenso no último dia 12 pelo Senado, devido a irregularidades administrativas, má gestão da economia e corrupção generalizada (que se tornou a marca registrada das administrações lulopetistas).
O que o Babalorixá da Banânia teria visto nessa estapafúrdia criatura é um mistério. Dizem as más-línguas que a escolha teve a ver com a cabulosa história da refinaria de Pasadena, que resultou num prejuízo de mais de 800 milhões de reais. Dilma, na época, era ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ambos, naturalmente, juram de pés juntos que não sabiam de nada, mas convenhamos: tanto rouba quem vai à horta quanto quem fica à porta, e eles realmente não sabia de nada que acontecia bem debaixo de seus narizes, jamais poderiam ocupar os cargos que ocupavam. Em outras palavras, vão fazer pouco caso da inteligência alheia na casa do chapéu!
Observação: Segundo informou o ex-esbirro petralha Delcídio do Amaral em sua delação premiada, Dilma sabia que havia um esquema de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena e que suas campanhas (tanto em 2010 quanto em 2014) foram bancadas com dinheiro sujo. Ela teve ainda participação direta na nomeação de Cerveró para o cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, que, em conluio com José Eduardo Cardozo, maquinou a libertação de empresários presos da Lava-Jato e que nomeou Marcelo Navarro para o STJ para que ele votasse pela soltura dos ditos-cujos (no julgamento, em dezembro passado, Navarro foi o único a votar pela prisão domiciliar). Já Lula, igualmente responsável pela nomeação de Cerveró, ordenou o pagamento de uma “mesada” para que o ex-diretor da estatal não mencionasse seu nome [de Lula] na delação, que comprou o silêncio de Marcos Valério na CPI dos correios ― que investigava mensalão e era presidida por Delcídio ―, que exerceu pressão para que lobistas investigados na Operação Zelotes que fizeram pagamentos para seu filho [Luiz Claudio] não fossem convocados para depor na CPI do CARF, e que teve participação direta na nomeação de executivos da Petrobras condenados, dentre os quais Jorge Zelada. É mole?
O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.