sexta-feira, 10 de julho de 2015

CONSIDERAÇÕES SOBRE MOBILIDADE E PORTABILIDADE

A LÍNGUA É UM ÓRGÃO SEXUAL MUITO USADO PELOS JOVENS PARA FALAR.

Mobilidade e portabilidade são termos comumente usados como sinônimos, até porque tudo que é portátil costuma ser móvel. No entanto, no âmbito da informática, nem tudo que é móvel é portátil (no sentido de ser capaz de portar dados). Um bom exemplo disso é o pendrive, que serve para armazenar e transportar arquivos digitais, embora não os exiba de maneira autônoma. Já os Smartphones, dumbphones (*), tablets, notebooks e afins tanto armazenam e transportam quanto exibem arquivos digitais, e ainda podem ser levados facilmente de lado para outro e/ou utilizados em trânsito ─ razão pela qual são conhecidos como portáteis, ainda que fosse mais correto defini-los como móveis.

Questões semânticas à parte, fato é que nossos gadgets precisam de eletricidade para funcionar, e como depender exclusivamente da rede elétrica contraria os princípios da portabilidade (ou seria da mobilidade?), os fabricantes optaram pelas baterias recarregáveis ─ solução que foi satisfatória durante algum tempo, mas deixou de atender a demanda dos novos modelos, que, devido ao hardware mais poderoso e a gama de funções que cresce a cada nova versão, requerem recargas cada vez menos espaçadas, conforme vimos nas postagens anteriores.

Enquanto as "baterias do futuro" ─ desenvolvidas a partir das alternativas ao íon de lítio que mencionamos alhures ─ não se tornam padrão de mercado, resta-nos economizar energia e prolongar ao máximo a autonomia dos nossos aparelhos, o que pode ser feito mediante recursos nativos, aplicativos de terceiros e/ou ajustes oferecidos pelo sistema operacional. Só não vale se entusiasmar e repetir o feito no PC de mesa ou notebook que o substitua, a menos que você não se incomode em reduzir o desempenho do computador para economizar uns poucos reais na conta de luz.

Passando ao que interessa, o intervalo de tempo que um portátil suporta longe da tomada depende de diversos fatores, mas sempre será diretamente proporcional à capacidade de carga da bateria e inversamente proporcional ao consumo do aparelho. Como as informações que os fabricantes oferecem a propósito se baseiam em "condições ideais" ─ que não refletem o dia a dia dos usuários ─, é melhor você fazer suas próprias medições. Sem embargo, você pode ter uma ideia aproximada da autonomia dividindo a capacidade da bateria pelo consumo do aparelho ou recorrendo a algum aplicativo dedicado  a maioria deles proporciona resultados bem mais precisos e se encarrega do trabalho pesado. Um bom exemplo é BatteryBar, disponível tanto como shareware quanto como freeware (note que, embora reúna menos recursos do que a versão paga, a gratuita atende perfeitamente as necessidade dos usuários domésticos comuns). Uma vez instalado o programinha, basta pousar o ponteiro do mouse sobre o ícone do medidor para obter diversas informações atualizadas em tempo real, tais como a capacidade total da bateria, a taxa de carga e descarga, o tempo de uso e até uma estimativa da vida útil do componente.

Observação: O Windows 7 dispõe de uma ferramenta nativa que monitora o sistema por um período pré-definido, aponta erros, oferece sugestões para economizar energia e apresenta uma estimativa da vida útil da bateria. Para acessá-la, digite cmd na caixa de pesquisa do menu Iniciar, clique com o botão direito sobre o ícone respectivo, escolha a opção Executar como administrador e, na linha de comando, digite powercfg –energy. Ao final, tecle exit para fechar a janela, localize o arquivo energy-report.html (em C:\Windows\System32), abra-o no seu navegador e analise as informações fornecidas. Os valores de DESIGN CAPACITY e LAST FULL CHARGE, bem no finalzinho do arquivo, remetem à capacidade de armazenamento de energia; quando maior for a diferença entre eles, menor será a eficiência do componente.

(*) "Dumbphone" é o nome pelo qual passaram a ser conhecidos os celulares básicos, espartanos, mais pobres em recursos e funções do que os smartphones. O termo Dumb (estúpido, burro) se contrapõe a smart (inteligente, esperto).

Passemos agora ao nosso tradicional humor de final de semana:

Namore alguém que tenha o mesmo tipo de carregador que o seu.
Se a bateria do seu celular dura o dia inteiro, é porque ninguém gosta de você.
Odeio esse corretor ortográfico do celular. Não consigo falar nem a porta de um palavrão nessa vossa! É um carvalho mesmo...
Propaganda da Vivo diz que tem bônus para falar de vivo pra vivo. E alguém tá querendo falar com os mortos?
Os “tablets” são smartphones para pessoas com orelhas grandes.

Na semana que vem a gente continua, pessoal.  Bom f.d.s., abraços e até segunda.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

GADGETS - BATERIAS - UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

O CAVALO ERA BOM... ATÉ TERMOS AUTOMÓVEIS.

Conforme foi dito no post anterior, ou os fabricantes de baterias encontram soluções comercialmente viáveis para aumentar a autonomia dos aparelhos que utilizam seus produtos, ou os fabricantes desses aparelhos serão forçados a interromper o crescendo de recursos e funções que estimula os usuários a substituir seus gadgets por versões modernizadas, lançadas em intervalos cada vez mais curtos. E como também já dissemos, as possibilidades da expansão da capacidade de armazenamento das baterias de íon de lítio estão se exaurindo, e até o momento não se sabe qual será a tecnologia sucessora.

Observação: A bateria de íon de lítio que alimenta o Tesla (figura que ilustra esta postagem) permite que ele percorra cerca 500 km antes de ser recarregada, mas ocupa 50% do espaço disponibilizado pela estrutura do veículo. Resguardadas as devidas proporções, o mesmo se dá com o relógio inteligente da Apple (figura à direita), no qual metade do espaço interno se destina a acomodar a bateria que o mantém funcionando por 18 horas.

Do ponto de vista da química e da física, toda bateria opera basicamente da mesma forma, ou seja, é carregada quando os elétrons fluem do pólo positivo para o negativo e fornece energia mediante a inversão do sentido desse fluxo. Infelizmente, elas ainda requerem um elemento externo que as carregue e, mesmo quando ociosas, continuam enviando íons e elétrons do pólo negativo para o positivo (e por isso descarregam). Assim é desde o esboço da primeira bateria, construído há cerca de 20 séculos ─ um vaso de argila repleto de substância ácida, cujas extremidades (pólos) eram ligadas por um tubo de cobre ─ até os modelos contemporâneos de íon de lítio, que substituíram com vantagens as baterias de chumbo, de hidreto metálico de níquel e de níquel-cádmio, largamente utilizadas até o final do século passado.

O grande “X” da questão é encontrar um material que possa substituir com vantagens o íon de lítio. O grafeno seria a solução mais indicada para fornecer energia a dispositivos eletrônicos portáteis e carros elétricos, não fosse pelo elevadíssimo custo de produção ─ ainda assim, ele vem sendo utilizado na criação de protótipos que armazenam pelo menos dez vezes mais energia do que as baterias convencionais e, de quebra, são recarregados em segundos e suportam pelo menos 10.000 ciclos de carga. E há também quem aposte no lítio-oxigênio ─ que, em teoria, pode produzir baterias de duração ilimitada, mas depende do desenvolvimento de um catalisador capaz de acelerar a produção de energia retirada dos elétrons capturados do oxigênio ─ e no alumínio ─ que, dentre outras vantagens, proporciona carregamento ultra-rápido (cerca de 1 minuto) e preço potencialmente mais baixo, além de permitir a produção de baterias flexíveis. Nos testes realizados na Universidade de Stanford, os protótipos à base de alumínio continuaram fornecendo energia mesmo depois de terem sido perfurados. Enfim, o impossível só é impossível enquanto não surge uma solução que o torne possível. Quem viver verá.

Enquanto baterias com maior autonomia não chegam ao mercado, vale reduzir o tempo de recarga dos modelos disponíveis, e há gente séria se empenhando nisso nisso, como os engenheiros das empresas norte-americanas QNOVO e QUALCOMM, por exemplo. Isso sem mencionar a startup israelense STOREDOT, que desenvolveu um kit capaz de recarregar uma bateria de celular 100 vezes mais rapidamente do que os carregadores atuais. Infelizmente, essa tecnologia ainda não é compatível com os celulares atuais, que não suportam uma carga de 40 ampères sem queimar, mas poderá se tornar o padrão da indústria dentro de poucos anos (fabricantes de smartphones dos EUA, da Coréia do Sul, da China e do Japão já deram início a negociações para licenciá-la ou comprar seus direitos de uso). Nesse entretempo, convém tomar cuidado com sugestões mirabolantes, como ajustar a potência do forno microondas para 700 W e “assar” o telefone por um minuto (veja no vídeo abaixo o resultado desse experimento).

      

Observação: Se toda a radiação com que o Sol brinda nosso planeta num único dia fosse transformada em eletricidade, seria possível fazer frente ao consumo da humanidade por 27 anos. E ao que tudo indica, só falta vontade da indústria para adotar de forma ampla essa alternativa. Os carregadores solares produzidos pela CHANGERS são finos e maleáveis, e bastam quatro horas de exposição ao sol para que absorvam 16 W/h de energia ─ suficiente para recarregar duas vezes a bateria de um smartphone.

Abraços a todos e até amanhã.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A (CADA VEZ MENOR) AUTONOMIA DOS NOSSOS GADGETS

PARA QUEM TEM FÉ, NENHUMA EXPLICAÇÃO É NECESSÁRIA; PARA QUEM NÃO TEM, NENHUMA EXPLICAÇÃO É POSSÍVEL.

Enquanto a demanda dos smartphones por energia cresce exponencialmente, sua autonomia aumenta de forma linear (por autonomia, entenda-se o período durante o qual um aparelho funciona sem exigir recarrega ou substituição do componente que o alimenta). Para piorar, a recarga é um processo lento, especialmente quando levado a efeito via interface USB do PC ou tomada 12 V do carro, de maneira que, além de investir em designs caprichados, interfaces amigáveis e funções inovadoras para cativar os usuários, os fabricantes precisam descobrir como capacitar seus produtos a permanecer longe da tomada por pelo menos um dia inteiro.

Observação: Em meados do ano passado, eu troquei meu celular LG A290 Tri Chip pelo smartphone LG Optimus F5 P875, e a despeito de não ter queixas do brinquedinho “novo”, lembro-me com saudades da espantosa autonomia do “velho”, que chegava a passar mais de três semanas longe da tomada ─ desde que eu o desligasse à notinha e tornasse a ligar na manhã seguinte.

Em última análise, a coisa toda se resume a dois aspectos distintos, mas interligados: 

1) A capacidade de armazenamento das baterias é limitada pela tecnologia a partir da qual elas são fabricadas e pelos elementos que as compõem;

2) Quanto mais funções e recursos o aparelho tiver, maior seu apetite por energia e, consequentemente, menor a sua autonomia.

Tomando por base o consumo médio dos smartphones de última geração, os 200 Wh/k das baterias de íon de lítio atuais garantem autonomia (teórica) de 24 horas. Como a capacidade remanescente de expansão dessa tecnologia é de apenas 30% e deve se esgotar até 2020, quando for atingido o ápice de 260 Wh/k - 32 horas, ou os fabricantes de baterias desenvolvem novas tecnologias comercialmente viáveis que ultrapassem esses limites, ou a evolução dos recursos e funções dos smartphones fabricados a partir de então restará prejudicada.

Observação: A capacidade de armazenamento das baterias é medida em Wh/k (watts-hora por quilo), e o consumo dos aparelhos é expresso em Ah (Ampère/hora) ou em mAh (miliampère/hora); para ter uma ideia aproximada da autonomia do seu smartphone, basta dividir a capacidade da bateria pelo consumo do aparelho. Vale lembrar que a duração que consta das especificações técnicas do aparelho costumam não ser confiáveis, pois os fabricantes realizam suas medições em “condições ideais”, que não refletem uso de seus produtos no dia a dia.

Amanhã a gente conclui, já que o feriado de 9 de julho, alusivo à Revolução Constitucionalista de 1932, é limitado ao Estado de São Paulo). Abraços a todos e até lá.

terça-feira, 7 de julho de 2015

SOBRE PILHAS E BATERIAS

É IMPORTANTE FAZER AS PERGUNTAS CERTAS, MAS MAIS IMPORTANTE É OBTER AS RESPECTIVAS RESPOSTAS.

Tecnicamente, pilhas e baterias são coisas distintas, embora as diferenças sejam um tanto nebulosas, levando muita gente a utilizar esses termos como sinônimos. A rigor, uma pilha é composta de dois eletrodos (um negativo e outro, positivo) e um eletrólito (ou ponte salina), enquanto que uma bateria é um conjunto de pilhas interligadas em série ou em paralelo. Em qualquer dos casos, a função é basicamente a mesma, ou seja, fornecer energia elétrica para os mais variados apetrechos, de barbeadores, calculadoras de bolso e escovas de dente a relógios digitais, smartphones, tablets e notebooks, dentre tantos outros.

ObservaçãoEssas pilhas não são iguais às que usamos em lanternas, controles remotos etc. Na verdade, elas são células de íons de lítio, e sua quantidade (geralmente entre 3 e 12 unidades) determina a capacidade de carga da bateria e, por tabela, a autonomia do aparelho que ela alimenta. Quanto maior o número de células, mais volumosa e pesada será a bateria, razão pela qual os modelos com 12 células são destinados a notebooks de configurações robustas, que priorizam o desempenho em detrimento da mobilidade. Devido ao tamanho avantajado, essas baterias costumam ficar sob o aparelho, ajudando a manter a base da carcaça afastada alguns centímetros da superfície da bancada de trabalho, de modo a reduzir o esforço dos coolers na dissipação o calor gerado pelos componentes internos.

Vê-se na figura à direita que, na ligação em série, o pólo positivo da primeira pilha é conectado ao pólo negativo da segunda, e assim sucessivamente, resultando numa tensão final correspondente à soma das tensões individuais das pilhas (1,5V X 4 pilhas = 6V no exemplo da figura à direita). Já na ligação em paralelo, os pólos positivos e negativos são ligados entre si e a tensão final se mantém em 1,5V, ao passo que a amperagem quadruplica.  

Embora os acumuladores de energia tenham sido criados há cerca de 2.000 anos, o primeiro modelo recarregável surgiu somente em 1859, a partir de uma tecnologia que foi aprimorada ao longo dos séculos e é usada até hoje na fabricação de baterias para veículos em geral, no-breaks e sistemas de iluminação de emergência, onde peso e tamanho são questões de relevância menor. Mais adiante surgiram as pilhas (figura à esquerda), que se dividem em "comuns" e "alcalinas" (as primeiras são mais baratas, mas duram menos e têm o mau hábito de vazar parte do ácido contido em seu interior, o que pode causar danos irreversíveis aos aparelhos). Existem ainda as versões recarregáveis, ainda mais caras, que também são conhecidas como "acumuladores".

No Brasil, os formatos e as nomenclaturas das pilhas seguem o padrão instituído pelo ANSI (American National Standards Institute). As mais usadas são as “pequenas” (AA ou 2A) e as popularmente conhecidas como “palito” (AAA ou 3A), disponíveis tanto em versões descartáveis quanto recarregáveis. Já as “médias” e “grandes” (C e D, respectivamente) vêm sendo cada vez menos utilizadas, da mesma forma que as bateria de 9V, que na verdade são conjuntos de seis pilhas AAA agrupadas num único invólucro (figura à direita).

Observação: No final da década de 70, o surgimento dos relógios digitais e das câmeras fotográficas motorizadas popularizou as assim chamadas “pilhas de relógio” (figura à esquerda). As mais comuns utilizam ânodos de lítio metálico e geram uma tensão elétrica de 3V ─ o dobro da que é gerada por baterias de zinco-carbono ou alcalinas. O agrupamento de duas ou mais dessas células dá origem às “baterias de lítio”. Note que, ao contrário das baterias de íons de lítio, os modelos de lítio metálico não são recarregáveis, mas, devido à sua grande durabilidade, são amplamente utilizados em placas-mãe de PCs, sistemas de alarme sem fio, marca-passos cardíacos e outros dispositivos médicos implantáveis, só para citar alguns exemplos.       

Amanhã a gente aborda a autonomia (cada vez menor) dos nossos (cada vez mais exigentes) gadgets. Abraços e até lá.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

AINDA OS SMARTPHONES

NÃO É A GRAVIDADE DA PUNIÇÃO OU A IDADE DAS PESSOAS SUJEITAS A ELA QUE CONFERE PODER DE DISSUASÃO A UM SISTEMA PENAL.  O ELEMENTO CHAVE É SUA EFETIVIDADE.

Vimos no post anterior que smartfones de primeira linha não são muito mais baratos do que o iPhone6,  e que, depois de comparar 76 aparelhos com funções equivalentes, a PROTESTE concluiu ser possível economizar quase R$ 3 mil com a "escolha certa". No entanto, a despeito de isso ser uma boa notícia, convém ter em mente que cada usuário tem seu perfil e suas preferências, e que um aparelho que me serve satisfatoriamente pode ser insuficiente para você e, ao mesmo tempo, ser subutilizado pelo seu avô, por exemplo.

Graças à evolução tecnológica e à disputa cada vez mais acirrada pela preferência dos consumidores, smartphones de categorias equivalentes integram recursos bastante parecidos. Tirar fotos e gravar vídeos, por exemplo, são funções que a maioria deles realiza, embora nem sempre com a mesma desenvoltura das câmeras e filmadoras dedicadas. Mas isso já é outra história. Em última análise, qualquer celular inteligente que se preze deve oferecer várias opções de conectividade (Bluetooth, Wi-Fi, 4G), versão recente do sistema operacional, display que garanta boa visibilidade, CPU com desempenho adequado, ampla capacidade de armazenamento interno (preferencialmente expansível via cartão de memória) e interface intuitiva e de fácil utilização.

Observação: Na hora de escolher um produto, seja ele qual for, procure analisar cuidadosamente os recursos, funções e preço do dito-cujo à luz de suas reais necessidades e possibilidades. Se você se arrepender, cancelar a compra e reaver a importância paga pode ser uma tarefa árdua, ainda que o Código de Defesa do Consumidor lhe assegure esse direito.

A autonomia é uma questão à parte, e será discutida oportunamente. De momento, cumpre relembrar que, enquanto a demanda por energia cresce em progressão geométrica (em função da diversidade cada vez maior de recursos), a capacidade das baterias evolui em progressão aritmética, o que nos obriga efetuar recargas em intervalos cada vez mais curtos e manter um carregador ou uma bateria extra sempre à mão.

Note que é possível economizar energia ajustando alguns recursos às suas reais necessidades. O Bluetooth, por exemplo, deve ser ativado somente na hora de transferir arquivos de ou para outro dispositivo, e a conexão móvel e o GPS devem permanecer desativados até se façam realmente necessários. Convém também reduzir o brilho da tela e o tempo de timeout, desativar o disparo automático do flash e os alertas sonoro-vibratórios (que disparam sempre que você recebe um e-mail ou um SMS, por exemplo), bloquear o teclado (para evitar que a luz de fundo seja acionada acidentalmente quando o aparelho está na bolsa ou no bolso), acessar a Web somente em casos de real necessidade (para ler/responder um email urgente, também por exemplo), e por aí vai.

Abraços a todos e até amanhã, se Deus quiser.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

DE VOLTA AOS SMARTPHONES

A ESQUERDA BRASILEIRA NÃO SÓ PERDEU A OPORTUNIDADE DE LIVRAR O PAÍS DA CORRUPÇÃO COMO AINDA AJUDOU A DESENVOLVÊ-LA.

A telefonia móvel celular desembarcou em solo tupiniquim no final do século passado e se popularizou devido, principalmente, à privatização do abominável SISTEMA TELEBRAS, promovida no final de julho de 1998. Até então, para obter uma linha fixa era preciso adquirir um "plano de expansão" e munir-se de paciência, pois o prazo contratual de 24 meses raramente era cumprido. Assim, restavam aos interessados os orelhões ─ que eram alvo constante dos vândalos de plantão e quase nunca funcionavam quando se precisava deles ─ ou o "mercado negro" ─ no qual as linhas eram comercializadas diretamente entre as partes interessadas e instaladas a toque de caixa, embora chegassem a custar tanto quanto um carro popular 0km, notadamente em regiões com falta de oferta e excesso de demanda, mas isso é uma história que fica para outra vez.

Observação: Na cidade marajoara de Cachoeira do Arari (PA), dez munícipes que aderiram ao plano de expansão da TELEPARÁ esperaram 15 anos pela instalação das linhas. Alguns nem chegaram a utilizar o serviço, pois faleceram antes que ele fosse disponibilizado. E o pior é que ainda tem quem sobe nas tamancas quando ouve falar em privatização! Parafraseando mais uma vez José Saramago, "a cegueira é um assunto particular entre as pessoas e os olhos com que nasceram; não há nada que se possa fazer a respeito".

Existem atualmente mais celulares do que habitantes no Brasil ─ segundo a consultoria de telecomunicações Teleco, a proporção é de 1,4:1 ─, devido, em grande parte, à saudável concorrência entre as operadoras, que disputam a preferência dos usuários subsidiando aparelhos e oferecendo pacotes de serviços que buscam adequar o custo ao minguado poder aquisitivo da nossa combalida "classe média". A propósito, muito embora a União Internacional de Telecomunicações considere o Brasil um dos países onde as ligações por celular custam mais caro, a Teleco assegura que nossa tarifa média é de R$ 0,16 por minuto, e que o preço da nossa banda larga móvel também está entre os mais baixos do mundo. Acredite quem quiser. 

Observação: Segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal, são considerados pobres os brasileiros com renda familiar per capita de até R$ 162 mensais. A classe média começa em R$ 441 e termina em R$ 2.480, e os que se posicionam acima desse patamar são considerados "classe alta" pelos nossos burocratas, e chamados de "ricos" pelo povo, e de "elite branca" pelo PT. Espantado com os valores? Então saiba que 88,5% das mais de 50 milhões de cadernetas de poupança ativas em maio passado apresentavam saldo inferior a R$ 10 mil, o que nos leva a concluir que poucos filhos da pátria têm cacife para ostentar um iPhone 6 Plus, cuja versão com 128GB de memória custa "a bagatela" de R$ 4.299 (com mais alguns mimos, o preço pode chegar a quase R$ 5 mil).

A despeito da crise, a inauguração da segunda Apple Store em solo verde-amarelo, no dia 18 de abril passado ─ no Morumbi Shopping (zona sul paulistana) ─ resultou numa fila de mais de 1.000 consumidores; na primeira, aberta em 15 de fevereiro de 2014, no Shopping Village Mall (zona oeste carioca), a fila foi duas vezes maior e começou a se formar na madrugada do dia 13. É mole?

Se você está se perguntando quem precisa de um iPhone quando um modelo similar faz praticamente o mesmo serviço e custa bem mais barato, a resposta é: quem não abre mão da aura de excelência que envolve a "marca da maçã".

Observação: Diferentemente do que muitos imaginam, a Apple não é a primeira no ranking dos principais fabricantes de smartphones, mas sim a segunda (a primeira é a SAMSUNG; a terceira, a HUAWEI; a quarta, a LENOVO; a quinta, a XIAOMI, e a sexta, a LG).  

Cumpre salientar que aparelhos de boa cepa e repletos de recursos de última geração não são tão baratos assim, pelo menos aqui pelas nossas bandas, onde, devido à carga tributária e à ganância dos fabricantes e revendedores (dentre outros fatores que agora não vêm ao caso), chegam a custar de 3 a 4 vezes mais do que em seus países de origem (e os fabricados localmente não ficam muito atrás). Uma matéria publicada recentemente pela revista PROTESTE traz um comparativo envolvendo nada menos que 76 smartphones, cujos resultados permitem ao consumidor economizar até R$ 3 mil! Mas isso já é assunto para a próxima postagem. Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:

Toca o telefone... 
- Alô.
- Alô, poderia falar com o responsável pela linha? 

- Pois não, pode ser comigo mesmo. 
- Quem fala, por favor? 
- Edson. 
- Sr. Edson, aqui é da sua prestadora de serviços de telefonia, estamos ligando para oferecer a promoção de linha adicional que dá o direito... 
- Desculpe interromper, mas quem está falando? 
- Aqui é Rosicleide Silva, senhor, e estamos ligando... 
- Rosicleide, me desculpe, mas, para nossa segurança, eu gostaria de conferir alguns dados antes de continuar a conversa, pode ser? 
- Bem, pode. 
- De que telefone você fala? Meu bina não identificou. 
- 10315. 
- Você trabalha em que área? 
- Telemarketing Pro Ativo. 
- Você tem número de matrícula na empresa? 
- Senhor, desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária. 
- Então terei que desligar, pois não posso estar seguro de que falo com uma funcionária da minha operadora. São normas de nossa casa. 
- Mas eu posso garantir... 
- Além do mais, sempre sou obrigado a fornecer meus dados a uma legião de atendentes quando tento falar com vocês. 
- Ok... Minha matrícula é 34591212. 
- Só um momento enquanto verifico. 
Dois minutos depois: 
- Só mais um momento. 
Cinco minutos depois: 
- Senhor? 
- Só mais um momento, por favor, nossos sistemas estão lentos hoje. 
- Mas senhor... 
- Pronto, Rosicleide, obrigado por ter aguardado. Qual o assunto? 
- Aqui é da sua operadora de telefonia, senhor, e estamos ligando para oferecer uma linha adicional promocional. O senhor está interessado, Sr. Edson? 
- Rosicleide, eu vou transferir você para a minha esposa, porque é ela quem decide sobre alteração e aquisição de planos de telefones. Por favor, não desligue, sua ligação é muito importante para mim. 
Coloco o telefone em frente ao aparelho de som, deixo a música Festa no Apê, do Latino, tocando no repeat (quem disse que um dia essa droga não iria servir para alguma coisa?) e ao fim de cinco minutos minha mulher atende: 
- Obrigada por ter aguardado... Você pode me informar o número do seu telefone, pois meu bina não identificou? 
- 10315.
- Com quem estou falando, por favor. 

- Rosicleide 
- Rosicleide de que? 
- Rosicleide Silva (já demonstrando certa irritação na voz). 
- Qual sua identificação na empresa? 
- 34591212 (ainda mais irritada!). 
- Obrigada pelas suas informações, Rosicleide. Em que posso ajudá-la? 
- Aqui é da sua operadora de telefonia, estamos ligando para oferecer uma linha adicional promocional. A senhora está interessada? 
- Vou abrir um chamado e em alguns dias entraremos em contato para dar um parecer; você pode anotar o protocolo, por favor... 
TU-TU-TU-TU-TU... 
- Desligou... Nossa, que moça impaciente! 


Até segunda, se Deus quiser.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O QUE SÃO ARQUIVOS TORRENT E COMO MANIPULÁ-LOS (final)


ANTAS PETISTAS QUE DEFENDEM O CONTROLE DA MÍDIA ESTÃO NO MESMO PATAMAR DE PRIMITIVISMO DOS QUE USAM A DEMOCRACIA PARA DESTRUIR A DEMOCRACIA.

Para encerrar esta trinca de postagens, resta dedicar algumas linhas ao TORRENT (ou BITTORRENT, como queira). Acompanhe: 

Torrent, numa tradução livre, significa torrente, fluxo, correnteza, o que dá uma ideia de fluidez ─ bastante apropriada, por sinal, já que esse sistema de compartilhamento fraciona os arquivos antes de distribuí-los, otimizando o desempenho da rede e propiciando downloads mais rápidos do que nos moldes convencionais, notadamente quando grandes volumes de dados estão envolvidos.

O Torrent funciona de maneira semelhante ao das redes Peer-to-Peer, que se tornaram populares na década passada por permitirem o compartilhamento de arquivos entre os usuários sem a figura de um servidor central (mais detalhes na postagem anterior), com a diferença de que utiliza servidores (trackers) para organizar e agilizar a troca dos dados. 

Observação: O termo torrent designa também o formato de arquivo utilizado pelo protocolo em questão, e não deve ser confundido com os populares programinhas clientes uTorrent e o BitTorrent, que se encarregam de obter as informações contidas nos arquivos .torrent e gerenciar a comunicação entre os usuários. 

A pesquisa dos arquivos .torrent não é realizada a partir do nome, como estamos acostumados a fazer quando realizamos downloads via protocolos HTTP e FTP. Em vez disso, devemos localizar o arquivo .torrent com as informações desejadas, abri-lo em nosso programa cliente, visualizar seu conteúdo e baixar o item que nos interessa (cada arquivo pode conter diversos itens). A partir daí começa o download propriamente dito, quando os diversos segmentos que compõem o arquivo são transferidos de forma não sequencial e remontados em seguida, como se fossem peças de um quebra-cabeça digital.

Existem diversos sites que funcionam como repositórios de arquivos .torrent. Aliás, de uns tempos a esta parte surgiram indexadores que dispensam a trabalhosa pesquisa individual (se, por questões de ordem moral ou legal, você não quer se aventurar a baixar arquivos do Pirate Bay, cuja reputação não é das melhores, experimente o 1337X ou o OpenBitTorrent). 

Observação: Ao contrário do que se costuma imaginar, o TORRENT não é ilegal, embora não se possa dizer o mesmo do uso que muita gente faz dele. Enfim, com diz um velho adágio popular, "armas não matam pessoas; pessoas matam pessoas". 

Era isso, pessoal. Abraços a todos e até a próxima.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O QUE SÃO ARQUIVOS TORRENT E COMO MANIPULÁ-LOS (continuação)

HÁ TANTOS IMBECIS MANDANDO EM PESSOAS INTELIGENTES, QUE ÀS VEZES FICO PENSANDO SE BURRICE NÃO SERIA UMA CIÊNCIA.

Aficionados por música que já acessavam a Internet lá pela virada do século devem estar lembrados do KaZaA ─ programa de compartilhamento de arquivos via P2P ─, que permitia criar respeitáveis coleções de faixas musicais para apreciar a qualquer tempo no PC, gravar em CDs ou mesmo transferir para players como o iPod, por exemplo.

Observação: Criado em 2001 pela empresa estoniana BLUEMOON INTERACTIVE, o KAZAA não foi o primeiro e nem o único aplicativo para compartilhamento de arquivos via P2P, embora tenha sido o que mais se destacou nesse segmento, tanto é que logo se tornou também o preferido dos cibercriminosos de plantão para disseminação de vírus, trojans e outras pragas digitais, o que, combinado com adwares, spywares e outros PUPs embutidos no próprio KaZaA, levou boa parte dos usuários a buscar alternativas como o Limewire e o eMule   

O maior atrativo dessa brincadeira estava na gratuidade, tanto dos aplicativos ─ que, em sua maioria, eram distribuídos na modalidade freeware ─ quanto dos arquivos compartilhados. E a despeito das limitações da conexão dial-up, cuja velocidade máxima (teórica) era de 56 Kbps, a maioria dos usuários de apps P2P parecia não se importar com a demora dos downloads, mesmo que fosse preciso deixar o PC ligado a noite toda para obter meia dúzia de faixas (cerca de 20 minutos de música). Pior ainda era baixar filmes ou games ─ um vídeo em alta definição, que leva poucos minutos numa conexão de 100 Mbps, chegava a demorar semanas (ou até meses) para ser completado.

Claro que os melhores camelôs do ramo já ofereciam cópias piratas de CDs comerciais (e, mais adiante, também de filmes em DVD), mas, por mais que o preço fosse camarada, era ainda mais barato comprar CDs virgens e rechear cada um com mais de 100 faixas musicais no formato MP3, que reduz arquivos de áudio a 1/10 do tamanho original sem prejuízo sensível de sua qualidade sonora.

Antes de passar ao TORRENT, que até agora só emprestou o nome a esta sequência de postagens, convém salientar que, no compartilhamento de arquivos P2P, cada usuário faz tanto o papel de servidor quanto de cliente de conteúdo, podendo colocar sua discografia à disposição dos demais participantes da rede e, ao mesmo tempo, baixar um filme disponibilizado por eles. O serviço dispensa um servidor central e permite baixar em poucos minutos uma distribuição Linux de 600 MB, por exemplo, desde que haja um swarm adequado, e que o interessado tenha uma conexão com largura de banda decente.

Observação: Para quem não sabe, “swarm” é o nome que se dá ao conjunto de “peers” e “seeds” ─ que são, respectivamente, os clientes que estão baixando um arquivo (que também enviam pedaços dos arquivos, conforme estes lhes são oferecidos) e os que já possuem cópias completas disponíveis para upload. Aliás, a etiqueta recomenda deixar os arquivos disponíveis ao final dos downloads, de maneira a servir outros usuários (quem ignora esse protocolo é chamado de “leech”, ou, em bom português, sanguessuga).

Devido ao espaço ocupado por essas elucubrações paralelas, vamos adiar (mais uma vez) a abordagem do TORRENT, que vai ficar para a postagem de amanhã. Abraços a todos e até lá. 

terça-feira, 30 de junho de 2015

O QUE SÃO ARQUIVOS TORRENT E COMO MANIPULÁ-LOS

NA FÍSICA, O MOMENTO DA VIRADA CORRESPONDE AO PONTO DE ACUMULAÇÃO A PARTIR DO QUAL OCORRE UMA RUPTURA. NO CENÁRIO POLÍTICO NACIONAL, ESTAMOS PRÓXIMOS DESSE MOMENTO: O MAL-ESTAR ESTÁ NAS RUAS E AS PESSOAS PASSARAM A TER SENSO DE URGÊNCIA.

Dentre inúmeras vantagens da Internet em relação às demais mídias estão a facilidade e a rapidez com que ela nos permite transferir arquivos (da nuvem para o PC e vice-versa) ou compartilhá-los com outros internautas através de serviços/aplicativos específicos. Um bom exemplo disso é o Correio Eletrônico, que há pouco mais de duas décadas adquiriu a capacidade de transportar praticamente qualquer tipo de arquivo digital, e só não jogou a derradeira pá de cal sobre o serviço postal tradicional devido a algumas questiúnculas cujo detalhamento não vem ao caso para efeito desta postagem.

Observação: Em 1992, um email com uma foto do Telephone Chords (quarteto vocal formado por pesquisadores de tecnologia) e uma gravação do "Let Me Call You Sweetheart" causou alvoroço na comunidade nerd, não pelo seu conteúdo em si, mas pelo fato de ele estar lá e poder ser acessado pelos destinatários.

A transmissão de arquivos digitais entre dispositivos remotos abriu um vasto leque de possibilidades (algumas voltadas para o mal, infelizmente, mas isso faz parte do jogo): Já não precisamos reunir a galera para exibir as fotos das nossas últimas férias, p. ex., pois é possível enviá-las a qualquer momento, diretamente do smartphone usado em sua captura, ou de algumas câmeras de última geração que incluem essa funcionalidade. Vasculhar as prateleiras da seção de informática dos grandes magazines também caiu de moda, pois é mais prático baixar o programa desejado a partir do site do respectivo desenvolvedor ou de repositórios como BAIXAKI, SUPERDOWNLOADS, SOFTONIC e FILEHIPPO, dentre tantos outros.

Esses são apenas alguns exemplos cuja importância justifica a menção, e não o tema central desta matéria, que é o TORRENT ─ formato de arquivo utilizado por um protocolo de transferência do tipo P2P (Peer to Peer), que funciona na base do “toma lá dá cá”, como veremos em detalhes na postagem de amanhã. Abraços a todos e até lá.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

PARA NÃO CHORAR SOBRE O LEITE DERRAMADO, USE O “UNDO SEND” DO GMAIL.

DISCUTIR COM PETISTA É COMO JOGAR XADREZ COM POMBO. ELE VAI DERRUBAR AS PEÇAS, CAGAR NO TABULEIRO E SAIR DE PEITO ESTUFADO, CANTANDO VITÓRIA.

Numa comédia a que assisti há alguns anos e de cujo nome já não me lembro, infelizmente , o protagonista se via em apuros para resgatar uma correspondência que lhe causaria uma série de problemas se chegasse às mãos do destinatário. Essa situação, embora hilária no filme, pode ser bastante constrangedora na vida real, e o pior é que as possibilidades de ela ocorrer aumentaram significativamente por conta da popularização do correio eletrônico, já que pressa, mau-humor e cabeça-quente nos levam não raro a ações que geram arrependimentos e dão uma mão de obra danada para consertar.

Claro que não iremos pagar um mico muito grande se despacharmos um e-mail sem anexar o arquivo que a mensagem deveria capear, mas a coisa pode ficar feia se enviarmos um texto malcriado a alguém e depois percebermos que pegamos pesado, e que o que era para ser apenas um puxão de orelhas virou um formidável par de coices. Então, para prevenir dissabores dessa natureza, o Gmail disponibilizou em 2009 o Undo Send ("desfazer enviar", numa tradução literal) recurso mediante o qual o usuário poderia cancelar o envio de mensagens, mas desde que se arrependesse em, no máximo, 5 segundos a contar do momento em que pressionou o botão Enviar.

Importa mesmo é dizer que o recurso implementado “experimentalmente” no Gmail em 2009 passou agora à condição de ferramenta básica (e, convenhamos, já não era sem tempo). Note que, para utilizá-lo, você precisa ativar a opção clicando no botão de configurações do Gmail no canto superior direito da página, sob a foto do usuário e ajustando o tempo em Cancelar envio, na aba Labs (agora as opções vão de 5 a 30 segundos). Feito isso, sempre que enviar uma mensagem você verá, no topo da página, os seguintes avisos: Sua mensagem está sendo enviada... Cancelar (ou Sua mensagem foi enviada. Desfazer, conforme o caso).

Trinta segundos asseguram maior controle do que os módicos cinco segundos do Undo Send original, mas isso ainda é pouco, de modo que convém você conferir cuidadosamente a ortografia, a gramática e os dados do destinatário antes de despachar seus emails. Veja também se os arquivos que devem acompanhar a mensagem foram efetivamente anexados e talvez o mais importante , pense duas, três, ou mesmo quatro vezes antes de rebater um texto ofensivo, pois o tempo disponível para desfazer a burrada pode não ser suficiente. E depois não adianta chorar.

Abraços a todos e uma ótima semana.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

WINDOWS 7 - FECHANDO ESTE CICLO DE DICAS, TRUQUES E MACETES

DÊ UM PEIXE A UM HOMEM E ELE O COMERÁ. ENSINE-O A PESCAR E ELE FICARÁ O DIA INTEIRO TOMANDO CERVEJA À BEIRA DO RIO.

  • Pousando o ponteiro do mouse sobre os botões da barra de tarefas que correspondem aos aplicativos ativos, você visualiza pequenas miniaturas que dão uma ideia aproximada do conteúdo das janelas. Para aumentar o tamanho dessa representação, abra o editor do Registro do Windows (basta digitar regedit no menu Executar e teclar Enter), navegue até HKEY_CURRENT_USER\Software\Microsoft\CurrentVersion\Explorer\Taskband, clique com o botão direito num ponto vazio do porção direita da tela, crie um novo valor DWORD com o nome MiniThumbSizePx, dê duplo clique sobre ele, selecione Decimal, configure como 300, encerre o editor e reinicie o computador.
  • Para navegar via teclado pelos botões que representam os aplicativos na barra de tarefas, é só pressionar e liberar as teclas Windows+T e usar as setinhas (direita e esquerda) que ficam próximas ao bloco numérico do teclado. Caso queira executar um aplicativo, tecle Enter quando ele estiver selecionado.
  • Se você clicar em qualquer dos ícones da barra de tarefas que representam aplicativos abertos, suas janelas serão exibidas ou ocultadas, mas se o clique for dado com botão central do mouse (scroll), uma nova janela do programa se abrirá. Supondo que seu mouse não dispõe do botão do meio, você pode obter o mesmo resultado mantendo a tecla Shift pressionada enquanto clica com o botão direito sobre o ícone do aplicativo cuja nova janela deseja abrir.
  • Esta dica já tem cabelos brancos, mas muita gente ainda não a conhece: caso você precise se ausentar por um breve período e não quer dar moleza para os abelhudos de plantão, pressione a combinação de teclas Win+L. Isso fará com que a tela inicial seja exibida, solicitando uma senha de logon válida para liberar o acesso ao sistema (desde que você tenha habilitado essa exigência no seu plano de energia, naturalmente). Note que nada será alterado nesse entretempo; quando você cumprir a exigência, terá sua área de trabalho de volta, do jeitinho que a deixou.
  • Um clique direito sobre o botão de qualquer programa aberto na barra de tarefas abre um considerável leque de opções. Experimente com o seu navegador, por exemplo, e veja como fica fácil tornar a acessar os sites mais visitados, reabrir páginas fechadas recentemente ou mesmo abrir uma nova janela normal ou anônima (as opções e respectiva nomenclatura variam um pouco de um browser para outro, mas as opções em si são basicamente as mesmas no IE, Chrome e Firefox). Se preferir, você pode acessar essas listas de atalhos dando um clique normal (esquerdo) no botão desejado e movendo o cursor para cima.
E como hoje é sexta-feira:


Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

WINDOWS 7 - AINDA AS DICAS, TRUQUES E MACETES

QUANDO TEMOS DOIS PONTOS DE VISTA CONTRAPOSTOS, A VERDADE NÃO ESTÁ NECESSARIAMENTE NO MEIO DELES, POIS SEMPRE EXISTE A POSSIBILIDADE DE QUE UM DOS LADOS ESTEJA ERRADO.

·        Instabilidades, congelamentos e telas azuis da morte podem decorrer de problemas com a memória física do sistema (para saber mais sobre esse assunto, reveja a sequência DEU PAU?). Então, se esse cenário lhe for familiar, experimente rodar o freeware Memtest 86 (faça o download em http://memtest.org/), mas é mais fácil usar a Ferramenta de Diagnóstico de Memória do Windows (para mais informações, clique aqui). Se seu PC for do tipo desktop e contar com dois ou mais módulos instalados, vale ainda abrir o gabinete e trocá-los de slot, ou então utilizá-los isoladamente, para ver se e quando o problema se manifesta.

·        Outra ferramenta nativa que ajuda a identificar o que há de errado com o sistema é o Monitor de Recursos e Desempenho. Para convocá-lo, pressione Win+R e digite perfmon /report na caixa de diálogo do menu Executar, insira seus dados de administrador, se necessário, aguarde a conclusão do diagnóstico e clique na setinha ao lado de cada item para visualizar avisos e demais informações. Se tiver dificuldade para interpretar os resultados, recorra a algum amigo mais experiente ou a um Computer Gay de confiança.

·        O Seven conta com uma coleção invejável de ferramentas para os mais variados fins, só que muitas delas não são facilmente acessíveis através de entradas e menus da interface gráfica. Entretanto, basta você digitar msconfig na caixa de diálogo do menu Executar, teclar Enter e clicar na aba Ferramentas para visualizar a maioria delas. Para executá-las, é só selecioná-las (uma de cada vez, evidentemente) e pressionar o botão Iniciar.

·        Prefere trabalhar com o teclado a usar o mouse? Então digite Win+R, tecle Enter, digite .. na caixa do menu Executar e torne a teclar Enter para abrir a pasta USUÁRIOS no Windows 7. Já para fazer uma pesquisa a partir da Área de Trabalho, pressione a tecla F3, digite o termo-chave em questão e tecle Enter.

·        Telas de grandes dimensões são mais comuns em TVs de LCD/Plasma do que em monitores de computador, especialmente entre os laptops, que vêm sendo cada vez mais usados como substitutos dos volumosos PCs de mesa. No entanto, você pode modificar resolução da tela para ter a impressão de maior amplitude (note que isso irá reduzir o tamanho dos elementos nela exibidas, e que monitores LCD se dão melhor quando ajustados para a maior resolução suportada). Alternativamente, você pode diminuir o tamanho dos ícones clicando num ponto vazio dá área de trabalho e, mantendo pressionada a tecla Ctrl, girar o scroll do mouse até que eles atinjam o tamanho desejado. Vale também clicar num ponto vazio Barra de Tarefas, selecionar Propriedades, marcar as opções Usar ícones pequenos e Ocultar automaticamente a barra de tarefas e confirmar em Aplicar > OK.  

Amanhã tem mais, pessoal. Abraços e até lá.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

WINDOWS 7 - OUTRAS DICAS, TRUQUES E MACETES

CADEIA PUNE, MAS NÃO REGENERA. NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO, O APENADO ENTRA CALOURO E SAI PÓS-GRADUADO.

·        Vai aqui uma boa notícia para quem usa eventualmente o prompt de comando (saiba mais sobre esse recurso nas postagens da semana passada) e não quer perder tempo na hora de encontrar diretórios, pastas e arquivos: sabendo o nome (e observando a grafia exata) do item desejado, dê um clique direito dentro da janela e, em Editar, selecione Localizar... Feito isso, é só definir os parâmetros e clicar em Localizar Próxima.

·        Quando o Windows se torna instável ou simplesmente deixa de responder, o jeito é reiniciar o computador e torcer para isso resolva, certo? Em termos: Dependendo do tamanho da encrenca, você pode recolocar o bonde nos trilhos mais facilmente. Experimente, por exemplo, teclar o atalho Ctrl+Alt+Del, selecionar Iniciar o Gerenciador de Tarefas e, na aba Processos, clicar em explorer.exe e, em seguida, no botão Finalizar Processo. Feito isso, sua área de trabalho passará a exibir somente o plano de fundo, sem ícones, barras e que tais. Volte então ao Gerenciador de Tarefas, clique no menu Arquivo e, em Nova Tarefa (Executar), digite explorer.exe na caixa de diálogo e clique em OK. Se não resolver, pressione novamente Ctrl+Alt+Del, selecione Fazer logoff e torne a ingressar no sistema. Se nem assim resolver, desligue o computador, aguarde 30 segundos e ligue-o novamente.

·        Do ponto de vista da segurança, é enfaticamente recomendável operar o sistema com uma conta de usuário-padrão e reservar a de administrador para situações de real necessidade (para saber mais, clique aqui). Caso vá executar algum programa que exija privilégios elevados, dê um clique direito sobre o ícone ou a entrada em Todos os Programas que convoca o dito-cujo, selecione a opção Executar como administrador e informe o nome de usuário e a senha que lhe conferem plenos poderes.

·        Se você usa regularmente o mecanismo de pesquisas do Windows e, de uma hora para outra, ele deixar de localizar arquivos de cuja existência você tem certeza, digite index na caixa de buscas, clique em Opções de Indexação > Avançado e, no campo Solução de Problemas, clique em Recriar e confirme em OK.

·        Travamentos frequentes do sistema podem advir de erros no disco rígido. Para resolver o problema (ou pelo menos tentar), clique em Iniciar > Computador, dê um clique direito na unidade em que o Windows está instalado, selecione Propriedades > Ferramentas > Verificar agora, marque ambas as caixas de verificação, clique no botão Iniciar e siga as instruções na tela. Note que a verificação/correção de erros pode levar de muitos minutos a algumas horas, dependendo do tamanho e do estado do drive. E como não é possível usar o computador nesse entretempo, convém escolher um momento adequado para executar essa tarefa.

Abraços a todos e até a próxima.      

terça-feira, 23 de junho de 2015

WINDOWS 7 - MAIS DICAS, TRUQUES E MACETES

PENSE NO AMANHÃ, MAS VIVA O DIA DE HOJE COMO SE FOSSE O ÚLTIMO.

      Se a execução de um programa acarretar uma lentidão anormal ao sistema e você não conseguir encerrá-lo através do Gerenciador de Tarefas, recorra ao SUPER F4. Caso não disponha dessa ferramenta, dê um clique direito na Barra de Tarefas, selecione Gerenciador de Tarefas, clique em Processos > Mostrar processos de todos os usuários > CPU, dê um clique direito sobre o item que exibe o maior consumo de recursos, selecione Definir afinidade e limite seu acesso a somente um núcleo do processador.

·  Se o seu navegador demora muito para abrir, acesse suas configurações, selecione complementos (ou extensões, ou ainda plug-ins), desabilite todos os itens, reinicie o programa e veja a diferença. Para identificar o responsável pelo problema, habilite os elementos um de cada vez, reinicie o browser e avalie seu comportamento após cada modificação. Quando a lentidão ressurgir, você saberá quem foi o responsável e poderá desabilitá-lo ou removê-lo definitivamente.

·   Além do Windows firewall, o Seven conta com o Windows Defender, que oferece proteção pró-ativa contra vírus, spywares e afins e permite realizar varreduras por demanda, mas, na opinião de muitos especialistas, eles não protegem tão bem o sistema quanto os produtos da Symantec, McAfee, Kaspersky, F-Secure e outras renomadas empresas de segurança digital. Então, se você resolver montar seu arsenal de defesa com produtos de varejo, poupe recursos do sistema desabilitando os recursos nativos (isso pode ser feito facilmente através do Painel de Controle).

·   Esta dica é velha como a serra, mas tem muita gente que não a conhece: se você quiser reduzir o tempo que os menus do Windows levam para se expandir, digite regedit na caixa do menu Executar, pressione Enter, expanda a chave HKEY_CURRENT_USER e a pasta Control Panel, dê duplo clique em Desktop, reduza o valor de MenuShowDelay (que por padrão é 400ms) para algo em torno de 100ms e reinicie o computador. Só não exagere, pois valores abaixo de 50ms podem dificultar a seleção dos submenus, e tenha em mente que essa reconfiguração não afeta o desempenho do sistema em si, somente acelera a exibição dos menus, proporcionado uma a sensação de maior agilidade na navegação.

·   Muitas atualizações do Windows só são validadas após a reinicialização do computador, mas não é sempre que você está disposto a interromper o que está fazendo, e ficar adiando o reboot automático de tempos em tempos enche os pacová. Então, tecle WIN+R para abrir o menu Executar, digite regedit na respectiva caixa de diálogo e pressione Enter. Expanda a chave HKEY_LOCAL_MACHINE, navegue por SOFTWARE\Policies\Microsoft\Windows e confira se esta última contém uma subpasta chamada pasta WindowsUpdate\AU. Caso ela não exista, dê um clique direito sobre a pasta Windows, clique em Novo > Chave, dê à pasta que será criada no painel esquerdo o nome de WindowsUpdate, crie uma nova pasta dentro dela, nomeie-a como AU, selecione-a, crie um novo valor DWORD 32-Bit, mude seu nome de Novo Valor #1 para NoAutoRebootWithLoggedOnUsers, dê duplo clique sobre ele, altere o parâmetro para 1 (um) e reinicie o computador. A partir daí, você será avisado de que sistema precisa ser reiniciado, mas deixará de ser pressionado a realizar o procedimento.

Abraços a todos e até amanhã.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

WINDOWS 7 - NOVAS DICAS, TRUQUES E MACETES

DEUS CRIOU O MUNDO EM 6 DIAS PORQUE NÃO TINHA NINGUÉM PERGUNTANDO QUANDO IA FICAR PRONTO.

O Seven sopra hoje sua sétima velinha a contar da data em que foi disponibilizado para empresas; no varejo, o lançamento oficial se deu quatro meses depois. E o faz do alto de sua invejável popularidade: segundo o GS.STATCOUNTER.COM, essa festejada versão do Windows arrebanha 54% dos PCs em todo o mundo, enquanto o Mac OS e as distribuições Linux não chegam a 10% e a 2%, respectivamente (aliás, muita gente que relutou em abandonar o confiável XP hoje se arrepende de não ter migrado antes). 

Observação: Ironicamente, os maiores concorrentes do Windows 7 são seu sucessor (8.1 com 15,5%) e seus antecessores (XP e Vista, com 11,2% e 2%, respectivamente). É mole?

Parabéns à mamãe Microsoft pelo sucesso de mais esse ilustre rebento, e votos de que o próximo consiga substituí-lo à altura, coisa que o Eight não conseguiu fazer e nem conseguirá, já que estamos a pouco mais de um mês da chegada do Windows 10.

Considerando que os consumidores já não adotam novas versões do Windows simplesmente pelo fato de elas estarem disponíveis, é provável que continuemos a conviver com o Seven por mais um bom tempo, razão pela qual as postagens desta semana serão dedicadas a algumas de suas muitas “sutilezas”, até porque, por mais que o conheçamos, vira e mexe somos surpreendidos por dicas “inéditas” de personalização e configuração. Confira:

·   Por padrão, a pasta COMPUTADOR do Seven não exibe o Painel de Controle e a Lixeira do sistema. Para visualizar esses itens (e mais uma seleção de subpastas pessoais), clique no menu Organizar, selecione Opções de pasta e pesquisa, marque Mostrar todas as pastas, clique em Aplicar e confirme em OK. Caso queira exibir também os drives que não estão em uso (como um leitor de cartões de memória vazio), clique na aba Modo de exibição, marque a opção Ocultar unidades vazias na pasta Computador e dê OK.

·   Se os ícones exibidos da Área de Trabalho lhe parecerem grandes ou pequenos demais, gire a rodinha (scroll) do mouse enquanto mantém pressionada a tecla Ctrl e veja o resultado.

·   Quando um aplicativo deseja chamar a atenção do usuário, o botão que o representa na barra de tarefas pisca três vezes. Se você acha pouco, saiba que é possível aumentar o número de piscadelas mediante uma rápida incursão pelo Registro do Windows. Para tanto, pressione Win+R, digite regedit na caixa de diálogo do menu Executar (*), tecle Enter, expanda a chave HKEY_CURRENT_USER e a pasta CONTROL PANEL, localize e dê duplo clique em DESKTOP, repita o procedimento em ForeGroundFlashCount, selecione a opção Decimal e insira o número desejado.

(*) Por padrão, o menu Executar deixou de ser exibido no menu Iniciar do Seven ─ talvez porque a caixa Pesquisar ofereça praticamente a mesma funcionalidade. Embora ele possa ser convocado através da combinação de teclas Win+R, é bom saber que é possível resgatá-lo facilmente, bastando, para tanto, dar um clique direito no botão Iniciar, selecionar Propriedades, clicar na aba Menu Iniciar, pressionar o botão Personalizar, marcar a caixa de seleção ao lado de Comando Executar e confirmar em OK. Se preferir, fixe a caixa Executar na Barra de Tarefas. Basta dar um clique direito na barra em questão e, em Barras de Ferramentas e marcar a opção Endereços.

Amanhã tem mais, pessoal. Abraços e até lá.