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terça-feira, 31 de outubro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 3

O IMPORTANTE NÃO É AQUILO QUE FAZEM DE NÓS, MAS O QUE NÓS MESMOS FAZEMOS DO QUE OS OUTROS FIZERAM DE NÓS.

Vimos que o drive sólido (SSD) substitui com vantagens o eletromecânico (HDD), mas que, devido ao elevado custo de fabricação, modelos com fartura de espaço costumam equipar notebooks de configuração de ponta (e preços idem), enquanto drives híbridos ― ou mesmo SSDs puros, mas de capacidade mais modesta ― são direcionados a PCs de configuração mediana e preços mais acessíveis.

Uma das vantagens dessa “nova” tecnologia advém da maneira como os dados são gravados e lidos. Como eu disse no capítulo de abertura, a formatação física dos drives eletromecânicos mapeia a superfície dos pratos, que são divididas em trilhas, setores e cilindros. O setor corresponde à menor unidade física do disco, e tem capacidade para armazenar 512 bytes (não confundir com cluster; que é a menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar, e geralmente é formado por um conjunto de setores).

Além da formatação física, o disco rígido passa por uma formatação lógica por ocasião da instalação do Windows. Esse processo cria uma tabela de alocação de arquivos que permite ao sistema “enxergar” e gerenciar o espaço disponível no drive (no caso do Windows, os formatos mais usados são a FAT, o NTFS e, mais raramente, a exFAT). O tamanho do cluster varia conforme o sistema de arquivos. No NTFS, cada cluster possui entre 512 bytes e 4 KB, dependendo do tamanho da partição. Quanto menor for o cluster, menos espaço será desperdiçado, sobretudo na gravação de arquivos pequenos, pois, mesmo que tenha um único byte de tamanho, esse arquivo ocupará um cluster inteiro.

O sistema operacional é o responsável pela leitura e gravação dos dados, mas, no controle do tráfego de informações entre a memória de massa e a RAM, ele conta com o auxílio do BIOS, que supervisiona a entrada e saída de informações. Quando, por exemplo, comandamos a gravação de um arquivo, a instrução é repassada ao sistema, que altera a estrutura da tabela de alocação para indicar a presença daquele arquivo no diretório escolhido, seleciona os clusters disponíveis para armazenar os dados e repassa os endereços ao BIOS, que cuida dos detalhes físicos da gravação ― ou seja, transfere os dados da RAM para o HDD e solicita à controladora do disco que posicione as cabeças de leitura/gravação sobre os clusters correspondentes. Se o arquivo não couber integralmente num cluster, o sistema localizará mais clusters disponíveis (tantos quantos forem necessários) e repassará as coordenadas ao BIOS, até que o arquivo seja totalmente gravado. Concluído esse processo, os clusters ocupados são registrados na tabela de alocação, para que não sejam sobrescritos durante a gravação de outros dados.

Quando o computador é novo, há muito espaço livre na memória de massa, e os arquivos podem ser armazenados em clusters contíguos, o que facilita tanto a gravação dos dados quanto sua posterior leitura. Conforme vamos instalando e removendo aplicativos, criando, alterando e apagando arquivos, vão surgindo lacunas entre os clusters, e nem sempre o espaço vago deixado pelo arquivo que acabamos de excluir comporta integralmente o arquivo que criamos em seguida, daí o sistema distribuir o restante pelos demais clusters disponíveis ao longo da trilha. Isso evita o desperdício de espaço, mas acarreta demora na gravação e, principalmente, na leitura dos arquivos segmentados, já que o sistema precisa localizar cada fragmento e remontar tudo, num imenso quebra-cabeça.

Felizmente, o Windows dispõe de uma ferramenta para organizar a bagunça que ele próprio cria, mas isso já é conversa para o próximo capítulo.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS - O QUE É E POR QUE ACONTECE

ÀQUELE QUE QUER TUDO NÃO SE PODE DAR NADA.

Embora tenham recebido diversos aprimoramentos desde sua criação, em meados do século passado, e continuem sendo usados como memória persistente na maioria dos PCs, os HDs são dispositivos eletromecânicos anacrônicos e devem ser aposentados assim que os SSD de grandes capacidades chegarem ao consumidor final a preços palatáveis (conforme vimos na postagem da última quinta-feira, mesmo os modelos mais modernos são cerca de 4.000 vezes mais lentos do que a memória RAM).
Como ensina Meste Morimoto, na RAM os dados são escritos e lidos eletronicamente de forma aleatória – ou seja, em qualquer dos seus endereços –, o que torna o processo praticamente instantâneo. No HD, todavia, a escrita é feita mediante a inversão da polaridade das cabeças magnéticas que atuam sobre as moléculas da camada de óxido de ferro dos discos (quando a polaridade da cabeça é positiva, ela atrai o polo negativo das moléculas, e vice-versa, resultando nos bits 0 e 1). Na leitura, as cabeças simplesmente "leem" o campo magnético gerado pelas moléculas e criam uma corrente elétrica correspondente, cuja variação é analisada pela controladora do drive para determinar os bits. Vejamos isso melhor:
Os HDs atuais integram de 1 a quatro discos que um motor elétrico faz girar de 5.400 a 10.000 vezes por minuto, enquanto as cabeças de leitura e gravação, posicionadas na extremidade de um braço movido por um atuador, varrem constantemente a área de armazenamento (que corresponde a ambas as faces de cada disco).
A formatação física a que os discos são submetidos pelos fabricantes dividem sua superfície em milhares de trilhas concêntricas, que são subdividas em milhares de setores – um setor é a menor divisão física do disco, e tem capacidade para apenas 512 bytes.

Observação: Com base nesses parâmetros, podemos determinar a capacidade de um HD multiplicando o número de cilindros pelo número de cabeças; o resultado, pelo número de setores, e o total, por 512. As trilhas externas possuem diâmetro superior ao das internas, e oferecem não só maior capacidade de armazenamento, mas também mais rapidez no acesso aos dados, razão pela qual é recomendável instalar o sistema operacional na partição do início do disco.

As trilhas são numeradas de acordo com sua localização – a mais próxima da borda é a 0 e as seguintes, 1, 2, 3, etc. Já os cilindros correspondem aos conjuntos de trilhas de mesmo número nos vários discos – por exemplo, o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2 é formado pela trilha 2 de cada face, e assim por diante. O cluster, por seu turno, é um grupo de setores com endereço único que o Windows “enxerga” como sendo uma única unidade lógica, e representa a menor parcela do HD que pode ser acessada pelo sistema. Note que um arquivo grande pode ser dividido e distribuído por vários clusters, mas um cluster não pode conter mais de um arquivo.

Observação: O setor grava a informação fisicamente, como "positiva" ou negativa", "magnetizada" ou "desmagnetizada", "zero" ou "um", etc., ao passo que no cluster a informação gravada é lógica, ou seja, na forma de dados passíveis de interpretação pelo SO.

O tamanho do cluster varia de acordo com o sistema de alocação arquivos escolhido na formatação lógica do HD. No NTFS, cada cluster possui entre 512 bytes e 4 KB, dependendo do tamanho da partição. Quanto menores forem os clusters, menor será o desperdício de espaço, sobretudo na gravação de arquivos pequenos, pois mesmo que tenha um único byte de tamanho, o arquivo ocupará um cluster inteiro.
Num disco virgem, os dados são escritos em clusters contíguos, o que facilita o trabalho das cabeças de leitura. Mas as constantes edições, apagamentos e regravações a que procedemos quando operamos o computador criam lacunas que o sistema se apressa em preencher, mesmo que elas estejam no meio de uma extensa área ocupada e que haja espaço livre sobrando mais adiante. Caso elas não bastem para conter o arquivo a ser gravado, ele será fracionado e distribuído pelos clusters vagos ao longo das trilhas, tantos quantos forem necessários para acomodá-lo integralmente. E a isso se dá o nome de fragmentação.


Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

terça-feira, 19 de março de 2013

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS NO HD

Mesmo os discos magnéticos de última geração são, em média, 400.000 vezes mais lentos que a memória RAM. Se você quiser uma máquina ágil, procure abastecê-la com o máximo de memória que sua placa-mãe suportar (respeitados os limites impostos pelo seu Windows – que, como vimos, não vai além dos 3,5 GB nas versões de 32-bits). Assim, o acesso à memória virtual será reduzido e a consequente degradação do desempenho do computador, minimizada, notadamente se os dados no estiverem excessivamente fragmentados (para entender isso melhor, sugiro rever a sequência de postagens que eu publiquei em fevereiro de 2008, começando por esta aqui).

Observação: fragmentação dos dados se deve ao fato de o Windows e seu sistema de alocação de arquivos preencherem os clusters disponíveis em ordem crescente, começando pelo mais próximo do início do disco e seguindo pelos subsequentes, mesmo que eles não sejam contíguos, estejam no meio de uma extensa área ocupada e haja espaço sobrando logo adiante. O cluster é a menor "porção" de espaço no disco que o sistema é capaz de acessar, e seu tamanho (número de setores) pode variar de um, nos discos mais antigos, a 64, em certas versões de Windows. Um cluster pode até acomodar integralmente um arquivo bem pequeno, mas não uma imagem em alta resolução, por exemplo, cujos milhões de bytes serão divididos e espalhados por outros clusters disponíveis na sequência (um cluster não pode abrigar mais do que um arquivo, mas um arquivo pode ser distribuído por vários clusters).

Quanto mais fragmentados estiverem os arquivos, mais trabalhosa e demorada será sua “recomposição”, já que a controladora do HD terá de localizar os fragmentos respectivos, posicionar a cabeça de leitura na trilha onde se encontra o primeiro deles, esperar que o disco gire até a posição desejada, “ler” as informações, copiá-las na memória, repetir o processo com o cluster subsequente, e assim sucessivamente, até reconstituir totalmente o arquivo. Considerando que uma simples movimentação da cabeça magnética para ler o primeiro cluster demora, em média, 500 vezes mais do que um acesso à memória RAM, fica fácil entender por que o uso do "swap file" degrada significativamente o desempenho do computador.

Amanha a gente continua; abraços e até lá.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 5

ESPERE O MELHOR, PREPARE-SE PARA O PIOR E VIRE-SE COM O QUE VIER.

Continuando de onde paramos na postagem da última quarta-feira: a FAT 16 opera com, no máximo, 2 GB ― para aplicá-la num drive de 5 GB, por exemplo, ocupar todo o espaço disponível exigiria criar duas partições de 2 GB e uma terceira de 1 GB, também por exemplo. Por conta disso, a Microsoft passou a utilizar a FAT 32 nas edições 95 (versão OSR 2) 98 e ME do Windows, e o (bem mais avançado) NTFS a partir das edições 2000 e XP. Mas vamos por partes.

A FAT trabalha com clusters, que, como vimos, são conjuntos de setores do disco rígido. Na FAT16, cada cluster pode armazenar 2 KB, 4 KB, 8 KB, 16 KB ou 32 KB. Note que esse tamanho é uniforme ― ou seja, não pode haver, na mesma unidade, clusters de tamanhos diferentes. Cada arquivo utiliza tantos clusters quantos forem necessários para contê-lo integralmente; um arquivo com 50 KB, por exemplo, pode ser gravado em 2 clusters de 32 KB cada, mas isso desperdiçaria 16 KB, pois a sobra não pode ser destinada a gravação de dados pertencentes a outro arquivo. Daí se conclui que o maior problema do sistema FAT, além da limitação a 2 GB, é o brutal desperdício de espaço.

Explicando melhor: FAT 16 usa 16 bits para endereçamento dos dados (daí o número 16 na sigla), o que, na prática, significa que ele pode trabalhar com, no máximo, 65536 clusters (216). Então, 65536 clusters de 32 KB cada resulta num espaço total de 2.097.152 KB, que corresponde a 2 GB (note que, quando maior for o cluster, maior será, consequentemente, o desperdício de espaço). Já a FAT 32 utiliza 32 bits no endereçamento de dados e suporta o uso de clusters menores (de 4 KB, p.ex.), reduzindo significativamente o desperdício de espaço.

O limite da FAT 32 é de 2 terabytes (TB). No entanto, se repetirmos o cálculo anterior considerando 32 em vez de 16 (232) e multiplicarmos o resultado pelo tamanho máximo do cluster (também 32), chegaremos a 128 TB. A questão é que, embora cada endereçamento tenha 32 bits, no número máximo de clusters, são considerados apenas 28 bits. Daí termos 228, que dá 268.435.456, ou seja, aproximadamente 268 milhões de clusters, que, multiplicados esse número por 32, resultam em 8 TB.

Ainda faltam 6 TB, mas isso se explica pelo fato de a Microsoft ter limitado a FAT 32 a 232 considerando o número máximo de setores, não de clusters. Como cada setor possui 512 bytes (ou 0,5 kilobyte), a conta a ser feita é 232 (4.294967296) multiplicado por 0,5, que dá 2.147.483.648 KB, ou seja, 2 TB ― de outra forma, poderia haver problemas com a inicialização do sistema operacional devido a limitações na área de boot. 

Observação: Volto a lembrar que setor e cluster são coisas distintas; o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, que é formado por um conjunto de setores, remete à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Por hoje está de bom tamanho, pessoal. Continuaremos no próximo capítulo, quando então falaremos formato de arquivos NTFS e (finalmente) da desfragmentação dos dados. Até lá.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Revisitando o HD - segunda parte

Todo HD é formatado fisicamente na fábrica, quando então as superfícies dos pratos (ambas as faces são graváveis) são divididas em trilhas setores e cilindros. Drives antigos podiam - e precisavam - ser reformatados fisicamente, vez por outra, porque a contração e expansão dos pratos e a utilização de um prosaico motor de passo acabavam alterando a disposição das trilhas e dificultando ou inviabilizando a leitura dos dados. Já os drives atuais não apresentam mais esse tipo de problema - e nem podem ser reformatados fisicamente; ainda que existam softwares tidos e havidos como utilitários para formatação física, eles são simples ferramentas de diagnóstico - talvez um pouco mais eficientes que o chkdsk do XP, mas é só.

A propósito: não confunda formatação física com a formatação lógica - procedimento destinado a "inicializar" o HD - que pode ser feita, desfeita e refeita tantas vezes quantas você desejar, até porque isso não não altera a estrutura física do disco e nem interfere na forma como a controladora o utiliza, mas apenas permite ao SO "enxergar" as partições e criar parâmetros necessários para gerenciar o espaço disponível).

Voltando à "geometria" dos discos, as trilhas são "círculos concêntricos" numerados da borda para o centro (0, 1, 2, 3, e assim sucessivamente), enquanto que os setores (a menor "divisão física" do disco, já que cada setor tem apenas 512 bytes) são pequenas subdivisões dessas trilhas (cada trilha pode ter milhares de setores). E como a maioria dos HDs é composto por dois ou mais discos, existe também a figura do "cilindro", que corresponde aos conjuntos de trilhas de mesmo número nos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante).

Com base nesses parâmetros, é possível determinar a capacidade de um HD multiplicando-se o número de cilindros pelo número de cabeças; o resultado, pelo número de setores, e o total, por 512 (já que, como vimos, são 512 bytes por setor). As trilhas externas possuem diâmetro superior ao das internas, e não só oferecem maior capacidade de armazenamento (nos discos antigos, o número de setores de cada trilha era sempre o mesmo, independentemente de seu diâmetro, o que resultava num brutal desperdício de espaço), mas também mais rapidez no acesso aos dados (por isso é que se recomenda instalar o sistema operacional na partição do início do disco).

O primeiro setor do HD, conhecido como setor de boot, setor zero, trilha zero ou MBR, é reservado para os parâmetros do boot (ali ficam registradas informações sobre qual sistema operacional está instalado, com qual sistema de arquivos o HD foi formatado e quais arquivos devem ser lidos para a inicialização). Além dele, mais alguns setores são reservados para a FAT (File Allocation Table) - uma espécie de "índice" que o sistema utiliza para saber quais áreas do disco estão ocupadas ou livres, e o que está gravado em cada cluster (a menor "porção" de espaço no disco que o SO é capaz de acessar). 

Toda vez que a máquina é ligada (ou reiniciada), um sinal elétrico dirige o controlador de programa da CPU para um certo endereço gravado no chip da placa-mãe que armazena o BIOS e o programa de inicialização, e comanda a realização do POST - teste que o processador faz em si mesmo e nos demais dispositivos e periféricos essenciais. Só depois disso - e se tudo estiver em ordem -, o sistema é carregado na RAM e assume o controle do computador.

O SO é responsável pela leitura e gravação dos dados, mas, no controle do tráfego de informações entre o disco e a memória RAM, ele conta com o auxilio do BIOS - que supervisiona a entrada e saída de informações. Quando você comanda a gravação de um arquivo, por exemplo, essa instrução é repassada ao SO, que altera a estrutura da FAT para indicar a presença daquele arquivo no diretório escolhido, seleciona os clusters disponíveis para armazenar os dados e repassa os endereço para o BIOS, que cuida dos detalhes físicos da gravação - ou seja, transfere os dados da RAM para o HD e solicita à controladora do disco que posicione as cabeças de leitura/gravação sobre os cluster correspondentes. 

Sempre que um arquivo não couber num cluster, o SO terá de localizar mais clusters disponíveis (tantos quantos forem necessários) e repassar suas coordenadas ao BIOS, até que o arquivo seja totalmente gravado no disco. Concluído esse processo, os cluster ocupados serão registrados na FAT, para que não sejam sobrescritos durante a gravação de outros arquivos.

Amanhã a gente conclui.

Abraços e até lá.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

REVISITANDO A DESFRAGMENTAÇÃO DO SEVEN

UMA DESCULPA É UMA MENTIRA DISFARÇADA.

O Windows e seu sistema de alocação de arquivos gravam dados no HD preenchendo os clusters disponíveis em ordem crescente, começando pelo mais próximo da borda e seguindo pelos subsequentes, ainda que eles estejam no meio de uma extensa área ocupada e haja espaço sobrando logo adiante. O cluster é a menor "porção" de espaço que o sistema consegue acessar, e seu tamanho (número de setores) varia de 1 a 64, dependendo de uma série de fatores que, agora, não vêm ao caso. Um arquivo bem pequeno pode caber integralmente num único cluster, mas os maiores são divididos e distribuídos pelos clusters livres subsequentes.

Observação: Um cluster não pode conter mais do que um arquivo, mas um arquivo pode ser distribuído por vários clusters, tantos quantos forem necessários para abrigá-lo integralmente.

Essa maneira peculiar de gerenciar o espaço faz com que as constantes gravações, edições, apagamentos e regravações resultem na pulverização dos dados por toda a superfície dos pratos magnéticos. Como a cabeça de leitura precisa remontar os arquivos antes de carregá-los na memória RAM, é fácil concluir que, quanto maior o índice de fragmentação, mais lento ficará o sistema. Então, se você usa seu PC diariamente, habitue-se a desfragmentar o HD ao menos uma vez por mês (desde que seu drive seja eletromecânico, já com modelos SSD a história é outra).
Até o Win ME, o Defrag (desfragmentador nativo do Windows) só proporcionava bons resultados quando executado no modo de segurança. (opção que inicia o computador em um estado limitado, carregando somente arquivos e drivers essenciais). O XP trouxe a possibilidade rodar a ferramenta e executar outras tarefas ao mesmo tempo, mas como a máquina fica lenta e pode parar de responder, de modo que o melhor a fazer é desconectar a Internet, encerrar todos os programas – inclusive o antivírus – e ir tirar um cochilo, lavar o carro, namorar ou cuidar de outros assuntos.
Nas versões mais recentes do Windows, a fragmentação é menos significativa, até porque o próprio sistema previne sua ocorrência. Por isso, a Microsoft automatizou o Defrag e até suprimiu o comando respectivo no Windows Vista, mas acabou voltando atrás no Seven.

Observação: Muitos analistas asseguram que a ferramenta nativa do Windows foi aprimorada e ficou
até melhor do que os utilitários renomados, como o Puran Defrag e o Smart Defrag 2 (os meus favoritos na categoria dos freewares, pois incluem desfragmentação off-line – feita durante a inicialização, de maneira a atuar sobre arquivos que ficam inacessíveis depois que o Windows é carregado –, a otimização – regravação dos arquivos do sistema no início do disco para acelerar o desempenho –, a consolidação do espaço livre, e por aí vai).

No entanto, como o Defrag vem programado para rodar todas as quartas-feiras à 1h da madrugada – e só o fará se a máquina estiver ligada –, clique no botão Configurar agendamento e ajuste esses parâmetros, ou rode-a manualmente clicando em Iniciar > Todos os programas > Acessórios > Ferramentas do Sistema > Desfragmentador de disco. Concluída a análise, se o grau de fragmentação justificar, clique em Desfragmentar agora e aguarde a conclusão do processo (que pode demorar um bocado, conforme o tamanho do disco, o espaço ocupado e o grau de fragmentação). Caso opte por utilizar uma ferramenta de terceiros, selecione Configurar agendamento, desmarque a caixa Executar seguindo um agendamento e confirme.



Um ótimo dia a todos.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

DE OLHO NO DESEMPENHO DO PC (PARTE IV)

VARIUM ET MUTABILE SEMPER FEMINA.

O desempenho do computador depende em grande medida da organização dos dados na memória de massa do sistema. Por memória de massa, entenda-se o drive de HDD ― ou, nas máquinas mais recentes e de preços mais salgados, o SSD (sigla de drive de estado sólido, que remete a um componente que armazena as informações em células de memória flash, bem mais veloz que os discos eletromecânicos tradicionais).

Quando o disco rígido está “limpo”, o sistema e os aplicativos tendem a ocupar clusters contíguos ao longo das trilhas. Só para lembrar: Todo HDD é formatado fisicamente na fábrica, quando então as superfícies dos discos são divididas em trilhas setores e cilindros (não confunda formatação física com a formatação lógica, que é feita em nível de software, geralmente antes da instalação ou reinstalação do Windows, quando é criada a “tabela de alocação de arquivos”, isto é, os parâmetros que permitem ao sistema gerenciar o espaço disponível nos discos).

Com o passar do tempo e o uso normal do computador, arquivos são gravados, modificados e apagados aos milhares, e isso proporciona o surgimento de “lacunas” que retardam a leitura/gravação dos dados. O SO é responsável pela leitura e gravação dos dados, mas, no controle do tráfego de informações entre o HDD e a memória RAM, ele conta com o auxílio do BIOS ― que supervisiona a entrada e saída de informações.

Quando comandamos a gravação de um arquivo, essa instrução é repassada ao SO, que altera a estrutura da tabela de alocação (para indicar a presença daquele arquivo no diretório escolhido), seleciona os clusters disponíveis e repassa os endereços para o BIOS, que cuida dos detalhes físicos da gravação ― ou seja, transfere os dados da RAM para o HDD e solicita à controladora do disco que posicione as cabeças de leitura/gravação sobre os cluster correspondentes. Se o arquivo não couber num único cluster, o SO localiza os próximos clusters disponíveis (tantos quantos forem necessários) e repassa suas coordenadas ao BIOS, até que o arquivo seja totalmente gravado no disco. Concluído esse processo, os clusters ocupados são registrados na tabela de alocação, para evitar que sejam sobrescritos durante a gravação de novos arquivos.

A desfragmentação consiste numa longa sequência de leituras e gravações destinadas a recompor e rearranjar os arquivos em clusters contíguos, tornando-os mais facilmente acessíveis para as cabeças eletromagnéticas do HDD. A frequência com que esse processo deve ser realizado varia conforme o uso do computador, o sistema operacional e o sistema de arquivos utilizado, e o tempo que ele leva para ser concluído varia conforme a velocidade e a capacidade do drive, o percentual de espaço ocupado e o índice de fragmentação dos arquivos. Segundo a Microsoft, esse procedimento se faz necessário quando o percentual de fragmentação atinge 10%, mas só é realizado integralmente quando há pelo menos 15% de espaço livre no drive. Eu, particularmente, sugiro desfragmentar o HDD quinzenalmente, ou sempre que o índice de fragmentação superar 3%.

Embora seja óbvio, vale salientar que, quanto mais “bagunçados” estiverem os dados, mais tempo a desfragmentação levará para ser concluída. Antigamente, rodar um desfragmentador exigia encerrar todos os aplicativos e processos em segundo plano, mas, embora isso não seja mais necessário, o sistema tende a ficar bastante lento durante o procedimento, de modo que é recomendável você desfragmentar seu HDD quando o computador estiver ocioso (na hora do almoço ou durante a noite, por exemplo).

Continuamos no próximo capítulo. Até lá.

DEPOIS DE MUITAS INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS, DE ESPECULAÇÕES E DISSE ME DISSE, TEMER RESOLVEU IMITAR DILMA E NÃO LARGAR O OSSO.

SÓ FALTA DIZER QUE TUDO NÃO PASSA DE UM GOLPE. 

VEJAM O RESUMO A SEGUIR:

O presidente Michel Temer afirmou na tarde de ontem, em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, que não vai renunciar.

― Não renunciarei. Repito: Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Meu único compromisso é com o Brasil, e só este compromisso me guiará.

Temer iniciou sua fala argumentando que demorou a se pronunciar, porque procurou conhecer os detalhes da denúncia. E contou que solicitou ao Supremo o acesso à gravação na qual autoriza a compra do silêncio de Eduardo Cunha. Até a tarde de ontem, porém, seu pedido ao tribunal não tinha sido atendido.

O presidente negou novamente ter autorizado qualquer interlocutor a falar em seu nome e afirmou que não comprou o silêncio de ninguém, porque não tem o que temer e não precisa, segundo ele, de foro privilegiado.


― Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém por uma razão singelíssima, exata e precisamente, porque não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial. Não tenho nada a esconder ― disse o presidente.

OS ARAUTOS DA BONDADE NO PLANETA TERRA E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

Quando Pelé disse que brasileiro não sabe votar, choveram críticas. Mas não há nada como o tempo para passar, e hoje, com base nos 13 anos e fumaça de governos lulopetistas encerrados por um impeachment, com um Congresso composto majoritariamente por rufiões da pátria e proxenetas do parlamento, com escândalos como os do Mensalão e do Petrolão e à luz das estarrecedoras revelações feitas pela Operação Lava-Jato, é impossível discordar do eterno Rei do Futebol (a não ser, claro, para a patuleia ignara, mas a opinião desses irracionais não merece ser levada em consideração).

Enfim, parece que o analfabetismo político-eleitoral não é uma “virtude” exclusiva dos brasileiros. Veja, por exemplo, a situação de Donald Trump, que vem perdendo apoiadores e ganhando detratores com a mesma vertiginosa rapidez com que notícias comprometedoras envolvendo sua pessoa e seu governo pipocam na mídia e nas redes sociais.

Aqui cabe abrir um parêntese: há cerca de dois meses, em resposta a um leitor radicado nos EUA, que comenta meus pitacos sobre o cenário político tupiniquim, escrevi que Trump não concluirá seu mandato. O assunto veio à baila nem sei bem por que; quem me acompanha sabe que não costumo palpitar sobre política internacional, pois não cabe ao sapateiro ir além das chinelas. Mas vejo agora que cantei a bola e a caçapa: uma pesquisa publicada na última terça-feira pela empresa Public Policy Polling dá conta de que 48% dos americanos querem impichar Trump. E olha que ele mal completou quatro meses de governo. Fecho o parêntese.

Voltando aos assuntos nacionais, li na revista Época desta semana um excelente texto de Guilherme Fiuza (caso você queira conferir a matéria na íntegra, é só clicar aqui). Segundo o jornalista, José Mujica, o ex-presidente fofo do Uruguai, disse que seu coração está com Lula. A solidariedade emocionante foi prestada na festa pela libertação de José Dirceu, outra alma boa do mesmo planeta. Umas 48 horas depois, Renato Duque confirmou a Sergio Moro que Lula é o chefe do petrolão. Ou seja: o coração solidário de Mujica e o dinheiro roubado do contribuinte estão juntos, sob a mesma guarda. O Brasil e parte do mundo hoje são súditos dessa lenda idiota.

O papa Francisco, uma fofura ainda mais exuberante que Mujica, também deu seu jeitinho de hipotecar o coração a Lula, o filho do Brasil. Quando foi aprovado o impeachment da presidanta delinquente, o sumo pontífice declarou que o momento era “muito triste” e cancelou sua visita ao país. Já sobre a Venezuela, enquanto o sangue corre nas ruas e o companheiro Maduro fecha o Congresso, sua santidade declara que a solução da crise fica difícil com “a oposição dividida”.

Vamos repetir, porque você achou que não ouviu direito: o papa bonzinho encontrou um jeito sutil como um elefante de culpar a oposição venezuelana pela ditadura sanguinária do filhote de Hugo Chávez.

Nesse ponto, Fiuza pondera que o texto poderia terminar ali, porque é incrível que ainda seja preciso dizer algo mais sobre uma lenda progressista vagabunda que virou crime perfeito, graças a uma opinião pública demente que engole e propaga a fraude ― contando até com astros de Hollywood para isso. Mujica é um canastrão, o papa é um covarde e a casta cultural e acadêmica que apoia essa malandragem para ficar bem na foto é um flagelo. Mas resolve prosseguir em homenagem a Lula, o democrata que prometeu voltar à Presidência e mandar prender todos os jornalistas que mentiram sobre ele (é muita ingratidão você passar mais de década alugando gente para exaltar sua honestidade e depois ameaçar prender quem mentiu). Lula desembarcou em Curitiba para o depoimento a Sergio Moro de jatinho particular, cercado por uma comitiva de petistas sorridentes e gordos. Eles levam um vidão, nem precisam mais fingir que governam. Dilma faz palestras pelo mundo, numa língua só dela, viajando de primeira classe. A tropa da alegria reservou dois andares de um dos melhores hotéis de Curitiba, de onde foram se encontrar com seus advogados milionários. A Justiça Federal acabara de interditar o Instituto Lula, identificando-o como centro de articulações criminosas e distribuição de propina. Bumlai, um dos articuladores, foi solto pelo STF a tempo de declarar que a ideia do instituto foi de Marisa Letícia.

Não seria preciso dizer mais nada. Mas é, porque essa quadrilha ou, pior, sua narrativa inacreditável continua viva e bem, obrigado. Não estivesse, seria impossível montar uma greve geral de fachada, empurrando uma militância pífia e fisiológica para sabotar um dia na vida do país. Ruas, estradas, lojas e aeroportos invadidos e depredados por supostos manifestantes trabalhistas insuflados e/ou pagos pelos heróis da lenda para posar de revolucionários ― num momento em que a única revolução possível a favor do povo é consertar o estrago que os heróis deixaram após 13 anos de sucção.

O mais chocante não é o show de violência dos parasitas ― defendido envergonhada e dissimuladamente por essa elite cultural e acadêmica como “direito à livre manifestação”, entre outros disfarces retóricos para o teatro ideológico. O mais impressionante é a leniência, a catatonia, a frouxidão do país e de suas autoridades diante do escárnio. Saiu barato, quase de graça, para os pimpolhos selvagens e seus mentores intelectuais esculhambarem a vida nacional e ainda saírem reclamando da violência policial. O Brasil é uma mãe. E é por tudo isso que Lula pode ainda ser apresentado como protagonista de um duelo com Sergio Moro, como se o juiz fosse um carrasco de Os dias eram assim ― e não alguém que está julgando um réu, acusado de uma série de crimes contra o povo que finge defender. A imagem da chegada do ex-presidente à audiência da Lava-Jato carregando uma bandeira do Brasil é um emblema, com uma única legenda possível: “Vou continuar enganando, até que eles se cansem de ser enganados”.

Eu assino embaixo. E você?

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E como hoje é sexta-feira:


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sexta-feira, 4 de maio de 2012

CHKDSK (final) e humor...


Vimos anteriormente que podemos executar o CHKDSK tanto via interface gráfica quanto pelo prompt de comando – em ambos os casos as rotinas de verificação são basicamente as mesmas, embora a segunda opção costume ser um pouco mais demorada.
O funcionamento do CHKDSK pode ser dividido em 4 etapas, sendo a última opcional. Nas três primeiras, o utilitário identifica o espaço ocupado e o disponível, examina todos os índices do volume e verifica os descritores de segurança (você pode acompanhar a progressão a partir de uma contagem de 0 a 100% que é exibida na tela em cada uma das etapas).

Observação: Os descritores de segurança contêm informações sobre o proprietário do arquivo ou diretório, além de dados sobre a permissão de NTFS e de auditoria. Nessa etapa, o CHKDSK verifica se a estrutura de cada descritor de segurança está bem formada e é consistente internamente.

A etapa opcional, realizada somente mediante o parâmetro /r, comanda a busca por setores ruins no espaço livre do volume (quando um setor ilegível é encontrado, o cluster respectivo é adicionado a uma “lista negra” e um novo cluster é alocado para substituí-lo).
Note que uma verificação completa pode levar de muitos minutos a algumas horas – ou dias, conforme o número de arquivos e diretórios e o grau de fragmentação do volume e da MFT, bem como da quantidade de memória do sistema, do poder de processamento da CPU, das características do disco, etc.

Passemos agora à piadinha da vez:

João chega no céu e São Pedro lhe explica que ali não se faz sexo, e que ele só será admitido se concordar com a amputação de seu órgão genital. Sem alternativa, o pobre rapaz é levado até uma ante-sala e colocado numa fila, atrás de dois outros infelizes. Minutos depois, uma anja estonteante vem buscar o primeiro. Ouvem-se gritos horripilantes, e ela volta para buscar o segundo. Ouve-se então um único grito, e ela vem buscar João, que lhe pede uma explicação.
– Aqui gente elimina o negócio de acordo com a profissão que o sujeito exercia na Terra. O primeiro gritou muito porque era serralheiro; o segundo deu só um berro porque era açougueiro.
João cai na gargalhada e diz à anja:
– Eu era sorveteiro!

Bom f.d.s a todos.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Fragmentação dos dados - continuação

Vamos agora dar prosseguimento às considerações que apresentamos dias atrás sobre o assunto em pauta. Todavia, convém você reler o post original (ou todos os conteúdos do título Desempenho e Manutenção e Fragmentação de Dados) antes de passar a esta continuação.

Em condições ideais, os arquivos deveriam ser armazenados em clusters contíguos e seqüenciais (um cluster corresponde à menor unidade de alocação de dados reconhecida pelo SO, e não pode conter mais do que um arquivo - embora um arquivo grande possa ser fragmentado e distribuído por diversos clusters).
Assim, como estamos constantemente criando, modificando e apagando arquivos enquanto usamos computador, lacunas surgem o tempo todo no HD, e o Windows tenta preenchê-las à medida que novos dados vão sendo gravados. Mas sempre que um novo arquivo não cabe inteiro no espaço deixado pela exclusão do anterior, ele é dividido em "fragmentos" e distribuído pelos próximos cluster livres, trilha adiante - tantos quantos necessários para abrigá-lo integralmente. Não é difícil concluir que quanto mais "espalhados" pelo disco estiverem os fragmentos de um arquivo, mais trabalhoso e demorado será o processo de "remontagem" na RAM, quando o arquivo em questão for novamente solicitado pelo usuário (isso vale tanto para dados como para programas).
Só que o próprio Windows conta com uma ferramenta capaz de reorganizar a bagunça que ele mesmo cria. O desfragmentador do disco, numa visão simplista, é um programinha que junta os pedaços dos diversos arquivos e, como num quebra-cabeças, tenta regravá-los todos em clusters adjacentes e consecutivos, de modo a otimizar o espaço e imprimir maior velocidade à leitura e gravação dos dados.
Na próxima postagem veremos como convocar essa ferramenta para concluir os procedimentos de manutenção.
Até lá.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

AINDA SOBRE O HDD E O DESLIGAMENTO DO COMPUTADOR (CONTINUAÇÃO)

UMA CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA, MAS TEM MUITO ADULTO POR AÍ QUE MAIS PARECE UMA CRIANÇA GRANDE.

A resposta para a pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é: Depende. Vai interromper o trabalho por alguns minutos ― para ir ao banheiro, por exemplo? Deixe o computador ligado. Vai almoçar? Coloque a máquina em standby (na lista do menu Iniciar, clique na opção Suspender). Encerrou por hoje e só vai usar o computador amanhã? Hibernar pode ser melhor do que Desligar ― lembrando sempre que o sistema tende a ficar mais “pesado” quando é usado por dias a fio sem uma “revigorante” reinicialização.

Observação: Embora não seja o escopo deste artigo, vale lembrar também que você pode configurar sua senha de logon no Windows para ser exigida quando o sistema volta do descanso de tela, do standby ou da hibernação, de maneira a inibir a ação dos bisbilhoteiros de plantão, conforme, aliás, a gente já viu em outras postagens.

Antes de prosseguir, vale relembrar alguns pontos importantes, começando pelo o número de inicializações que um HDD é capaz de suportar ― que não é infinito, mas vem aumentando ao longo dos anos. Hoje em dia, é mais comum o computador se tornar obsoleto bem antes que o drive dê sinais de exaustão. Claro que acidentes acontecem; um surto de energia (causado por um relâmpago que atinge a rede elétrica, por exemplo) pode causar danos irreversíveis, sem mencionar que reinicializações resultantes de “apagões” inesperados podem acarretar problemas em nível de software (perda de dados, corrupção de arquivos, etc.). Nos portáteis, existe também o risco de choques físicos ― quedas, impactos, etc. ―, daí os drives de estado sólido (SSD, baseados em memória flash e sem partes móveis) serem mais comuns nessa plataforma do que nos desktops, mas isso é uma outra história (que eu contei nesta postagem).

Para quem não tem o saudável hábito de seguir os links que eu incluo nos meus textos (uma evolução fantástica em relação à mídia impressa, onde era preciso recontar as mesmas histórias inúmeras vezes), ou não sabe que as palavras ou frases sublinhadas e grafadas em azul remetem a outras webpages ― e, portanto, não estão aí para enfeitar, mas para esclarecer pontos importantes ―, segue um breve resumo:

O HDD eletromecânico é composto por uma câmara selada (carcaça), em cujo interior um ou mais pratos (discos) giram em alta velocidade em torno de seu eixo, mediante a ação de um motor. A leitura/gravação dos dados é feita por minúsculas cabeças eletromagnéticas (heads) posicionadas na extremidade de braços (arms) controlados por um atuador. Essas cabeças alteram a polaridade das moléculas de óxido de ferro do revestimento metálico que recobre os partos, gerando sinais elétricos que a placa lógica interpreta como imensos conjuntos de bits zero e um, que são os arquivos digitais.

Durante o processo de fabricação, os drives dão formatados fisicamente, quando então as superfícies dos pratos são “divididas” em trilhas, setores e cilindros. As trilhas são faixas concêntricas numeradas da borda para o centro e divididas em (milhões de) setores de 512 bytes. Quando o drive conta com dois ou mais pratos, o cilindro corresponde ao conjunto de trilhas de mesmo número existente nos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de cada disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante). O primeiro setor – conhecido como setor de boot, setor zero, trilha zero ou MBR – abriga o gerenciador de boot, as tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica (feita pelo próprio usuário quando da instalação do sistema) das partições inicializáveis e outros dados inerentes à inicialização do computador. Note que setor e cluster são coisas diferentes: o primeiro é a menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, é a menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar

Já os SSDs não têm motor, discos, nem quaisquer outras peças móveis. Seus componentes básicos são a memória flash ― onde os dados são armazenados como na RAM, o que torna o processo de leitura e gravação muito mais veloz ― e o controlador, que gerencia o cache de leitura e gravação de arquivos, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, e por aí afora. Sua adoção vem sendo feita de forma gradativa, notadamente em máquinas mais caras, até porque o preço do gigabyte nesse tipo de memória é bem maior que nos HDDs convencionais.

Observação: Existem também os drives híbridos, que combinam uma unidade SSD de pequena capacidade com um HDD convencional e proporcionam desempenho melhor a preço menor. A memória flash funciona como cache, armazenando e garantindo acesso rápido aos arquivos utilizados com maior frequência (sistema e aplicativos), enquanto os discos magnéticos se encarregam dos demais dados (músicas, vídeos e arquivos pessoais). O processo é transparente e automático, e tanto o usuário quanto o SO "enxergam" o conjunto como se ele fosse um drive comum.

Continuamos na próxima, pessoal. Até lá.

MONTESQUIEU NÃO CHEGOU AO BRASIL 

O Brasil é um país estranho. Já completamos o primeiro trimestre e nada, de fato, ocorreu na política nacional — além, obviamente, das estarrecedoras revelações que vieram a público com a suspensão do sigilo da “Lista de Fachin”. Lula continua solto, posando de salvador da pátria, e Dilma, vomitando seus estapafúrdios discursos mundo afora, ora em portunhol capenga, ora num hilário arremedo de francês de galinheiro.  

Em suma, tudo passa pelo Judiciário. É como se os outros dois poderes — Executivo e Legislativo — fossem apenas meros apêndices da estrutura de poder. Nunca na história recente da democracia brasileira este desequilíbrio esteve tão evidente. Juízes, desembargadores e ministros ocupam o primeiro plano da cena política. São os atores principais. Abandonaram os autos dos processos. Ocupam os microfones com naturalidade. Discursam como políticos. Invadem competências de outros poderes, especialmente do Legislativo. No caso do Supremo Tribunal Federal, a situação é ainda mais grave. Aproveitando-se da inércia do Congresso Nacional, o STF legisla como se tivesse poder legal para tal, interpreta a Carta Magna de forma ampliada, chegando até a preencher supostas lacunas constitucionais. Assumiu informalmente poderes constituintes e sem precisar de nenhum voto popular. Simplesmente ocupou o espaço vazio.

O projeto criminoso de poder petista ao longo de 13 anos destruiu a institucionalidade produzida pela Constituição de 1988. Cabe registrar que até então não tínhamos um pleno funcionamento das instituições. Contudo, havia um relativo equilíbrio entre os poderes e um respeito aos limites de cada um. Mas este processo acabou sendo interrompido pelo PT.

O petrolão foi apenas uma das faces deste projeto que apresou a estrutura de Estado. E que lá permanece. Depois de quase um ano da autorização para a abertura do processo do impeachment, pouco ou nada foi feito para despetizar a máquina governamental. Pedro Parente, quando assumiu a presidência da Petrobras, afirmou que havia uma quadrilha na empresa. Porém, o tempo passou e nada foi apresentado. O que sabemos sobre a ação do PT e de partidos asseclas na empresa deveu-se à ação da Justiça. Foram efetuadas investigações internas? Funcionários foram punidos? Os esquemas de corrupção foram eliminados? A empresa buscou ressarcimento do assalto que sofreu? Como explicar que bilhões foram desviados da Petrobras e seus gestores não foram sequer processados?

Se a nova direção da Petrobras foi omissa, o mesmo se aplica a um dos pilares do projeto criminoso de poder petista, o BNDES. Foi um assalto. Empréstimos danosos ao interesse público foram concedidos sem qualquer critério técnico. Bilhões foram saqueados e entregues a grupos empresariais sócios do PT. Porém, até o momento, Maria Silvia Bastos Marques não veio a público expor, ainda que sucintamente, a situação que encontrou ao assumir a presidência do banco. E os empréstimos a Cuba? E às republicas bolivarianas? E para as ditaduras da África negra?

Não é possível entender o silêncio das presidências da Petrobras e do BNDES. Por que não divulgam a herança maldita que receberam? Desinteresse? Medo? Não é politicamente conveniente? Por que os brasileiros só tomaram — e continuam tomando — conhecimento das mazelas da Petrobras e do BNDES através dos inquéritos e processos judiciais? Por que os presidentes, ex-diretores e demais responsáveis não foram processados pelos novos gestores?

Se o Executivo continua refém da velha ordem, o mesmo se aplica ao Legislativo. O Congresso Nacional se acostumou ao método petista de governar. Boa parte dos parlamentares foram sócios da corrupção. Receberam milhões de reais indiretamente do Estado. Venderam emendas constitucionais, medidas provisórias, leis e até relatórios conclusivos de comissões parlamentares de inquéritos. Tudo foi mercantilizado. E os congressistas participantes do bacanal da propina lá continuam. Desta forma, diversamente de outros momentos da nossa história (1961, 1964 e 1984-85), o Congresso não tem voz própria na maior crise que vivemos. Quais deputados e senadores poderão se transformar em atores à procura de uma solução política? Quem tem respeitabilidade? Quem fala em nome da nação?

Tanto no Executivo como no Legislativo a velha ordem se mantém com apenas pequenas alterações. Colaboradores ativos do petismo, sócios entusiasmados do maior saque estatal da nossa história, ocupam importantes postos nos dois poderes. Há casos, como o de Leonardo Picciani, que seriam incompreensíveis a algum analista estrangeiro que não conhecesse a hipocrisia da política brasileira. O deputado votou contra a abertura do processo do impeachment e, mesmo assim, foi premiado com o cargo de ministro do novo governo. Boa parte da base parlamentar que sustentou os governos criminosos do PT agora apoia Michel Temer, sem, em momento algum, ter efetuado alguma autocrítica.

É justamente devido às contradições dos outros dois poderes que o Judiciário acabou invadindo o espaço que constitucionalmente não é o seu. Isto não significa que opere sem divergências. Pelo contrário. Basta recordar os constantes atritos entre os responsáveis pela Lava-Jato e alguns ministros do STF, o que também não é recomendável.

O que é inquestionável é o desequilíbrio entre os poderes. Mais ainda, a supremacia do Judiciário. É um desserviço ao Estado democrático de Direito o enorme poder dos juízes, também porque, mas não apenas por isso, sequer receberam um voto popular. E continuam incólumes ao controle democrático. O que diria o Barão de Montesquieu de tudo isso?

Postagem criada com base em texto do historiador Marco Antonio Villa.

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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC


O AMOR ENTRE DUAS CRIATURAS TALVEZ SEJA A TAREFA MAIS DIFÍCIL QUE NOS FOI IMPOSTA, A MAIOR E ÚLTIMA PROVA, A OBRA PARA A QUAL TODAS AS OUTRAS SÃO APENAS UMA PREPARAÇÃO.

Por armazenar os dados de forma persistente (não confundir com permanente) o HDD constitui a memória de massa (ou secundária) do computador. É a partir dele que os dados são transferidos para a RAM (memória física ou principal), onde os programas são carregados e as informações, processadas, desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto ―  nenhum computador atual, seja um grande mainframe ou uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de memória RAM.

O primeiro HDD era composto de 50 pratos de 24” de diâmetro, custava absurdos US$ 30 mil e armazenava míseros 4.36 MB ― ou seja, pouco mais que uma faixa musical em .mp3. Hoje, qualquer computador de entrada de linha traz um drive de 500 GB a 1 TB, mas se sobra espaço, falta desempenho: enquanto a velocidade dos processadores aumentou milhões de vezes desde os anos 1980, a taxa de transferência de dados dos HDDs cresceu alguns milhares de vezes, e a rotação dos pratos mal quadruplicou. Como o tempo de acesso é inversamente proporcional ao volume de dados, o disco rígido disputa com o anacrônico BIOS o ranking dos gargalos de desempenho do computador.

Aos poucos, o BIOS vem sendo substituído pelo UEFI, que, dentre outras vantagens, reduz significativamente o tempo de inicialização do sistema. Já os HDDs vêm cedendo espaço aos SSDs (sigla de Solid State Drive), também paulatinamente, devido à dificuldade de conciliar fartura de espaço com preço competitivo. Mas vamos por partes. 

Por mais que tenha evoluído ao longo das últimas 6 décadas, o drive de HD ainda é um conjunto de discos (ou pratos) que, acionados por um motor, giram em alta velocidade (alguns modelos vão além das 10 mil RPM) dentro de uma caixa hermeticamente fechada. Cada prato é recoberto de ambos os lados por uma camada metálica e formatado (fisicamente) na fábrica, quando é dividido em trilhas, setores e cilindros.

As trilhas são "faixas concêntricas" numeradas da borda para o centro e divididas em (milhões de) setores de 512 bytes. Se o drive integrar dois ou mais discos, existe ainda a figura do cilindro, que corresponde ao conjunto de trilhas de mesmo número dos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de cada disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante). O primeiro setor ― conhecido como setor de bootsetor zerotrilha zero ou MBR ― abriga o gerenciador de boot, as FATs ― tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica das partições inicializáveis ― e outros dados inerentes à inicialização do sistema.

Observação: Note que setor e cluster são coisas distintas: o primeiro corresponde à menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, remete à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Os dados são gravados e lidos por cabeças eletromagnéticas posicionadas na extremidade de um braço controlado pelo atuador. Combinando o efeito giratório produzido no disco pelo motor com o movimento do braço, as cabeças podem gravar/ler dados em qualquer ponto da superfície dos discos. A gravação é feita mediante a inversão da polaridade das moléculas do revestimento metálico dos partos, que gera sinais elétricos interpretados pela placa lógica do drive como os bits zero e um que, em linguagem de máquina, compõem os arquivos digitais. Na leitura, a diferença é que as cabeças não alteram a polaridade das moléculas, apenas “leem” os sinais elétricos e os enviam para a placa lógica interpretar.
   
Para não espichar demais esta postagem, vamos deixar o resto para a próxima. Até lá.

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Desfragmentação de disco e humor de sexta-feira

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Criar, editar e excluir arquivos e instalar e remover aplicativos são tarefas que realizamos freqüentemente, e devido à maneira como o Windows organiza as informações no HD – reutilizando cada cluster vazio, mesmo que ele esteja no meio de uma grande área ocupada e que haja muito espaço disponível mais adiante – o resultado é a fragmentação dos dados. E quanto mais os arquivos forem divididos e espalhados ao longo das trilhas, maior será o tempo necessário para as cabeças de leitura remontá-los na memória – o que, em última análise, significa uma sensível queda no desempenho do sistema. É certo que o Windows dispõe do DEFRAG para recompor os arquivos e regravá-los em clusters adjacentes – conquanto ele não tenha acesso a determinados arquivos do sistema (que ficam bloqueados quando o Windows está carregado) e nem atue sobre o Registro. Para utilizá-lo, basta abrir a pasta Meu Computador, dar um clique direito sobre a unidade desejada, clicar em Propriedades > Ferramentas e no botão Desfragmentar agora...

Observação: O Defrag proporciona melhores resultados se executado no modo de segurança (modalidade de inicialização que torna o boot mais “limpo” e facilita a reorganização dos dados) ou via prompt de comando (clique em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de comando, digite “defrag -f” (sem as aspas) e tecle Enter). Demais disso, é possível ainda configurar o sistema para desfragmentar automaticamente os arquivos de boot clicando em Iniciar > Executar, digitando “regedit” (sem as aspas), teclaando Enter, localizaando e abrindo a pasta HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\MICROSOFT\Dfrg\BootOptmizeFunction e, no painel à direita, dando um clique direito em “Enable”, escolhendo “Modificar”, mudando o valor de “X” (desabilitar) para “Y” (habilitar) e reiniciando o computador.

Existem diversos softwares comerciais mais rápidos e eficientes do que o DEFRAG. Eu gosto muito do desfragmentador incluído na suíte System Mechanic ( http://www.iolo.com/SYSTEM-MECHANIC/standard/) e do Perfect Disk (http://www.raxco.com/), que podem ser experimentados gratuitamente (Trial) por 30 dias. Entre os freewares, o Auslogic Disk Defrag e o Defraggler são boas opções (download em www.auslogics.com/en/software/disk-defrag/download e em www.defraggler.com/, respectivamente). O MyDefrag também é gratuito e aparenta ser competente, mas sua utilização é um pouco mais complicada. A quem interessar possa, o Baixaki oferece um tutorial detalhado sobre a instalação, configuração e utilização desse programa (http://www.baixaki.com.br/download/mydefrag.htm). Já para desfragmentar o Registro e os arquivos de paginação (memória virtual), de hibernação (para onde é copiado o conteúdo da RAM quando o computador é posto para "dormir") e de log de eventos, eu sugiro o PageDefrag (disponível em http://technet.microsoft.com/pt-br/sysinternals/bb897426(en-us).aspx).
Há quem afirme que os discos rígidos atuais não sejam susceptíveis à fragmentação, já que dispõem de centenas de gigabytes de espaço e podem abrigar arquivos volumosos inteiros numa seqüência de clusters (pena que não contaram isso para o Windows). Há quem diga também que a queda de preço da RAM permite abastecer o computador com memória suficiente para evitar que a fragmentação cause grande impacto na performance do sistema. Mesmo assim, eu continuo achando que vale a pena desfragmentar o HD pelo menos uma vez por mês. Mas não espere milagres: todo dispositivo tem suas limitações; para obter resultados mais expressivos nesse contexto, só instalando um drive maior e mais rápido (em espaço, rotação e taxas de transferência).

Passemos agora ao nosso tradicional humor de final de semana:

Todos sabem que hoje em dia o seguro de um automóvel é indispensável.

Não podemos deixar nem Uno de nossos Benz a Mercedes desses ladrões que fazem a Fiesta, nessa Honda de assaltos! A Marea está Brava!
Quem não segura o seu automóvel pode se Ferrari e depois só GM pelos cantos ou fica a Ranger os dentes e a Courier de um lado para outro, vigiando a Strada e perguntando: Kadett meu carro?.
Faz a maior Siena e fica Palio de nervoso! Aí, vai rezar um terço para Santana ajudar, mas isso não Elba stante para ter seu carro de volta!
Seguro é o Tipo de negocio difícil, Mazda para resolver sem ficar com cara de Besta no final!
O seguro é um Premio para quem o faz! Tempra todo veículo. Tem Parati também. E, na hora de fazer o seguro do seu carro, pense nas Variant es... Afinal Quantum mais opções, melhor!
Você vai ver que o nosso seguro é legal as Pampa...
Por isso, ele o Fusca os demais, e vai marcar um Gol na hora do Accord!
Não deixe o prazo Passat!... Monza obra!
Venha Logus! Estamos Kombi nados? Espero seu contato....
Visite nossa agência e se Accent na frente do Galant, que é o nosso gerente! Não se esqueça de levar o Stratus de seu banco e colocar um Blazer bem bonito, parecendo um Diplomata de Classe A. Mas não deixe de olhar todos os Topic do contrato...
Somos bem melhores Kia concorrência e se você perder esta Xantia, vai se Corsa todo de raiva, o KA?
Com nosso seguro, você pode passar um Weekend tranqüilo pela praia de Ipanema que, se roubarem seu carro, mesmo que seja em dia de Eclipse, você não terá problema... Temos nossa Suprema garantia de pagamento em prazo recorde! Não precisa D20 dias como outros que tem por aí... Hoje mesmo estamos pagando um seguro de um roubo que ocorreu A10 dias, S10 se, nós pagaríamos até antes!
Você pode estar em qualquer lugar, de um Polo ao outro, que nós damos a assistência que precisar! E só Scania os documentos e mandar por e-mail mesmo!
Faça seguro! É Clarus que é bom! Boa Voyage e Pointer final.
OBS: Se você achou este texto interessante, Cherokee e Mondeo para seus amigos!
Um bom final de semana a todos e até mais ler.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

WINDOWS 7 - TRILHA ZERO (ou SETOR MBR) - COMO REPARAR?

No país onde o Ministro da Saúde diz que sexo é o melhor remédio para hipertensão, já tem gente usando a masturbação como genérico.

Todo HD é formatado fisicamente na fábrica, quando então as superfícies dos pratos são divididas em trilhas, setores e cilindros. As trilhas são “círculos concêntricos” numerados da borda para o centro e divididos em (milhares de) setores de 512 bytes.

ObservaçãoNão confunda formatação física com formatação lógica, que remete à "inicialização" feita no HD para permitir ao sistema "enxergar" as partições e criar os parâmetros necessários ao gerenciamento do espaço disponível.

Quando o drive é composto por dois ou mais discos, existe ainda a figura do "cilindro", que corresponde aos conjuntos de trilhas de mesmo número dos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante).
O primeiro setor do HD – conhecido como setor de bootsetor zerotrilha zero ou MBR (Master Boot Record) – abriga o gerenciador de boot, as tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica das partições inicializáveis, além de outros dados inerentes à inicialização do sistema.

Observação: Não confunda setor com cluster. O primeiro corresponde à menor unidade física do HD, ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, à menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar para armazenar dados.

Caso um malware ou outro problema qualquer comprometa a trilha zero, o Windows não irá carregar e as partições ficarão inacessíveis (talvez seja exibida uma mensagem do tipo "O BOOTMGR ESTÁ AUSENTE, PRESSIONE CTRL+ALT+DEL PARA REINICIAR"). No entanto, se os dados estiverem realmente comprometidos, de nada adiantará reiniciar o computador. Por outro lado, antes de formatar o HD e reinstalar o sistema, tente o seguinte:
  • Insira o DVD de instalação do Seven na gavetinha e reinicie o PC (caso seu sistema tenha vindo pré-instalado e você não disponha da mídia em questão, veja se consegue obtê-la emprestada de algum amigo ou parente).
  • Escolha o idioma desejado e clique REPARAR O SEU COMPUTADOR.
ObservaçãoPara dar o boot a partir de uma mídia óptica, a opção CD/DVD deve preceder o HD na sequência de inicialização. Acesse o CMOS SETUP, faça os ajustes necessários na página “Advanced Setup” (ou algo de nome semelhante), salve, encerre o programa e reinicie o computador.
  • Selecione a versão do sistema e clique em Correção de Inicialização. Se não resolver, volte ao Console de Recuperação, selecione Prompt de Comando e digite os seguintes comandos (pressionando Enter ao final de cada um): 
bootrec /fixmbr
bootrec/ fixboot
bootrec/ rebuildbcd


Digite Exit para fechar a janela do Prompt, remova a mídia da gavetinha e reinicie o computador

Boa sorte.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Sutilezas do Disco Rígido

Você já deve ter lido ou ouvido dizer que, se particionar seu disco rígido e desfragmentá-lo regularmente, irá otimizar a performance do sistema, não é mesmo? (assunto que, aliás, já foi abordado em postagens antigas aqui no Blog, quando apresentamos dicas para otimizar o desempenho do PC, como nossos leitores habituais devem estar lembrados).
Pois bem, embora essa questão seja um tanto controversa, a maioria dos especialistas alega que o particionamento do HD não influencia diretamente a performance, mas pode resultar em outras vantagens, dentre as quais a possibilidade de se separar arquivos do sistema e de programas dos arquivos de dados, de se usar dois sistemas operacionais em dual-boot no mesmo PC ou ainda de apartar os arquivos mais utilizados daqueles que são acessados com menor freqüência - o que minimiza a fragmentação dos dados.
Falando em fragmentação, desfragmentar regularmente o HD melhora o desempenho do Windows, mas o resultado depende de diversos fatores, dentre os quais o tamanho e as características técnicas do disco, o percentual de arquivos fragmentados, a frequência com que os arquivos que são modificados ou apagados e a relação entre o espaço ocupado e o espaço livre existente na unidade.
O Windows tem o (péssimo) hábito de reutilizar cada cluster vazio que encontra, mesmo que ele esteja no meio de uma grande área ocupada ou que exista muito espaço vago disponível no final do volume. Isso faz com que os arquivos sejam divididos em várias partes e espalhados pelo disco, o que leva o sistema a fazer grandes varreduras para encontrar e remontar os dados, como num imenso quebra-cabeças.
Vale lembrar que o XP tem seu desfragmentador nativo (acessível via Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Ferramentas do Sistema > Desfragmentador do disco), que cumpre sua função, embora não seja exatamente um primor de eficiência. Existem diversos softwares de varejo que realizam serviços mais completos - dentre os quais o excelente Perfect Disk, da Raxco, que pode ser configurado para desfragmentar "off-line" os arquivos de boot e outros como o hibernate.sys e pagefile.sys (que só podem ser acessados antes de o Windows ser carregado).
Cumpre salientar ainda que a desfragmentação apresentará melhores resultados se levada a efeito após a limpeza do disco (exclusão de programas inúteis, arquivos temporários, atalhos desnecessários e outros que tais) e a execução do Checkdisk, para verificação e correção de possíveis erros.
Bom dia a todos e até amanhã.