quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

DESFRAGMENTAÇÃO DO HD COM A FERRAMENTA NATIVA DO WINDOWS 7

NE SUTOR SUPRA CREPIDAM (*)

O Defrag foi criado pela Microsoft em parceria com a Norton (hoje Symantec) e faz parte do Windows desde suas primeiras edições. De início, ele foi solenemente esnobado, pois sua execução era vista como pura perda de tempo, mas mais adiante se viu que a coisa não era bem assim.
Ao longo das últimas quatro décadas, diversos desenvolvedores criaram seus próprios desfragmentadores – como o Auslogic Disc Defrag, o Smart Defrag, o Puran Defrag, o Defraggler e os módulos que integram suítes de manutenção como o AVG TUNEUP PC, o System Mechanic, o IObit Advanced System Care, e por ai vai – e seu uso foi amplamente defendido por analistas e difundido entre usuários avançados, não só por eles serem mais rápidos, mas também por oferecerem uma gama de recursos mais ampla do que a opção nativa. No entanto, esta última vem sendo aprimorada a cada nova versão e, devido a uma série de fatores cujo detalhamento foge aos propósitos desta matéria, assegura melhores resultados do que os desfragmentadores da concorrência quando aplicada nas edições mais recentes do Windows – que, por sinal, tendem a apresentar um índice de fragmentação bem menos significativos do que suas predecessoras.
Ao desenvolver o Vista, a Microsoft configurou o Defrag para ser executado automaticamente e suprimiu o comando que o convocava por demanda, mas muitos usuários reclamaram e a alteração foi revertida no Seven, onde a ferramenta pode ser acessada por pelo menos três caminhos: O primeiro consiste em clicar em Iniciar > Computador, dar um clique direito sobre a unidade desejada, selecionar Propriedades > Ferramentas e pressionar o botão Desfragmentar agora; o segundo, em digitar desfragmentador na caixa de pesquisas do menu Iniciar e pressionar Enter; o terceiro, em abrir o menu Iniciar, clicar em Todos os Programas > Acessórios > Ferramentas do Sistema, Desfragmentador de disco.
Independentemente da opção escolhida, a tela exibida em seguida (Desfragmentador de disco) será a mesma – desde que não exista outro desfragmentador instalado e configurado como padrão. Não sendo o caso, pressione o botão Analisar disco. Segundo a Microsoft, nenhuma providência é necessária se o índice de fragmentação estiver abaixo de 10%, mas, no Seven, 3% já justificam a execução do Defrag.
Para tanto, clique em Desfragmentar disco e aguarde a conclusão do processo – que, de acordo com o tamanho do drive e o grau de fragmentação, pode levar de muitos minutos a algumas horas. E note que, embora tecnicamente possível, o uso concomitante do PC para outras tarefas não é recomendável, pois o sistema fica lento e chega mesmo a travar em determinados momentos.
Você pode ainda agendar a desfragmentação para data e horário futuros, bastando para tanto pressionar o botão Configurar agendamento e fazer os respectivos ajustes. Se quiser manter a configuração padrão (quarta-feira, à 1h00min), lembre-se de deixar o PC ligado na noite da terça-feira anterior.
Resumo da ópera: Como ensina Mestre Piropo – um dos maiores colunistas de informática do Brasil – o Defrag do Seven não exibe barras coloridas ou firulas que tais, mas apenas uma barra de progressão que vai sendo atualizada ao longo do tempo. No entanto, a despeito de sua interface espartana, ele é mais eficiente que qualquer outro, pois foi desenvolvido levando em conta as peculiaridades internas do sistema, o que o tornou capaz de fazer coisas que seus concorrentes não fazem, tais como desfragmentar diversos discos simultaneamente, mover com segurança certos arquivos que os demais programas consideram inamovíveis (como os arquivos de “metadados” do sistema de arquivos NTFS, e por aí vai.

Observação: O simples fato de poder mover mais arquivos permite liberar um número significativamente maior de clusters contíguos, o que facilita a gravação de novos arquivos em trechos contínuos das trilhas, além de disponibilizar espaço no final do disco, o que é útil quando se pretende criar uma nova partição.

Abraços e até mais ler.

(*) A frase que abre esta postagem significa “NÃO VÁ O SAPATEIRO ALÉM DAS CHINELAS” e é atribuída ao pintor grego APELES (sec. V a.C). Consta que ele havia deixado um quadro na porta de sua vivenda para que secasse ao sol, quando um sapateiro que por lá passava observou um defeito qualquer na sandália calçada pela figura. Apeles agradeceu e fez a correção sugerida, o que estimulou o atrevido a propor novos reparos. A frase se popularizou em latim por ter sido registrada pelo escritor romano Valério Máximo (sec. I a.C) num dos volumes de FATOS E DITOS MEMORÁVEIS.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

AINDA A FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS

QUANDO UM NÃO QUER, O OUTRO INSISTE.

Vimos no post anterior o que é e como ocorre a fragmentação dos arquivos – fenômeno que também afeta outros tipos de memória além do disco rígido, mas isso é uma história que fica para outra vez.
O fato é que, quanto mais “pulverizados” estiverem os dados, mais trabalho terão as cabeças de gravação do HD para remontar os arquivos e carregá-los na RAM, e pior será o desempenho do computador, principalmente quando o sistema faz uso da memória virtual.
O PC utiliza memórias de diversas tecnologias (ROM, CACHE, RAM, HD, SWAP FILE, etc.). O HD (ou o SSD, que de uns tempos a esta parte vêm equipando modelos de topo de linha) é a memória de massa, que armazena de forma persistente o sistema, os aplicativos e os demais arquivos, e a partir do qual eles são transferidos para a RAM (memória física). Claro que eles não são carregados inteiros – ou não haveria espaço que chegasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), conforme suas características.

Observação: A RAM é uma memória randômica, ou seja, que permite acessar aleatoriamente qualquer um dos seus endereços, o que a torna extremamente veloz se comparada com o disco rígido. No entanto, como seu conteúdo se perde quando os chips deixam de ser alimentados eletricamente, se não dispuséssemos de um dispositivo de memória de massa  no caso, o HD teríamos de de carregar o software do computador manualmente a cada inicialização. O melhor dos dois mundos é a memória flash, que permite acesso aleatório e é capaz de reter as informações mesmo à ausência de energia, mas isso também é outra história.

Já a memória virtual (ou swap file) é um paliativo desenvolvido pela Intel na época em que a RAM custava uma fábula e os fabricantes de PCs a instalavam em “doses homeopáticas”. Em linhas gerais, trata-se de um “arquivo de troca” criado no HD para onde são remetidos os dados carregados na RAM que não são essenciais em determinados momentos – e a partir de onde eles são trazidos de volta quando isso se fizer necessário (para saber mais, clique aqui). Como o disco rígido é milhares e milhares de vezes mais lento que a RAM, esse expediente impacta sobremaneira o desempenho do
computador, razão pela qual é recomendável dispor de fartura de memória física (3 GB se o sistema for de 32-bits e entre 6 GB e 8 GB se ele for de 64-bits).
Amanhã a gente conclui. Abraços e até lá.

E.T. ANTES DE ENCERRAR, ASSISTA AO CLIPE ABAIXO:





terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS - O QUE É E POR QUE ACONTECE

ÀQUELE QUE QUER TUDO NÃO SE PODE DAR NADA.

Embora tenham recebido diversos aprimoramentos desde sua criação, em meados do século passado, e continuem sendo usados como memória persistente na maioria dos PCs, os HDs são dispositivos eletromecânicos anacrônicos e devem ser aposentados assim que os SSD de grandes capacidades chegarem ao consumidor final a preços palatáveis (conforme vimos na postagem da última quinta-feira, mesmo os modelos mais modernos são cerca de 4.000 vezes mais lentos do que a memória RAM).
Como ensina Meste Morimoto, na RAM os dados são escritos e lidos eletronicamente de forma aleatória – ou seja, em qualquer dos seus endereços –, o que torna o processo praticamente instantâneo. No HD, todavia, a escrita é feita mediante a inversão da polaridade das cabeças magnéticas que atuam sobre as moléculas da camada de óxido de ferro dos discos (quando a polaridade da cabeça é positiva, ela atrai o polo negativo das moléculas, e vice-versa, resultando nos bits 0 e 1). Na leitura, as cabeças simplesmente "leem" o campo magnético gerado pelas moléculas e criam uma corrente elétrica correspondente, cuja variação é analisada pela controladora do drive para determinar os bits. Vejamos isso melhor:
Os HDs atuais integram de 1 a quatro discos que um motor elétrico faz girar de 5.400 a 10.000 vezes por minuto, enquanto as cabeças de leitura e gravação, posicionadas na extremidade de um braço movido por um atuador, varrem constantemente a área de armazenamento (que corresponde a ambas as faces de cada disco).
A formatação física a que os discos são submetidos pelos fabricantes dividem sua superfície em milhares de trilhas concêntricas, que são subdividas em milhares de setores – um setor é a menor divisão física do disco, e tem capacidade para apenas 512 bytes.

Observação: Com base nesses parâmetros, podemos determinar a capacidade de um HD multiplicando o número de cilindros pelo número de cabeças; o resultado, pelo número de setores, e o total, por 512. As trilhas externas possuem diâmetro superior ao das internas, e oferecem não só maior capacidade de armazenamento, mas também mais rapidez no acesso aos dados, razão pela qual é recomendável instalar o sistema operacional na partição do início do disco.

As trilhas são numeradas de acordo com sua localização – a mais próxima da borda é a 0 e as seguintes, 1, 2, 3, etc. Já os cilindros correspondem aos conjuntos de trilhas de mesmo número nos vários discos – por exemplo, o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2 é formado pela trilha 2 de cada face, e assim por diante. O cluster, por seu turno, é um grupo de setores com endereço único que o Windows “enxerga” como sendo uma única unidade lógica, e representa a menor parcela do HD que pode ser acessada pelo sistema. Note que um arquivo grande pode ser dividido e distribuído por vários clusters, mas um cluster não pode conter mais de um arquivo.

Observação: O setor grava a informação fisicamente, como "positiva" ou negativa", "magnetizada" ou "desmagnetizada", "zero" ou "um", etc., ao passo que no cluster a informação gravada é lógica, ou seja, na forma de dados passíveis de interpretação pelo SO.

O tamanho do cluster varia de acordo com o sistema de alocação arquivos escolhido na formatação lógica do HD. No NTFS, cada cluster possui entre 512 bytes e 4 KB, dependendo do tamanho da partição. Quanto menores forem os clusters, menor será o desperdício de espaço, sobretudo na gravação de arquivos pequenos, pois mesmo que tenha um único byte de tamanho, o arquivo ocupará um cluster inteiro.
Num disco virgem, os dados são escritos em clusters contíguos, o que facilita o trabalho das cabeças de leitura. Mas as constantes edições, apagamentos e regravações a que procedemos quando operamos o computador criam lacunas que o sistema se apressa em preencher, mesmo que elas estejam no meio de uma extensa área ocupada e que haja espaço livre sobrando mais adiante. Caso elas não bastem para conter o arquivo a ser gravado, ele será fracionado e distribuído pelos clusters vagos ao longo das trilhas, tantos quantos forem necessários para acomodá-lo integralmente. E a isso se dá o nome de fragmentação.


Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

AUTONOMIA DA BATERIA DE SMARTPHONES - UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL?

QUANDO A CABEÇA NÃO PENSA, O CORPO PADECE.

A progressiva redução no preço dos dispositivos computacionais vem fazendo com que cada vez mais usuários atualizem seus equipamentos em intervalos de tempo cada vez mais curtos.
Supondo que você tenha aproveitado esse embalo e substituído seu celular velho de guerra pelo tão sonhado smartphone, deve ter constatado que o novo brinquedinho não é capaz de passar mais que um dia longe da tomada. Depois de conversar com amigos e parentes e buscar informações em publicações especializadas, você chega a duas conclusões: a primeira é que seu aparelho não está com defeito; a segunda é que será preciso conviver com o problema, uma vez que se trata de uma característica do produto.
O fato é que a autonomia das baterias vem crescendo em progressão aritmética, enquanto os recursos e funções dos gadgets aumentam em progressão geométrica, exigindo, portanto, cada vez mais energia.
Diante desse cenário, você reduz o brilho da tela e o tempo de timeout;  desativa o dispara automático do flash, bloqueia o teclado (para evitar que a iluminação não seja acionada acidentalmente quando o telefone está no bolso ou na bolsa); desabilita as conexões sem fio, o serviço de GPS e os alertas sonoros/vibratórios (que disparam sempre que você recebe um e-mail ou um SMS, por exemplo); só acessa a Web a partir do aparelho em caso de real necessidade (para ler/responder um email urgente, também por exemplo) e adota outras medidas que leu aqui no Blog a propósito, mas assim não consegue autonomia para mais de dois dias. O que fazer?
Bem, ajustar seu forno microondas para a potência de 700W e deixar o smartphone dentro dele por cerca de um minuto – como sugere um HOAX que vem circulando na Web desde setembro passado – certamente não vai ajudar (e ainda por cima deixará seu aparelho igual ao da imagem que ilustra esta matéria).
Mas nem tudo está perdido: de acordo com a Technology Review, um programa desenvolvido pela empresa americana QNOVO promete reduzir sensivelmente o tempo de recarga – apenas 15 minutos na tomada proporcionam autonomia suficiente para 3 horas de ligações – e, de quebra, aumentar a vida útil da bateria.
O QNS (esse é o nome do software em questão) é compatível com os sistemas operacionais  e WINDOWS, mas ainda não está disponível para download. No entanto, o fabricante afirma que a tecnologia estará presente em alguns smartphones já em 2015, embora não revele quais empresas estariam interessadas em incorporá-lo a seus produtos. Para ter uma ideia melhor, assista ao clipe a seguir:




Observação: A QNOVO também desenvolveu um chip dedicado, que monitora a bateria e permite carregá-la ainda mais rápido que seu software – proporcionando 6 horas de ligações após quinze minutos na tomada. No entanto, ele precisa ser embutido no smartphone.

Enfim, se você não tem um SONY XPERIA Z2 – que leva cinco vezes menos tempo para recarregar a bateria graças ao Quick Charge 2.0, da QUALCOMM, convém providenciar uma bateria sobressalente e um carregador compatível com a saída 12 V do seu carro. Na falta de tu, vai tu mesmo.


Um ótimo dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

RISCAR PALAVRAS COM O EFEITO TACHADO




O tempo é inexorável, mas não devemos tomar sua passagem – e respectivas consequências – como ofensa pessoal. Afinal, ele nos atinge a todos, ainda que em menor ou maior grau conforme nossa capacidade de receber velhice filosoficamente.

Isso me faz lembrar de um texto impagável do cronista Rui Castro, que eu publiquei há pouco mais de dois anos e ora reproduzo como piadinha da vez. Antes, porém, esclareço que decidi criar este post devido a alguns probleminhas de memória que venho experimentado há alguns anos – como agorinha há pouco, quando quis riscar uma palavra aqui no Word e não consegui lembrar como fazê-lo.

Embora um não tenha a menor dificuldade para lembrar o telefone de casa em que eu morava quando criança e de alguns colegas de escola, nem sempre consigo gravar o nome de alguém que acaba de me ser apresentado. Como dizia minha avó, “vecchiaia è bruta”.

Observação: Parece que esse problema se deve – ao menos em parte – à maneira como nossa memória funciona. A 
memória sensorial motora recebe as informações codificadas pelo mecanismo de reconhecimento de padrões e as envia para memória de curto prazo, que as retém (por alguns segundos ou minutos) até o cérebro resolve se elas serão utilizadas, descartadas ou armazenadas na memória de longo prazo, que possui maior capacidade de armazenamento e mantém as lembranças por muito mais tempo.   

Voltando agora ao que eu dizia sobre o Word, para riscar uma palavra qualquer num documento você deve selecioná-la, abrir o menu Formatar, clicar na guia Fonte e marcar a caixa de seleção TACHADO (ou TACHADO DUPLO, a seu critério). Se preferir um caminho mais fácil, selecione palavra desejada e pressione CTRL+T

Passemos agora à crônica de Rui Castro:

Melhor idade é a puta que te pariu - a melhor idade é de 18 aos 40
anos... 


A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc." Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.

Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.

Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão subindo como placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.

Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar. Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!". 
E esta é, de fato, uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir. 

Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução. Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos. A analise é rápida, leva uns 20 metros. Quando ele para, vem a discussão se você tem mais de 60 ou não.

No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:"Sou deficiente". O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou: "Que deficiência você tem"? "Sou broxa"Ele deu uma gargalhada e eu entrei. Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo... Eu disse bem baixinho para uma delas: "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não".

Fui até o Arpoador ver o por do sol. Subi na pedra, mas velho tem mais dificuldade. E tem sempre alguém que quer ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!" Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça. Sento na pedra para olhar a paisagem, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda; quando senta, sente os ossos em cima da pedra e tem de trocar de posição a toda hora. E para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos, senão nada vê. Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz: "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair." Resmungo entre dentes: "Só se cair em cima da sua mãe", mas dou um risinho e digo que esta tudo bem. 

A merda do sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada. Vou pensando - enquanto desço e o sol não:"Voltar de metrô é mais rápido". Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá está um puto de um guarda que fez curso sabe Deus em que faculdade, mas tem olho crítico e consegue saber a idade de todo mundo. Ele olha sério para mim, segura a roleta e diz: "O senhor não tem 65 anos, precisa pagar a passagem."A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas, quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.

Durante o trajeto, não fui suficientemente rápido para me sentar nos lugares que esvaziavam. Com os pés doendo, fico em pé, já nem lembrando se o sol baixou ou não. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos. E aliviar a ligeira dor de barriga se prenuncia. 

Lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dou de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo. Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem. Quando ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou. É agora... 

Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho), e ela pegou na minha mão e disse: "O senhor me parece tão cansado, não quer se sentar"?

Melhor Idade??? Melhor idade é a puta que te pariu!

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

PCs – LENTIDÃO – CAUSAS E SOLUÇÕES

O MAL DEVE SER FEITO DE UMA SÓ VEZ, AO PASSO QUE O BEM DEVE SER FEITO AOS POUCOS.

A reclamação mais recorrente entre usuários de computador remete à lentidão – não só, mas principalmente durante a inicialização do sistema. Bom mesmo seria se a máquina ficasse pronta para uso “instantaneamente”, tal qual uma lâmpada acende ao comando do interruptor, mas para que algo semelhante ocorra será preciso primeiro solucionar os dois principais gargalos de dados que comprometem o desempenho do sistema.
O primeiro deles é o BIOS – conjunto de instruções operacionais que dá suporte ao hardware e inicia a carga do sistema operacional. Essa solução acompanha os PCs desde seus mais verdes anos, e embora esteja em decadência senil, aposentá-la requer encontrar um substituto rápido, versátil, eficiente e economicamente viável.
Ao que tudo indica, esse sucessor deverá ser o Unified Extensible Firmware Interface (UEFI) – tecnologia desenvolvida pela Intel em parceria com a Microsoft, que promete inicializar o computador em poucos segundos, como se ele estivesse simplesmente retornando do modo SUSPENDER. Demais disso, sua adoção permite que o código de programação seja alterado sem afetar outros setores de sua estrutura – o que é uma maneira mais prática dos desenvolvedores atualizarem seus recursos e corrigirem os erros existentes –, além de ser carregado por meio de qualquer recurso de memória não volátil e levar os drivers necessários para sua operação.

Observação: Para dar uma ideia do poder de fogo da tecnologia em questão, a Phoenix apresentou um notebook capaz de realizar o boot e entregar o comando do sistema ao usuário em apenas 10 segundos (acesse esta postagem e assista ao vídeo).

O segundo gargalo é representado pelo jurássico HD. Isso porque a evolução tecnológica teima em privilegiar determinados setores em detrimento de outros. Veja que, enquanto as CPUs se tornaram milhões de vezes mais rápidas no último quarto de século, a velocidade de transferência de dados entre os discos rígidos e a RAM cresceu alguns milhares de vezes, e a rotação dos pratos, ridículas quatro vezes. Em contrapartida, a capacidade de armazenamento dos discos aumentou substancialmente nesse mesmo período  e quanto maior a quantidade dados, mais tempo é necessário para lê-los.
Nesse caso específico, todavia, a solução já foi definida e vem sendo aplicada em PCs de topo de linha, notadamente ultrabooks. E tão logo os drives de estado sólido (SSD) cresçam em espaço (já existem modelos que alcançam a marca do Terabyte) e seu preço final se torne mais palatável, os jurássicos HDs eletromecânicos serão aposentados com as honras a que faz jus uma solução criada em meados do século passado.

Antes de encerrar, vou dedicar algumas linhas à razão que me levou à escolher a frase de abertura desta postagem, extraída do livro O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513 e publicado em 1523, obra que certamente não é uma das preferidos da Presidente.
No primeira gestão, Dilma vendeu a felicidade dos juros baixos, da energia abundante e barata, dos programas sociais infinitos, e passou os dois últimos anos de seu mandato de olho na reeleição.

Segundo ela, a inflação estava sob controle e não deveria ultrapassar a meta, o que era conversa para dormitar bovinos, como constata qualquer um que vai ao supermercado e gasta praticamente o dobro para fazer a mesma compra que fazia no início do ano passado (e fica estarrecido ao ver quanto desse valor corresponde à carga tributária embutida nos produtos, que de uns tempos a esta parte vem sendo informada no pé do cupom fiscal).

Como bem definiu a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, falecida em 2013: "o socialismo dura enquanto o dinheiro dos outros não acaba". Mas acabou, e a incumbência de pôr a casa em ordem ficou a cargo do recém-empossado ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, seguindo os ensinamentos do escritor italiano retro citado, resolver fazer as maldades às claras, sem meias palavras, ressuscitando o CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) sobre os combustíveis, amentando o IOF nas operações de crédito, o PIS/CONFINS sobre produtos importados e o IPI sobre cosméticos. Isso sem mencionar os cortes dos gastos dos ministérios (eis a parte mais difícil), a mudança de regras de benefícios sociais, o retorno da cobrança de IOF sobre automóveis e itens da linha branca e a não correção da tabela que estabelece as diferentes faixas de tributação do imposto de renda.

Vamos ver que bicho vai dar, porque quem vai pagar a conta, a gente já sabe. 

Um ótimo dia a todos e até mais ler.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DE VOLTA À BANDA LARGA VIA CABEAMENTO DA REDE ELÉTRICA

QUEM PARTE, REPARTE E NÃO FICA COM A MELHOR PARTE, OU É BURRO OU NÃO TEM ARTE.

Desde meados da década passada, quando meu então parceiro Robério e eu editávamos o saudoso Curso Dinâmico de Hardware (publicado pela Editora Escala), eu anunciava “para breve” o uso do cabeamento da rede de energia elétrica na distribuição do sinal de Internet em banda larga por todos os cômodos da casa. Com isso, os usuários ficariam livres da abominável quebradeira de paredes para passar o cabeamento de rede – que naquela época era a maneira mais comum de compartilhar a conexão entre vários PCs – ou mesmo dos (bem mais recentes e amigáveis) roteadores wireless, já que essa modalidade de conexão exige apenas que o interessado espete um modem específico em qualquer tomada da casa para transformá-la num ponto de acesso à Internet.
Em dezembro de 2008, eu postei uma matéria aqui Blog dando conta de que a tecnologia ia muito bem, obrigado, e que já estava sendo testada por algumas concessionárias de energia elétrica, embora ainda dependesse de regulamentação por parte da ANATEL. Em meados do ano seguinte, publiquei uma nova matéria dizendo que era só uma questão de tempo para que a solução em questão – que já funcionava a pleno vapor em países como Estados Unidos, Espanha, França, Índia e China – favorecesse também os internautas tupiniquins, até porque a infra-estrutura necessária para a disponibilização do sinal (a própria rede elétrica) já se encontra instalada e tem penetração maior do que a de telefonia e beeeem maior do que a das TVs por assinatura. Demais disso, uma concorrência saudável sempre trás vantagens para o consumidor final, tanto em relação ao preço quanto à qualidade do serviço prestado (se não em ambas essas vertentes).
Volto agora ao assunto por conta de um newsletter que recebi em agosto passado – mas que ficou perdido na minha caixa de entrada –, que na verdade era um convite para participar da primeira Conferência Latino-Americana da HomePlug Alliance, que seria realizada no dia quatro daquele mês e reuniria empresas globais de TIC – como Cisco, Qualcomm Atheros, Duke Energy e Broadcom Corporation – em torno de tecnologias que permitem entrega de serviços de telecomunicações por meio da rede elétrica. Foi uma pena não ter dado uma sapeada por lá.

Observação: A HomePlug® Alliance integra dezenas de empresas que trabalham em conjunto para desenvolver especificações de tecnologia, programas de certificação e selos para equipamentos alimentados pela corrente elétrica. Com a tecnologia HomePlug, o cabeamento elétrico pode ser usado em ambientes residenciais para distribuir internet banda larga – além de vídeo em alta definição, musica digital, aplicações inteligentes de energia, etc. – com desempenho na casa do Gbps.

Enfim, fuçando a Web em busca de informações mais recentes, descobri que a ANATEL já regulamentou oficialmente a “nova” tecnologia, e que ela está sendo testada em diversas cidades tupiniquins. E utilizá-la é muito simples: com o Gigaset HomePlug AV200 Duo, da Siemens (veja a cara do dito-cujo na figura que ilustra este post), basta proceder à conexão dos módulos na tomada e no computador; o alcance é de 50 metros e velocidade nominal, de 200 Mbps.
No Brasil, ainda não existe um padrão definido, e não é difícil que algum desocupado de plantão resolva repetir o feito das novas tomadas, criando mais um formato “jabuticaba”, sem paradigma em parte algum do planeta.
A conferir.
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Será uma luz no fim do túnel?

Segundo a coluna de Merval Pereira (*) publicada na edição de ontem em O GLOBO sob o título O COMEÇO DO FIM, “mais uma etapa da desconstrução da hegemonia petista foi cumprida na noite de domingo com o alijamento do partido das principais funções da Câmara, como presidências de comissões ou postos na nova direção da Mesa, que será presidida, contra a vontade do Palácio do Planalto, pelo peemedebista Eduardo Cunha, que transformou a maioria megalômana que o governo teria teoricamente na Câmara em minoria de 136 votos, menos de 1/3 do plenário.

‘O governo, em uma só eleição, perdeu o controle que sempre tentou manter sobre o Legislativo e já não é possível garantir que CPIs perigosas para ele, como a da Petrobras, deixarão de funcionar, ou terão sua constituição controlada pelo governo. Mesmo por que já não se sabe mais quem é governo e quem é oposição na Câmara, e tudo terá que ser negociado ponto a ponto, com ministros responsáveis pela articulação política tendo saído desgastados desse embate para a presidência da Câmara.

‘O ministro em teoria responsável maior pelas relações institucionais, o petista Pepe Vargas, que já não tinha o apoio do próprio PT, mostrou que não se sai bem também com os demais aliados. Ainda provocou Cunha ao dizer que o presidente da Câmara "pode muito, mas não pode tudo", o que é uma verdade, mas o muito que ele pode é mais do que Pepe parece perceber.

‘Não se saiu melhor o Chefe do Gabinete Civil Aloísio Mercadante em sua primeira prova de fogo como o mais importante ministro do segundo governo Dilma, e potencial candidato à sua sucessão. O PT mal começa o governo já parece sem capacidade para comandar uma base aliada que desde a eleição presidencial dava sinais de que não caminharia unida nesse segundo mandato, conseguido às custas de desgastes institucionais que cobrarão seu custo ao longo dele.

‘A presidente Dilma, por sua vez, ampliou a distância que a separa do ex-presidente Lula, que tentou um acordo com o PMDB temendo a derrota, que afinal veio no primeiro turno, maior do que previam os articuladores governistas. O que separa Lula de Dilma não são princípios e valores, mas o pragmatismo, que o ex-presidente tem de sobra e a atual, não.

“A disputa com o PMDB, que volta a ocupar as presidências da Câmara e do Senado, leva o Palácio do Planalto a uma situação de confronto que não serve aos seus interesses imediatos e, ao contrário, serve aos do PMDB, que se prepara para apresentar candidatura própria em 2018 ou, no limite, pode ter a presidência da República no seu colo caso as trapaças da sorte encaminhem o processo de desgaste petista para um desfecho político provocado pelo julgamento do petrolão.

“A presidente Dilma tem horror a Eduardo Cunha, dizem, por sua característica marcadamente fisiológica, e teria razão se fosse esse o motivo. Mas, na presidência da República, e dirigindo um governo montado na base do fisiologismo, Dilma não tem mais o direito de alegar questões éticas para tomar decisões políticas.

“Desde quando era a chefe do Gabinete Civil de Lula, pelo menos, ela sabe como o jogo do poder é jogado e já teve a experiência dolorosa no seu primeiro governo de ter que chamar de volta ao ministério partidos que haviam sido expulsos por questões éticas. Ganhou as duas eleições a bordo de uma aliança política construída à base de mensalões e petrolões, e já não tem mais condições de convencer ninguém de que é contra esses métodos.

“Eduardo Cunha de um lado, potencialmente de oposição, e Renan Calheiros de outro, potencialmente de situação, podem trocar de lado com a maior tranquilidade, e representam a maneira de fazer política do PMDB. No embate entre correntes dissidentes nas duas eleições, o DEM assumiu sua vontade de derrotar o PT e foi com Cunha já no primeiro turno.

“O PSDB iria com ele no segundo turno, mas seguiu a máxima expressa pelo senador José Serra de que para derrotar o PT não vale qualquer coisa. Arlindo Chinaglia achou que era apoio à sua candidatura, mas na realidade Serra estava acompanhando a orientação do presidente do partido, o senador Aécio Neves, que levou os tucanos a apoiar Julio Delgado para dificultar a volta do PSB ao seio governista.

‘PSDB e PSB fizeram a coisa certa, apresentaram alternativas às candidaturas favoritas, e ajudaram a derrotar o governo, que agora tem uma base de apoio imprevisível para anos políticos imprevisíveis.


(*) Merval Pereira é colunista do GLOBO e comentarista da CBN e do Globo News, além de membro da Academia Brasileira de Letras, Academia Brasileira de Filosofia e do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford. 

Um ótimo dia a todos e até amanhã.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

SEU WINDOWS NOVO DE NOVO COM O FIX-IT E O ALL-IN-ONE WINDOWS REPAIR

EM TERRA DE CEGO, QUEM TEM UM OLHO É CAOLHO.

Em meados de 2009, a Microsoft criou um programinha chamado FIX-IT. Inicialmente, ele se destinava a proteger usuários do MS Office de ataques virtuais, mas acabou por se transformar numa espécie de “central de correção de erros” para o Windows e demais produtos da empresa.
Mais adiante, por qualquer motivo incerto e não sabido, o aplicativo sumiu do mapa, ou melhor, passou a ser oferecido como serviço online – que também desapareceu por uns tempos, ou pelo menos assim me pareceu, pois eu consegui encontrá-lo enquanto rascunhava esta postagem em http://support2.microsoft.com/fixit/
Utilizar esse serviço é muito fácil: basta selecionar a categoria em que seu problema se encaixa, definir o que você deseja fazer e visualizar – ou executar – as soluções propostas (veja detalhes na figura que ilustra esta postagem).
Outra ferramenta muito legal – embora não tão simples de usar – é o freeware ALL-IN-ONE WINDOWS REPAIR, que realiza uma série de análises básicas no Windows (do XP em diante), faz backups importantes e oferece uma lista de opções de correção que podem resolver os mais variados problemas.
Feito o download, dê duplo clique sobre os arquivos de instalação e siga as instruções do assistente – lembre-se de desmarcar os componentes extras, caso não queira que eles sejam instalados. Se a situação do seu sistema justificar, siga os 5 passos na ordem indicada na interface; caso queira apenas se familiarizar com os recursos disponíveis, pule as guias opcionais e clique em REPAIRS, que disponibiliza 32 possibilidades (mais alguns subitens que são exibidos quando se dá um clique no sinal de adição ao lado de alguns dos itens principais). Selecionado qualquer um deles, você obterá uma descrição minuciosa no painel à direita; se souber quais correções resolverão seus problemas, desmarque todas as caixas e remarque as que correspondem às soluções adequadas; não tiver certeza, clique em DEFAULTS para selecionar somente as opções que possam se aplicadas com segurança, sem risco de efeitos colaterais (sempre que possível, fuja de correções em fase BETA).
A aba SETTINGS dá acesso a ajustes adicionais e TWEAKS e oferece outros softwares do mesmo fabricante para download. Se quiser, marque a opção RESTART/SHUTDOWN SYSTEM WHEN FINISHED e em selecione RESTART ou SHUTOWN para o computador ser reiniciado ou desligado automaticamente após a aplicação das correções.
O All-in-One Windows Repair proporciona melhores resultados quando executado no modo de segurança com suporte a rede ou depois de o Windows ser reiniciado mediante um boot limpo  para saber como fazer isso, pressione o botão HOW TO CLEAN BOOT? (oriente-se pela figura à direita). 
Já o modo de segurança carrega o Windows com um conjunto limitado de arquivos e os drivers básicos para a execução do sistema. Para convocá-lo, reinicie o computador e pressione intermitentemente a tecla F8 antes de o logo o sistema ser exibido. Na tela Opções de Inicialização Avançadas, use as teclas de direção para realçar a opção de modo de segurança desejado (com suporte a rede, no caso), pressione Enter e faça logon com sua conta de administrador. Para sair do modo de segurança, reinicie o computador e deixe o Windows carregar normalmente.
Como seguro morreu de velho, não deixe de criar um ponto de restauração do sistema antes de utilizar o All-in-One, a despeito de a própria ferramenta se encarregar de criar um backup do registro antes de proceder a quaisquer alterações (a menos que você modifique essa configuração).
Espero ter ajudado.

Abraços e até mais ler.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

BIZOO – ECONOMIZAR É PRECISO

O PETROLÃO CONSOLIDA O QUE JÁ VEM DE 2005. O MENSALÃO FOI O PREFÁCIO, AGORA O BRASIL ESTÁ TENDO O EPÍLOGO.

Muita gente já nem se lembra de quando era preciso esquadrinhar os anúncios publicados em jornais e revistas e gastar sola de sapato para cotejar preços de produtos que a gente tencionava adquirir. Hoje, com a popularização da Internet e o advento do Google e de outros mecanismos de busca e comparação de preços, bastam poucos cliques do mouse para descobrir onde o preço é menor e as facilidades, maiores.
Para melhorar ainda mais esse contexto, o BIZOO não só indica os preços mais camaradas praticados no mercado digital, mas também permite que os consumidores tenham acesso à evolução do custo dos produtos nos últimos 12 meses e pechinchem diretamente com as lojas online.
Boas compras!

Para o gáudio dos paulistanos, na região da assim chamada Grande São Paulo – e outros municípios vizinhos – a perspectiva de racionamento de água é mais do que preocupante. O Ministro das Minas e Energia atribui a culpa a São Pedro, mas quem tem um pouco de “massa cinzenta” entre os “escutadores de novela” sabe que isso é conversa mole para boi dormir, especialmente considerando que vivemos num país que concentra 12% da água doce do mundo e abriga o maior rio em volume do planeta.


É inegável que este verão vem sendo um dos mais secos e quentes da história, não só em São Paulo, mas também em Minas Gerais e no Vale do Piracicaba, de onde provém a maior parte da água que alimenta o Sistema Cantareira  – responsável pelo abastecimento de quase metade da população da capital e dos municípios em seu entorno. Mas o maior culpado, é bom que se diga, é governo que aí está. 

Na última sexta-feira feira, o Picolé de Chuchu (como Geraldo Alckmin foi apelidado devido à sua sensaboria) se reuniu em Brasília com o Poste que Lula nos enfiou goela abaixo ou reto acima, para ser mais exato – visando encontrar uma solução para o problema. Segundo ele, ainda não há decisão sobre rodízio (embora corram boatos de que essa medida será inevitável e que o abastecimento deverá ser suspenso por cinco a cada sete dias – o que, convenhamos, chega às raias do absurdo, a menos que a intenção seja instalar o caos e forçar boa parte do comércio a baixar as portas). Alckmin afirmou também que não há nenhuma decisão tomada sobre a utilização da terceira reserva técnica do Cantareira, que, segundo ele, só será utilizada em caso de extrema necessidade (leia mais em http://zip.net/bdqJlH).

A verdade é que a Sabesp deveria ter investido em novos sistemas que captassem água de outros mananciais regionais, diminuindo, assim, sua dependência do Cantareira, como estava previsto desde 2004. No entanto, há apenas um sistema produtor de água potável sendo construído – o São Lourenço, que capta água no Vale do Ribeira (sul de SP), mas as obras estão atrasadas e devem ser concluídas somente no ano que vem (se Deus ajudar). Para piorar, cerca de 30% da nossa água tratada é desperdiçada devido a vazamentos dos quais a concessionária tem conhecimento, mas insiste em não corrigir. Do restante, a agricultura consome 70%, a indústria 22% e a população, míseros 8%.

Observação: Os números não mentem: se todos os paulistanos deixassem de consumir água durante um mês inteiro, o que é inadmissível, a não ser para efeito de argumentação – a economia seria de pouco mais de 5%, o que até ajuda, mas está bem longe de resolver o problema.

O mais curioso – se esse termo se aplica – é que, em vez de adotar as medidas apropriadas, o governo e a Sabesp se empenham em transferir o ônus para a população, que vem sendo "conscientizada" a economizar o precioso líquido mediante aumento de tarifa e aplicação de multas. Não demora e dar descarga depois de urinar se tornará crime inafiançável. 

Vamos nos lembrar disso nas próximas eleições, se é que até lá não estejamos todos por desidratação.


Um ótimo dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

AVG PC TUNEUP - MITOS, BOATOS E QUE TAIS

DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA.

Vimos no post anterior que manter o desempenho do PC em patamares aceitáveis requer o uso de uma suíte de manutenção responsável e a correta diferenciação das medidas que trazem ganhos reais daquelas que não fazem a menor diferença ou, pior, põem em risco a estabilidade do Windows.
Nesse sentido, a AVG, responsável pela festejada suíte TuneUp Utilities, desvenda alguns mitos que campeiam soltos na Web, que eu transcrevo a seguir, acompanhados de minhas observação pessoais (em itálico e ressaltado em amarelo).

·        Eliminar fontes (tipos de letra) melhora a inicialização do sistema A empresa testou essa dica reduzindo de 280 para 40 o número de fontes instaladas num computador, e não observou qualquer melhora significativa no tempo de boot. Convém ter em mente que, durante a inicialização, o Windows carrega todas as fontes na memória, e como cada uma delas – e suas respectivas variações de tamanho e estilo – correspondem a arquivos, quanto maior a quantidade, tanto maior o consumo de memória e, consequentemente, a demora na inicialização do sistema. Por outro lado, 280 fontes ocupam cerca de 500 MB, e como as máquinas atuais contam com 2 GB ou mais de RAM, o impacto realmente não é expressivo. No entanto, eu me lembro de ter instalado certa vez uma quantidade tão grande de fontes no meu velho 486, que o pobre não conseguiu mais carregar o Windows (acho que está tentando até hoje - risos). Brincadeiras à parte, eu recomendo manter apenas as fontes-padrão do sistema e mais algumas que você realmente utilize no dia-a-dia (para saber como gerenciar fontes, clique aqui). E caso você se depare com um tipo de letra chamativo (num blog ou página da Web), melhor que garimpá-lo manualmente é acessar www.myfonts.com, clicar no link WhatTheFont, fazer o upload da imagem com o texto e deixar que o serviço se encarregue da identificação.

·        Ajustes no BIOS podem reduzir o tempo de boot – Alguns ajustes promovidos através do CMOS Setup podem reduzir o tempo de inicialização (não mais do que uns poucos segundos, mas enfim). É preciso muito cuidado ao mexer nesse vespeiro, pois qualquer modificação indevida ou mal sucedida pode comprometer a estabilidade – ou a própria inicialização – do Windows. Para entender isso melhor, reveja a sequência de postagens iniciada por esta aqui.  

·        Utilizar todos os núcleos da CPU para o arranque do PC – Há quem afirme que o Windows utiliza somente um núcleo de processamento durante a inicialização e recomendam habilitar todos os núcleos para acelerar consideravelmente este processo. Esse ajuste na verdade não funciona, pois o fato do Windows limitar o número de núcleos da CPU durante o início foi desenvolvido por razões de segurança em caso de problemas, não para permitir habilitar mais núcleos. De qualquer forma, o Windows utiliza todos os núcleos disponíveis logo após a primeira fase da inicialização. Sem falar que essa reconfiguração pode resultar na mensagem de erro "BAD_SYSTEM_CONFIG_INFO". Essa questão divide a opinião dos analistas: alguns afirmam que o Windows utiliza todos os núcleos durante o boot, e que a ferramenta serve apenas para limitá-los, mas a tela das opções avançadas de inicialização do meu PC mostra apenas um núcleo habilitado por default. Para adicionar o segundo, eu marquei a caixa Número de processadores, cliquei na setinha à direita e escolhi a opção 2, conforme visto nesta postagem, e a partir daí observei uma redução de aproximadamente 10% no tempo de inicialização. Vale lembrar que isso pode variar de acordo com uma série de fatores. Quando reiniciamos o PC depois de uma limpeza e compactação do Registro, por exemplo, notamos que o Windows demora mais para nos entregar o comando da máquina, mas os boots subsequentes passam a ser mais rápidos. Em última análise, nada se perde em tentar, até porque basta desfazer o ajuste em questão para que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes. 
·        Desativar algumas funções e programas do computador – Os PCs sempre vêm com vários dispositivos integrados ou outros componentes dos quais os usuários nem sempre necessitam, como um transmissor Bluetooth, um adaptador Ethernet, uma câmera web, um controlador de Firewire, ou mesmo um chip de som. Embora não seja viável desligá-los todos permanentemente, essa ação um efeito real no tempo de início. Ao realizar a prova, os laboratórios da TuneUp economizaram 4 segundos no tempo de arranque. Mas vale a pena todo este incômodo? Definitivamente, não. De pleno acordo. Quanto aos programas, quanto menos, melhor. Antes de dar início aos procedimentos de manutenção, vasculhe a lista dos apps instalados e remova sem remissão todos os que não têm utilidade ou são usados uma vez na vida, outra na morte. Demais disso, recorra sempre que possível a serviços baseados na Web, que podem ser rodados a partir do navegador (desde que você tenha uma conexão com largura de banda razoável, naturalmente). Você pode localizá-los através do seu motor de busca (digitando “editor de imagens online” em vez de simplesmente “editor de imagens”, por exemplo). Outra opção é recorrer a websites que centralizam esses serviços, como o SPOON. Basta instalar o plug-in, criar sua conta e escolher o software desejado – há de navegadores a games, passando por comunicadores, programinhas de conversão, plataformas de emails, editores, diagramadores, e muito mais. Ao final, basta fechar a caixa respectiva; como tudo roda virtualmente, nenhum resquício ficará armazenado em seu computador.

Para acelerar o PC de forma confiável e segura, você pode baixar e instalar uma versão de teste do TuneUp Utilities 2014 no site oficial da TuneUp e usá-la sem qualquer ônus pelo prazo de 15 dias, com todas as funcionalidades do programa.

Piadinha da vez:



Abraços a todos e até segunda, se Deus quiser.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

MANUTENÇÕES PREVENTIVO-CORRETIVAS COM O AVG PC TUNEUP

CONSTRUÍMOS MUROS DEMAIS E PONTES DE MENOS. 

Depois da segurança digital, a manutenção preventivo-corretiva é um dos temas mais recorrentes aqui no Blog, pois ajuda a preservar o desempenho do computador e, consequentemente, postergar uma trabalhosa reinstalação a partir do zero – que mais hora, menos hora, será a única maneira de devolver ao sistema o seu viço original.
Para manter o Windows nos trinques, não basta rodar os utilitários nativos para limpeza do disco rígido, correção de erros e desfragmentação dos dados. Um serviço bem feito requer o auxílio de uma suíte de manutenção responsável, e uma das mais bem conceituadas no mercado é a TUNEUP UTILITIES – ou melhor, AVG PC TUNEUP, como passou a se chamar quando foi incorporada ao portfólio de produtos da empresa de segurança digital AVG (mais detalhes nesta postagem).

Observação: O software em questão conta com mais de 30 funções acessíveis a partir de uma interface simples e amigável, dispostas em oito categorias, como se pode ver na figura que ilustra esta postagem. Com todo esse “poder de fogo”, a maioria dos usuários poderá tranquilamente abrir mão de outras ferramentas que tais – eu mesmo removi quatro das cinco suítes que utilizava, e só mantive o CCleaner porque com ele me permite selecionar individualmente os pontos de restauração do sistema que desejo apagar.  

Passando ao que interessa, uma das queixas mais recorrentes dos usuários é a demora na inicialização e no encerramento do sistema – problema que vai se agravando conforme o “tempo de estrada” do aparelho. Embora a Web esteja coalhada de dicas e “programinhas milagrosos” que prometem uma revitalização relâmpago, é bom por as barbichas de molho, pois muita gente mal intencionada se aproveita dessa “insatisfação” para explorar a boa fé dos desavisados.

Uma situação bastante comum é o internauta estar navegando na Web e uma janelinha pop-up se oferecer para acabar com seus problemas de lentidão. Tentador, não é mesmo? Só que, no mais das vezes, a (pseudo?) varredura irá acusar a existência de centenas de erros e induzir a vítima a corrigi-los serão corrigidos mediante a instalação do “programinha X” – que está sendo oferecido por tempo limitado com um desconto de 80%. Em outras variantes, a presa pode ser instruída a pressionar um botão para dar início às correções, clicar num link que supostamente abrirá uma página com mais informações, e por aí vai, mas o verdadeiro propósito de tudo isso é infectá-lo com um programinha malicioso, aproveitando-se de vulnerabilidades não foram corrigidas porque ela não baixou e instalou os patches que a Microsoft disponibiliza regularmente, ou porque não se deu ao trabalho de manter seu arsenal de defesa ativo e operante.
Resumo da ópera: é de suma importância saber diferenciar o joio do trigo, tomar medidas que tragam benefícios reais e fugir daquelas que são inócuas ou, pior, prejudiciais ao bom funcionamento do PC.
Para que essa postagem não se torne extensa demais, o resto fica para amanhã. Abraços a todos e até lá.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

INTERNETÊS

O QUE SABEMOS É UMA GOTA; O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO.

Toda disciplina tem seu jargão característico, e a Informática não é exceção – aspecto esse, aliás, que levou meu então parceiro Robério e eu a publicar um “DICIONÁRIO DE INFORMATIQUÊS” dentro da Coleção Guia Fácil Informática, lá pelos idos de 2007, mas isso já é outra história.
Com a popularização da Web, no entanto, uma vasta gama de neologismos deu origem ao “Internetês”, cujo uso visa economizar caracteres e agilizar a comunicação entre internautas tarimbados, mas acaba confundindo os recém-chegados.

Observação: O princípio do internetês é economizar caracteres, dispensando, sempre que possível, as vogais, e substituindo uma ou mais sílabas de uma palavra por letras ou números foneticamente equivalentes, bem como utilizar símbolos para transmitir emoções. Note, porém, que embora seja aceitável em salas de chat, programas de mensagens instantâneas, redes sociais ou na troca de emails entre amigos, por exemplo, essa prática jamais deve ser estendida à redação formal.

Claro que algumas expressões são intuitivas, como “ñ” em substituição ao advérbio de negação “não” e “kkkkkk” como representação onomatopaica de “risos”, mas outras são mais obscuras – como “9dad” no sentido de “novidade”, ou “fikdik” para “fica a dica”.
O lado bom da história é que você pode encontrar a tradução da maioria dessas expressões no Dicionário Informal – que inclui até mesmo termos de baixo calão – tais como “pqp”, “vsf”, “fda”, “krlh”, “carai”, “bcta”, etc. – e expressões em inglês, como o indefectível “WTF” (“what the fuck”).
FIKDIK. []s e te+ler.