Quem acompanha meu Blog sabe que o tema principal é a
Tecnologia da Informação, embora
eventualmente eu mude o foco para
política,
religião,
culinária ou outro assunto cuja relevância justifique a abordagem.
E o post de hoje é um bom exemplo, pois remete a um
hoax
segundo o qual a revista
FORBES inclui o
ex-presidente Lula no rol dos homens mais ricos do mundo.
Recebi o email apócrifo há alguns dias, e me arrependo de
tê-lo repassado sem antes confirmar a veracidade das informações. Quem me
conhece sabe que não gosto de política nem morro de amores por
Lula,
Dirceu,
Genoíno e Cia – aliás, acho que o PT cagou nos
eleitores, limpou o rabo com o manto da moralidade (que ostentava enquanto oposição)
e, em vez da gestão ilibada que vinha prometendo à plebe ignara, produziu uma
miríade de maracutaias que fizeram o esquema
Collor-PC parecer coisa de punguista de feira.
Observação: Maluf toca piano e, segundo seus detratores, quando ele levanta o rabo da banqueta, a única música
que pode ser executada é o “SAMBA DE UMA NOTA SÓ”. Outros maledicentes dizem que
Lula é “o desempregado que deu certo”,
e que só não roubou mais por ter apenas nove dedos, mas isso são frases de
efeito criadas espirituosamente por um povo que tem a virtude (?!) de fazer piada com a própria desgraça. Agora
falando sério, Maluf é deputado federal e tem trânsito
livre no Congresso, embora não possa deixar o país (se tentar, será preso e acusado de desvio de dinheiro público). Lula, por sua vez, respaldado na
popularidade que lhe outorgam milhões de “sem-noção” desta nação, busca
desesperadamente desacreditar o maior escândalo de corrupção da nossa história, de modo a limpar sua biografia e salvar os “companheiros” processados – ou, pelo
menos, procrastinar o julgamento para garantir a prescrição dos crimes. Felizmente o
STF vem resistindo à pressão – e já condenou cinco dos 37 réus. Pena que com a
aposentadoria compulsória do ministro Cezar
Peluzo, na última segunda feira, os demais itens do processo serão julgados
apenas pelos restantes 10 ministros.
Seja como for, não se pode condenar quem quer que seja com
base no “ouvir dizer”; é preciso apurar os fatos e tomar muito cuidado com as
meias-verdades. No entanto, nem seria necessário criar falácias para denegrir a
administração lulopetista, até porque os fatos falam por si – fatos esses, aliás,
divulgados na seção de política dos principais portais da Web e publicados em
revistas do quilate da VEJA e da ISTOÉ, que se não estão acima de
qualquer suspeita, tampouco são o blog do Zé ninguém ou um site de fofocas
qualquer. Confira alguns exemplos:
·
Embora o nome de Lula
não apareça na lista dos
36 bilionários brasileiros da
Forbes
(nem deste ano, nem de qualquer outro), seu patrimônio quase dobrou ao longo do
primeiro mandato (isso considerando os valores declarados ao
TSE) – evolução que o PT atribuiu à
soma do salário de presidente com os proventos a aposentadoria e rendimentos de
diversas aplicações financeiras.
·
Antes de ser eleito e empossado, o ex-presidente
morava numa casa emprestada pelo compadre Roberto
Teixeira e tinha suas despesas pagas pelo amigo Paulo Okamoto – que, mais adiante, se tronariam o pivô do escândalo
da venda da VARIG (um dos maiores
estelionatos avalizados pelo governo brasileiro) e o presidente do SEBRAE, respectivamente. Quando deixou o governo, levou consigo 17 caminhões carregados com objetos cuja propriedade ninguém ousou questionar.
·
Talvez
Lulinha
(apelido que o filho
Fábio Luiz
detesta) não tenha gasto R$ 47 milhões na compra da
Fazenda Fortaleza, no interior de São Paulo, nem seja dono de
latifúndios no Pará. Mas sua ascensão é no mínimo curiosa, já que, em 2003,
deixou o emprego no ZOO de São Paulo (que lhe rendia o minguado salário de R$
600) para se tornar sócio da produtora
Gamecorp
– que, com um capital de apenas R$ 100 mil, conseguiu vender parte de suas
ações à
TELEMAR por R$ 5,2 milhões. Como
Lulinha também se havia associado ao lobista
Alexandre Paes dos Santos (conhecido como APS, homem de relações
perigosas e com extensa ficha criminal), ficou nítida a impressão de que os milhões
investidos pela Telemar tinham como principal objetivo comprar o acesso que o
filho do presidente tinha a altas figuras da República (para mais detalhes,
acesse
http://veja.abril.com.br/251006/p_060.html).
Para concluir, vale relembrar, que você pode (e deve) checar boatos e mensagens alarmistas que tais em sites como o do
E-FARSAS, da
MCAFEE, da
SYMANTEC,
da
DATAFELLOWS e da
HOAXBUSTERS,
evitando disseminar “mentiras” e ficar mal-visto por quem se trumbicar ao confiar nos emails que você repassa.
No mais, as
eleições
estão aí. Pense bem antes de votar.
Observação: Tanto a foto à esquerda do primeiro parágrafo quanto a imagem à direita, que exibe o ex-presidente lendo o livro de ponta-cabeça, são apenas montagens.
Abraços a todos e até amanhã.