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sexta-feira, 11 de abril de 2014

CONTROLE DE CONTAS DE USUÁRIO NO WINDOWS 7 - Final.

CADA MACACO NO SEU GALHO!

Prosseguindo como que dizíamos ontem, é indiscutível que o UAC aprimora a segurança do sistema, de modo que à resposta à pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é SIM, até porque qualquer camada a mais de proteção é sempre bem-vinda. No entanto, tenha em mente que o UAC não torna o PC idiot proof a ponto de protegê-lo do próprio usuário.

Observação: Quem não dispõe de um arsenal de defesa responsável e faz pouco das recomendações básicas de segurança não demora a ser vítima de um vírus, spyware ou outro tipo qualquer de código malicioso, e aí não adianta culpar o sistema. Por outro lado, se o incauto se logar com uma conta limitada, os estragos feitos pela praga serão igualmente limitados, de maneira que bastará fazer logon com outra conta para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (o que, convenhamos, é mais fácil e rápido do que reinstalar o Windows).

No Seven, a conta limitada dá acesso à maioria dos recursos do sistema, conquanto impeça a instalação ou desinstalação de programas, drivers ou dispositivos de hardware, além de obstar a modificação de arquivos indispensáveis ao funcionamento do PC e configurações que afetem outros usuários ou a segurança global da máquina. Para rodar aplicativos que exijam poderes administrativos, todavia, não é preciso fazer logoff e tornar a se logar como administrador; basta indicar sua conta privilegiada e digitar a senha correspondente.
Se você se sentir incomodado com as constantes mensagens do UAC, acesse o Painel de Controle, clique em Contas de Usuário > Alterar configurações de Conta de Usuário, mova o controle deslizante para a posição Nunca notificar, dê OK e reinicie o computador (para reativar o recurso, siga os mesmos passos e mova a barra deslizante para a posição anterior).
Já para executar o Seven com uma conta limitada, primeiro é preciso criá-la. Se você está migrando agora para essa edição do Windows, acesse o Painel de Controle e, em Contas de Usuário, clique em Gerenciar outra conta > Criar uma nova conta, dê um nome à conta, marque a opção desejada e confirme. Caso venha usando essa versão do sistema com a conta de administrador criada durante a instalação, o melhor a fazer é rebaixá-la (isto é, transformá-la numa conta-padrão) e criar outra conta privilegiada – de modo a evitar a perda de suas configurações pessoais. Para tanto, repita os passos anteriores, crie a nova conta, atribua-lhe poderes de administrador e uma senha (caso surja uma mensagem dizendo que você irá perder todos os arquivos criptografados com EFS, certificados pessoais, senhas armazenadas, ignore-a e siga adiante). Clique então em Gerenciar outra conta, dê duplo clique sobre a conta de administrador que você quer rebaixar, clique em Alterar o tipo de conta, marque a opção Usuário padrão, confirme, feche as janelas e reinicie o computador.

Antes da nossa tradicional piadinha de final de semana, resolvi reproduzir aqui a "carta de despedida" que o XP "escreveu de próprio punho" e endereçou a todos os usuários e amigos. Confira:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

Passemos agora ao humor de sexta-feira:

TESTE DO BAFÔMETRO EM PORTUGAL.

Um indivíduo, bêbado que nem um cacho, foi mandado parar para um teste de alcoolemia. Diz o guarda:
- O sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. Guarda. A minha sobrinha casou hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete, enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e, à noite na festa, bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e que isto é um controle de alcoolemia?
- Sei perfeitamente, Sr. Guarda. E o Sr. Guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?


Brincadeira, evidentemente, mas não seu um fundo de verdade (risos).
Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

RANSOMWARE WANNACRYPT AFETA MAIS O WINDOWS 7 DO QUE O XP

NÃO HÁ NADA PIOR QUE UM IDIOTA COM INICIATIVA.

Diferentemente do que se imaginou a princípio, o mega ataque hacker baseado no WannaCrypt não foi tão avassalador assim para o XP, embora a própria Microsoft tenha se apressado a disponibilizar uma correção para ele, mesmo tendo encerrado seu suporte estendido em 2014. De acordo com a Kaspersky ― empresa russa que é referência em softwares de segurança digital ―, a edição do Windows mais afetada foi o Seven x64 (confira no infográfico que ilustra esta postagem).

O XP foi o Windows mais longevo de todos os tempos. Lançado em 2001, ele recebeu três Service Packs e permaneceu ativo até abril de 2009, quando foi aposentado pela empresa de Redmond.

Como o Vista não decolou, o XP continuou recebendo atualizações críticas e de segurança por mais cinco anos, e a despeito de o Seven ter sido um sucesso de crítica e de público, o velho guerreiro ainda marca presença em mais de 140 milhões de máquinas ―  inclusive nos caixas eletrônicos do seu Banco.

Para rememorar a aposentadoria do XP, reproduzo a seguir sua carta de despedida, que publiquei originalmente em abril de 2014:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

A GRANDEZA DA RENÚNCIA ― ARTIGO EM FALTA NAS PRATELEIRAS DA POLÍTICA TUPINIQUIM

Conforme eu ponderei na postagem anterior, a melhor saída para o imbróglio em que Temer se meteu e meteu o país seria sua pronta renúncia. Aliás, se isto aqui não fosse a Banânia que é, um presidente flagrado num encontro clandestino com um investigado que, com a naturalidade de quem confidencia uma aventura extraconjugal, diz estar subornando juízes, procuradores e até ex-parlamentares (que hoje gozam da hospitalidade do nosso sistema prisional), se afastaria até a conclusão das investigações e, ao final, se tudo se resumisse a um falso positivo, reassumiria o cargo. Mas renúncia exige grandeza, e grandeza está em falta nas prateleiras da política tupiniquim.

Getúlio renunciou não só à presidência, mas também à vida. Jânio renunciou, mas, como reconheceu no livro “Jânio Quadros: Memorial à história do Brasil”, fê-lo como um blefe, achando que voltaria fortalecido pelas bênçãos do povo e das Forças Armadas ― e se deu mal. Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto popular na “Nova República”, renunciou, às vésperas do julgamento do impeachment, mas apenas para tentar salvar seus direitos políticos ― não funcionou; ele foi apeado da presidência e ficou inelegível por oito anos. Dilma não renunciou ― e acabou penabundada.

Temer parece decidido a imitar sua antecessora e se agarrar ao cargo com unhas e dentes ― falando na mulher sapiens, diante da situação delicada em que se encontra seu desafeto, a mentecapta teve o desplante de postular a anulação do seu impeachment e sua recondução ao Planalto. Uma ideia tão mirabolante quanto a de certo penta-réu que tentar escapar do xilindró candidatando-se à sucessão presidencial. Mas isso é conversa para outra hora.

Como bem salientou Roberto Pompeu de Toledo ― em mais um brilhante artigo publicado na Revista Veja desta semana ―, a grandeza da renúncia ofereceu-se pela primeira vez a Michel Temer no dia do impeachment de Dilma. Se abdicasse de seus direitos de vice naquela ocasião, teria aberto caminho para eleições das quais surgiria um presidente abençoado pelo voto popular e com um mandato de mais de dois anos pela frente. A segunda vez se deu quando suas conversas com Joesley Batista foram divulgadas. Nesse caso, os benefícios não seriam amplos como na vez anterior, nem para o país ― porque o sucessor já não viria por eleição direta ― nem para ele próprio ― porque o gesto não apagaria a fatídica conversa de sua biografia. Seria, ainda assim, um gesto de grandeza, mas que ele repudia enfaticamente: “Se quiserem, me derrubem”. Ofertas de grandeza não costumam aparecer a toda hora, e como Temer já desperdiçou duas, tudo indica que vamos ficar sem elas.

Como também foi dito no post anterior, em não ocorrendo a renúncia espontânea, Temer poderá cair via impeachment ou ser afastado pelo STF ― atendendo a um pedido da PGR, o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigá-lo no imbróglio da JBS. A questão é que, tanto num caso como no outro, a coisa poderia se arrastar por meses, e isso seria traumático para um país que depôs uma presidente da República há menos de um ano. Ficamos, então, na expectativa de a chapa Dilma-Temer ser cassada pelo TSE na próxima semana ― mesmo que seja interposto recurso ao Supremo, o resultado seria mais rápido que o das alternativas anteriores. Por outro lado, é possível e até provável que algum dos ministros do TSE peça vista do processo, e aí só Deus sabe quando o julgamento será retomado (voltarei a esse assunto oportunamente).

O STF deve se pronunciar nesta tarde ― estou escrevendo este texto às 14 horas do dia 31 de maio ― sobre a restrição ao foro privilegiado para parlamentares. O caso concreto que será apreciado é de relatoria do ministro Luiz Roberto Barroso e envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes.

Barroso argumentou que o atual sistema “é feito para não funcionar” e se tornou uma “perversão da Justiça”, e disse ainda que “não é preciso prosseguir para demonstrar a necessidade imperativa de revisão do sistema. Há problemas associados à morosidade, à impunidade e à impropriedade de uma Suprema Corte ocupar-se, como primeira instância, de centenas de processos criminais. Não é assim em parte alguma do mundo democrático”. Segundo o ministro, existem na Corte aproximadamente 500 processos contra parlamentares, sendo 357 inquéritos e 103 ações penais. “O prazo médio para recebimento de uma denúncia pelo STF é de 565 dias, ao passo que um juiz de primeiro grau a recebe, como regra, em menos de uma semana, porque o procedimento é muito mais simples”.

Vamos acompanhar. 

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 30 de março de 2011

Guerra dos navegadores (outra vez)

Cada “reedição” da Guerra dos Navegadores acirra os ânimos dos fiéis escudeiros e detratores figadais deste ou daquele programa. Desta feita, a disputa mais acirrada envolve IE, Firefox – até porque suas novas versões foram lançadas quase que simultaneamente –, embora o Chrome, o Opera e o Safari também venham disputando um lugar ao sol.

Observação: O advento dos browsers foi um dos grandes responsáveis pela difusão da Internet entre “usuários comuns”. As versões para Unix surgiram em 1991, mas o Navigator (lançado pela Netscape em 1994) foi o pioneiro na exibição de textos e imagens postadas em websites – e a ele se deve a consagração da expressão “navegar” como sinônimo de acessar páginas da Web.

Complementando o que foi dito na postagem do último dia 24, a fatia de mercado que cada navegador abocanha varia conforme o momento da apuração e as tendências/preferências dos apuradores, e embora seja consenso que o IE continue em primeiro lugar, é inegável que ele venha caindo sistematicamente, enquanto seus concorrentes diretos não param de subir.
Os adeptos da Microsoft comemoraram 2,35 milhões de downloads do IE9 nas primeiras 24 horas, enquanto os fãs do Ferefox 4 festejaram seus mais de 7 milhões de downloads no dia do lançamento. Mas se a Raposa venceu a “batalha do primeiro dia” (com 10,1 milhões de usuários – aí considerados os downloads das primeiras 24 horas e os mais de 3 milhões que já rodavam o Release Candidate dessa versão), o IE9 contabilizou mais de 40 milhões de downloads antes do lançamento oficial (aí considerados três betas públicos e a versão Release Candidate), o que representa um “empate técnico”.
Vale lembrar, por oportuno, que o Firefox é atualizado automaticamente (ou notifica o usuário da existência de uma nova versão); se o IE9 fosse atualizado da mesma forma – ou empurrado via Windows Update para todos os usuários do IE8 –, esses números certamente seriam diferentes. Isso sem mencionar que o Firefox 4 é multiplataforma, enquanto o IE9 roda somente no Windows Vista e Seven – ficando limitado, por conseguinte, a cerca de 30% do público alvo de seu principal concorrente.
Em face do exposto – e preferências pessoais à parte –, a prudência nos recomenda deixar a coisa rolar por mais alguns meses e então voltar a comparar os números.
Para encerrar, não custa lembrar que se você já está enjoado dessa "briga de foice", existem várias outras opções de navegadores que você pode baixar e conferir. Veja algumas delas:

Opera – Versão 11.0 para Windows 98/Me/2000/XP/2003/Vista;
Safari – Versão 3.1.1 para Windows XP/Vista;
Flock – Versão 1.1.4 para Windows XP/Vista Linux e Mac;
Browzar – Versão 1.4 para Windows 98/ME/2000/XP;
Songbird – Versão 0.5 para Windows 98/Me/2000/XP/2003/Vista;
K-Meleon – Versão 1.1.5 para Windows XP/Vista;
uBrowser  – Windows 98/NT/2000/XP;
Avant Browser – Versão 11.6 para Windows 98/2000/XP/2003;
My First Browser – Windows 2000/XP/Vista.

Bom dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE V


AO CASAR COM A MULHER CERTA, VOCÊ ESTÁ COMPLETO. AO CASAR COM A MULHER ERRADA, VOCÊ ESTÁ ACABADO. E SE A MULHER CERTA FLAGRÁ-LO COM A MULHER ERRADA, VOCÊ ESTARÁ COMPLETAMENTE ACABADO!
A pareceria entre a IBM e a Microsoft terminou, mas ambas as empresas continuam buscando maneiras de romper as limitações do DOS. A estrela de Bill Gates brilhou mais forte: o sucesso do Windows 3.1 foi estrondoso, a tumultuada disputa entre o OS/2 WARP e o Win 95 terminou com a vitória da Microsoft, a arquitetura aberta se firmou como padrão do mercado e o Windows se tornou o sistema operacional para PCs mais usado em todo o mundo.
Até as edições 3.x do Windows, quem aparecia na tela quando ligávamos o PC não era a área de trabalho, mas o Prompt do DOS; para convocar a interface gráfica, digitávamos win no prompt de comando e pressionávamos a tecla Enter. O prompt — ponto de entrada para a digitação de comandos do DOS e outros comandos internos do computador — é geralmente representado pela letra correspondente à partição do sistema, seguida de dois pontos, uma barra invertida e o sinal de “maior que” (C:>), embora outros elementos fosse adicionados conforme navegávamos pelos diretórios, pastas e arquivos. Os comandos tinham de ser inseridos cuidadosamente, pois um espaço a mais ou a menos, um caractere faltando ou sobrando ou qualquer erro de digitação fazia com que uma mensagem de erro fosse exibida.
Além da dificuldade inerente à memorização desses comandos (compostos de letras, números e sinais gráficos), o DOS tinha a desvantagem de ser monotarefa. Quando mandávamos um documento para a impressora, por exemplo, não podíamos realizar qualquer outra atividade no computador até que o processo fosse concluído. Embora o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, não era possível, também por exemplo, trabalhar com um editor de textos e usar a calculadora ao mesmo tempo
Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o MS-DOS deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, mas continuou existindo nos bastidores do Windows 9.x/ME, conquanto seus comandos fossem cada vez menos usados. Afinal, era mais fácil, rápido e cômodo operar o sistema através dos ícones, botões, menus e caixas de diálogo da interface gráfica. No entanto, ainda é possível emulá-lo para a execução de tarefas que não podem ser convocadas via interface gráfica ou que requerem o uso diferenciado de recursos do computador, tais como diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai (alguns desses procedimentos podem ser convocados via menu Executar, mas isso é outra conversa).
Para acessar o DOS nas edições 9.x do Windows, bastava pressionar o botão Desligar e selecionar a opção Reiniciar o computador em modo MS-DOS (ou equivalente). A partir da edição XP, em vez do DOS propriamente dito, tínhamos somente um prompt de comando que emulava as funcionalidades do velho sistema. Para convocá-lo, clicávamos em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de Comando ou simplesmente teclávamos WIN+R e digitávamos cmd na caixa do menu Executar. A partir do Windows 8, a lista Todos os Programas do menu Iniciar passou a exibir o Windows Power Shell em vez de o tradicional prompt de comando.
Continua no próximo capítulo.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

NÃO FAÇA DO SEU COMPUTADOR UMA CARROÇA


TRANSPORTAI UM PUNHADO DE TERRA TODOS OS DIAS E FAREIS UMA MONTANHA.

Quem usava computadores nos anos 1990 deve estar lembrado do sucesso retumbante do Win 3.11 (que na verdade era uma atualização da versão 3.1), lançado em 1993. Naquela época, o Windows ainda era uma interface gráfica que rodava no MS-Dos ― ele só passou a ser o sistema operacional propriamente dito dois anos mais tarde, com o lançamento do festejado Win95. Assim, que aparecia na tela quando ligávamos o computador era o prompt do DOS; para carregar o Windows, era preciso digitar win na linha de comando e pressionar a tecla Enter.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, o Win 3.11, embora fosse bastante limitado (em comparação com as versões posteriores), era um programa “ágil”. Mesmo com as configurações de hardware modestas daquela época ― processadores operando na casa das centenas de megabytes, assessorados por uma quantidade ridícula de memória RAM (tipo 4 MB) e HDs de capacidades inferiores à de um CD ―, as tarefas eram executadas rapidamente. O que não chega a espantar, considerando que os arquivos de instalação do DOS mais os do Windows cabiam numa dúzia de disquetes (cada disquinho comportava 1.44 MB de dados).

Observação: A título de comparação, o Windows 3.x era composto por algumas centenas de milhares de linhas de código, contra 40 milhões do Windows 7 e mais de 2 bilhões do Google. 

Fato é que o Windows evoluiu significativamente ao longo do tempo e das diversas edições lançadas desde então. E a despeito de a finalidade precípua de um sistema operacional ser funcionar como ponte entre o hardware e o software e dar suporte aos aplicativos, a Microsoft recheou o seu com componentes destinados as mais diversas tarefas (de processadores de texto e calculador a jogos e ferramentas de manutenção). Se somarmos a isso o bloatware adicionado pelos fabricantes de PCs e a penca de aplicativos que os próprios usuários instalam a posteriori, fica fácil entender porque continuamos reclamando da lentidão do computador.   

Esses “extras”, somados a configurações que privilegiam a aparência e outras perfumarias ― em detrimento do desempenho ―, são os maiores responsáveis pela lentidão do aparelho. Isso sem mencionar os milhares de itens desnecessários (arquivos temporários, vestígios de aplicativos desinstalados, pastas vazias, etc.) vão se acumulando no HD com o passar do tempo e o uso normal da máquina, as indefectíveis entradas inválidas no Registro (a espinha dorsal do Windows) e a inevitável fragmentação dos dados. Por essas e outras, para resgatar o desempenho original do computador, somos obrigados, de tempos em tempos, a formatar a unidade do sistema e reinstalar o Windows “do zero”.

Uma reinstalação resgata o “viço” do sistema (e melhora significativamente a experiência de uso do computador como um todo), mas dá trabalho, toma tempo e demanda reconfigurações e reinstalações (de atualizações, aplicativos, etc.) aborrecidas. Isso sem falar que sempre acabamos perdendo alguma coisa, por mais que mantenhamos backups atualizados de nossos arquivos pessoais.

Infelizmente, não é possível evitar a reinstalação do sistema, mas podemos ao menos adiá-la por anos a fio, desde que realizemos procedimentos de manutenção preventiva (assunto abordado em dúzias de postagens aqui no Blog) e tomemos algumas providências simples, como as que serão sugeridas e comentadas a seguir. Acompanhe.

Inibir a inicialização automática de aplicativos que pegam carona com o Windows:

Todo aplicativo ocupa espaço na memória de massa do computador (HD ou SSD) e, quando em execução, também na memória física (RAM). O ideal é manter em execução somente aquilo o que é estritamente necessário, evitando o desperdício de recursos (notadamente memória e ciclos de processamento da CPU). Via de regra, o antivírus é o maior responsável pelo consumo de recursos, mas não devemos desabilitá-los (por razões óbvias). No entanto, programinhas que usamos apenas eventualmente podem ter a inicialização inibida sem problema algum ― a não ser, talvez, uma demora um pouco maior para abrir, quando precisarmos deles.

Boas suítes de manutenção (como o Advanced System Care e o CCleaner, por exemplo) facilitam o gerenciamento da inicialização, mas nada impede que você o faça usando os recursos nativos do Windows. Para tanto, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas e clique em Gerenciador de tarefas. Na tela do gerenciador, clique na guia INICIALIZAR (oriente-se pela figura que ilustra esta postagem) e, na lista dos aplicativos, desative aqueles que você acha dispensáveis (basta dar um clique direito sobre o item supérfluo e, no menu suspenso, clicar em Desabilitar). 

Só tome cuidado para não desativar programas necessários, como o antivírus ou o aplicativo de firewall, por exemplo, bem como drivers e outros componentes essenciais (que não aparecem nessa lista, e sim na que é exibida quando clicamos nas abas Processos e Serviços, mas isso já é outra conversa).

Continuamos na próxima postagem.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

SOBRE A MICROSOFT, O WINDOWS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

SE DERES VOZ A BURROS, OUVIRÁS ZURROS.

Em 1975, Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC para o Altair 8800

No início dos 1980, de olho no sucesso da empresa de Steve Jobs com o Apple II, a International Business Machines Corporation decidiu massificar o mercado de computadores pessoais com seu IBM-PC. Como não tinha planos de desenvolver um sistema operacional, a gigante procurou Bill Gates, supondo que a Microsoft fosse a dona dos direitos do CP/M (que na verdade pertenciam ao programador Gary Kildall).

Da feita que não tinha nada pronto para oferecer à IBM — até então, Gates e Allen jamais haviam escrito um sistema operacional —, Tio Bill desfez o engano e mediou uma reunião entre a IBMKildall. A partir desse ponto as versões divergem, mas a mais aceita é a de que Kildall encarregou a esposa de receber os executivos e foi pilotar seu avião particular. Como a mulher vinculou a assinatura do contrato prévio a um aumento substancial no valor dos royalties, a IBM encerrou as negociações e voltou a procurar a Microsoft, e dessa vez Mr. Gates não fez de rogado.

Segundo algumas fontes, a empresa contratou um programador para criar a primeira versão do MS-DOS “inspirada” no software de Kildall. Outras dão conta de que Paul Allen conhecia Tim Paterson — o criador do QDOS —, e o procurou para negociar um acordo de licenciamento. Em meio as tratativas, a IBM confirmou seu interesse no “sistema da Microsoft”, e Allen se apressou a comprar os direitos do QDOS (tanto num caso como noutro, o valor pago teria sido de US$ 50 mil).

Fato é que a Microsoft ajustou o software ao hardware do IBM-PC e serviu-o à Big Blue com o nome de MS-DOS, tomando o cuidado de não incluir no contrato uma clausula de exclusividade — que impediria a Microsoft de licenciar o sistema a outros fabricantes de microcomputadores compatíveis — nem tampouco o acesso ao código fonte do MS-DOS. O valor dessa transação varia de acordo com quem conta a história; uns falam em US$ 186 mil, outros em US$ 8 milhões.

Kildall procurou Gates e a IBM em busca de satisfação pela "cópia", e saiu com um acordo: os IBM-PC deixariam as fábricas com a opção dos dois programas. Como o CP/M custava 240 dólares por cópia e o DOS, 40 dólares, o mercado se encarregou de fazer a seleção natural do software. 

A partir daí, a Microsoft dominou o mercado de "PCs compatíveis", e seus fundadores entraram para a seleta confraria dos bilionários da Forbes (que Gates encabeçou uma porção de vezes). Paul Allen chegou a ocupar a 48ª posição no ranking, com uma fortuna estimada em US$ 18,1 bilhão, mas morreu de choque séptico em 2018. Em 1991, Kildall vendeu sua empresa por US$ 120 milhões — número bem distante do valor de mercado da Microsoft, que em 2019 ultrapassou a marca do trilhão de dólares.

Por essas e outras, muitos confundem a trajetória da Microsoft com a do Windows, embora o sistema operacional mais popular da história da informática só tenha sido lançado em 1985 — inicialmente como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS —, e despertado o interesse do público consumidor entre 1990 e 1993, com o lançamento das versões 3.0, 3.1 e 3.11 for Workgroups (esta última já oferecia suporte nativo a redes ponto a ponto, sem um servidor central).

O Windows só foi promovido a sistema operacional autônomo em 1995, com o lançamento do Win 95, um divisor de águas que consolidou a liderança da Microsoft no mercado. O Win98/SE fez um sucesso estrondoso, mas o Win ME (Millennium Edition), lançado a toque de caixa no final do ano 2000 para aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio, foi um fiasco acachapante.

O Win XP, que chegou ao mercado em setembro de 2001 com um aparato publicitário digno do nascimento de um príncipe, recuperou o terreno perdido por seu antecessor (e se tornou a versão mais longeva de todos os tempos, tendo sido suportado pela Microsoft até 2014). A Microsoft voltou a errar a mão em 2006, com o malfadado Windows Vista, e a tirar o atraso três anos depois, com o festejado Windows 7, que, curiosamente, se recusa a sair de cena. Aliás, foi justamente essa questão que me levou a esta postagem, mas vou ter de deixá-la para o próximo capítulo, visto que me estendi demais nesta contextualização. 

Antes de encerrar, relembro algumas pérolas de humor negro sobre o Windows Vista:

-"No filme Independence Day, não foi um vírus que os americanos colocaram no computador da Nave-mãe... eles instalaram o Vista!"

- "O Casco do Titanic foi projetado pelo Vista"

- "Windows é igual rodízio de carros. Quando você começa a entender, vem alguém e muda tudo outra vez."

- "Windows Vista : se o seu não dá problema, é porque você não sabe usar."

- "Windows Vista: o maior e mais mal feito vírus conhecido."

- "Se Bill Gates é um Deus, o Vista deve ser a praga divina."

- "Mensagem do Norton Antivirus: TRJ/Windows.Vista found; Remove it?(YES/YES)".

- "A diferença entre um vírus e o Vista é que o vírus funciona".

segunda-feira, 29 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VII

ATRÁS DE MUROS ALTOS, SEMPRE HAVERÁ NAPOLEÕES DE HOSPÍCIO GANHANDO GUERRAS ENTRE UM BANHO DE SOL E OUTRO.
Antes de transformar o Windows em “serviço”, a Microsoft lançava novas edições a cada três anos, e os usuários se apressavam em adotá-las, não raro recorrendo a mídias piratas vendidas no mercado informal.
O Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A ideia era facilitar a vida dos usuários, já que operar o PC a partir de janelas, ícones e menus clicáveis era bem mais simples e intuitivo do que fazê-lo digitando intrincados comandos alfanuméricos. Até a edição Win 3.1, o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Com o lançamento do Win 95 — considerado o pulo do gato da Microsoft — o Windows passou de coadjuvante a protagonista, embora o DOS continuasse atuando nos bastidores.
Entre as edições subsequentes, 98 SE, XP, 7 e 10 foram retumbantes sucessos de crítica e de público, e ME (de Millennium Edition, que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da "virada" do milênio), Vista e Eight, fiascos monumentais. Ao lançar o sucessor do Windows 8.1 — atualização do Eight que trouxe de volta o menu Iniciar e outros elementos cuja supressão havia desagradado milhões de usuários —, a Microsoft surpreendeu o mercado ao pular um número e oferecer o update gratuitamente (pelo período de um ano) aos usuários de PCs com hardware compatível e que rodassem cópias oficiais do Seven SP1 ou do 8.1.
A estratégia de marketing rendeu frutos, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não tenha sido atingida até hoje — estimativas da própria Microsoft dão conta de que o Win 10 só superou o Seven em fevereiro do ano passado, e encerrou 2018 com cerca de 800 milhões de usuários. A título de curiosidade, todas as edições do Windows que continuam em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas pela Microsoft), somadas, detêm 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs. Segundo dados da Net Market Share, o Win 10 tem presença garantida em 39,22% dos computadores com Windows em todo o mundo, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%). Para efeito de comparação, a participação do OS X, da Apple, é de 14,05%.
A primeira grande atualização do Ten (Anniversary Update) foi lançada quando o sistema soprou sua primeira velinha. Na sequência vieram o Creators Update, em meados de 2017, o Fall Creators Update, em novembro daquele ano, o April Update, em abril do ano passado, o October Update, seis meses depois, e finalmente o May Update, há cerca de dois meses. Para saber se seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final. Se a versão for 1809, rode o Windows Update; caso ele não encontre atualizações disponíveis, siga este link, clique em Atualizar agora e instale manualmente a versão 1903.
Até o lançamento do Windows 10 eu recomendava adotar uma nova edição do sistema somente depois que se primeiro Service Pack (pacote de atualizações que reunia todas as correções implementadas desde o lançamento comercial da edição em questão, além de eventuais novos recursos e funções) fosse lançado, mas com a promoção do Windows a serviço os SPs deixaram de existir; o que se tem agora são as atualizações semestrais de conteúdo e as tradicionais atualizações mensais de qualidade (conhecidas como “Patch Tuesday” por serem liberadas na segunda terça-feira de cada mês).

Essa política de atualizações seria excelente se não fosse pelo fato de os bugs (erros de programação) infernizarem a vida dos apressadinhos. Para piorar, no Win 10 Home — que é a versão mais usada no âmbito doméstico — as opções de gerenciamento das atualizações automáticas foram limitadas à reconfiguração do horário ativo do computador.
A conclusão fica para o próximo capítulo. Até lá.

terça-feira, 12 de maio de 2020

NAVEGADORES DE INTERNET — FAVORITOS, BOOKMARKS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES (PARTE IV)

É PRECISO ESCOLHER UM CAMINHO QUE NÃO TENHA FIM, MAS, AINDA ASSIM, CAMINHAR SEMPRE NA EXPECTATIVA DE ENCONTRÁ-LO.

Vimos que o lançamento do iPhone revolucionou o mercado de celulares, levou a concorrência a lançar suas próprias versões de telefones inteligentes (smart = inteligente, esperto) e estimulou o desenvolvimento de sistemas operacionais para dispositivos móveis (como Simbian, Palm WebOS, MeeGo, BrewMP, Windows Mobile, KaiOS etc.), muitos dos quais foram engolidos pela poeira do tempo e os que restaram, noves fora o iOS e o Android, não representam sequer 1% desse segmento de mercado.  

O iOS é um sistema proprietário utilizado exclusivamente em dispositivos da Apple, como o iPhone e o iPad, e marca presença em 26% dos smartphones e 59,7% dos tablets em nível mundial. O Android, criado pelo Google, é de código aberto e  talvez por isso, embora não só por isso  conta com a preferência de 73% dos usuários de smartphones, embora tenha menos penetração que o rival no mercado de tablets, com 40,04%.

Quanto aos navegadores, há dezenas deles, mas os principais, atualmente, são o Chrome, do Google, o Firefox, da Fundação Mozilla, o Opera, da Opera Software, e o EDGE da Microsoft. Todos têm versões para Windows, macOS, Android e iOS.

Cada fabricante puxa a brasa para sua sardinha, alardeando as virtudes de seu programa (maior velocidade de navegação, menor consumo de memória, fartura de recursos, pluralidade de funções, interface intuitiva, facilidade no uso etc.), mas o fato é que os navegadores se tornaram tão semelhantes que a escolha depende mais da preferência pessoal do internauta do que de qualquer outra coisa. Mas nem sempre foi assim (para não perder o fio da meada, volto a essa questão oportunamente).

No final dos anos 1980, apesar do preço alto, da configuração de hardware espartana (entre dois e quatro megabytes de memória 40 e 80 megabytes de espaço em disco) e das dificuldades para interagir através de intrincados comandos de prompt, os PCs começaram realmente a se tornar populares entre os cidadãos comuns. E o mesmo se daria uma década depois, quando os primeiros celulares pintaram por aqui — tijolões pesados e desajeitados, que custavam os olhos da cara e serviam mais como símbolo de status do que como solução eficiente para quem precisava fazer ligações em trânsito. Enfim, c'est la vie.

Com o advento da interface gráfica e o estrondoso sucesso do Windows 3.1, que se tornou padrão de mercado, no início dos anos 1990, usar um PC ficou bem mais fácil. E mais ainda após o lançamento do Windows 95, que foi um divisor de águas: o que até então era uma interface gráfica que rodava no MS-DOS passou a ser um sistema operacional quase autônomo. Quase, porque o DOS continuou atuando nos bastidores, ainda que de forma quase transparente ao usuário — esse cordão umbilical só seria cortado em 2001, com o lançamento do Windows XP (mais detalhes nas postagens anteriores).

A virada do século trouxe as escolas de informática (que se reproduziram feito coelhos), que ofereciam cursos intensivos a preços módicos para os interessados se familiarizarem com o aparelho que já tinha lugar garantido na sala de boa parte das residências de classe média. Também prosperaram os cursos de montagem e manutenção de micros, que ofereciam noções de hardware a quem pretendia explorar essa nova opção de serviço. Mas a maioria buscava mesmo era aprender a usar o Windows e os aplicativos do pacote Office (Word, Excel, PowerPoint, Outlook etc.), além de navegar na Web com o Internet Explorer — que a Microsoft espertamente embutiu no Win95 e perpetuou nas edições subsequentes do sistema (conforme vimos nos capítulos anteriores).

Concomitantemente, revistas voltadas à computação pessoal brotaram feito erva daninha na bancas e livrarias. A INFO, da Editora Abril, que a princípio era um apêndice da revista EXAME, foi a pioneira nesse segmento, mas logo surgiram dezenas de concorrentes. Entre as revistas em que este que vos escreve publicou seus despretensiosos arquivos, vale citar a PC World, a PC & Cia e a Revista Do Windows. Também escrevi para Tuning Car, Hardware PC e mais uma dúzia de títulos que surgiam e sumiam depois de duas ou três edições (e de dar calote nos colaboradores). Mais adiante, eu e meu então parceiro Robério criamos o saudoso CURSO DINÂMICO DE HARDWARE e a inesquecível COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA (vide imagem que ilustra esta matéria), que nos ajudaram a pagar as contas por anos a fio. Mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine...

Continua.

quinta-feira, 12 de março de 2020

AINDA SOBRE UPDATES, BUGS E QUESTÕES AFINS (PARTE 5)


OS PETISTAS FAZEM NA VIDA PÚBLICA O QUE TODO SER HUMANO NORMAL FAZ NA PRIVADA.

No âmbito do software, o maior responsável pela ocorrência de bugs é o agigantamento dos sistemas e programas.

Para que você tenha uma ideia, os arquivos de instalação do Windows 3.1 (que foi a primeira versão do que viria a ser o sistema operacional para PC mais bem sucedido da história, embora ainda não passasse de uma interface gráfica que rodava no MS-DOS) cabiam em oito oito disquetes de 1.44 MB na edição em inglês, nove em nosso idioma, dez em japonês e quatorze em chinês. 

Três anos depois, o Windows 95 — considerado o “pulo do gato” da Microsoft porque já era um sistema operacional autônomo (ou quase autônomo, porque ainda dependia do DOS para muita coisa) — foi comercializado tanto em disquetes quanto em CD-ROM (seus arquivos de instalação ocupavam 13 disquinhos, se não me falha a memória).

A partir daí, todas as versões subsequentes, bem como a maioria dos aplicativos dos demais fabricantes, passaram a ser fornecidos em mídia óptica. E nem poderia ser diferente: se ainda fossem armazenados em disquetes, os arquivos de instalação do Windows 7, por exemplo, formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares. Já o código-fonte do Windows 10 ocupa 500 GB e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).

Windows sempre foi considerado inseguro devido ao grande número de brechas que os cibercriminosos tradicionalmente exploravam antes de a Microsoft disponibilizar as devidas correções. Mas é bom ter em mente que é responsabilidade do fabricante corrigir falhas em seus produtos, mas cabe aos usuários manterem seus computadores atualizados.

Empresas responsáveis desenvolvem seus programas a partir de versões, que vão testando e aprimorando até chegarem à versão comercial, também chamada de Gold (volto a esse assunto mais adiante). Na Microsoft, quando uma nova edição do Windows (ou de qualquer outro software da marca) atinge um determinado grau de desenvolvimento, uma versão de testes é disponibilizada aos inscritos no Windows Insider, cujo feedback contribui significativamente para a correção de falhas.

Continua no próximo capítulo.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

VOCÊ SE LEMBRA DO MS-DOS?

SÓ SE VIVE UMA VEZ.

O MS-DOS, como a maioria de vocês não deve estar lembrada (com a possível exceção de quem ingressou no mundo maravilhoso da Informática há mais de 20 anos), foi o primeiro sistema operacional adotado em larga escala em computadores pessoais. A despeito de sua interface em linha de comando, ele facilitou sobremaneira o trabalho dos usuários, que até então eram obrigados a programar manual e exaustivamente cada tarefa que executavam no computador. O termo DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o nome de diversos sistemas ─ Free DOS, PTS-DOS, DR-DOS, etc. , dentre os quais o mais emblemático é o MS-DOS, da Microsoft (daí o “MS”), cuja história é curiosa e merece algumas linhas. Acompanhe.

Os primeiros computadores totalmente transistorizados foram lançados no final dos anos 1950 pela IBM, e, uma década mais adiante, a TEXAS INSTRUMENTS revolucionou o mundo da tecnologia com os circuitos integrados (compostos por conjuntos de transistores, resistores e capacitores), usados com total sucesso no IBM 360 (1964).

No início da década de 70, a INTEL logrou êxito em agrupar vários CIs numa única peça, dando origem aos microprocessadores, e daí à criação de equipamentos de pequeno porte foi um passo: em poucos anos surgiria o ALTAIR 8800 (vendido sob a forma de kit), o PET 2001 (tido como precursor do computador pessoal) e os Apple I e II (este último já com unidade de disco flexível).

O sucesso estrondoso da Apple levou a IBM ─ que dominava o mercado de computadores de grande porte desde meados do século XX ─ a lançar seu PC (PERSONAL COMPUTER), cuja arquitetura aberta e a adoção do MS-DOS da Microsoft viriam posteriormente a estabelecer um padrão de mercado. No entanto, a empresa não dispunha de um sistema operacional para gerenciar o novo equipamento, e assim procurou Bill Gates, supondo erroneamente que ele detivesse os direitos autorais do Control Program for Microcomputer.

Contrariando sua fama de oportunista, Mr. Gates desfez o equívoco, mas Gary Kildall (desenvolvedor do CP/M) teria faltado à reunião agendada com a empresa, levando-a de volta aos braços do Tio Bill. Embora jamais tivesse desenvolvido um SO, a Microsoft aceitou o desafio, mas ao invés de escrever o programa a partir do zero, adaptou o QDOS (comprado de Tim Paterson por US$50 mil) para o hardware da IBM, mudou seu nome para MS-DOS e com ele dominou o mercado dos PCs compatíveis.

Observação: Todos os sistemas modernos baseiam-se em dois programas pioneiros: o UNIX e o XEROX PARK. O primeiro ─ que pode ser considerado o “pai” das distribuições Linux ─ foi o precursor dos sistemas multitarefa e multi-usuário, e é largamente utilizado até hoje em servidores e máquinas de alto desempenho. Já o segundo  ou seu desenvolvedor, melhor dizendo  trouxe ao mundo da computação pessoal a primeira interface gráfica, que incluía todas as idéias hoje utilizadas nas versões modernas, desde a área de trabalho exibida na tela do monitor, até o uso de ícones, janelas, botões, menus e caixas de diálogo.

O estrondoso sucesso do Windows 3.1 levou a IBM e a Microsoft a tomar caminhos distintos, conquanto ambas continuassem buscando maneiras de romper as limitações do DOS. Depois de uma disputa tumultuada entre o OS/2 WARP e o Windows 95 (já um sistema operacional autônomo), Bill Gates viu sua estrela brilhar mais forte, e o resto é história recente: a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado e o Windows se firmou como o SO mais utilizado em todo o mundo.

Antes do lançamento do Win95 (que já suportava a multitarefa real), o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e o Windows, uma interface gráfica carregada a partir do Prompt de Comando. O principal problema do DOS – além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos – era ser monotarefa, e ainda que o Windows usasse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, ele deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, mas continuou integrando o Windows 9.x/ME, conquanto seus comandos fossem cada vez menos utilizados ─ até porque o mesmo resultado podia ser obtido bem mais facilmente através dos ícones, botões, menus e caixas de diálogo da interface gráfica.

Mas está enganado quem pensa que o DOS, hoje em dia, não passa de um tópico nos compêndios de informática que focam os anos 1980. Mesmo com o Seven “bombando”, o Eight 8.1 conquistando (lentamente, diga-se) seu espaço e o Windows 10 em contagem regressiva na plataforma de lançamento, o velho sistema ainda pode ser emulado para a realização de tarefas que não podem ser convocadas via interface gráfica ou que demandam o uso diferenciado de recursos do computador, tais como diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai (alguns desses procedimentos podem ser levados a efeito também via menu Executar, mas vamos deixar essa questão para outra ocasião).

Amanhã tem mais, pessoal. Abraços a todos.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Windows x macOS x Linux

QUEM NASCE BURRO NÃO MORRE CAVALO.

Montar o próprio computador era uma prática comum nos primórdios da computação pessoal que acabou caindo em desuso com a popularização das máquinas prêt à user


Embora a integração pessoal permita escolher a dedo os componentes de hardware, comprar a máquina pronta, com sistema operacional pré-instalado e garantia do fabricante, é uma opção bem mais atraente. E a redução no preço dos portáteis e a possibilidade de usar o laptop como substituto dos PCs de mesa sem abrir mão da portabilidade (talvez fosse mais correto dizer “mobilidade”) jogaram a derradeira pá de cal, sem mencionar que, hoje em dia, se a maioria dos usuários não sabe diferenciar um HDD de um SSD, que dirá montar o próprio computador?


Máquinas compradas prontas costumam trazer o Windows como “parte do pacote”, donde muita gente nem imagina que existe vida inteligente fora do Planeta Microsoft. É fato que que o Windows está presente em mais 70% dos computadores pessoais mundo afora, mas o macOS e o Linux abocanham, respectivamente, 15,4% e 2,5% desse segmento de mercado (lembrando que o sistema da maçã é restrito aos aparelhos da marca, e que o pinguim, fora de seu nicho, não passa de um ilustre desconhecido). 

 

A onipresença do Windows reedita o dilema da Tostines, mas o macOS e as distribuições Linux são alternativas interessantes. O "problema", por assim dizer, é que os produtos da Apple custam os olhos da cara, e o sistema criado por Linus Torvalds a partir do Unix é mais difícil de usar. As vantagens e desvantagens de cada um dependem do perfil e da expectativa de cada usuário. Para quem está acostumado a usar o Windows, tanto o macOS quanto as distros Linux causam estranheza num primeiro momento — como acontece quando a gente muda de casa, de emprego, de carro, de celular, etc. Mas essa sensação diminui depois de algum tempo e cessa completamente ao final do período de adaptação. 


O Windows é servido em diversos sabores, mas a versão Home — tida e havida como “mais indicada” para o âmbito doméstico por ser mais “leve” que a Pro — acompanha a maioria das máquinas de “entrada de linha”. Aliás, comprar um PC “de grife” significa aceitar tacitamente as escolhas do fabricante, tanto no âmbito do hardware quanto do software. 


Embora sejam mais restritivos que os desktops, notebooks costumam permitir upgrades de memória e troca do HDD (eletromecânico) por um SSD (baseado em memória flash), mas o molho pode custar mais caro que o peixe. Quanto ao sistema, existe a possibilidade de virtualização (que foge ao escopo desta postagem), mas trocar o Windows por uma distro Linux só faz sentido em situações personalíssimas, sem falar que o custo da licença da Microsoft vem embutido no preço do aparelho.

 

A popularidade do Windows estimula a criação de aplicativos. Muitos desses apps têm versão específica para macOS, mas nem sempre estão disponíveis na App Store — ou até estão, mas não oferecem a mesma gama de recursos ou são encontradas somente em versão shareware (paga)A título de ilustração, eu sou fã de carteirinha do MS Paint desde os tempos do Win 3.1, quando esse despretensioso editor gráfico atendia por Paintbrush, mas fiquei decepcionado com a versão para macOS, que consegue ser ainda mais espartana do que a original. 

 

Continua...