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sábado, 9 de dezembro de 2017

SOBRE LULA E TIRIRICA


Antes de entrar para a política, Tiririca era palhaço de circo. Lula foi metalúrgico, dirigente sindical e protótipo do desempregado que deu certo.

Tiririca criou o bordão “vote em Tiririca; pior que tá não fica”. O ex-presidente corrupto criou o mito da “alma viva mais honesta do Brasil”.

Tiririca se elegeu deputado em 2010, com 1,3 milhão de votos. Quatro anos depois, foi reeleito com mais de um milhão votos. Agora, com apenas 14 projetos apresentados e nenhum deles aprovado, o palhaço-deputado resolve abandonar a política.

Lula foi eleito presidente em 2002 e se reeleito em 2006 (com não sei quantos milhões de votos). Agora, com o invejável currículo abrilhantado por 7 ações penais, outras tantas investigações e uma sentença condenatória (a 9 anos e 6 meses de prisão), quer voltar ao Palácio do Planalto. Na política e nos circos mambembes, o espetáculo é sempre medíocre, e sempre há mais palhaços na plateia do que no picadeiro.

Observação: Vejam neste vídeo o tanto de gente que foi ouvir Lula discursar em Cachoeiro do Itapemirim (ES):


Tiririca precisou de 2.500 dias, 330 votações em plenário e 115 reuniões de comissões para se desiludir com a política. Na última quarta-feira, em seu derradeiro discurso da tribuna da Câmara (de onde já havia discursado outras 4 vezes), disse ter vergonha do que viu durante o seu mandato, reclamou da "mecânica louca" do Congresso e se declarou decepcionado com a experiência em Brasília. Mas assegurou aos colegas deputados que jamais falará mal deles.

Em 2010, no horário eleitoral obrigatório, o palhaço-candidato perguntava: “O que é que faz um deputado federal?” E ele mesmo respondia: “Eu não sei, mas vote em mim, que eu te conto”.
Apesar do discurso moralista, Tiririca imitou velhas práticas de seus pares. No mês passado, VEJA publicou que que ele teria usado verba da Câmara para viajar e fazer show no interior de Minas Gerais (uma vez palhaço, sempre palhaço).

Lula é o político mais honesto que Lula conhece. Não pensam assim o MPF, a PF e o Judiciário, mas quem se importa? É tudo uma conspiração para impedir que o Redentor dos Miseráveis volte a presidir o país. A seu ver, nada em sua vida pública desabona a autodeclarada imagem de “alma viva mais honesta do Brasil”. E o pior é que tem trouxa que acredita, como comprova o resultado das pesquisas de opinião pública.

No processo em que já foi julgado pelo juiz Moro ― ora em grau de recurso no TRF-4 ―, o Demiurgo de Garanhuns reclama da celeridade no andamento processual, embora qualquer outro réu condenado injustamente preferiria ter sua inocência provada o quanto antes. Até nisso Lula é diferente. E patético.

Diante da impossibilidade de defender o indefensável, seus defensores vão à Comissão de Direitos Humanos da ONU alegar perseguição política contra o pobre injustiçado. Denigrem a imagem do Brasil atribuindo a suposta rapidez do TRF-4 a uma hipotética conspiração que visa frustrar a candidatura do salvador da pátria. Para os petistas, a militância vermelha e os advogados do petralha, todos são suspeitos, inclusive os desembargadores. Só Lula é imaculado. Nesse ritmo, não demora para o embuste candidato ao Palácio do Planalto acabará sendo promovido a mártir. Isso se não for canonizado em vida por seus estapafúrdios admiradores. Só no Brasil...

Observação: Como bem disse Augusto Nunes, "o presidente Juscelino Kubitschek dizia que Deus o poupou do sentimento do medo. Pelo que diz e faz, Lula foi poupado pelo diabo do sentimento da vergonha. Só alguém que demitiu o pudor, todos os valores morais, o constrangimento e o remorso se atreveria a circular pelo Rio de Janeiro, à frente da procissão dos pecadores sem salvação, berrando no sermão das missas negras da seita que foi em seu governo que o Estado hoje na antessala da falência viveu seus tempos áureos. Haja cinismo. 'Tempos áureos' viveram os saqueadores do Rio, chefiados por Sérgio Cabral, o mais guloso ladrão da história do Brasil. Nunca se roubou tanto desde a chegada do primeiro Cabral. Os dois comparsas passaram oito anos planejando assaltos e dividindo palanques. Merecem dividir a mesma cadeia. Se possível, a mesma cela. Ou o mesmo beliche.

Vale lembrar que as próximas eleições não servirão apenas para avaliar os candidatos, mas, principalmente, o eleitorado. Depois, não adianta reclamar.

Para concluir:

GILMAR MENDES, O MINISTRO MAIS SUPREMO QUE A PRÓPRIA SUPREMA CORTE, MANDOU A VERGONHA ÀS FAVAS. CONFIRA NO CLIPE ABAIXO:


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terça-feira, 27 de novembro de 2018

MAIS UMA DENÚNCIA CONTRA LULA, A ALMA VIVA MAIS HONESTA DO BRASIL



Enquanto seu time de advogados estrelados coleciona derrotas nos mais de 70 recursos impetrados nas diversas instâncias do Judiciário, a autodeclarada alma viva mais honesta do Brasil aguarda o julgamento de mais dois processos que tramitam na 13ª Vara Federal do Paraná, em Curitiba, sob a pena da juíza substituta Gabriela Hardt. Num deles, os autos estão conclusos para sentença desde antes das eleições; no outro, ficarão conclusos a partir do dia 7 de janeiro, quando termina o prazo para as alegações finais da defesa.

Nesse entretempo, no melhor estilo de chefe do crime organizado, o Lula transformou sua cela em comitê de campanha, recebeu um sem-número de visitantes (média de 3 por dia) e tentou de todas as formas manipular as eleições presidenciais. Quando o TSE finalmente rejeitou sua candidatura — uma falácia que todos sabiam como acabaria, mas que tumultuou o processo sucessório por semanas a fio —, o presidiário mais ilustre do Brasil se fez substituir na chapa pelo poste com que empalou os paulistanos em 2012, uma vez que ex-governador baiano Jaques Wagner não se dispôs a fazer o vergonhoso papel de fantoche.

Com a derrota de Haddad no segundo turno (por uma diferença de quase 11 milhões de votos), o molusco parlapatão viu descer pelo ralo o perdão presidencial que tencionava conceder a si mesmo se sua marionete se elegesse — ou alguém ainda duvida de que que Haddad na presidência seria Lula no poder? Como se não bastasse, a decisão do ministro Edson Fachin, de remeter para a primeira instância uma denúncia do MPF contra o “Quadrilhão do PT”, foi confirmada pelo plenário do STF.

No último dia 23, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal do DF, aceitou essa nova denúncia e, além de Lula, tornaram-se réus no processo Dilma Rousseff, Guido Mantega, Antonio Palocci e João Vaccari Neto. Mas não é só: no mesmo dia, o relator da Lava-Jato no STJ, ministro Felix Fischer, negou o recurso especial em que a defesa do demiurgo de Garanhuns pedia a revisão de sua condenação em segunda instância no caso do tríplex.

Na última segunda-feira, 26, a Força Tarefa da Lava-Jato em São Paulo denunciou Lula pelo crime de lavagem de dinheiro (ele teria recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa naquele país). Além do ex-presidente, foi denunciado também o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro (como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele).

Segundo os procuradores do MPF, emails encontrados em computadores do Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na 24ª fase da Operação Lava-Jato de Curitiba, comprovam o envolvimento do molusco na maracutaia. O caso foi remetido à Justiça Federal de São Paulo por ordem do então juiz Sérgio Moro, e tramita na 2ª Vara Federal, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, que analisará a denúncia.

domingo, 2 de outubro de 2016

A ALMA VIVA MAIS HONESTA DO BRASIL POSA DE VÍTIMA, MAS NADA EXPLICA SOBRE ACUSAÇÕES

Após ter sido apontado pelo MPF como chefe do megaesquema de corrupção, Lula tagarelou por mais de uma hora para a imprensa, mas não emitiu uma explicação sequer para as graves denúncias que pesam contra ele. Como fez no auge do mensalão, repetiu no petrolão e vem fazendo sistematicamente ao longo dos últimos anos, o petralha usou sua (invejável) retórica para distorcer os fatos, posar de vítima e defender a autodeclarada imagem de alma viva mais honesta do Brasil.

Apesar de afirmar que não falava como político, mas como cidadão indignado, o petralha atacou o MP e a imprensa, reafirmou sua intenção de concorrer à presidência em 2018 e, desviando-se da obviedade dos fatos que pavimentaram a acusação, ressaltou os feitos do PT, reforçou o discurso que classifica de golpe o impeachment da ex-grande-chefa-toura-sentada e incitou a militância: “Tenho profundo orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina (...) Cada petista do país tem que começar a andar de camisa vermelha; quem não gostar, coloque de outra cor, esse partido tem que ter orgulho”.

Em suma, Lula foi Lula: chorou, contou histórias, atacou adversários e, numa tentativa de defesa que mais parece ter sido emprestada do dilmês, saiu-se com a seguinte pérola: “As pessoas achincalham muito a política, mas a profissão mais honesta é a do político, porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua e pedir voto”. Mas nenhuma frase expôs tanto sua “humildade” quanto esta: “Eu tô falando como cidadão indignado, como pai, como avô, como bisavô, eu tenho uma história pública conhecida. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo. Pense num cabra conhecido e marcado neste país”.
Acusado de ter comandado não apenas o petrolão, mas também o mensalão, Lula afirmou que o PT é tido como o partido que tem que ser extirpado da história política brasileira, mas não fez menção ao fato de ambos os escândalos terem resultado na prisão de próceres petistas como José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, de asseclas como João Vaccari, Guido Mantega e Antonio Palocci, nem de o partido de tanto se orgulha de ter fundado ser o único que tem três ex-tesoureiros atrás das grades.

Vale destacar que, diferentemente do discurso proferido em março, depois de ter sido conduzido coercitivamente para depor, em que usou a metáfora da jararaca, o petralha baixou o tom, dando a impressão de que a cobra virou minhoca. Ainda assim, Lula escarneceu dos procuradores do Ministério Público e dos investigadores da Lava-Jato e vociferou ofensas e desafios. Mas Lula sabe que o cerco está apertando e que pode, sim, acabar na cadeia (veja mais detalhes neste vídeo) ― aliás, na visão “acurada” de sua cria e sucessora, tudo se resume em inviabilizar a candidatura do “chefe”, e que prendê-lo irá “transformá-lo em herói” (acho que ela quis dizer “mártir”, mas enfim...). “O golpe só se completa com isso”, disse a nefelibata da mandioca, em entrevista à TVE da Bahia.

Observação: Quando deferiu o pedido para que Lula fosse ouvido coercitivamente em vez de preso, o juiz Moro foi mais brando do que a lei lhe permitia ― a mesma medida fora tomada em relação a outros investigados, e para alívio de muitos deles, pois é melhor passar algumas horas depondo do que cinco dias no xilindró. Alguns procuradores acreditam que Moro deveria ter optado pela prisão temporária, e só não o fez devido ao ambiente tenso e polarizado do país.     

A coletiva de imprensa da Lava-Jato deu margem para que prosperasse rapidamente nas redes sociais uma frase falsamente atribuída aos procuradores: “Não temos provas, temos convicções”. Nem Dallagnol nem os demais procuradores proferiram tal disparate, mas sites petistas espalharam a frase como prova de que não havia evidências contra Lula e puxaram o coro de “golpe continuado” contra o PT. O próprio Lula, no dia seguinte à denúncia, usou a frase como se fosse verdadeira, buscando convencer quem não precisava ser convencido ― ou seja, a militância fanática e radical, que acredita piamente na fantasiosa “conspiração liderada pelos Meninos de Curitiba” e em qualquer outra coisa que saia da boca de seu amado chefe.  Todavia, está em curso uma intensa produção de provas contra Lula.

Parafraseando Abraham Lincoln; “pode-se enganar uma pessoa por muito tempo, alguns por algum tempo, mas nunca todos por todo o tempo”. 

A história do operário pobre e trabalhador que se elegeu presidente para combater a corrupção e defender o trato da coisa pública ― e que dizia que “ser honesto é mais do que apenas não roubar, é não deixar roubar” ― já não convence ninguém, com a possível exceção da militância fanática e divorciada da realidade que ainda o defende. 

Mas não há nada como o tempo para passar, e hoje se sabe que o discurso com que o petista defendia seu projeto de governo não passava de um espúrio projeto de poder que visava sequestrar o Brasil e mantê-lo sob o jugo do partido por pelo menos 20 anos. Durou 13 anos ― ironicamente, o número do PT. Treze anos, quatro meses e doze dias transcorreram da posse de Lula, em 2003, até o afastamento de Dilma, em maio deste ano, convertido em deposição 111 dias depois, embora o julgamento tenha sido maculado por uma maracutaia ― que contou com o apoio do presidente do Senado e o aval do então presidente do Supremo ― para evitar a inabilitação da imprestável ao exercício de funções públicas, em flagrante desrespeito à Constituição.

Lula e o PT nunca tiveram um plano de governo, mas sim plano de poder que se valeu de práticas espúrias para enriquecer o petralha e abastecer a conta do partido, visando a sua perpetuação no comando do país. A desfaçatez de seu governo veio à tona com o escândalo do mensalão ― do qual Lula afirmou que nada sabia, que fora traído, e cuja existência teve a desfaçatez de negar mais adiante, afirmando que “o mensalão nunca existiu, que tudo não passou de uma tentativa de golpe”. 

Mas a canalhice não só existiu, como também deu origem a outra ― que ficou conhecida como escândalo do petrolão ―, na qual empreiteiras que possuíam contrato com a Petrobras eram cooptadas por um esquema criminoso a repassar dinheiro de corrupção para os partidos da base aliada. Ao puxar o “fio do novelo”, a PF e o Ministério Público demonstraram que o ex-presidente era, na definição do procurador Deltan Dallagnol, o “maestro da grande orquestra da Propinocracia”, sob cuja batuta os desvios de recursos públicos não serviram apenas para abastecer o PT e partidos da base aliada do governo, mas também para enriquecer o Clã Lula da Silva.

Assim, o maior expoente da política brasileira, que até pouco tempo atrás era ovacionado por onde passava, agora é vaiado em público, embora continue teimosamente negando ser o dono do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, a despeito da clareza meridiana dos fatos que o colocam no centro de um esquema de corrupção nunca antes visto na história deste país. Visando impedir as investigações, o petralha chegou mesmo a ser nomeado ministro por Dilma, mas teve as asas podadas pelo STF, por conta do desvio de finalidade do ato administrativo que resultou em sua nomeação. 

Até o momento, Lula é réu em dois inquéritos e investigado em pelo menos mais três. Seu nome aflora alegremente nas delações de Delcídio do Amaral, Pedro Corrêa, Nestor Cerveró, Fernando Baiano, José Carlos Bumlai e Leo Pinheiro, apenas para citar as mais significativas, bem como em diversas ramificações da Lava-Jato que nem vou enumerar, já que tratei desse assunto em diversas postagens.

Por essas e outras, fica difícil entender como ainda tem gente que defende o petralha e a corja de malfeitores que o apoiaram em seu intento. Uma das razões talvez seja o fato de o salafrário ainda ser bom de palanque. Mas a questão é seu destino não será definido pelas urnas, mas pelos Tribunais. E não há João Santana que ludibrie os “meninos de Curitiba”, o juiz Sergio Moro e as demais instâncias do Judiciário ― que trabalham com fatos, e não com política, como parece crer o ex-presidente. E os fatos depõem fortemente contra ele. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

VOLTANDO AO BENDITO UPDATE DE ANIVERSÁRIO DO WINDOWS 10



A IMAGINAÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE O CONHECIMENTO.

Segundo o portal de tecnologia IDGNOW!, o update de aniversário do Windows 10 foi instalado apenas em 34,5% das máquinas que rodam essa edição do sistema, a despeito de ter sido lançado oficialmente no dia 2 de agosto. E ainda que a Microsoft insista que a ideia seja disponibilizar a atualização gradualmente, privilegiando computadores mais novos ― e, portanto, menos sujeitos a problemas ―, alguns analistas entendem que 7 semanas seriam mais do que suficientes para a versão 1607 igualar ou superar a 1511 em número de usuários. 

O fato é que a enxurrada de reclamações de usuários que enfrentaram problemas durante ou após a atualização levou tanto a Microsoft quanto os fabricantes de PCs a pisar no freio ― problemas esses, aliás, que a empresa reconhece e vem trabalhando para solucionar, a despeito de dizer que somente máquinas com subsistema híbrido de memória de massa (SSD HD) sejam afetadas, o que não é o meu caso e nem o de diversos usuários que se reportaram à remissão que eu publiquei na Microsoft Community.

Observação: Conforme detalhei anteriormente, eu recebi a atualização via Windows Update no mesmo dia em que ela foi lançada, mas não consegui concluir o processo ― que requer diversas reinicializações do sistema ―, pois o meu PC empacava sistematicamente no segundo reboot, forçando-me a desligá-lo na marra (e a torcer para que a recuperação da instalação original fosse levada a efeito com êxito). Demais disso, as sugestões que me foram oferecidas na Comunidade, além de trabalhosas (detalhes nesta postagem), não funcionaram no meu all-in-one, que veio com o Windows 10 pré-instalado pela Positivo. Curiosamente, no meu note Dell Inspiron ― que veio com o Windows 7, e eu atualizei para o Ten no finalzinho de julho passado ― o processo transcorreu normalmente (aliás, a única precaução que eu tomei foi desabilitar temporariamente a suíte de segurança Avast Premier).

Enfim, eu esperava novidades no Patch Tuesday de setembro, mas as atualizações que recebi no all-in-one contemplaram apenas a versão 1511 (anterior à 1607, que é a versão atualizada pelo famigerado update de aniversário). Até onde consegui apurar, a Microsoft deve lançar em breve uma correção, ou mesmo disponibilizar novo arquivos de atualização, desta feita livres dos bugs que causaram toda essa aporrinhação. Quando isso vai ocorrer, no entanto, só Deus sabe.

Dito isso, encerro com uma sugestão: Enquanto o update não lhe for empurrado compulsoriamente, não procure sarna para se coçar. Por mais que o Cortana e demais aprimoramentos lhe pareçam interessantes, não vale pena se arriscar a acabar tendo nas mãos um sistema capenga, instável e pouco confiável. Fica a critério de cada um, naturalmente, mas é bom ter em mente que os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito.

Aproveitando o embalo:

A ALMA VIVA MAIS HONESTA DO BRASIL POSA DE VÍTIMA, MAS NADA EXPLICA SOBRE ACUSAÇÕES

Após ter sido apontado pelo MPF como chefe do megaesquema de corrupção, o ex-presidente petralha tagarelou por mais de uma hora para a imprensa, mas não emitiu uma explicação sequer para as graves denúncias que pesam contra ele. Como fez no auge do escândalo do mensalão e, mais adiante, no petrolão ― e vem fazendo sistematicamente ao longo dos últimos anos ―, usou sua invejável retórica para distorcer os fatos, posar de vítima e dar crédito sua autodeclarada imagem de alma viva mais honesta do Brasil. Apesar de afirmar que não falava como político, mas como cidadão indignado, atacou o MP e a imprensa, além de reafirmar sua intenção de se lançar candidato em 2018: “A história mal começou. Alguns pensam que terminou. E ainda vou viver muito. Por isso estou me preparando”.

Desviando-se da obviedade ululante dos fatos que pavimentaram a acusação, o indigitado ressaltou os feitos do PT, chamou de ‘seus’ os alunos do Prouni e reforçou o discurso que compara o impeachment de sua deplorável sucessora a um golpe: “Tenho profundo orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina (...) Cada petista do país tem que começar a andar de camisa vermelha; quem não gostar, coloque de outra cor, esse partido tem que ter orgulho”.

Lula aproveitou ainda para atacar a truculência da Polícia Militar, em uma crítica ao governo Geraldo Alckmin, e embora tenha afirmado que não pretendia fazer do seu pronunciamento um show de pirotecnia (em referência à apresentação da denúncia contra ele pelo procurador Deltan Dallagnol), Lula foi Lula: chorou, contou histórias e atacou adversários: “Eles construíram uma mentira, como se fosse o enredo de uma verdade, e está chegando o fim do prazo. Já cassaram Cunha, já elegeram Temer pela via indireta, já cassaram a Dilma. Agora precisa concluir a novela. Quem é o bandido e quem é o mocinho? Vamos ao fecho: acabar com a vida política do Lula. Não existe explicação para o espetáculo de pirotecnia feito ontem”. Em certo momento, numa tentativa de defesa que parece ter sido emprestada do dilmês, saiu-se com a seguinte pérola: “As pessoas achincalham muito a política, mas a profissão mais honesta é a do político, porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua e pedir voto”.

A fala de Lula foi recheada de esquetes típicos do ex-presidente, como histórias envolvendo líderes mundiais e passagens que ressaltam sua origem pobre. Mas nenhuma frase expôs tanto sua “humildade” quanto essa: “Eu tô falando como cidadão indignado, como pai, como avô, como bisavô, eu tenho uma história pública conhecida. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo. Pense num cabra conhecido e marcado neste país”.

Acusado de ter comandado não apenas o petrolão, mas também o mensalão, Lula afirmou que o PT é tido como o partido que tem que ser extirpado da história política brasileira, mas, por esquecimento ou má-fé, não disse que o julgamento dos escândalos levou para a cadeia próceres como José Dirceu, José Genoíno, Delúbio e Soares, asseclas do quilate de João Vaccari e, nas últimas semanas, Guido Mantega e Antonio Palocci. Isso sem mencionar que três ex-tesoureiros da agremiação criminosa travestida de legenda política da qual o molusco abjeto tanto se orgulha de ter fundado estão atrás das grades.

Resumo da ópera: diferentemente do que se viu em março, quando Lula, depois de ter sido conduzido coercitivamente pela PF para depor, esbravejou: “Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo, e a jararaca está viva como sempre esteve”, o discurso do último dia 15 foi mais comedido, deixando a impressão de que a jararaca virou minhoca.

Por essas e outras, fica difícil entender como ainda tem gente que defende essa corja de malfeitores. E o pior é que essa gente vota.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/     

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

TRF-4 MANTÉM BLOQUEIO DE BENS DO “POBRE RETIRANTE NORDESTINO” QUE PASSOU DE DESEMPREGADO QUE DEU CERTO A HEPTA-RÉU MULTIMILIONÁRIO.


Defender o indefensável é uma tarefa quase sempre inglória, mas o rábula encarregado da defesa  do ex-presidente Lula precisa justificar seus polpudos honorários, e assim, sem o menor constrangimento, usa e abusa do “jus sperniandi”.

Segundo o “pai dos burros”, espernear significa agitar repetida e violentamente as pernas; espernegar, pernear. No sentido figurativo, o termo é sinônimo de reclamar, não se sujeitar a algo; tentar reverter uma situação com a qual não se concorda. No jargão jurídico, a expressão “jus sperniandi” significa direito de espernear”. O ser humano esperneia desde pequenino ao sentir fome, dor ou outro desconforto qualquer. E continua a fazê-lo por anos a fio, sempre que se sente contrariado ou quer chamar a atenção.

Lula esperneia quando se autodeclara “a alma viva mais honesta do Brasil” e antecipa sua estapafúrdia candidatura, que tem como propósito mantê-lo fora da cadeia (na semana que vem, o Circo Marambaia do Palhaço sem Graça vai percorrer municípios fluminenses e capixabas). 

Zanin e seus vassalos esperneiam valendo-se de todo tipo de chicana para tumultuar o andamento processual e constranger o juiz Sérgio Moro, chegando mesmo a denunciá-lo ao Comitê de Direitos Humanos da ONU por suposta perseguição política, e a cúpula petista esperneia estimulando a militância a espalhar seu indefectível besteirol nas mídias ― chegando ao requinte de publicar uma estapafúrdia cartilha multilíngue, condenando a suposta “caçada judicial” promovida por Moro contra seu eterno presidente de honra.

Nada disso parece ajudar o molusco parlapatão. Mesmo aparecendo em primeiro lugar nas pesquisas de opinião pública ― aquelas das quais você, eu e 99,9% da população jamais participaram, mas que supostamente espelham a intenção de 200% do eleitorado ―, o pulha também é imbatível entre os nomes mais rejeitados. E nada garante que ele chegue mesmo a concorrer: se o TRF-4 mantiver a sentença de Moro no processo do tríplex (os recursos devem ser julgados no primeiro semestre de 2018), Lula se tornará “ficha-suja” e (queira Deus que o STF não atrapalhe) hóspede compulsório do sistema prisional tupiniquim.

Falando no TRF-4, a 8ª Turma ― responsável por apreciar os recursos contra decisões nos processos da Lava-Jato em Curitiba ― frustrou, na última terça-feira, mais uma manobra da defesa de Lula, ao rejeitar um mandado de segurança que se insurgia contra o bloqueio de bens determinado pelo juiz Moro no processo sobre o tríplex no Guarujá (além de sentenciar Lula a 9 anos e meio de prisão, o magistrado impôs multa de R$ 16 milhões ao petralha, a Léo Pinheiro, dono da OAS, e a Agenor Franklin Medeiros, executivo da empreiteira). 

Descontado o valor do tríplex, ficaram faltando R$ 13,7 milhões, e  assim o juiz mandou sequestrar os apartamentos de Lula em São Bernardo do Campo e dois veículos, além de confiscar mais R$ 10 milhões em ativos financeiros (o BC bloqueou cerca de R$ 600 mil em quatro contas bancárias e R$ 9 milhões em investimentos no BrasilPrev (previdência privada do Banco do Brasil), dos quais R$ 7,2 milhões correspondem a um plano empresarial da LILS ― a folclórica “empresa de palestras” de Lula ― e R$ 1,8 milhões a um plano individual do molusco).

O desembargador João Pedro Gebran, relator dos processos da Lava-Jato em Porto Alegre, havia denegado seguimento ao mandado de segurança, entendendo que o instrumento jurídico adequado para um pedido de levantamento de constrição de bens é o incidente de restrição de coisas apreendidas, e que o exame do pedido seria uma supressão de instância, pois o advogado deveria tê-lo submetido à 13ª Vara Federal de Curitiba. Zanin, então, ingressou com um agravo regimental em mandado de segurança para tentar assegurar o julgamento do pedido, mas os demais desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 seguiram o voto do relator e a decisão foi mantida.

O fato é que Lula vem tomando na tarraqueta sistematicamente, tanto na primeira instância quanto nos tribunais superiores. A conversa de alma viva mais honesta do Brasil já não convence ninguém além da fanática militância petista e, eventualmente, um ou outro simpatizante de outros partidos “de esquerda”. E a negativa geral ― não sei de nada, nunca vi nada nem soube de coisa alguma, fui traído, enganado e blá, blá, blá ―, usada com sucesso para se desvincular de Dirceu, Genoino, Delúbio, Vaccari e outros mensaleiros que acabaram condenados, não livrará o rabo do molusco de nove dedos da Lava-Jato ― que, vale lembrar, já o brindou com 7 processos (por enquanto) e uma condenação (também por enquanto; a segunda deve sair ainda neste final de ano).

Por uma questão de espaço (ou da falta dele), o resto fica para amanhã. 

E como hoje é sexta-feira:


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sábado, 31 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA DOIS MIL E DEZECHEGA



A “Delação do Fim do Mundo” ― acordo de leniência da Odebrecht e delações de 77 executivos da alta cúpula da empreiteira ― deverá ser homologado no mês que vem pelo ministro Teori Zavascki, que trabalhará com sua equipe durante o recesso na análise da farta documentação e dos 900 depoimentos gravados, que envolvem mais de 200 políticos, dentre os quais alma viva mais honesta do Brasil, sua carrancuda pupila e sucessora e o atual presidente da Banânia. Céus e terras, tremei!

O fato de o nome do presidente ter sido suscitado nas delações (só na confissão do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, ele é mencionado 43 vezes) não melhora em nada sua popularidade. Temer já era rejeitado tanto pelos simpatizantes da petralhada, que o veem como traidor e golpista, quanto pelos que comemoraram o final do governo petista ― afinal, o atual presidente não só foi vice da calamidade em forma de gente, mas também presidente do PMDB, de longe o maior partido da base aliada do governo petista, e o que mais corruptos abriga em suas fileiras (em números absolutos).

Temer ascendeu à presidência porque a Constituição não nos dava outra opção para penabundar a imprestável gerentona de araque e pôr fim aos desmandos lulopetistas. No entanto, gostemos ou não, é ele quem está no timão e a quem compete evitar que esta Nau dos Insensatos se torne um Titanic de dimensões continentais ― uma tarefa difícil, notadamente quando falta a seu executor respaldo popular e sobram perrengues como a queda de 6 ministros em apenas seis meses de governo, a oposição ferrenha e sistemática dos defensores do quanto pior melhor, as limitações inerentes ao presidencialismo de coalizão, a sombra ameaçadora da Lava-Jato, o estremecimento das relações entre os Poderes, e por aí vai.

Para muitos, o atual governo é uma decepção. Afinal, dizem eles, sete meses se passaram e o país não mudou, a economia continua patinando, o desemprego, crescendo e o PIB, em patamares calamitosos, não dá sinal de recuperação. E se inflação recuou, foi devido à recessão, não às medidas adotadas pela nova equipe econômica ― que só deverão surtir efeitos no médio e no longo prazos. Mas se esquecermos o micro por um instante e focarmos o macro, veremos que, primeiro, atribuir a Temer a culpa por toda essa desgraça é injusto, pois quem abriu a Caixa de Pandora foi Dilma; segundo, porque Brasil de 2016 está longe de ser o mesmo país que era no apagar luzes de 2015. Senão, vejamos.

Como bem salientou J.R. Guzzo em mais um análise memorável (publicada na edição de 28 de dezembro da revista Veja), no final do ano passado tínhamos uma presidente encurralada no Palácio do Planalto, sem autoridade, sem nexo e sem respeito; um presidente da Câmara descrito como homem de poderes sobrenaturais, que ocupava uma posição essencial para os destinos da nação; e um vice-presidente decorativo, mas que, por suas celebradas habilidades no manuseio de parlamentares e políticos em geral, era visto como uma ponte que poderia conduzir Dilma à salvação.

Isso sem mencionar um ex-presidente da República que posava de gênio da política, sempre prestes a “virar o jogo” mediante conchavos milagrosos ― e que meses depois tentaria nomear a si próprio ministro da Casa Civil e, a partir daí, resolver a situação toda em seu benefício ―, além de um cangaceiro presidindo o Senado e atuando como marechal de campo na guerra para manter no comando a presidanta, seu abjeto antecessor e seu espúrio partido. Mas não sobrou pedra sobre pedra de nada disso.

Ao longo de 2016, Dilma se tornou uma ex-presidente em processo de inscrição no arquivo morto da política brasileira; o então poderosíssimo presidente da Câmara está há dois meses no xadrez; o Cangaceiro das Alagoas perdeu e recuperou o cargo, virou inimigo figadal da militância vermelha e está a caminho do cemitério político; o gênio da política que ia salvar a anta vermelha, o PT e os aliados ― além de si mesmo, é claro ― está com cinco processos penais nas costas, e o máximo que pode esperar do futuro próximo é não ir para a cadeia. Sem falar que o então vice-presidente da República, ora promovido a titular, passou de grande articulador político a traidor e demônio número 1 da esquerda, e hoje tem como principal preocupação escapar do lamentável destino que teve a sua antecessora.

Observação: Como ponderou Eugênio Bucci em sua coluna na revista Época, “2016 nocauteou as esperanças de muita gente no Brasil, à esquerda e à direita. Para aqueles que acreditavam em certos profetas do socialismo tropical, foi desalentador. A ficha penal de seus caudilhos adorados já não deixa brechas para as desculpas que vinham funcionando até pouco tempo atrás. Não adianta mais dizer que seus ídolos são vítimas de perseguições caluniosas produzidas por um complô reacionário contra os libertadores do povo brasileiro. As provas vão se mostrando mais e mais irrefutáveis, impossíveis de negar. A corrupção primeiro seduziu, depois dominou e, ao final, dizimou alguns dos nomes mais respeitados da esquerda. Seus antigos seguidores, com a dor estampada no rosto, calam um pranto silencioso na ressaca de uma tragédia moral. Buscam formas de recomeçar, abrem janelas tristes para a imaginação machucada, tentam não desistir do sonho, mas ficou difícil. A esperança, a que resta, já não vence o medo e a vergonha.

Diante do que foi dito até aqui, o leitor pode até argumentar que a situação não melhor. Mas em momento algum eu disse que as coisas vão bem, até porque elas não vão. Eu disse que a situação mudou, o que não é a mesma coisa. Todavia, não haverá uma nova Dilma depois de 2016, nem tampouco outro governo como o dela, e basta olhar a coisa por esse ângulo para sentir uma sensação de alívio imensa e imediata. Quando por mais não seja, o ano que ora se despede valeu pelo funeral político dos que mandaram diretamente no Brasil durante mais de uma década, embora muita gente ― a começar pelas forças que deixaram o governo ― tente vender a ideia de que nada mudou, buscando levar os brasileiros a acreditar numa coleção cada vez maior de impossibilidades materiais.

Faz parte desse múltiplo conto do vigário, por exemplo, a noção de que as pessoas sejam capazes de ficar, ao mesmo tempo, contra Renan e a favor de Lula. Ou então indignar-se com Sérgio Cabral e não levar em conta que ele foi um herói tanto de Lula quanto de Dilma ― homem de admirável coração, segundo um, ou o melhor governador do país, segundo a outra. Dentro da mesma sequência de fábulas, espera-se que levem a sério a informação de que o ex-presidente petralha vem passando o chapéu por não dispor de recursos para custear sua defesa na Justiça, já que continua um homem pobre ― mesmo tendo recebido dezenas de milhões de reais de empreiteiras e outras em presas a título de remuneração por palestras a que ninguém assistiu.

Enquanto se mantém por aí, a contrafação das realidades não parece destinada a produzir efeito prático algum. O barulho vai continuar, é claro, até porque é comum as pessoas gritarem mais alto quando percebem que têm cada vez menos fatos a seu favor. Mas na prática não se vai muito além disso ― barulho. Veja-se a situação da nefelibata da mandioca, que até outro dia era presidente da República, e agora, como se observou em mais de um espetáculo de profunda melancolia, pobre e constrangedor, bate boca no ar com o repórter de um canal de TV árabe. Ou o esforço que fazem os advogados de Lula para destemperar o juiz Sérgio Moro nas audiências, usando de linguagem agressiva e sem cabimento, à ausência de argumentos realmente sérios para responder às denúncias feitas contra seu cliente (afinal, é difícil defender o indefensável). Mas negar a verdade não altera os fatos. Nem as populações muçulmanas vão pressionar o Brasil para reabilitar a anta petralha, nem o magistrado responsável pelos processos da Lava-Jato vai sair na porrada com os defensores do penta-réu, propiciando com isso o milagre da anulação do processo inteiro ― “zerar tudo”, como sonham dez entre dez acusados de corrupção perante a Justiça Penal Brasileira.

Lula e o PT vivem uma situação surreal. A despeito de ter se tornado réu pela quinta vez (até agora) e de estar a um passo de amargar sua primeira condenação, o molusco abjeto insiste em se autodeclarar a alma viva mais honesta do Brasil e afirmar que tudo que existe contra ele é fruto de uma descabida perseguição do juiz Sergio Moro. Seus seguidores, refratários aos fatos e divorciados da realidade, têm-no na conta de candidato natural pelo PT em 2018, ignorando solenemente o fato de que as sentenças que serão impostas a seu amado líder torná-lo-ão inelegível não só nas próximas eleições, mas também nas posteriores.

Observação: A condição de penta-réu, conferida a Lula no último dia 19, sepulta a narrativa de que seu calvário judicial parte da República de Curitiba ― embora esta tenha sido a segunda denúncia que o magistrado da 13º Vara Penal Federal do Paraná aceitou contra o petralha, outras três ações em que ele é réu tramitam na Justiça Federal do DF, sob a batuta do juiz Vallisney de Souza Oliveira.

No mundo real, o sumo pontífice da Petelândia corre o risco de não poder sequer ser candidato. Se o STF já decidiu que réus em ação penal não podem ocupar cargos na linha sucessória presidencial ― e pariu aquela vergonhosa jabuticaba que criou a figura do “meio senador” (mais detalhes nesta postagem) a pretexto de preservar a governabilidade do país ―, seria um contrassenso Lula ser empossado presidente, caso viesse mesmo a concorrer e, por absurdo, conseguisse se eleger.  E como se isso não bastasse para podar os delírios abilolados da tigrada vermelha, diferentemente do que acontece no STF, onde os processos tramitam a passos de cágado paraplégico, as ações da Lava-Jato levam, em média, 6 meses para ser julgadas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, e o TRF da 4ª Região costuma levar o mesmo tempo para referendar as sentenças do juiz Sergio Moro. Deu para entender ou quer que eu faça um Power Point?

Resumo da ópera: Os desafios do Brasil para o próximo ano são imensos. O país precisa voltar a crescer para elevar o padrão de vida material do seu povo e explorar nossa energia criadora em sua plenitude. Precisa aprovar reformas estruturais para modernizar-se e competir com qualidade no mundo globalizado. Precisa civilizar a vida política, estabelecendo um padrão ético aceitável, e superar as feridas de uma profunda divisão de ideologia e métodos. Precisa, enfim, reencontrar o caminho da estabilidade institucional, arranhada nos últimos tempos.

Feliz ano novo a todos.

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terça-feira, 2 de novembro de 2021

EM ROMA, FAÇA COMO OS ROMANOS... OU NÃO


Roberto Jefferson, notório delator do maior esquema de corrupção da história do Brasil (antes do Petrolão), era unha e carne com Bolsonaro até iniciar suas férias compulsórias no presídio de Benfica. A inércia do capitão-negação em relação aos asseclas é vista com estranheza por alguns bolsonaristas, talvez por não se terem dado conta de que, a exemplo do demiurgo de Garanhuns, o capetão não tem amigos, mas interesses, e não pensa duas vezes antes de abandonar à beira da estrada aliados e ex-aliados, de Santos Cruz a Zé Trovão, seja por desavenças, seja por mera conveniência.

Curiosamente, o "mito" ainda goza de crédito com seus sectários. Fala-se que qualquer coisa que ele fizesse em favor dos despirocados detidos seria tachada de arbitrariedade.  Por outro lado, ainda que a maioria dos “abandonados” continuem o apoiando, há quem se sinta desconfortável com seu silêncio sobre as prisões decretadas pelo STF. Graciela Nienov, que assumiu o comando o PTB durante as férias compulsórias de Jefferson, diz que "o silêncio é assustador”, mas que o partido continuará apoiando o capetão porque "ele representa nossas crenças". Resta saber até quando.

Se depender daquele que fomos obrigados a eleger para impedir a volta do lulopetismo corrupto, a campanha eleitoral do ano que vem será a mais violenta desde a redemocratização. Se nada for feito para evitar o pior, o Brasil será transformado numa versão latifundiária do chiqueirinho do Alvorada, onde apenas devotos do estadista de fancaria miracula serão admitidos. Para o grande líder dessa escumalha, o puxadinho é móvel e pode ser levado para qualquer lugar — de Nova Iorque, onde o ministro da Saúde mostrou o dedo do meio para manifestantes, à embaixada do Brasil em Roma, onde jornalistas foram agredidos, no último domingo, durante um comício improvisado.

Na capital da Itália, Bolsonaro repetiu a cantilena de sempre: disse que o Brasil estava à beira do comunismo quando ele se elegeu; que não errou no combate ao vírus e que a oposição quer derrubá-lo. Mas a oposição existe justamente para dificultar a vida dos que governam, e foram muitos os erros do pajé da cloroquina no enfrentamento da pandemia. Não à toa, a CPI pediu seu indiciamento por pelo menos 9 crimes. 

O isolamento internacional do pária tupiniquim ficou evidente (mais uma vez) neste final de semana. Vídeos de eventos do G20 mostraram Bolsonaro como uma figura isolada, que não participou da foto tirada na Fontana de Trevi, um dos principais pontos turísticos da cidade, com líderes mundiais. Durante caminhada nas ruas de Roma, ele foi criticado pela maneira que lidou com a pandemia e foi chamado de "genocida". Apenas a chanceler alemã Angela Merkel lhe deu atenção, e mesmo assim para se queixar de que ele havia pisado no seu pé: “Só podia ser você”.

A CPI livrou o Brasil do contrato da Precisa e das negociatas da Davati com o governo. Bolsonaro entrou na pandemia com a tese da “gripezinha” e chegou ao final dos trabalhos da Comissão como quem usou o cargo e os meios públicos para fazer o que não poderia e não fazer o que deveria. Dizer que vacina causa AIDS foi uma de suas aleivosias mais grotescas, mas não foi a única e está longe de ser a última.

Observação: A live em que sua alteza irreal disse essa estultice foi desmentida pela Inglaterra e por todas as entidades científicas e médicas sérias, bem como removida do Facebook, do Instagram e do YouTube — mais um vexame de repercussão mundial protagonizado por quem já retirou máscara do rosto de criança, promoveu aglomerações golpistas defronte ao QG do Exército, atribuiu mentirosamente ao TCU um estudo negando o número de mortos, empurrou generais a se vacinarem escondidos, fingiu que não viu e não sabia da roubalheira na Saúde e produziu pérolas de nonsense como “e daí?”, “não sou coveiro”, “vamos parar de mimimi”, “este não é um país de maricas”, e por aí segue a procissão.

A CPI consolidou a imagem do senador Omar Aziz, jogou luzes sobre a garra de seu colega Randolfe Rodrigues e revelou uma bancada feminina formidável, com as senadoras Simone Tebet, Eliziane Gama, Soraya Thronicke, Leila do Vôlei e Zenaide Maia. Também se destacaram os senadores Otto Alencar, Humberto Costa e Rogério Carvalho, e muito contribuíram para o gran finale a experiência política de Tasso Jereissati e a expertise profissional dos delegados Alessandro Vieira e Fabiano Contarato. A escolha de Renan Calheiros para relator foi surpreendente e, por que não dizer, polêmica, mas sua capacidade política foi decisiva: o cangaceiro das Alagoas soube ouvir, avançar, recuar, buscar o consenso. De mais a mais, o que realmente interessava era a investigação e o que realmente importava era o relatório — e ambos foram impecáveis.

Voltando ao último domingo, Bolsonaro assistiu calado à agressão aos jornalistas. Pouco importa se ele atiçou ou não os brutamontes: de tanto ouvirem o chefe ameaçar a imprensa — "essa Globo é uma merda de imprensa"; "pergunte para a sua mãe"; "minha vontade é encher sua boca de porrada" —, seus cães de guarda sentem-se à vontade para agir com truculência.

A viagem do presidente a Roma foi mais um passeio turístico inútil, caríssimo e pago pelos contribuintes brasileiros. Se serviu para alguma coisa, foi para reforçar no exterior a imagem do principal produto da República Miliciana do Brasil: a violência. Cansado de atacar jornalistas por aqui, o bolsonarismo achou de exportar esse tipo de violência, talvez interessado em vender o método para algum autocrata iniciante.

Apesar de provocarem engulhos no naco civilizado da sociedade, as agressões foram um deleite para o bolsonarismo-raiz: em grupos de apoiadores do "mito" nas redes sociais, as imagens foram festejadas e ironizadas, chamadas de mimimi e de vitimismo (para muitos de seus seguidores, um ataque à imprensa em nome de Bolsonaro é uma missão civilizatória, quase divina). Afora isso, a ida do verdugo do Planalto ao G20 serviu apenas para demonstrar, mais uma vez, como o Brasil se tornou tóxico sob a gestão do "único chefe de Estado no mundo acusado de [ser] genocida" — como ele próprio disse, em tom de deboche, ao diretor-geral da OMS.

Com os combustíveis e o gás de cozinha pela hora da morte, com gente buscando ossos em sacos de lixo para saciar a fome, com mais de 13 milhões de desempregados, 608 mil mortos por Covid e o risco de apagão elétrico, Bolsonaro está fragilizado. E quanto mais acuado ele se sente, mais ataca. Resta saber até quando os cidadãos de bem desta republiqueta aturarão seus desmandos. Se depender do Legislativo e do Judiciário, a degustação do troçolho (não confundir com terçolho) seguirá seu curso até o mais amargo fim, no apagar das luzes do ano vem.  

Bolsonaro se dá ao luxo de só bater em Lula e orientar sua ospália de apoiadores a fazer o mesmo porque vê no petralha o adversário mais fácil de derrotar. De resto, bater em nomes que ainda carecem de apoio em massa só serviria para fortalecê-los. Seu pesadelo é a consolidação da assim chamada terceira via, dado o risco de não chegar ao segundo turno — ou quiçá ao primeiro. E o adversário que ele mais teme é o ex-juiz Sergio Moro.

Em entrevista à emissora italiana Sky TG 24, após o entrevistador lembrá-lo de que Lula o chamou de genocida por sua conduta durante a pandemia, Bolsonaro devolveu a gentileza dizendo que a liderança política do petralha começou com um "contato com as Farc" — antigo grupo guerrilheiro da Colômbia que saiu da clandestinidade —, e que a partir daquele momento o molusco teria estabelecido ligação com o narcotráfico. 

Bolsonaro disse ainda que sua vitória nas eleições em 2018 foi "um milagre que salvou o Brasil", e que um ex-chefe do serviço secreto da Venezuela afirmou à justiça da Espanha, em uma carta, que o regime venezuelano financiou presidentes na América Latina, inclusive Lula. Por meio de nota, a assessoria do ex-presidiário afirmou que "todo mundo sabe, no Brasil e no mundo, que Bolsonaro é um mentiroso", mas não foi muito além disso. 

Em outros trechos da entrevista, Bolsonaro afirmou que o governo petista quase levou a Petrobras à falência (o que é verdade), chamou a autodeclarada alma viva mais honesta do Brasil de "oportunista" (o que também é verdade) e distorceu os fatos para defender a narrativa do governo sobre a Amazônia. A essa altura, a Velhinha de Taubaté se revirou na tumba.

E viva o povo brasileiro!

sábado, 22 de julho de 2017

MAIS SOBRE IMPRESTÁVEIS



Pressionado pelo rombo no orçamento e pela dificuldade em fechar as contas deste ano, o presidente mais impopular da nossa história e sua equipe econômica (que, curiosamente, é a mais eficiente dos últimos 15 anos) resolveram que a solução não é controlar os gastos públicos, mas, sim, aumentar impostos, ou seja, mandar a fatura para os contribuintes, que, embora não suportem mais ver a cara do Temer, terão de pagar do bolso pelos votos favoráveis ao presidente na CCJ e no plenário da Câmara (e essa é só a primeira denúncia; se Janot cumprir o que prometeu, duas outras virão antes de setembro, quando então as negociações espúrias deverão se repetir).

Resumo da ópera: O governo dobrou o PIS/COFINS sobre os combustíveis, propiciando um aumento de R$ 0,41 no litro da gasolina, R$ 0,20 no do dieses e R$ 0,19 no do álcool (que era isento desse tributo). Fazendo uma “conta de padeiro”, encher o tanque com gasolina ficará R$ 25 mais caro ― considerando a capacidade média de 50 litros. Com álcool, a bordoada é menor ― cerca de R$ 10 ―, o que torna mais atrativa a opção por esse combustível (e como os postos podem estipular livremente seus preços e ninguém ainda revogou a Lei da Oferta e da Procura, o provável aumento da demanda certamente resultará em novos aumentos de preço para o consumidor final, até porque, no Brasil, os efeitos da livre-concorrência costumam ser inibidos pela prática de cartelização.

Mudando de pato para ganso, por determinação do juiz Sérgio Moro a eterna alma viva mais honesta do Universo teve mais R$ 9 milhões bloqueados pelo BrasilPrev (fundo de previdência do Banco do Brasil), relativos a um plano empresarial da LILS (empresa de palestras de Lula). O molusco indigesto marcou presença na manifestação realizada ontem à noite, na mais paulista das avenidas, que, a despeito do frio, conseguiu ocupou um quarteirão e meio!  E isso com dois carros de som e mortadela à vontade para os mercenários de sempre. A do Rio reuniu cerca de 500 pessoas, e a de Brasília, fiasco ainda maior, algo em torno de 150 participantes. Quem compareceu ouviu a cantilena de sempre em confronto aberto com a realidade. A saber:

Lula: "Esse é o primeiro ato, eles sabem que nós vamos conquistar eleições diretas para o povo brasileiro". (Não há o que conquistar. Primeiro porque já temos eleições diretas regulares ― as próximas, em 2018. Segundo porque o PT, de fato, não as deseja para já. Não está preparado para enfrentá-las. Prefere Temer, fraco, até o fim do mandato que era de Dilma.)

Lula: “Se a PF, o Ministério Público e o juiz Sérgio Moro tiverem uma prova de que recebi cinco centavos, por favor, me desmoralizem, me prendam”. (A sentença de Moro que condenou Lula é recheada de provas, mas o petralha e seus apoiadores abilolados jamais as reconhecerão, como até hoje não reconhecem que o mensalão do PT existiu e que mensaleiros foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal com base em fartas provas.)

Gleisi Hoffmann, presidente do PT: "Se querem ganhar do Lula, ganhem nas urnas, ganhem nos votos". (Pelo que fez ou deixou de fazer, foi Lula que cavou a própria situação de eventualmente não poder ser candidato caso a segunda instância da Justiça confirme a decisão de Moro. Ele é réu em mais quatro processos, e a denúncia que acrescentará mais um à conta deve ser aceita a qualquer momento).

Lindbergh Farias: “Eles não estão nem aí se o Brasil está voltando para o mapa da fome". (A maior recessão econômica da história do Brasil, que desempregou mais de 14 milhões de pessoas, é obra do primeiro e do segundo governo de Dilma. Foi a recessão que devolveu à miséria muitos que haviam se livrado dela durante os dois governos de Lula).
Para fechar com chave de ouro: Paulo Okamoto, presidente do INSTITUTO LULA, que foi absolvido por falta de provas no processo em que seu chefe foi condenado a 9 anos de seis meses de prisão, recorreu da sentença. É mole?

Com Blog do Noblat.

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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

AINDA SOBRE O UPDATE DE ANIVERSÁRIO DO WINDOWS 10

NÃO HÁ NADA QUE FAZER PELO SER HUMANO: O HOMEM JÁ FRACASSOU.

Conforme eu comentei dias atrás, o tão esperado update de aniversário do Windows 10 pode se tornar um “presente de grego”. Quando eu instalei a atualização via Windows Update, meu PC entrou em loop infinito durante uma das (várias) reinicializações exigidas pelo processo, o que me obrigou a forçar 3 boots seguidos para tentar recuperar a instalação).

Observação: Só depois desse episódio que me dei conta de que a restauração do sistema estava ativa, mas sem espaço algum configurado para armazenar os pontos. Felizmente, meu sistema foi capaz de reverter ao “status quo ante” sem a ajuda dessa “tábua de salvação” ― que eu me apressei a ajustar em meus dois PCs com Windows 10 (curiosamente, a máquina da Dell, cujo upgrade para o Ten eu havia feito na semana passada, para não perder o prazo de gratuidade, estava exatamente do mesmo jeito).

O fato é que muita gente além de mim teve problemas com o update de aniversário, como dão conta os comentários deixados na postagem que publiquei na Microsoft Community (clique aqui para mais detalhes). Sobre esse assunto, aliás, vale a pena ler o que diz Woody Leonhard, editor sênior da InfoWorld, neste artigo).

Volto agora ao assunto porque recebi de Luis Paulo Lima, moderador da Microsoft Community, as instruções que reproduzo a seguir ― vale frisar que ainda não tive oportunidade de segui-las; se você quiser tentar, faça-o por sua conta e risco, e não sem antes criar um backup dos seus arquivos importantes e um ponto de restauração do sistema. Dito isso, passemos ao tutorial:

Etapa 1: Execute ferramentas de reparação Dism e Scannow (ferramentas de diagnóstico nativas do Windows que auxiliam no reparo da imagem do sistema).

Pressione as teclas Windows + X, selecione Prompt de comando (Admin), copie e cole os comandos abaixo e dê Enter depois de cada um deles.
Sfc /ScanNow
Dism /Online /Cleanup-image /RestoreHealth
Feito isso, veja se a anormalidade se repete. Caso afirmativo, passe para a etapa seguinte.

Etapa 2: Dê um boot limpo (esse procedimento serve para determinar se algum app em segundo plano está interferindo no sistema).

Digite msconfig na caixa de diálogo do menu Executar e clique em Ok. Na tela das Configuração do Sistema, clique na aba serviços. Na parte inferior da tela, marque a caixa Ocultar todos os serviços Microsoft e clique Desativar tudo. Clique na aba Inicialização de programas e em Abrir gerenciador de tarefas. Na aba inicializar, desabilite todos os programas que não-Microsoft, feche o gerenciador, clique ok em configuração do sistema e reinicie o computador se solicitado. 

NOTA:Este procedimento desabilita todos serviços e programas de terceiros., Se o problema for solucionado desta forma, você pode posteriormente habilitar os programas e serviços que serão inicializados com o Windows seletivamente, um de cada vez. Se o problema tornar a acontecer após determinado serviço ou programa ser reativado, você encontrou o responsável e, portanto, dever desinstalá-lo. 

Etapa 3: Adicionar Um Valor Na Chave de Registro.

Torne a abrir o menu Executar, digite Regedit, tecle Enter, localize e clique na subchave HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Policies\Microsoft\System. No menu Editar, aponte para Novo, clique em DWORD Value, digite CopyFileBufferedSynchronousIo e pressione Enter. Dê um clique direito em CopyFileBufferedSynchronousIo, clique em Modificar, e, na caixa Dados do valor, digite 1, clique em OK e saia do Editor do Registro.

Etapa 4: Altere o Registro do Windows.

Após atualizar os drivers, digite notepad na caixa de diálogo do menu Executar e tecle Enter. No bloco de notas, cole os comandos abaixo: 
Windows Registry Editor Version 5.00
[HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsUpdate\UX]
"IsConvergedUpdateStackEnabled"=dword:00000000
[HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsUpdate\UX\Settings]
"UxOption"=dword:00000000
Salve o arquivo na área de trabalho como registro.reg e dê duplo clique sobre ele (para que novos valores sejam inseridos no registro). Se ocorrer algum tipo de erro, torne a abrir o Prompt de comando (Admin) e execute os comandos abaixo:  
Reg Add “HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsUpdate\UX” /v IsConvergedUpdateStackEnabled /t REG_DWORD /d 0 /f e pressione Enter
Reg Add “HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Mic e pressione Enter.

Feito isso, siga o link http://go.microsoft.com/fwlink/?LinkId=691209, baixe a ferramenta de atualização e, ao final, clique em "Atualizar este PC agora".

Observação: Caso queira postergar o update de aniversário do Windows 10 para não fazer como os pioneiros e ser reconhecido pela flecha espetada no peito, siga este link para  ver como evitar que atualização seja disparada automaticamente no seu computador. Lembre-se: em rio que tem piranha, jacaré nada de costas, e cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém. 

E como hoje é sexta-feira:

Um avião em pane levava 5 passageiros, mas dispunha de apenas 4 paraquedas. O primeiro passageiro disse: 
― Eu sou Pelé, o maior ídolo do futebol de todos os tempos, e o mundo precisa de mim.
Ato contínuo, vestiu o primeiro paraquedas e pulou do avião.
A segunda passageira era Hillary Clinton, que disse:
― Eu sou a próxima presidente dos EUA e, portanto, não posso morrer.
Então, ela pegou o segundo paraquedas e saltou.
O terceiro passageiro era Lula, que disse:
― Eu fui presidente mais esperto da história, e o povo ainda acredita que sou a alma viva mais honesta do Brasil. Também não posso morrer.
Dito isso, o abominável molusco de nove dedos vestiu o terceiro paraquedas e saltou.
O quarto passageiro era o Papa, que disse à última passageira, uma garotinha de 10 anos de idade:
― Eu sou o líder da maior Igreja do mundo, mas estou velho e já cumpri minha missão. Vou abrir mão dos poucos anos que me restam e deixar você saltar com o último paraquedas.
E a menininha respondeu:
― Relaxa, Santidade, ainda restam dois paraquedas. Aquela besta que se achava o presidente mais inteligente da história e a alma viva mais honesta do Brasil saltou com a minha mochila.

Um ótimo final de semana a todos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

MAIS DO MESMO E O SÓSIA DO CAPITÃO CAVERNA




Para quem está de saco cheio das parvoíces bolsonaristas, talvez sirva de consolo imaginar como estaria o Brasil se o bonifrate da autodeclarada alma viva mais honesta do Brasil tivesse derrotado o capitão caverna, e não o contrário. Só que isso não muda o fato de este governo ser uma usina de crises e seu comandante em chefe, PhD em descumprir promessas de campanha e priorizar o que convém a si e a sua prole.

Falando em prole, se você atribui grande parte dos problemas nacionais às estultices dos "príncipes herdeiros", prepare-se: Jair Renan Bolsonaro, de 21 anos, foi eleito para a direção nacional do novo partido do presidente — será membro com direito a voto. Bolsokid, como se apresenta o zero quatro, estuda análise de sistemas em Brasília, joga videogame, especialmente o League of Legends, frequenta festas badaladas e alimenta suas redes sociais, embora não com a mesma voracidade dos irmãos mais velhos. Com o pai, Renan compareceu a alguns eventos, como a reunião do Mercosul na Argentina, em julho, quando foi apresentado como “embaixador mirim”. É mole?

Mas não é só. Paulo Guedes parece ter absorvido por osmose (ou simbiose?) alguns traços da personalidade do chefe. É público e notório que ministro da área econômica não deve opinar sobre câmbio e taxa básica de juros, mas o Posto Ipiranga quebrou a regra, numa entrevista em Washington, ao dizer que "é bom se acostumar com câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”. Isso bastou para a moeda brasileira encolheu quase 2%, passando a seu maior valor nominal desde 1994.

A fala de Guedes foi imprudente, mas não despropositada, pois passou o recado de que quem esperava encontrar câmbio mais favorável na temporada de férias de final de ano tirar o cavalo da chuva. Felizmente, basta ir a Brasília para ver o Pateta, sem mencionar que sai bem mais barato do que ir à Disney.

O plano é manter o dólar mais caro e a Selic mais baixa para estimular investimentos e dar fôlego às indústrias exportadoras, o que, espera-se, refletirá positivamente no PIB e propiciará um crescimento mais sustentável da Economia — às favas com o desejo da classe média de fazer compras em Miami e as necessidades do setor produtivo, que precisa ganhar competitividade para impulsionar as exportações com um câmbio mais favorável. Mas a debandada de investidores estrangeiros nos últimos meses transformou a volatilidade cambial em uma preocupação constante. Tanto é que na terça-feira 26 o BC despejou US$2 bilhões no mercado à vista de câmbio em menos de seis horas (foi a maior intervenção desde fevereiro de 2009 — quando se vivia o auge da crise econômica global — que, contrariando as mentiras de Lula, foi bem mais que uma simples "marolinha").

Enquanto isso, o Pato Donald acusa (injustamente) o Brasil e a Argentina de desvalorizarem suas moedas e promete taxar as importações de aço e alumínio dos dois países. Isso mostra que a "relação especial" que o Pateta diz ter com Donald não passa de mais uma aleivosia. Aliás, alguém deveria informar ao capitão que países não têm amigos, têm interesses, sendo ingenuidade, portanto, achar que o Brasil obterá alguma deferência especial porque seu presidente é baba-ovo do colega norte-americano.

Para Josias de Souza, a ameaça de Trump foi uma paulada, mas Bolsonaro reagiu com inusitado respeito e inesperada compostura: "Não vejo isso como retaliação", disse o presidente, ainda sob efeito da pancada. Se Bolsonaro reagisse como Bolsonaro, diz Josias de Souza, ele esfregaria na cara do inquilino da Casa Branca a expressão preferida do próprio: "Isso é fake News, tá ok?". Em se tratando do mito, porém, a ficha demora a cair: "Se for o caso, falo com o Trump, tenho um canal aberto com ele."

Bolsonaro ainda não se deu conta de que sua relação especial com a Casa Branca foi uma espécie de conto do vigário que o levou a entregar a Trump a base espacial de Alcântara, a liberação da catraca do Brasil para turistas americanos, a importação de uma cota extra de etanol americano e até amor verdadeiro, e, em troca, só recebeu pauladas. Dizer que o Brasil quis derrubar a cotação do real de propósito para se tornar mais competitivo no agronegócio, prejudicando os produtores americanos, é bullshit de um Trump que tenta adular o eleitorado interno às vésperas de disputar uma reeleição difícil. Goofy já disse que ama Donald Duck, mas diplomacia não é coisa para amadores nem para amantes. Em condições normais, a relação pessoal dos dois deveria ser regulada pela Lei Maria da Penha, mas, na briga dos Estados Unidos com o Brasil, quem apanha é o interesse tupiniquim.

Agora o cúmulo dos cúmulos deste governo desajustado: O debate sobre a volta da prisão em segunda instância transformou nosso indômito presidente no segundo desaparecido político do regime bolsonarista. O primeiro foi o Fabrício Queiroz, o "faz-tudo" da família Bolsonaro.

Quando Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, articula a coleta de assinaturas para retardar a votação do projeto sobre prisão prisão em segunda instância, diz Josias de Souza, a plateia fica autorizada a suspeitar que há um sósia de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

O silêncio do presidente é estridente. O Bolsonaro legítimo, todos sabem, elegeu-se enrolado na bandeira da moralidade. Eleito, esse Bolsonaro inflexível com os maus costumes nomeou para o posto de ministro da Justiça Sergio Moro, um personagem que o presidente enxergava como símbolo nacional do combate à corrupção. De repente, o sósia do Planalto suja com o seu silêncio a imagem daquele Bolsonaro da campanha eleitoral.

Alguém se fazendo passar por Bolsonaro decerto nomeou Fernando Bezerra para o posto de líder. Trata-se, como também se sabe, de um ex-apoiador de Lula, ex-ministro de Dilma, cliente de caderneta da Lava-Jato. Agora, Bezerra se associa ao PT na articulação para retardar a volta da prisão na segunda instância.

Com o nó no pescoço, o líder do governo tenta afrouxar a corda. O pior é que ele é o único a fugir do nó. Há na Esplanada ministros investigados e denunciados. Há até um ministro condenado por improbidade. Há na casa de Bolsonaro um filho, Flávio, sob suspeita de peculato e lavagem de dinheiro. O Bolsonaro legítimo jamais silenciaria diante de um quadro assim.

Alguém precisa organizar uma incursão nos porões do Alvorada. O Bolsonaro genuíno, o autêntico, deve estar aprisionado em algum recanto sombrio do palácio residencial

Que Deus nos ajude.