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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

DE VOLTA AO EDGE CHROMIUM

O PROBLEMA DE VOCÊ PRENDER UM TIGRE PISANDO NO PESCOÇO DELE É QUE NÃO DÁ PARA TIRAR O PÉ.

Em algum momento da novela sobre navegadores de Internet que foi ao ar em 21 capítulos (não consecutivos) entre os dias 6 de maio e 16 de junho eu comentei que a Microsoft tentou promover o Edge valendo-se da mesma estratégia que, há exatos 25 anos, transformou o Internet Explorer em sinônimo de web browser.

Em meados da década de ‘90 contavam-se nos dedos os internautas domésticos, e desses, 99% navegavam pela ainda incipiente World Wide Web nas asas do Netscape Navigator, criado por Jim Clark e Marc Andreessen nas dependências da Mosaic Communications Corporation. 

Em tese, o browser custava US$ 49; na prática, ele era largamente distribuído (sem custo algum) por provedores e compartilhado em sistemas de BBS, o que levou o fabricante a torná-lo realmente gratuito.

Nesse entretempo, a Microsoft licenciou o código do Spyglass Mosaic um dos browsers pioneiros no mercado — e desenvolveu a partir dele o Internet Explorer, dando início a uma disputa que ficaria conhecida como Primeira Guerra dos Browsers

Para impulsionar a adoção do seu rebento, a empresa se valeu de diversas estratégias de marketing — chegando mesmo a distribuir o IE através de CDs encartados em revistas e embutidos em kits de acesso de provedores. 

Em 1996, o IE foi incluído no Windows 95 Plus!, depois integrado ao Win95 OSR 2 e, mais adiante, promovido a componente nativo do festejado Win98.

Observação: Os anos 1990 foram a época de ouro da famigerada conexão via rede dial-up (também conhecida por “conexão discada”), na qual um “programa discador” fornecido pelo provedor de acesso discava (literalmente) para um número pré-definido e, uma vez realizado o shakehand, o internauta podia navegar pela Web a “vertiginosos”... 30 ou 40 kbps — a velocidade máxima (teórica) alcançada por um modem analógico era de 56 kbps.

Resumo da ópera: O IE destronou o Navigator, sagrou-se vencedor da primeira guerra dos browsers, tornou-se o xodó dos internautas e reinou sobranceiro por mais de dez anos. 

Sem sinal de concorrência no horizonte, a Microsoft se acomodou — como não se mexe em time que está ganhando, não havia por que modernizar o navegador. Mas a história começou a mudar em 2008, quando o Google lançou o Chrome.

Continua...

quinta-feira, 7 de julho de 2022

O TÚMULO DO INTERNET EXPLORER

A MONOTONIA É A MORTE DA MOTIVAÇÃO.

Em meados dos anos 1990, os poucos internautas domésticos que havia utilizavam, em sua maioria, o Netscape Navigator, criado por Jim Clark e Marc Andreessen nas dependências da Mosaic Communications Corporation. 


Observação: Os primeiros browsers para Unix surgiram em 1991, mas o Netscape foi o pioneiro na exibição textos e imagens de websites — e o responsável pela consagração do termo “navegar” como sinônimo de “folhear” páginas da Web.

 

Na sequência, a Microsoft licenciou o código do Spyglass Mosaic — um dos browsers pioneiros no mercado —, a partir do qual desenvolveu o Internet Explorer. Em1996, o IE foi incluído no Windows 95 Plus!, depois integrado ao Win95 OSR 2 e, mais adiante, promovido a componente nativo do festejado Win98. E assim teve início uma disputa que ficaria conhecida mais adiante como a Primeira Guerra dos Browsers. 

 

Em 1997, o IE destronou o Navigator, tornou-se o queridinho dos internautas e reinou sobranceiro por mais de dez anos. Em 2008, o Google lançou o Chrome, dando início à Segunda Guerra dos Browsers. Em meados de 2012, o Chrome superou o IE em número de usuários e continuou crescendo na preferência dos internautas. Embora os principais navegadores (como o Firefox, o Opera e o Microsoft Edge, que sucedeu ao IE) se equivalham em desempenho e recursos, o Chrome continua liderando esse segmento de mercado.  

 

No melhor estilo “Die Hard” — ou duro de matar, como o título da série protagonizada por Bruce Willis foi traduzido para o português —, o IE continuou integrando o Windows, mesmo depois que a Microsoft reconheceu sua decadência senil. Em 2015, quando lançou o Win10, a empresa incluiu o sucessor do IE aos componentes do novo sistema, numa tentativa malsucedida de reprisar o sucesso que obteve no final do século passado. Mas a falta compatibilidade (na contramão dos principais concorrentes, o Edge rodava única e exclusivamente no Win10) e de extensões (o número reduzido de usuários não estimulou os desenvolvedores parceiros a criá-las), mais a demora nas atualizações (enquanto os concorrentes instalavam novas versões automaticamente, o Edge dependia do Windows Update) e as indesejáveis semelhanças do novo com o velho — a começar do ícone do software —, afugentaram os fãs do moribundo IE, que migraram em massa para o Chrome.

 

A Microsoft lançou o Edge Chromium no início de 2020. A exemplo do Chrome, do Opera e do Vivaldi, entre outros, ele foi baseado no Projeto Chromium, o que lhe garantiu compatibilidade com múltiplas plataformas (inclusive os sistemas móveis Android e iOS) e abriu um vastíssimo leque de extensões. Não foi exatamente um gol de placa, mas os aprimoramentos implementados a posteriori melhoram o navegador e, consequentemente, sua imagem aos olhos dos usuários. 


Da feita que eu publiquei uma longa sequência sobre navegadores entre 6 de maio e 16 de junho de 2020 — que terminou com esta postagem —, seria redundante descer a detalhes, até porque o mote desta abordagem não é o Edge, mas o Chrome. Mas vale destacar que a Microsoft finalmente jogou a derradeira pá de cal sobre o esquife do vetusto e longevo Internet Explorer


Para homenagear o browser, o engenheiro de software sul-coreano Jung Ki-Young criou uma lápide com o logotipo do IE e postou uma foto que viralizou na nação asiática (vide imagem). Como epitáfio, o autor da brincadeira escreveu: “Ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores”.


Continua... 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

NAVEGADORES DE INTERNET — FAVORITOS, BOOKMARKS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES (PARTE II)

NA VERDADEIRA DEMOCRACIA, NÃO SÃO AS PESSOAS QUE BRIGAM, MAS AS IDEIAS.

O que conhecemos hoje por Internet surgiu nos anos 1960, no auge da guerra fria, quando o Departamento de Defesa dos EUA criou o projeto ARPA, visando à criação do sistema de comunicação mais eficiente e confiável do mundo.

Posteriormente, o governo norte-americano viu que era preciso descentralizar o ARPA para que a comunicação continuasse a acontecer mesmo que alguma base de pesquisa fosse atacada. Para blindar a estrutura contra possíveis investidas dos soviéticos, pesquisadores da Universidade da Califórnia criaram um centro de teste de protocolos de comunicação e interligaram os computadores numa rede que mais adiante ficaria conhecida como ARPANET.

Em 1974, os protocolos TCP (Transfer control protocole) e IP (Internet Protocol) tornaram a transmissão de dados por pacotes aplicável a todos os tipos de informação. Por alguma razão incerta e não sabida, a ARPA liberou o TCP/IP gratuitamente a quem quisesse utilizar os protocolos, e em 1983 começaram a pipocar redes independentes, como a Bitnet, em NYC, e a FidoNet, em Frisco, e sites de pesquisa interligados pelas melhores linhas de transmissão disponíveis passaram a utilizar os protocolos TCP/IP.

Apesar da popularidade nos meios científico e universitário, a INTERNET contava com ferramentas rudimentares e o tipo de informação que disponibilizava tinha interesse somente para comunidades de nicho. Mas isso mudou com o advento do correio eletrônico, do FTP e do TelNet.

Mais adiante, o departamento de informática da universidade do Minnesota criou uma interface de pesquisa que permitia a busca por temas. Como o sistema era fácil de utilizar e permitia aos estudantes o acesso a documentos informatizados que estavam em servidores de outras universidades, ele foi rapidamente adotado pelo público universitário, e seu potencial para fins comerciais não demorou a ser vislumbrado. O resto é história recente.

Os navegadores de internet foram os grandes responsáveis pela popularização da Web Note que a Internet é o meio físico da rede mundial de computadores e a Web, sua porção multimídia, daí ser mais correto dizer “navegar na Web” do que na Internet.

Os primeiros browsers para Unix surgiram em 1991, mas o Netscape Navigator (lançado em 1994) foi o pioneiro na exibição textos e imagens de websites — e o responsável pela consagração do termo navegar como sinônimo de “folhear” as páginas da Web.
Em 1997, o Netscape foi destronado pelo MS Internet Explorer, sobretudo porque a Microsoft passara a fornecê-lo como parte integrante do Windows, e assim terminou a “Primeira Guerra dos Browsers”.

A “paz” durou até 2007, quando o Google lançou seu navegador  — o Chrome  —, que não demorou a se tornar mais popular que o Mozilla Firefox, arquirrival do Internet Explorer. Em meados de 2012, ele superou o IE em número de usuários, e continuou crescendo na preferência dos internautas. E assim terminou a "Segunda Guerra dos Browsers".

Atualmente, o navegador do Google abocanha 63,7% de seu segmento de mercado, seguido pelo Safari (da Apple), com 18.4%, e pelo Firefox (da Fundação Mozilla), com 4,4%.
Ao lançar o Windows 10, em 2015, a Microsoft introduziu um novo navegador, que foi batizado de Edge. Por alguma razão incerta e não sabida, o obsoleto Internet Explorer continuou (e continua) figurando entre os componentes nativos do sistema. Mas, a despeito dos esforços envidados pela empresa, o Chrome continua sendo o queridinho dos internautas.

Hoje, entre dispositivos fixos e móveis, o browser do Google açambarca 63,7% do seu segmento de marcado, seguido de longe pelo Safari, da Apple (18,35%) e de mais longe ainda pelo Firefox (4,42%). Se considerarmos apenas sua presença em desktops e notebooks, o Edge e o IE, somados, mal chegam a 10%. Nos ultraportáteis (smartphones e tablets) as chances de encontrar um desses browser são as mesmas de acertar uma milhar no jogo do bicho.
 Os celulares começaram a se popularizar nos anos 1990, mas só se tornaram “smart” (inteligentes) a partir de 2007, quando a Apple lançou o iPhone. A inovação idealizada pelo visionário Steve Jobs, fundador e CEO da empresa, forçou a concorrência a produzir aparelhos igualmente capazes de acessar a Internet e cada vez mais pródigos em recursos. Assim, o que nasceu como telefone móvel se transformou em computador de bolso, e só não aposentou as versões tradicionais (desktops e notebooks) porque determinadas tarefas demandam mais poder de processamento e memória (tanto física quanto de massa), além de mouse, teclado físico e telas maiores do que os diligentes ultraportáteis oferecem.
Continua...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O MELHOR NAVEGADOR DE INTERNET

TODO SANTO É UM PECADOR À ESPERA DE UMA OPORTUNIDADE.

Os navegadores de internet foram os grandes responsáveis pela popularização da Web entre usuários “comuns”. As versões para Unix surgiram em 1991, mas o Navigator (lançado pela Netscape em 1994) foi o pioneiro na exibição de textos e imagens postadas em websites ― e o responsável pela consagração da expressão “navegar” como sinônimo de acessar páginas da Web (a porção multimídia da Internet, que, por seu turno, é o “meio físico” da rede mundial de computadores).

Observação: Só para relembrar: a Rede Mundial de Computares (World Wide Web, daí a sigla “www”, que agora nos é tão familiar) surgiu como um projeto militar (batizado de ARPANET), nos anos 1960 ― auge da “guerra fria” ―, com vistas a descentralizar o armazenamento de informações vitais para o Departamento de Defesa norte-americano. De início, seu uso era eminentemente militar, mas seu potencial para fins comerciais não demorou a ser vislumbrado, e o resto é história recente.

O Navigator reinou absoluto até ser destronado pelo MS Internet Explorer, em 1997, numa disputa que ficou conhecida como a “Primeira Guerra dos Browsers”. A paz durou mais de uma década, mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine. Em 2007, a Google lançou o Chrome, que logo ultrapassou o Firefox ― arquirrival do IE ― e, em meados de 2012, assumiu a liderança do seu segmento de mercado, pondo um fim à Segunda Guerra dos Browsers.

A despeito dos esforços envidados pela Microsoft, a tendência de o Internet Explorer descer a ladeira da popularidade veio a se acentuar (ainda mais) nos últimos anos. Mesmo assim, a empresa reluta em aposentá-lo. Ao contrário do que muitos previam, o Edge, lançado concomitantemente com o Windows 10, não aposentou seu antecessor, que continua presente também nessa edição do sistema. Mas o fato é que nenhum dos dois (ou qualquer outro navegador disponível no mercado) ameaça a supremacia do Chrome. Pelo menos por enquanto.

Só para constar: os browsers mais usados atualmente (tanto no Brasil no mundo como um todo) são, pela ordem, o Chrome, o Firefox, o Edge, o Safari e o Opera. Todos são plenamente satisfatórios em termos de recursos e desempenho ― conforme eu já comentei em outras postagens; a quem interessar possa, basta inserir termos chave como “browser” e “navegador” no campo de buscas do Blog para mais detalhes. Assim, temos que a escolha do “melhor” produto depende mais do gosto pessoal do internauta do que das características dos programas.

Numa avaliação feita recentemente, o portal de tecnologia Oficina da Net  concluiu que o Opera é um pouco mais lento que seus rivais, mas é o que menos impacta o desempenho global do sistema. O Edge ― que, em última análise, é uma versão atualizada do IE ― tem comportamento semelhante ao do seu predecessor, embora seja mais consuma mais recursos do computador. Seu design segue o estilo do Windows, com ícones e menus bem definidos e padronizados, fácil acesso a praticamente todas as ferramentas e um menu de opções extremamente simples. No entanto, por não oferecer suporte a extensões ― problema que a mãe da criança vem prometendo resolver desde o lançamento do Windows 10 ―, ele ainda não conquistou tantos usuários quanto a empresa gostaria.

O Firefox se destaca pelo visual, pela versatilidade e por sua capacidade de personalização. Além da navegação fluida e rápida, o programa agrada por facilitar a importação de favoritos, históricos e senhas, pela miríade de extensões disponíveis ― e muito bem organizadas na loja oficial, que também oferece especificações, dicas de uso, e por aí afora ― e pelo suporte primoroso, com ampla documentação de ajuda, FAQs, tutoriais e uma Base de Conhecimento pesquisável (onde é possível pedir ajuda a outros usuários). Pesa em seu desfavor, no entanto, o fato de ele ainda não ser totalmente compatível com o HTML5. Mas isso é um problema transitório e que deverá ser resolvido nas futuras atualizações.

Por hoje é só, pessoal. Amanhã a gente conclui.


LULA SE TORNA RÉU PELA 4ª VEZ

Em vez de ficar nos aporrinhado com a perspectiva de voltar à Presidência da Banânia, Lula deveria se informar melhor sobre o que diz a Lei sobre sua abilolada pretensão. Afinal, na última sexta-feira o petralha se tornou formalmente réu pela quarta vez.

Na semana passada, o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, aceitou nova denúncia do Ministério Público contra o petralha, desta feita por lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência. Além de sua insolência, figuram na lista de denunciados a ex-primeira dama Marisa Letícia, o filho caçula Luiz Cláudio e o casal Mauro e Cristina Mautoni, sócios da consultoria M&M.

Segundo a Folha, Lula e Luís Cláudio participaram de um esquema de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a compra de 36 caças da sueca Saab pelo governo brasileiro. De acordo com os procuradores, há indícios de irregularidades na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627 ― que teria sido manipulada pela quadrilha, em benefício de alguns agentes públicos e privados, quando Lula já era ex-presidente.

O petralha já era réu na 13ª Vara Federal em razão do tal tríplex no Guarujá, do qual, segundo o MPF, é o verdadeiro dono ― uma benesse da OAS em razão dos favores que a empresa recebia da Petrobras ―, além de ser acusado de integrar o grupo que tentou viabilizar a fuga de Nestor Cerveró e de ter beneficiado a Odebrecht em contratos junto ao BNDES.

É mole?

ADITAMENTO: NO INÍCIO DESTA SEGUNDA-FEIRA, O JUIZ SERGIO MORO ACEITOU MAIS UMA DENÚNCIA CONTRA O PETRALHA, QUE AGORA É PENTA. MAIS DETALHES NA POSTAGEM DE AMANHÃ.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

COMPARATIVO DE NAVEGADORES — CHROME X BRAVE

QUANTO MAIS AS COISAS MUDAM, MAIS ELAS FICAM IGUAIS.

 

A título de contextualização, relembro que os principais navegadores de Internet disponíveis para computadores, smartphones e tablets se equivalem em recursos e funções. Por outro lado, isso não significa que eles sejam cópias-carbono uns dos outros — cada qual sempre oferece alguma coisa que os concorrentes não têm e fica devendo alguma coisa que os concorrentes oferecem.

 

No final do século passado, o MS Internet Explorer derrotou o Netscape Navigator na "primeira guerra dos browsers" e reinou absoluto até meados de 2012, quando foi derrotado pelo Google Chrome na "segunda guerra dos browsers" (para mais detalhes sobre a evolução dos navegadores, leia a sequência iniciada por este post). A empresa de Redmond reagiu com o MS Edge, mas, por uma série de fatores que não vêm ao caso neste momento, seus esforços foram inglórios (o Edge Chromium mudou esse cenário, mas se e quando ele vai desbancar o rival de Mountain View é outra conversa).

 

O Chrome vem se mantendo em primeiro lugar em número de usuários ao longo dos últimos dez anos, mas ter um segundo navegador (ou terceiro, ou quarto...) é recomendável — como diz o ditado, "quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum". O Mozilla Firefox é a alternativa número um para boa parte dos internautas (lembrando que o excelente Safari, da Apple, não roda no Windows), mas há outras opções tão boas quanto — ou até melhores, conforme o gosto e o perfil de cada usuário. 

 

Para além do Edge Chromium (que fica melhor a cada versão), sugiro instalar o Brave Browser e/ou o Opera, que têm versões para Windows, macOS, Android e iOS. O principal diferencial do Opera é a VPN nativa (detalhes nesta postagem), mas o mote desta postagem é o Brave, que se destaca por ter um bloqueador de propagandas bem desenvolvido, fornecer relatórios de privacidade (com o número de anúncios e rastreadores bloqueados) e contar com a função "HTTPS Every" (que criptografa dados em sites protegidos apenas com protocolo HTTP), além de reduzir o tempo de carregamento das páginas, melhorando o desempenho do aplicativo e contribuindo para a economia de dados móveis.

 

Esse bloqueador de anúncios e pop-ups integrado suspende todo tipo de anúncio das páginas, enquanto o mesmo recurso no Chrome bloqueia apenas as propagandas consideradas invasivas. Por outro lado, o browser do Google conta com o Google Tradutor e o Google Lens, que permitem, respectivamente, traduzir textos em apenas um toque e fazer pesquisas por meio de imagens. 

 

O Brave também se destaca por incluir um sistema de recompensas que, uma vez ativado, gratifica os usuários que visualizam propagandas (o navegador passa a exibir os anúncios ocultados em forma de notificação; quando o usuário toca no aviso para exibir a propaganda, o app liberar os "tokens" — uma espécie de moeda virtual , que podem ser usados para apoiar sites ou na compra de conteúdos digitais. 


O Brave promete ser até oito vezes mais rápido que o Chrome — mas o PT prometia não roubar nem deixar roubar e Bolsonaro, ser implacável com a corrupção na política e acabar com a reeleição. Enfim, testes feitos por um site especializado comprovaram que a versão desktop do Brave se mostrou mais eficiente que a versão equivalente do Chrome para computadores. 

 

No quesito interface, Brave e Chrome proporcionam uma navegação intuitiva e sem complicações. Quanto ao layout, as configurações do browser do Google são acessadas a partir do topo da tela, ao passo que no concorrente o acesso a histórico, download e favoritos fica na parte de baixo. Da mesma forma, o ícone que permite abrir novas guias no Chrome fica localizado no topo da tela, e no Brave, na parte de baixo. Outra diferença diz respeito à barra de pesquisa, que no Brave acompanha os ícones de leão e triângulo e dão acesso rápido ao número de anúncios bloqueados e à ferramenta para verificar as "recompensas" acumuladas.


Resumo da ópera: Brave e Chrome têm bom desempenho e funções bem desenvolvidas. Como dito no início, a escolha via depender das preferência pessoais do usuário. O Brave promete maior segurança, na medida em que permite bloquear anúncios e rastreadores de todos os sites e exibe relatórios de privacidade. Demais disso, por não carregar propagandas, ele tende a consumir menos dados móveis. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

DE VOLTA AO MICROSOFT EDGE

O SEGREDO É AMAR O PRÓXIMO, ATÉ PORQUE O ANTERIOR NÃO MERECIA.


ArpaNet foi criada pelo Defense Advanced Research Projects Agency, no início dos anos 1960, visando descentralizar o armazenamento de informações vitais para o governo dos EUA. Ela passou a se chamar Internet em 1982, quando o conjunto de protocolos TCP/IP foi adotado como padrão, mas continuou sendo usada quase que exclusivamente por entidades governamentais e universidades até 1989, quando então a National Science Foundation liberou o acesso para fins comerciais. 
 
Os primeiros navegadores para Unix surgiram em 1991, mas o Netscape Navigator foi o pioneiro na exibição de textos e imagens em websites 
— e o responsável pelo uso de "navegar" como sinônimo de "folhear" (as páginas da Web). Em 1995, a Microsoft desenvolveu o Internet Explorer a partir do código do Spyglass Mosaic e, ao disponibilizá-lo gratuitamente para os usuários do Win95 Plus!, pavimentou o caminho para o que ficou conhecido como Primeira Guerra dos Browsers.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Acusado pela Folha de usar o TSE "fora do rito" para investigar bolsonaristas, Alexandre de Moraes afirmou que, enquanto presidente da corte eleitoral e ministro do STF, "seria esquizofrênico se auto oficiar", que todas as solicitações foram documentadas e que os alvos dos relatórios já eram investigados.
O "material explosivo" que embasou a reportagem são áudios e mensagens trocadas entre o juiz instrutor Airton Vieira, principal assessor de Moraes no STF, e o perito criminal Eduardo Tagliaferro, que à época chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE — Morares suspeita que o vazamento partiu de seu Tagliaferro, como vingança por sua demissão da AEED.
O Supremo em peso saiu em defesa de Moraes e o CNJ rejeitou um pedido de investigação apresentado pelo partido Novo contra os dois juízes auxiliares que produziram relatórios para embasar decisões do magistrado. Já os bolsonaristas pedem o impeachment do "algoz" de seu mito e a anulação dos processos contra extremistas investigados no inquérito das fake news.
Diferentemente do que ocorre na Justiça comum e na seara criminal, a Justiça eleitoral pode agir de ofício. As ações de de Moraes que a Folha põe em xeque estão escorado na Lei 9.504, que confere ao TSE o poder de polícia para fazer requisições que embasem investigações. Quando os fatos trazidos a lume pelo jornal aconteceram, Moraes acumulava as funções de presidente do TSE e relator do inquérito das fake news no STF, e tinha poder de polícia para requisitar informações e encaminhar indícios de ilícitos à seara criminal — no caso, o próprio STF. Dito isso, o magistrado apenas se valeu de suas prerrogativas legais, nada havendo de anormal ou reprovável em sua conduta.
Einstein ensinou que a única verdade absoluta no universo é a velocidade da luz, e que para isso é preciso que o espaço e o tempo sejam relativos. Não há como esperar equilíbrio e neutralidade num país tão polarizado, nem do povo, nem da mídia, nem dos membros dos poderes Legislativo e Judiciário. Para os críticos de Moraes, os fatos descritos pela Folha provam e comprovam que o ministro compartilhou de forma indevida informações entre os tribunais, porém a mim me parece que a reportagem trouxe à luz um problema muito maior, que são as distorções no desenho institucional das altas cortes. Mas isso é outra conversa e fica para um próxima vez.

O IE destronou Navigator em 1997 e reinou até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome — que continua sendo o queridinho dos internautas, com 65,4% de participação no mercado, contra 18,4% do Apple Safari (que não roda no Windows), 5,2% do Edge e 2,7% do Firefox. 

Esperando repetir em 2015 o sucesso obtido com o IE em 1995, a Microsoft integrou o Edge ao Windows 10, mas a falta compatibilidade (inclusive com as versões mais antigas do próprio Windows), a carências de extensões (o número reduzido de usuários não animava os desenvolvedores parceiros a criá-las), a demora nas atualizações (vinculadas ao Windows Update) e as indesejáveis semelhanças com o vetusto IE levaram os internautas a optar pelo Chrome

Observação: Como eu publiquei uma sequência sobre navegadores entre 6 de maio e 16 de junho de 2020 e a complementei nesta postagem, não vou encompridar (ainda) mais esta (não tão breve) introdução. Lembro apenas que, para homenagear o icônico IE, o engenheiro de software sul-coreano Jung Ki-Young criou a imagem de uma lápide com o logotipo navegador e o epitáfio "Ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores". 

O fiasco do Edge forçou a Microsoft a criar uma nova versão baseada no Projeto Chromium, que tornou o software multiplataforma (compatível inclusive com o Android e o iOS) e ampliou enormemente seu leque de extensões. O Edge Chromium evoluiu sobremaneira nos últimos 4 anos, mas muitos de seus recursos passam despercebidos pelos usuários de primeira viagem, como veremos a seguir.

O Edge é capaz de transformar webpages em aplicativos. Para isso, basta acessar o site desejado, clicar nos três pontinhos no canto superior direito da janela do navegador, selecionar Apps, clicar em Instalar este site como um aplicativo", personalizar o nome no pop-up e concluir clicando em Instalar. O ícone é salvo na barra de tarefas e no menu Iniciar. Quando o usuário clica nesse ícone, a página se abre numa janela separada, como se fosse um programa independente, e as barras de endereço e de favoritos desaparecem, deixando mais espaço para o conteúdo. 
 
O browser conta também com uma ferramenta que monitora as senhas salvas e alerta o usuário caso alguma delas tenha sido exposta em vazamentos de dados online. Para habilitar esse recurso, faça o login com sua conta Microsoft, clique nos três pontinhos, depois em Configurações > Perfis > Senhas, novamente em Configurações e, na seção Senha, ative a opção Verificar se há senhas vazadas. A verificação é feita no momento da ativação, mas é possível fazer novas checagens a qualquer momento, bastando para isso selecionar a opção Verificação de segurança de senha.
 
As Coleções funcionam como um caderno digital. Além de salvar links, imagens e trechos de texto, é possível centralizar as abas abertas num só lugar, adicionar notas, reorganizar os cartões e exportar tudo para o Word ou para o Excel. Para usar o recurso, clique no ícone com dois quadrados e um sinal de + (no canto superior direito da janela do Edge) e adicione os itens desejados à coleção (que você pode acessar mais rapidamente pelo atalho Ctrl+Shift+Y, no Windows, ou Command+Shift+Y, no Mac).
 
Para tirar print da tela inteira, abra a página desejada, clique nos três pontinhos, selecione Captura de Tela e clique em Capturar a página inteira (use os atalhos Ctrl+Shift+S no Windows ou Command+Shift+S no Mac para acessar essa função mais rapidamente). Uma prévia da imagem será exibida numa nova janela, onde poderá ser editada. Ao final, basta clicar no ícone do disquete para o arquivo ser salvo no formato .JPG.
 
Kit de Ferramentas de Aprendizagem do Edge inclui a leitura em voz alta (você pode ajustar o ritmo das palavras e escolher entre diferentes vozes e sotaques) e o leitor imersivo (você pode mudar o tamanho da fonte, o espaçamento entre linhas e o tema da página, destacar linhas específicas e até traduzir páginas inteiras para diferentes idiomas). A função Localizar na página foi aprimorada com inteligência artificial para oferecer sinônimos e correspondências, facilitando a localização das informações mesmo quando você comente pequenos erros de digitação.
 
Para explorar essas e outras funcionalidades, clique no ícone do livro aberto, à direita da barra de pesquisa. Se você não o encontrar, clique nos três pontinhos e selecione Mais ferramentas > Kit de Ferramentas de Aprendizagem.

Boa navegação.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

RECORDAR É VIVER (PARTE 3)

O ESQUECIMENTO MATA AS INJÚRIAS. A VINGANÇA AS MULTIPLICA­.

 

Em 2004, o Google revolucionou o webmail com o lançamento do Gmail, que prometia caixas postais de 1GB (como dito, até então a maioria dos serviços de webmail oferecia de 1MB a 5MB)Também por essa época, as leitoras de mídia óptica foram substituídas por gravadores de CD — nas versões R (gravável) e RW (regravável).  

As mídias ópticas aposentaram o disquete como solução primária para armazenamento externo e transporte de arquivos digitais, mas o progressivo barateamento dos pendrives e drives de disco rígido portáteis (padrão USB) condenou-as à obsolescência. Assim, os fabricantes de PCs eliminaram os drives de CD/DVD/Blue Ray de seus produtos como haviam feito, anos antes, com o floppy drive.
 
Observação: Compatível com equipamentos portáteis como players automotivos e discman, o CD era a mídia mais usada para ouvir música nos anos 2000, mas cada disquinho oferecia espaça para algo entre 15 e 20 faixas (cerca de 80 minutos de audição). Vale destacar que ainda não havia smartphones nem (muito menos) serviços de streaming, e que, para gravar músicas em formato MP3 e transferi-las para o CD, era preciso recodificar as faixas por meio de apps como o Nero.
 
Na esteira da popularização dos sites de bate-papo (ou chats, como se dizia então), aplicativos mensageiros, como o ICQ e o MSN Messenger, caíram no gosto dos internautas. Em 2004, o Orkut se tornou a rede social mais popular entre os brasileiros (ainda que não possuísse um recurso similar às mensagens diretas das redes sociais atuais, o serviço oferecia alguma privacidade, já que as mensagens precisavam ser aprovadas pelos destinatários antes de serem publicadas).  
 
Naqueles tempos, o MS Internet Explorer — vencedor da Primeira Guerra dos Browsers — nadava de braçada, mas tinha o péssimo hábito de travar quando a gente tentava acessar sites mais pesados, repletos de elementos em flash, por exemplo, o que muitas vezes nos obrigava a reiniciar o computador.
 
Naquela época não havia streaming; compartilhava-se conteúdo multimídia com programas P2P (como KaZaA, eMule e Limewire). Conforme a velocidade de conexão e outras variáveis, o download demorava uma eternidade.
 
Observação: O compartilhamento de arquivos P2P dispensa o servidor central; cada usuário faz tanto o papel de servidor quanto de cliente de conteúdo, podendo colocar sua discografia à disposição dos demais participantes da rede e baixar o conteúdo disponibilizado por eles. Também era comum os internautas converterem conteúdos do YouTube para o formato MP3. Isso facilitava o download das faixas, mas obrigava o usuário a procurar a capa dos CDs no Google e inseri-la manualmente no Windows Media Player, o que nem sempre dava certo. 
 
Devido à lentidão da conexão discada, era praticamente impossível assistir a um vídeo online. Conforme o volume do arquivo, o download podia demorar dias (ou semanas). A dificuldade era tamanha que os gerenciadores de downloads se tornaram indispensáveis, pois não só permitiam pausar o processo e retomá-lo em outro momento como eram uma mão na roda quando a conexão "caía" 
 sem um gerenciador de download, seria preciso reiniciar o processo do zero.
 
Até o surgimento do Google, em 1999, quem precisava fazer buscas pela Internet recorria ao Yahoo!, ao Altavista, ou ao brasileiro Cadê? Eles foram muito populares, embora não filtrassem os resultados pela relevância do conteúdo 
— assim, restava ao usuário a ingrata tarefa de esquadrinhar dezenas (ou centenas) de sugestões em busca daquilo que realmente lhe interessava.

Continua...

quarta-feira, 18 de março de 2015

SERÁ O FIM DO INTERNET EXPLORER?

PALAVRAS FALAM, ATITUDES DEMONSTRAM.

O surgimento dos navegadores foi um dos grandes responsáveis pela difusão da Internet entre “usuários comuns”. As versões para Unix surgiram em 1991, mas o Mosaic foi o primeiro a rodar no Windows e o Navigator, lançado pela Netscape em 1994, o pioneiro na exibição de textos e imagens postadas em websites aliás, deve-se a ele a consagração da expressão “navegar” como sinônimo de acessar páginas da Web.

Em 1995, o MS Internet Explorer entrou no páreo e, na condição de vencedor do que ficou conhecido como a “Primeira Guerra dos Browsers”, sagrou-se o navegador mais utilizado mundialmente durante mais de uma década, até ser destronado pelo Google Chrome, e não pelo Mozilla Firefox, que durante um bom tempo foi seu principal concorrente.

Como se pode ver da figura que ilustra essa postagem, o IE e o Chrome se cruzaram em maio de 2012, na marca dos 34,43% da preferência dos internautas de todo o mundo. Hoje, o Chrome abocanha uma fatia de 52,39% do seu segmento de mercado, enquanto que o IE fica em segundo lugar, com 19,97%, logo acima do Firefox, com 18,44% (o Safari mal passa dos 5% e o Opera nem chega aos 2%).

Tudo isso para dizer que, embora ainda não seja, oficial, o principal navegador da próxima edição do Windows não será o IE 12, como seria de se esperar, mas sim um novo programa cujo nome provisório é Project Spartan, embora o IE 11 deva continuar presente, como uma versão de legado, notadamente para atender empresas com aplicativos e sites desenvolvidos especialmente para o já antigo navegador da Microsoft. A conferir.

Abraços a todos e até mais ler.

quinta-feira, 31 de março de 2016

WINDOWS 10 ― MICROSOFT EDGE E INTERNET EXPLORER

SE BEM O DIZ, MELHOR O FAZ.

O surgimento dos navegadores foi um dos grandes responsáveis pela difusão da Internet entre “usuários comuns”. As versões para Unix surgiram em 1991, mas o Mosaic foi o primeiro a rodar no Windows, e o Navigator, lançado pela Netscape em 1994, o pioneiro na exibição de textos e imagens postadas em websites ─ aliás, deve-se a ele a consagração da expressão “navegar” como sinônimo de acessar páginas da Web.

Em 1995, o MS Internet Explorer entrou no páreo e, na condição de vencedor do que ficou conhecido como a “Primeira Guerra dos Browsers”, sagrou-se o navegador mais utilizado mundialmente durante mais de uma década, até que acabou destronado pelo Google Chrome ― e não pelo Mozilla Firefox, que até então era seu principal concorrente. A trajetória de ambos se cruzou maio de 2012, quando ambos contavam com 32% da preferência dos internautas do mundo inteiro. A partir de então, a participação do browser do Google cresceu (hoje, ele abocanha 55% do seu segmento de mercado, enquanto que o IE fica em segundo lugar, com pouco mais de 13%, abaixo do Firefox, que tem quase 15%.

Frustradas todos os esforços em fazer seu velho browser recuperar o espaço perdido, a Microsoft resolveu substituí-lo por um programa totalmente novo, que batizou de Edge e incorporou ao Windows 10. Num primeiro momento, o programa não entusiasmou os usuários do novo sistema. Aliás, muitos reclamaram também da insistência irritante da Microsoft na adoção do novo programa, primeiro dificultando a configuração de outro browser como padrão do novo sistema; depois, exibindo uma caixa de diálogo com a mensagem “Dê uma chance ao Microsoft Edge”. Mas parece que tudo isso é passado: eu, particularmente, não tive a menor dificuldade em instalar o Firefox ― e configurá-lo como padrão ― e o Chrome no meu Windows 10 (aliás, só utilizei o Edge para fazer o download dos concorrentes), sem mencionar que o problema de falte de suporte a extensões (plug-ins) parece ter sido devidamente solucionado.

Os pontos altos do novo navegador são sua integração com a Cortana e o recurso de anotações.

Observação: A Cortana é uma assistente pessoal que permite a interação entre o usuário, o sistema operacional e seus aplicativos por meio de comandos de voz. Note que a versão em português do Brasil, que ainda está em fase de conclusão, foi liberada apenas para membros do programa Windows Insider ― ou seja, para fazer parte dessa seleta confraria, é preciso instalar uma versão de teste do Windows 10 a partir do build 14279, e considerando que “os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito”, a conclusão me parece óbvia

Apesar de ser um browser inovador sob diversos aspectos, o Edge padece do mesmo mal que afligia seu antecessor, ou seja, ele só funciona na plataforma Windows e, pior, apenas no Windows 10. Essa é uma limitação que a maioria dos navegadores atuais não tem, já que são oferecidos em versões compatíveis também com o Mac OS, o Linux e sistemas para dispositivos móveis, como o Android e o iOS.

Por último, mas não menos importante, vale lembrar que o Edge tem por missão substituir o desprestigiado e antiquado IE, mas isso não significa que o browser veterano tenha sido banido do Windows 10. Embora ele não figure na lista Todos os aplicativos do menu Iniciar, você pode convocá-lo facilmente digitando Internet Explorer no campo de buscas da barra de ferramentas e clicando no primeiro item exibido na lista de resultados (Internet Explorer Aplicativo da área de trabalho). Se tencionar utilizar esse navegador com frequência, você pode clicar sobre o item em questão com o botão direito e escolher Fixar na barra de tarefas ou Fixar na Tela Inicial.


Por hoje é só, pessoal. Abraços e até a próxima.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

GOOGLE CHROME – CONSUMO DE ENERGIA EM NOTEBOOKS

VIVA O BRASIL, ONDE O ANO INTEIRO É PRIMEIRO DE ABRIL.

Para quem acompanhou a trajetória do MS Internet Explorer desde a primeira guerra dos browsers, custa acreditar que sua popularidade atual mal chega a 15% – diferença de quase 50 pontos percentuais em relação ao Google Chrome, que mantém 67% de participação nesse segmento de mercado (números de julho/14, levando em conta apenas o Brasil como base de usuários).
Conforme dito em outras oportunidades, a escolha de um navegador de Internet tem mais a ver com as preferências do usuário do que com as vantagens/desvantagens proporcionadas pelos browsers concorrentes – que, atualmente, oferecem recursos bastante parecidos. No entanto, uma matéria publicada na Forbes pelo colunista Ian Morris dá conta de que o uso do “queridinho” dos internautas aumenta drasticamente o consumo de energia quando executado sob o Windows, o que demanda preocupação por dos usuários de notebooks. Vejamos isso melhor.
Na multitarefa preemptiva, a rapidez com que o Windows se reveza entre trechos dos aplicativos dá a impressão de que eles são executados ao mesmo tempo, quando na verdade cada qual recebe a atenção do processador durante fatias de tempo (time-slices) mantidas pelo relógio do sistema na frequência de 64 pulsos por segundo. Alguns programas, todavia, são capazes de alterar essa frequência – como é o caso do aplicativo do YouTube, que a eleva a 1.000 pulsos por segundo – aumentando o consumo de energia em até 25% e reduzindo sobremaneira a autonomia das baterias dos PCs portáteis, notadamente quando os usuários cultivam o hábito de manter o navegador sempre carregado.
Vale salientar que todos os navegadores funcionam melhor ao reproduzir conteúdo dinâmico diminuindo o intervalo entre os pulsos do relógio. Tanto o IE quanto o Firefox fazem isso, mas ambos reduzem a frequência quando o conteúdo exibido deixa de exigir o aumento, enquanto que o Chrome aumenta o intervalo entre os pulsos do relógio interno para 1 ms quando é carregado, independentemente do conteúdo a ser exibido, e somente restabelece o valor padrão quando é desligado.
Segundo Morris, o Google tem conhecimento do problema (catalogado no Chromium Bug Tracker como a issue 153139) há cerca de quatro anos, e até agora nada fez para resolvê-lo.
Enquanto aguardamos o andar da carruagem, seria de bom alvitre que os usuários de PCs portáteis se habituassem a encerrar o Chrome sempre que ele estiver ocioso, ou então andar com uma bateria sobressalente ou levar o carregador de um lado para outro.

Tenham todos um ótimo dia.  

terça-feira, 26 de junho de 2018

O INTERNET EXPLORER DESCE A LADEIRA


O BRASIL É UM PAÍS QUE VIVE EM CRISE ETERNA, COM INTERVALOS DE NORMALIDADE.

No final do século passado, o Internet Explorer desbancou o Netscape Navigator, sagrando-se vencedor da “Primeira Guerra dos Browsers”. Depois, dormiu em berço esplêndido até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome. A partir de então, foi perdendo espaço entre os internautas, e a despeito de continuar presente no Windows 10, o Edge é a bola da vez. No entanto, debalde os esforços da Microsoft, o novo browser padrão do sistema não decola nem com reza brava.

Por essas e outras, a empresa de Redmond corre o risco de virar passado no segmento de navegadores de internet. Em fevereiro, sua participação no mercado era de míseros 13,5%, mesmo tendo registrado um aumento de 1,7% na comparação com o mês anterior.

Vale lembrar que o IE está com os dias contados, pois deixará de ser suportado pela Microsoft em janeiro de 2020, quando o Windows 7 será oficialmente aposentado. Os usuários ainda poderão rodá-lo — como também o Windows 7 —, mas por sua conta risco, pois tanto um quanto o outro deixarão de receber novos updates de segurança. 

Como o IE responde pela maior parte da participação combinada dos navegadores da Microsoft, e considerado a pouca popularidade do Edge entre usuários do Windows 10, a empresa vem amargando uma queda dramática nesse segmento de mercado. No primeiro trimestre deste ano, o Edge registrou um recorde negativo, com uma fatia de apenas 11,7%. 

Quando o Windows 7 e IE forem aposentados, o Windows 10 deverá ter uma participação de 63,6% entre os usuários do sistema operacional para PCs mais popular em todo o mundo — isso se continuar crescendo como cresceu no ano passado. Caso o Edge não consiga aumentar seu ritmo de forma significativa até lá — e tudo indica que não conseguirá —, a participação ativa da Microsoft no âmbito dos navegadores será de apenas um dígito, talvez na casa dos 6%.

Observação: Por “ativa”, entenda-se navegadores que ainda contam com suporte; certamente haverá usuários rodando o IE após a aposentadoria do Windows 7, mesmo sem updates de segurança. E o IE no Windows 8.1 será uma contribuição quase inexistente para a fatia de usuários, uma vez que deverá ter menos de 5% de mercado em janeiro de 2020

Para efeito de comparação, a participação estimada do Edge em 2020 — de 6% — será 50% inferior à do Firefox, que também enfrenta dificuldades.

A exemplo da Microsoft, a Apple também viu seu tradicional navegador perder espaço em sua própria plataforma. Em fevereiro último, somente 44% dos Macs rodavam o Safari como navegador principal — bem menos do que os 66% registrados há menos de três anos. Sorte do Google, já que o Chrome absorveu a maior parte desses “desertores”, à exemplo do que aconteceu com o IE nesse mesmo período.

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quinta-feira, 7 de março de 2019

CONTROLANDO O APETITE DO CHROME — CONCLUSÃO


O INFERNO ESTÁ VAZIO. TODOS OS DEMÔNIOS ESTÃO AQUI.

Depois de destronar o Netscape Navigator na Primeira Guerra dos Browsers e reinar absoluto por mais de uma década, o MS Internet Explorer foi deposto pelo Chrome, que desde 2012 é o queridinho dos internautas — segundo dados da Statcounter Global Stats, em janeiro deste ano o browser do Google contava com 82,65% da preferência dos usuários tupiniquins, contra 5,3% do Safari e 4,4% do Mozilla Firefox. De uns tempos a esta parte, porém, a concorrência acirrada entre os principais navegadores levou seus desenvolvedores a oferecer basicamente os mesmos recursos, o que torna a escolha do programa uma questão de preferência pessoal do usuário.

Mas nem tudo são flores nesse jardim: todos os browsers são vorazes consumidores de recursos do computador, e o apetite do Chrome é ainda mais pantagruélico, o que aporrinha usuários de máquinas com pouca memória RAM. A cada atualização, o Google jura ter resolvido o problema, mas, como não é isso que a gente nota no uso diário, vale a pena fazer alguns ajustes para tornar o navegador menos guloso :

Digite chrome://settings na barra de endereços do Chrome e tecle Enter. Role a página até o final e clique em Avançado. Sob Privacidade, desmarque todas as caixas de verificação assinaladas, com exceção dos itens Usar um serviço de previsão para carregar as páginas mais rapidamente e Proteger você e seu dispositivo de sites perigosos (se você acha importante contar com o auxílio de um corretor ortográfico, marque a caixa Utilizar um serviço na Web para ajudar a solucionar erros de ortografia). Mais abaixo, sob Rede, clique no botão Alterar configurações de proxy… e, em Configurações de LAN, desmarque todas as opções assinaladas, clique OK em ambas as telas e reinicie o navegador.

Desative (ou exclua) extensões desnecessárias. As extensões (ou plugins) ampliam as funcionalidades do navegador, mas consomem muita memória, sem mencionar que algumas são instaladas à revelia do usuário (de carona com freewares descarregados da Web por exemplo) e podem comprometer a segurança do sistema. Então, digite chrome://extensions na barra de endereços do Chrome, pressione a tecla Enter e faça uma faxina em regra.

As abas desobrigam o usuário de abrir várias instâncias do navegador ao mesmo tempo, mas manter muitas abas abertas pode acarretar lentidão e até travar o navegador. Se você tem alguma dificuldade em se policiar, instale a extensão The Great Suspender, que monitora o uso das abas em tempo real e coloca em animação suspensa as que estão inativas. Depois de instalar esse complemento, reinicie o Chrome e clique no ícone que será exibido à direita da barra de endereços. No menu suspenso, clique em Configurações, ajuste o tempo de inatividade e reinicie o navegador — o intervalo padrão é de uma hora, mas você pode escolher algo entre 20 segundos e 3 dias (eu sugiro 5 minutos).

Temas e outras firulas são “bonitinhos”, mas não têm utilidade prática e consomem mais memória. Se você tem menos de 6 GB de RAM, clique em Configurações > Temas e restabeleça a configuração padrão do Chrome. Aproveitando o embalo, pressione Ctrl+Shift+Del e faça uma faxina no cache do navegador (repita essa operação semanalmente).

Lentidão, instabilidade e travamentos frequentes são problemas que podem ser resolvidos mediante a desinstalação e reinstalação do Chrome, mas, antes de partir para o tratamento de choque, digite chrome://settings na caixa de endereços, role a tela até o final, clique em Avançado e em Restaurar configurações para os padrões originais. Reinicie o browser e veja como ele se comporta.

Por último, mas não menos importante: um recurso que pouca gente conhece é o Gerenciador de Tarefas do Chrome, inspirado no recurso homônimo do Windows (que muita gente também desconhece). Com o navegador aberto, tecle Shift+Esc para convocar o Gerenciador e visualizar os processos executados em segundo plano. Para identificar os itens mais gulosos, você pode organizar a lista por memória, CPU ou rede (dê um clique direito na barra que fica logo acima da lista de processos para adicionar outras categorias). Para encerrar alguma aba ou extensão que esteja detonando os recursos do sistema, selecione o item malcomportado e clique em Encerrar processo.