O ex-ministro de Lula
e cérebro da estrela vermelha — também conhecido por José Dirceu —, que continua livre, leve e solto graças um habeas corpus de ofício proposto por Dias Toffoli e chancelado pela segunda
turma do STF com base na
“plausibilidade jurídica” de um recurso ainda não apreciado pelo TSE, vem perambulando pelo Brasil a
pretexto de divulgar um livro de memórias que escreveu enquanto estava preso em
Curitiba.
O mais impressionante é que essa retórica parece funcionar, mesmo que salte aos olhos de qualquer cidadão minimamente racional que não houve golpe algum, que Dilma foi constitucionalmente penabundada da presidência através de um processo de impeachment, e que ela, e não Michel Temer, foi a parteira da recessão em que o Brasil mergulhou em 2014. Mas vamos adiante.
Perguntado pela reportagem sobre a possibilidade de o PT
“ganhar as próximas eleições e não levar”, o projeto de guerrilheiro de festim
disse não acreditar que a comunidade internacional permitirá que isso aconteça,
e que “dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder”. E
ressalvou: “Aí nós vamos tomar o poder,
que é diferente de ganhar uma eleição”. A dúvida é se o guerrilheiro de
festim se referia tão somente ao que o PT
faria diante de algum impedimento à candidatura de Haddad — o que seria “um golpe”, tal e qual a deposição de Dilma — ou se a meta do partido é tomar
o poder, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Como bem ponderou Lucas Berlanza em artigo publicado no Instituto Liberal,
o lulopetismo não enxerga qualquer valor intrínseco ao processo
democrático; o que essa seita quer não é colocar seu representante no
Executivo, como desejam todos os partidos, mas reescrever à sua imagem e
semelhança todo o sistema político e cultural deste país.
Mais adiante na entrevista, o esmegma vermelho disse: “Lula
tinha que tomar uma decisão: o que é prioritário? Fazer reforma política,
resolver o problema das Forças Armadas, resolver o problema da riqueza e da
renda ou atacar a pobreza e a miséria, fazer o Brasil crescer, ocupar um espaço
na América Latina, ocupar o espaço que o Brasil tem no mundo? Ele fez a segunda
opção”. Mas também não explicou a que “problema das Forças Armadas” ele se
refere, nem se Haddad, se eleito,
tentará dominar os militares, alavancando a tirania para outro nível.
Por fim, Dirceu
disse que o PT não tem — e nem
deseja — o apoio da elite do país. Perguntado sobre a necessidade da elite para
se eleger, ele respondeu: “Eles que rezem para que eu fique bem longe. Não vamos
precisar dela não. Ela vai ter que entregar os anéis. Não dá para tirar o
Brasil da crise sem afetar a renda, a propriedade e a riqueza da elite”.
Veja
o leitor como o conceito de “elite” do PT
muda conforme as circunstâncias. A “elite” constituída pelo próprio Lula e seus asseclas — sejam os que
faziam ou fazem parte da cúpula do partido, sejam os empresários que se
beneficiaram do regime de “campeões nacionais” imposto pelo lulismo —
atravessou com alguma tranquilidade os treze anos de ilusão e desgraça.
“Elite”, para eles, eram as pessoas de diferentes estratos sociais que lotaram
as ruas clamando pelo impeachment.
“Elite”, para eles, é todo aquele que não comunga de seus sórdidos valores. A
“elite” que os petistas efetivamente alvejam não é necessariamente a faixa dos
milionários, até porque os conceitos de “classe média” e “alta” sofreram
alterações durante seus governos vermelhos, também de acordo com as
conveniências da ORCRIM. E essa
“elite” pode ser você, leitor.
Dirceu está
ameaçando o povo brasileiro. O Brasil não pode cometer a irresponsabilidade de
permitir que os petistas voltem a pôr as patas na máquina pública.
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